Volta para a minha cama escrita por SaKaEternalLover, JessySC


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal. Peço imensa desculpa por não ter postado antes o capítulo, mas o tempo tem sido muito pouco. Mas aqui está o capítulo 3 e espero que gostem.
Boas leituras.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/495107/chapter/3

Sasuke olhou pensativo para o céu enquanto abria a porta do Audi e se acomodava nele para esperar Sakura. Do banco de trás, Naruto olhava com desaprovação para os jornalistas, que estavam a tentar esquivar-se aos guarda-costas de Sasuke para poderem falar com ele.

_Vejo que continuam a gostar de ti.

Sasuke abafou a sua irritação. Naruto, que tinha vinte e quatro anos, era mais jovem do que ele. Algumas vezes, pareciam estar separados por mais de seis anos.

_São negócios.

Itachi sentou-se junto a ele.

_Tiveste oportunidade de falar do empréstimo com Jiraiya?

Sasuke afrouxou a gravata.

_Porque achas que teve um ataque cardíaco?

Aparentemente, Jiraiya tinha tido problemas de coração. Em vez de aparecer na casa de Sasuke, como tinham combinado para terem a reunião que ele mesmo pedira, sentara-se a uma mesa de blackjack. Ao ver que Jiraiya não aparecia, Sasuke fizera alguns telefonemas e descobrira que Jiraiya fora diretamente para o casino, aparentemente com o desejo febril de ganhar o dinheiro de que precisava.

Sasuke enviara Lee, o seu assistente pessoal, para recolher Haruno. Ao chegar, Lee descobrira que, segundos após ganhar uma soma considerável, Jiraiya começara a sentir-se maldisposto. Lee chamou uma ambulância mas, instantes depois, Jiraiya agarrou-se ao peito e caiu fulminado.

O próprio Sasuke esteve quase a ter um ataque cardíaco quando ficou a saber. Ao contrário dos rumores que o cunhavam de cruel e insensível, ele mostrara-se disposto a falar com Jiraiya, embora aquilo não tivesse a ver só com ele. Tinha que pensar no negócio e na família e Jiraiya Haruno enganara o seu pai.

_Sakura sabe que tinhas uma reunião com o seu pai? – perguntou-lhe Itachi.

_Ainda não.

_Mas sabê-lo-á.

Sasuke tirou a gravata porque, de repente, parecia-lhe a corda de um enforcado, e desabotoou dois botões da camisa. Queria chamar a atenção de Sakura. Era por isso que se ocupava pessoalmente do problema. Depois de ser praticamente o responsável pela morte do pai dela, até tinha a certeza de já ter a atenção dela garantida.

Os trovões rugiam no céu enquanto Sakura se dirigia para o carro para ir buscar o guarda-chuva ao banco de trás. Enquanto cruzava o parque de estacionamento, abriu-se a porta de correr de uma furgoneta e desta saltou um jornalista mesmo à frente dela com uma máquina nas mãos. Automaticamente, ela levantou o braço para esconder-se do flash.

Um segundo jornalista juntou-se ao primeiro. Sakura voltou-se e mudou de direção. Nesse instante, deu-se conta de que outra furgoneta acabava de entrar no estacionamento. Estes não faziam parte do grupo de jornalistas respeitadores que tinham estado presentes no enterro; tinham sido atraídos, certamente, pela presença de Sasuke e pela esperança de reinventarem um velho escândalo.

Como se atrevera Sasuke a ir ao enterro? Teria planeado expô-los a todos a um novo circo mediático?

Um novo trovão rebentou no céu e a chuva começou a cair com força. Agarrou bem a mala e acelerou o passo e, ao rodear uma sebe, começou a correr. Um segundo mais tarde, chocou contra a sólida barreira de um torso masculino: Sasuke.

Ele indicou-lhe um carvalho com a cabeça.

_Por aqui. Há mais jornalistas do outro lado do estacionamento.

Colocou-lhe a mão nas costas. Sakura reprimiu um tremor ao sentir o calor que emanava da palma da mão. Sentiu o coração dar um salto. Sabia que Sasuke a seguira com a intenção de protegê-la.

Sasuke incentivou-a a refugiar-se sob a árvore. Os espessos ramos protegiam-nos da chuva, mas não podiam evitar que algumas gotas caíssem molhando-lhe ainda mais o cabelo e os ombros.

Tirou um lenço da mala e secou um pouco o rosto. Felizmente, ao fim de alguns minutos, começou a escampar e o sol voltou a surgir, iluminando o estacionamento e o cemitério através das árvores. De repente, os olhos voltaram a encher-se-lhe de lágrimas que lhe caíam pelo rosto. Sasuke ofereceu-lhe um enorme lenço branco. Ela secou as lágrimas e afogou com ele os seus soluços. Um instante mais tarde, deu por si rodeada pelos braços de Sasuke e apertada contra o seu peito. Após um instante de tensão, ela relaxou e aceitou o seu consolo. Ainda assim, parecia-lhe que, após começar a chorar, lhe era impossível parar. Pouco a pouco, começou a chorar mais calmamente. Deixou que ele lhe massajasse as costas. A dor deixara-a tão esgotada que, pura e simplesmente, se deixou consolar e tranquilizar.

_Temos que sair daqui – disse Sasuke. – Aqui não podemos conversar.

Ela moveu-se ligeiramente e viu que Sasuke tinha uma ereção. As recordações apoderaram-se dela, umas muito sensuais e outras dolorosas e humilhantes.

Afastou-se dele com tanta força que a mala lhe caiu ao chão. Inclinou-se para apanhá-la.

Se Sasuke queria falar com ela, teria que ser noutro dia. Não ia ficar ali para passar a mesma humilhação na imprensa que sofrera dois anos atrás.

_Maldição, Sakura.

Parecera-lhe sentir amabilidade na sua voz?

Voltara a começar a chover. Já não se importou, porque estava completamente molhada. O cabelo húmido colava-se-lhe ao rosto e parecia ter também o vestido colado ao corpo.

O aspeto de Sasuke não era muito melhor. Tinha a roupa igualmente colada ao corpo e, através da camisa branca, adivinhava-se a cor bronzeada da sua pele.

Sakura afastou o olhar daquela visão tão perturbadora.

_Desculpa…

_Logo conversamos noutra altura. Como vês, estou encharcada.

Com isso, voltou-se e procurou uma saída que não tivesse jornalistas com microfones e câmaras. No entanto, Sasuke rodeou-lhe a cintura com um braço e apertou-a novamente contra o seu corpo.

_Há quatro dia que te telefono sem que te tenhas dignado a atender-me – atirou-lhe ao ouvido, provocando a Sakura um calafrio pelas costas. – Se pensas que vou continuar à espera, estás muito enganada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Vemo-nos no próximo capítulo.
Beijos, SaKaEternalLover



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Volta para a minha cama" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.