A New Beginning escrita por Pamy_Pattz


Capítulo 10
10 – Vou ter pesadelos!




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Capítulo 10 – Vou ter pesadelos!

(Bella’s POV)

A cidade é tão pequena, não imaginei que teria problemas para achar o hospital de Forks. Só o Edward mesmo para me arrumar isso! Concurso de pinturas... Ninguém merece!

Só faz quatro semanas que estamos namorando e ele já me arranja problemas. Culpa da Esme que contou para ele que eu tinha vários quadros guardados em casa, e o chato do meu namorado me perturbou dois dias seguidos para ver as tais pinturas. Não agüentando mais as chantagens dele, eu cedi e mostrei.

Depois disso, três dias depois para ser mais precisa, como num passe de mágica, aparece na minha correspondência que minha inscrição no “Concurso bienal de artes de Seattle”, tinha sido aceita. A única coisa estranha era que eu NÃO tinha feito inscrição alguma!

Aí vem Edward Cullen na minha porta, perguntando se eu tinha gostado da surpresa. Preciso dizer que brigamos feio? Acho que não.

Ele achava que tinha feito a melhor coisa, que meus quadros precisavam ser mostrados ao mundo. Pelo amor de Deus! Quem realmente poderia querer ver  minhas pinturas?

Eu insisti falando que não mandaria nada para lá, mas o safado aprendeu a me dobrar direitinho e mandou Esme vir conversar comigo. Consigo dizer não para minha sogra tão simpática? Claro que não!

Então aqui estou eu, dentro do meu Volvo, procurando o hospital de Forks para meu pai assinar a minha autorização de participação, já que eu sou menor de idade.

Edward insistiu em vir junto, mas eu preferi dar a noticia sozinha para meu pai, já que desde o dia que começamos a namorar fazemos tudo juntos, mas tudo mesmo! Até a aula de Biologia que achei que faria sozinha, acabei descobrindo que ele é meu parceiro de laboratório.

É um grude só, não que eu esteja reclamando! Por mim o dia poderia ter cinqüenta horas e ainda assim seria pouco tempo ao lado dele, mas é Rosalie quem reclama. Desde que a Ângela viajou para ficar uns tempos com uma tia que está doente no Kansas, eu e Alice que fazemos companhia a ela. Mas Alice está mais agarrada no Jasper do que nunca, desde o dia que ele foi vestido igual a um pingüim, segurando um buquê de rosas brancas e uma caixinha de jóias com um anel de compromisso a pedindo em namoro.

Isso meio que a deixa como única alternativa a mim, já que faz quase uma semana que Emmett e ela não estão mais juntos. Isso porque inventaram que ele tinha ficado com uma terceiranista de outra escola, após ele ter jogado pelo time da escola em outra cidade e ela não pôde ir acompanhá-lo. Rosalie acreditou veemente no boato e terminou tudo com ele, mesmo Emmett jurando que não tinha acontecido nada. Eu não acreditei que ele tenha feito mesmo isso e Edward me garantiu que ele não faria isso, pois estava mesmo apaixonado por ela.

Mas venhamos e convenhamos, o histórico do Emmett é de deixar qualquer uma com os dois pés atrás com ele. O que não foi diferente com Rosalie, só que ela anda tão tristonha que chega a dar dó. Quase não fala nada, fica muito na minha casa, porém ainda calada, e analisando bem tudo eu também não tenho a visto comer muito ultimamente. O que tem me deixado mais preocupada ainda com a situação.

O Emmett coitado, também não está nada feliz. Não faz nem mais as palhaçadas de sempre com o Ben, ficou monossilábico e eu já o peguei suspirando pela falta que a “loirona” dele tem feito. Já disse a Edward que precisamos fazer algo para ajudar, mas o único jeito seria descobrir quem espalhou a tal da fofoca. Apesar da escola ser pequena seria um pouco complicado de achar a pessoa.

O engraçado é que nada me tira da cabeça que foi o único ser desprezível dessa cidade que fez isso, Jéssica. A garota é a rainha das fofocas mentirosas. E como eu sei? Ela assim que descobriu meu namoro com Edward, vulgo “objeto de desejo” para ela, já espalhou milhares dessas fofocas tentando nos separar, mas nenhuma tinha fundamento e nós sempre deixávamos no esquecimento. Acho que ela viu que com a gente não teria jeito, resolveu minar os relacionamentos a nossa volta para tentar nos desestabilizar. Coisa que ela nunca vai conseguir!

 Já que estamos falando de problemas, o Jacob ainda é um caso sério. Apareceu umas três vezes na minha casa e em todas, Edward estava presente. Os dois trocaram várias alfinetadas e no fim sempre acabavam brigando, mas desde a última briga, Jacob sumiu. Não faço a mínima idéia de onde esteja, cheguei a ir, escondida de Edward é claro, até La Push a procura dele, só que não fui feliz na minha busca. Parecia que ninguém sabia para onde ele tinha ido, ou não queriam me contar. O fato é que isso é outra coisa que me preocupa muito, e acho que Edward está começando a desconfiar, pois sempre joga piadinhas de mau gosto falando que “meu amiguinho me abandonou”.

Já disse o quão irritante Edward pode ser quando quer? Pois é, ele é!

Finalmente! O hospital! Viajei tanto em meus pensamentos que nem percebi o quanto eu já estava perto. Entrei no grande estacionamento do prédio hospitalar, e deixe meu carro próximo á entrada da recepção.

Na parte esquerda da recepção havia um grande balcão, onde duas mulheres de meia idade atendiam os possíveis pacientes. Cheguei perto de uma delas, que possuía um cabelo loiro platinado muito bonito e um sorriso agradável.

- Pois não, querida. – falou, e me surpreendi em como a voz dela era... digamos que bem irritante.

- Queria falar com o Dr. Carlisle, por favor.

- Segundo corredor à direita. Você logo verá a mesa da secretária dele. – finalizou com mais um sorriso.

Agradeci e me encaminhei por onde a recepcionista havia indicado. Passei por várias portas e vários médicos, o que me fez crer que o meu pai devia chamar bastante atenção. Todos que eu vi já possuíam uma idade avançada e não estavam... hrrmm.. em boa forma. Já Carlisle, apesar de já ter os seus quarenta anos, aparenta ser bem mais novo e é muito bonito! Quando eu aparecia no hospital que ele trabalhava em Nova York as enfermeiras ficavam em cima mim o tempo todo, em uma tentativa frustrada de me agradar e conseqüentemente meu pai. Ridículo!

Encontrei o consultório dele, mas a mesa da secretária, que por um acaso é a minha sogra Esme, estava vazia. Dei meia volta na intenção de falar novamente com a recepcionista, quando ouvi o barulho de algo caindo dentro da sala de Carlisle e duas risadas, muito conhecidas por sinal, foram pronunciadas.

- Que estranho. – falei comigo mesma, e resolvi entrar, já que estava confirmado que os dois estavam lá dentro.

Dei mais alguns passos e nem me preocupei em bater à porta, a abri num rompante. E imediatamente me arrependi do que fiz. Meu queixo caiu e não tinha onde enfiar meu rosto para não ver mais aquela cena.

- Bella? – os dois gritaram em uníssono.

- Não, o Papai Noel! Dá pra você vestir a sua blusa pai? Credo! – e antes de tapar meus olhos, pude ver Esme saindo de cima da mesa, catando suas roupas do chão, enquanto meu pai catava as dele.

Como aquela situação estava muito constrangedora para nós três, resolvi sair do consultório e deixar os dois se ajeitando.

Nossa! Eu sabia que um estava a fim do outro, mas eu com certeza não precisava pegar os dois no maior amasso em cima da mesa do meu pai. Parecem dois adolescentes!

O Jasper não pode sonhar em ficar sabendo disso, ele morre de ciúmes da mãe! Vai ser briga na certa.

Escutei alguém pigarreando atrás de mim e me virei, dando de encontro com meu pai. As feições de seu rosto estavam berrantes em como ele estava envergonhado com o que acabara de acontecer.

- Entra filha. – disse baixinho.

Entrei novamente e vi que Esme estava sentada em uma das duas cadeiras reservadas para os pacientes em frente à mesa, que a poucos minutos atrás os dois estavam se agarrando. Sentei ao seu lado e ela logo me olhou, extremamente desconfortável.

- Perdão, querida. Você não precisava...

- Está tudo bem, não precisa se preocupar comigo. – a interrompi, e era bem verdade. Não me incomoda o fato dos dois juntos, eu até acho legal a idéia. Desde o inicio ela esteve do meu lado e da minha família, sem contar que meu pai está sozinho há muito tempo, ele precisa de alguém como Esme para lhe fazer companhia. A única coisa que me preocupa é a imagem dos dois se pegando em cima dessa mesa a minha frente! Isso sim vai ser difícil de esquecer. Eca!

- Está tudo bem mesmo, Bella? – meu pai perguntou receoso, e eu sorri.

- Claro! Óbvio que não foi a cena mais linda que eu já vi – e ri. – Mas você sabe que eu gosto da idéia de vocês juntos.

Carlisle suspirou aliviado e sorriu para mim.

- Obrigada, Bella. Eu e seu pai estamos nos dando muito bem, mas eu gostaria de pedir algo. – falou sorrindo.

- Se estiver ao meu alcance, Esme.

- Está sim, só queria poder contar eu mesma para os meninos sobre Carlisle e eu. Pode ser?

- Claro, eu não irei interferir, isso é com você e meu pai. Podem ficar tranqüilos.

- Obrigada novamente, Bella. – e ela me abraçou de lado.

- Mas então, filha. A que devo a sua visita aqui no hospital, você nunca veio. – perguntou meu pai, se sentando em sua cadeira.

- A sua namorada e o filho dela aprontaram pra mim. – fuzilei Esme com os olhos, enquanto ela ria. – E me convencera a participar de um concurso de pinturas em Seattle, mas eu preciso que você assine minha autorização de participação. – retirei os papéis da minha mochila e entreguei a ele.

- Concurso? Você nunca gostou de mostrar suas telas! Eu pra conseguir ver algo, tenho que insistir muito. Ainda mais agora com o ateliê que sua irmã montou em casa, que você cisma em trancar. – me olhou divertido.

- Eu sei, mas o poder de teimosia do Edward e o de persuasão da Esme são incríveis, e aqui estou eu lhe pedindo isso. – e os dois riram do meu comentário.

- Tudo bem, Bella. Eu assino, acho que todos precisam ver a grande artista que você é. – e piscou para mim, já assinando. – Pronto, aqui está.

Peguei os papéis e me levantei, sendo acompanhada dos dois.

- Você vai ver, querida! Vai valer muito a pena, você é um talento nato, vai ser muito bem criticada. – Esme falou, me dando um beijo no rosto.

- Eu concordo, não vejo alguém tão talentoso assim desde sua mãe. – e me abraçou. – Não desperdice isso. – sussurrou em meu ouvido.

Olhei sem entender muito o que ele quis dizer com isso, mas sorri mesmo assim. Estava agradecida pelo carinho e pelo apoio recebido tanto dele quanto de Esme.

- Obrigada, pai, aliás, obrigada aos dois. Agora eu vou embora, Rosalie está me esperando na casa dela. – despedi-me dos dois e rumei para casa de Rosalie.

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- Eu ainda não acredito que a Alice conseguiu carregar o Jasper para fazer compras em Port Angeles – Rosalie disse incrédula.

- Mas acredite, eu só consegui fugir por que tinha que ir ao hospital falar com meu pai. – e suspirei. – E não ia ficar segurando vela.

- E o Edward? E eu? Podia ter nos chamado. Você sabe como eu gosto de fazer compras.

- Você queria ficar vendo os dois juntos? Você sabe como eles são melosos. – fiz cara de nojo e ela riu sem ânimo. – E o Edward, bom... Eu em algum momento precisaria contar pra alguém mesmo.

Rosalie se ajeitou em sua cama, ficando de uma maneira que pudesse olhar diretamente para mim, que estava jogada na grande poltrona lilás que tinha no canto seu quarto. Desviei meu olhar do dela e fitei os ursinhos espalhados no chão de seu quarto.

- Bella, o que houve? – perguntou em um tom preocupado.

- Hoje é quarta-feira, certo? – ela confirmou e eu continuei. – Então, eu nunca falei para ninguém, mas todas as quartas-feiras no finalzinho da tarde, ele some! Eu não sei para onde vai, o que faz. E eu só sei que chega bem, por que escuto o barulho do carro do Emmett entrando na garagem. Isso sempre no mesmo horário.

- Isso é bem estranho. Você nunca perguntou para ele? – Rose parecia bem intrigada com o que acabei de falar.

- Já tentei, mas ele desconversa. E a gente já briga tanto por causa do Jake, que eu acabo deixando de lado, mas isso está começando a incomodar demais.

- Entendo. – e ficamos em silêncio.

A verdade é que ele se ausentar não me incomoda, mas sim o fato dele nunca me contar para onde vai. Edward acha o que? Que eu não sou digna de confiança para ter que ficar mantendo segredos de mim? Eu não gosto mesmo dessa sensação, mas eu gosto menos ainda de ficar brigando com ele.

Flashback on

- Amor? – chamei, enquanto ele terminava de calçar seus tênis para sairmos.

- Sim. – ele me olhou por cima do ombro.

- Onde você estava ontem à noite?

- Ah, Bella! Fui fazer umas coisas. – e se levantou da cama. – E aí? Como eu estou?

- Lindo, como sempre, né? – falei e ele veio para cima de mim que estava deitada em sua cama.

- Não mais que você, disso eu tenho certeza. – e me beijou. – A Alice já chegou com a Rosalie? Não quero chegar tarde no Brendley’s.

- Já sim, estão lá embaixo esperando. Mas você....

- Então vamos! – me interrompeu se levantando e me puxando pela mão.

- Vamos, né. – falei derrotada, enquanto era arrastada por ele.

 Mais uma vez ele deu um jeito de escapar da minha pergunta.

Flashback off

- Bella?- Rose estalou os dedos na minha frente.

- Oi. – disse finalmente saindo do transe.

- Assim... O quanto você é contra espionagem? – perguntou com meio um sorriso e logo eu entendi o que ela quis dizer.

- Nem um pouco contra. – e sorri de volta.


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