Enfin, amour escrita por Verô AC


Capítulo 8
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Quero ter um momento Mike Wazowski dizendo que eu nada seria se não fossem Thais e Flavia pra me guiar as ideias. Gente, eu tive trezentas ideias, todas embaralhadas, e se não fossem por longas conversas com Thatha ou uma frase genial de Fla, não teria saído. Então, obrigada. :*



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A palavra “reconquistada” não saíra da mente de Duque durante toda a noite. Volta e meia, ele acordava agitado lembrando-se desse momento na noite anterior. Foi em uma dessa vezes que Duque acordou sobressaltado porque finalmente teve uma ideia. Ele precisava saber o real significado da mensagem de Guiomar e agora sabia como.

Por isso, acordou cedinho, para que assim que o comércio abrisse, pudesse começar a realizar o plano. Pulou da cama tão silenciosamente que Guiomar nem percebeu. Ficou dormindo mais alguns instantes, antes que se levantasse para ir conhecer o castelo.

Duque foi até a loja que precisava ir, pediu vários modelos daquilo que pretendia comprar, escolheu com muito carinho e esmero e, por fim, finalizou a compra. Beijou a caixa no qual vinha o produto e a guardou no bolso do paletó.

Veio andando pela rua, tão ansioso por voltar para o hotel, que mal se atentava ao que vinha pela frente, e foi assim, que acabou esbarrando em uma jovem, também distraída, deslumbrada com o local, e acabou derrubando sua caixa e o livro que ela tinha nas mãos. Automaticamente, os dois se abaixaram para pegar as coisas.

– Desculpa. – ele falou, pegando o livro dela.

– Não tem de quê. Desculpa eu.

E levantaram.

– Está intacto. – ela suspirou, quando abriu a caixa para conferir, e logo estendeu a mão para devolver a ele, que ainda analisava o título do livro.

– Psicologia forense, é?

– É. – ela sorriu, com as mãos nos bolsos do casaquinho.

– Você jamais poderia ser minha psicóloga então. – estendeu o livro para a garota.

– Por quê? – continuou a conversa, mesmo devolvendo o objeto dele e pegando o seu de volta.

– Mandaria me prender na hora. – sorriu.

– Você? Um criminoso? Você não tem cara disso.

– Primeira coisa: um criminoso nunca tem cara de criminoso.

Ela riu, olhando pro chão.

– Tem razão. – e voltou a olhá-lo, compenetrada no olhar doce do homem. – Mas você realmente parece incapaz de fazer mal a alguém.

Ele colocou as mãos nos bolsos da calça, e olhou num ponto perdido, rapidamente, antes de responder:

– Mal eu realmente não faço. Não sou maldoso. Sou um malandro. Mas agora ando tudo nos conformes, hein?

– Então você parou com as malandragens?

– É, eu parei.

– Alguma razão especial? – ela sorriu, interessada na conversa.

Duque suspirou.

– O amor, minha cara. O amor faz coisas incríveis com a gente.

– Nem me fale em amor. – o sorriso se desfez. – Vim pra cá para esquecer um.

– Ih, fiz muito disso. Passei pelo Caribe todo. Mas aí, cheguei no Brasil e não quis mais sair de lá. Só a passeio, é claro.

– Sou do Caribe também! – ela se animou.

– Não me diga! – ele sorriu de volta.

– É. To saindo de um relacionamento de anos. A gente era noivo, acredita?

– E acabou?

– Acabou. – ela sorriu triste.

– Puxa, que pena.

– Ah, é uma pena mesmo. Mas se não fosse por isso, eu não estaria nesse lugar incrível – olhou para cima, analisando o local – e encontrando gente bacana do Caribe. – ela tornou a sorrir, compenetrada no olhar dele.

– É, realmente...

– Eu cheguei ontem a noite, mas na verdade nem sei muito o que tem pra fazer aqui...

– Bom. – ele apontou para a direita com o dedo indicador. – Pra lá tem um pub. Mas eu te aconselho a ficar bem longe de lá.

– Por quê?

Ele riu.

– Não fui com a cara do dono. – e continuou rindo, lembrando-se da vingança doce da noite anterior. – Aqui tem muitas coisas. A menor casa do Reino Unido... as lojas, outros pubs com donos legais... tem o castelo! Vou conhece-lo hoje!

– Que legal! Como faz pra ir visitar?

– Nada. É só chegar e comprar o ingresso.

– Que legal!

– Bom, eu vou indo. Vou encontrar minha esposa para a gente ir visitar o castelo.

– Ah, tudo bem, então... como é mesmo seu nome?

– Duque. Duque de Challans.

Ela estendeu a mão em cumprimento.

– Sou Catherine. Prazer em conhece-lo, Duque. Até mais.

Ele apertou a mão na garota e sorriu.

– Até mais. Bom passeio pra você.

Duque seguiu pela rua.

– Pra você também. – ela gritou, virando-se para a direção em que Duque estava. Depois o observou com um pequeno sorriso no rosto por alguns segundos, até que ele sumisse de sua vista.

***************************************

Duque voltou para o hotel animado e ansioso. Distraído, imaginando o momento em que colocaria o plano em prática, ele nem se deu conta de que Guiomar não estava mais na cama e foi direto para o banheiro, abrindo a porta sem pudor e levando um susto ao encontrar a amada banhando-se na banheira.

– Desculpe. – ele falou rápido, já fechando a porta.

Guiomar estava de costas para o marido, mas sorriu maliciosa ao sentir sua presença. Aquela era uma ótima oportunidade para travar joguinhos de sedução, como ela gostava.

– Desde quando você precisa pedir desculpa por isso, chéri? Sou sua esposa, esqueceu?

E antes que ele fechasse a porta, encerrando o assunto, Guiomar subiu uma das pernas, com os dedos do pé esticados, fingindo banhá-la lentamente. Não satisfeita, fez o mesmo com a outra perna.

Ela era irresistível para Duque, que era atraído a cada movimento, e quando se deu conta, já estava dentro do banheiro, com a porta fechada, tomado pelo vapor.

– Traz a toalha pra mim, por favor?

Ele, hipnotizado, caminhou até o porta-toalhas da parede e trouxe uma toalha branca até ela, que se levantou para receber.

Guiomar nua, molhada e em sua frente, completamente ao acaso. Ele estava completamente refém. Ela que começara o jogo, agora que ela o conduzisse.

Então, ela começou a se secar. Duque ia acompanhando os movimentos dela com a cabeça, tentando, por vezes, depositar um beijo na parte recém seca, mas ela sempre fugia. E então Duque não sabia por onde seguir. Deu a volta na banheira, até alcançar a parte traseira do corpo de Guiomar, completamente nu. Ele enlaçou a cintura dela, rápido, fazendo Guiomar soltar um gemido – de susto, e de prazer. Depois, ele iniciou uma carreira de beijos pelas costas de Guiomar, subindo para o ombro e chegando até o pescoço.

Foi então que Guiomar começou a empurrar os braços de Duque, tentando desvencilhar-se do abraço. A atração que sentia por Duque, desde sempre muito forte, agora lhe dava um sentimento fora de controle. Um sentimento que lhe fazia bem, lhe deixava contente, mas que a amedrontava e fazia sentir-se culpada. A situação nunca havia chegado até aquele ponto e ela não sabia mais como conduzir. Ela entrelaçou seus dedos nos dele e esticou o braço, sinalizando que gostaria de sair da banheira. Ele, cuidadosamente, ajudou a esposa. Agora, mais perto dela, ele poderia continuar mais facilmente a cair no jogo que, mal sabia ele, era ele quem estava conduzindo agora.

Duque começou pela mão de Guiomar. Vários beijos ali, até que foi subindo por todo o braço. Conforme os beijos foram chegando próximos ao ombro, a cabeça de Guiomar pendeu para o lado oposto, sugerindo que o próximo lugar fosse o pescoço.

Ah, o pescoço de Guiomar. O lugar mais saboroso para Duque depois dos lábios. E ela adorava sentir o arrepio da barba mal feita por lá. O pescoço... tão perto do colo... tão perto dos seios... não demorou muito para Duque chegasse ali.

Duque, enfim, tinha assumido as rédeas da situação. E Guiomar começava a se dar conta de onde isso poderia chegar. Sua intensão era apenas um jogo rápido, mas Duque, aparentemente, havia levado à sério. E ela sabia que se chegassem onde ele queria chegar, quem assumiria o controle novamente seria ela. Porque, apesar de já terem, de fato, feito aquilo várias vezes, agora seria diferente. Porque ela estava diferente. Seus sentimentos por Duque ali eram outros dos que ela já havia sentido e o medo de não compreender a confusão emocional do seu coração lhe mostrava que era hora de acabar com aquele jogo, pelo menos por enquanto.

– Duque, Duque, Duque... – ela assumiu o jogo de novo, rindo, se afastando e tentando, discretamente, fugir dos sentimentos que os beijos de Duque lhe traziam – Eu só queria uma toalha.

Duque ficou confuso. Aonde ela queria chegar? Apesar de estar acostumado a cair nos jogos de sedução de Guiomar, nunca nenhum tinha chegado àquele desfecho. Ele não sabia como prosseguir. Não sabia se aquilo tudo era provocação, para que ele continuasse, ou se ela realmente queria parar.

Tentou uma última vez. Arrancou a toalha da mão dela – com delicadeza, claro –, pegou cada ponta com uma mão. Até então, mesmo querendo terminar o jogo, Guiomar observava, ansiosa para o que Duque faria. Duque se posicionou atrás dela e deu-lhe um abraço para envolve-la na toalha.

– Aqui está sua toalha, madame. – disse, doce.

Guiomar pegou nos braços de Duque e riu, admirada com a originalidade e a meiguice daquele momento.

Duque voltou a roçar o nariz no pescoço de Guiomar, querendo retomar o clima anterior. Automaticamente, os arrepios dela voltaram e seus olhos fecharam. Um suspiro se formou, mas ela segurou, antes que as coisas começassem a fluir de novo. Tomou coragem e virou-se para ele. Duque se animou, pensando que havia ganhado, e envolveu sua cintura por baixo da toalha, puxando-a o mais perto possível de si. Guiomar então sentiu a excitação dele por baixo da roupa, e, por um momento, pensou em seguir até o final. Ela olhava, envolvida, ora para os olhos, ora para a boca, enquanto lhe fazia carinho na bochecha. Depois de alguns segundos assim, Duque se preparava para devorar a boca da amada, mas foi interrompido:

– Obrigada. – ela soltou; em resposta a ele ter entregue a toalha?

Em seguida, ela lhe deu um terno selinho, e quando Duque tentou aprofundar o beijo, ela logo se afastou, fechando a toalha na frente do corpo e caminhando em direção a porta.

– Vamos, chéri, temos um castelo para conhecer hoje.


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