_Você está me pedindo em casamento? – perguntei com um sorriso enorme nos meus lábios, León riu.

_É o mais certo, e é o que eu mais quero. Ainda mais agora, que você está esperando um filho meu.

_León... – não sabia ao certo se aceitava ou não.

_Não sei se é a melhor situação para te pedir em casamento, mas eu te amo muito, e tenho certeza que hoje, e daqui em diante, eu daria a minha vida por você.

_Eu também te amo muito.

_E o que você me diz.

_Que sim. – falei rindo. – Eu aceito me casar com você

_Eu te amo meu amor, amo muito...

Faz quatro meses desde esse acontecimento.

Francesca quis me matar quando soube disso. Matar-me de abraços, é claro. León explicou tudo a ela. Querendo ou não, a Fran havia se tornado como uma irmã para mim, ela sempre estava me protegendo e querendo o melhor para mim, diferentemente de meses atrás, que queria me ver morta.

_Violetta Castillo. – escutei a voz fina de Ludmila enquanto eu estava distraída me olhando no espelho. – Você está maravilhosa. – falou ficando atrás de mim, com um sorriso maravilhado.

Passei a mão por meu corpo, analisando o vestido branco que eu estava vestindo. Sinceramente? Eu estava me sentindo completamente insegura. Minha mente não correspondia. Eu estava feliz, mas estava com medo.

_Obrigada senhorita Ferro. – falei sorrindo. Ela e o Maximiliano haviam se separado.

_Ah! Não me chame de senhorita, muito menos de Ferro. – ela disse rindo. – Hoje eu não sou sua chefa, sou sua amiga.

_Ok. – falei rindo também.

_Bom, enviei seu presente de casamento para sua casa e do León. Acho que vocês vão gostar bastante. – ela disse me abraçando. – E também tenho uma boa notícia para te dar querida.

_O que? – perguntei curiosa.

_Demiti a Lara. – ela disse sorrindo e eu também sorri, não agüentaria ter que trabalhar com aquela mulherzinha de quinta. – Além de ser uma péssima empresária, ela pisou na bola com você. Tudo bem que ela é a minha prima, mas tudo tem um limite, e o dela já chegou ao fim, infelizmente.

_Muito Obrigada, não sei como te agradecer. – falei feliz.

_Eu sei um bom jeito. – ela disse sorrindo. – Que tal aceitar a proposta de dividir a empresa comigo? Tipo, nós duas como chefes principais?

_É claro que eu aceito! – falei com um sorriso gigantesco.

_Fico muito feliz! Vou adorar você lá, comigo. – ela disse dando pulinhos e eu ri. – Bom, agora eu quero que você se acalme, pois não pode se estressar, ou ficar muito nervosa antes de entrar daquela igreja, ok?

_Ok. – concordei voltando ao meu nervosismo de minutos atrás.

***León***

_Você está um gatinho. – Melanie disse me ajudando com a gravata e eu ri. – Vai arrasar o coração das outras hein, cuidado para a Violetta não ficar com ciúmes.

_Para de graça. – falei indo até o grande espelho do meu quarto.

_Está nervoso? – minha irmã perguntou a coisa mais óbvia do mundo.

_É claro que estou. – falei arrumando meu cabelo, que estava um pouco desalinhado.

_Eu estou muito feliz por vocês, digo, por você, e também pela Violetta. Vocês se completam. – ela disse suspirando. – Quero uma história de amor, como a de vocês. – continuou com um sorriso.

_Não, não quer não. – falei rindo. – Não sabe o quanto é ruim passar por tudo que passamos.

_Mas mesmo assim, vocês estão juntos, isso é o que importa. E toda essa dificuldade que vocês passaram, só serviu para mostra que o amor vence tudo. – suspirou novamente.

_Mel – sentei ao seu lado na cama. – Eu concordo, tudo que passamos, foi apenas o caminho para encontrarmos a felicidade, mas eu queria que tivesse sido mais fácil. Não sabe o medo que eu tive ao quase perder a Violetta.

_Eu só espero que você não se esqueça de mim, quando for morar com ela.

_Não vou esquecer, prometo te ver toda semana.

_Por que não todo dia? – perguntou um tanto indignada.

_Melanie, você não é mais uma criança, e agora eu vou ter uma família com a minha mulher, não posso ficar indo na casa dos nossos pais todos os dias, mas irei fazer o possível pra te fazer uma visitinha. – sorriu.

_Obrigada... – disse apoiando a cabeça em meu ombro.

_Obrigada você, por sempre acreditar em mim, e me apoiar.

_Não há de quer. – ela disse se levantando. – Vou voltar para casa, o Gabriel está me esperando aqui em frente do seu apartamento. Beijinhos. Vejo você na igreja. – disse mandando beijos no ar e se retirando.

***

Eu já estava na igreja há uns vinte minutos. Estava cumprimentando um pessoal; amigos meus, e alguns de Violetta, do trabalho dela. Algumas primas minha, vieram novamente para o meu casamento.

_Meu filho – minha mãe disse se aproximando de mim. – Sua noiva está atrasadíssima. – ela disse olhando em seu discreto relógio de pulso.

_Mãe, a Lara atrasou quase uma hora e meia, e a senhor anão disse absolutamente nada. Agora a mulher que eu amo não pode se atrasar vinte, você acha que ela já está se atrasando porque quer.

_Calma querido, só acho estranha essa demora. – respondeu ajeitando seu cabelo, que hoje estava solto, sem um penteado especifico. – Acho melhor desistir da cerimônia, ela pode ter desistido de casar com um fracassado como você.

_Me chame de fracassado mais uma vez, e eu juro que você não assiste ao meu casamento. – falei baixo, me irritando pouco a pouco. Minha mãe me olhou espantada.

_Você não era assim León, essa mulher te mudou, e muito. – falou com a mão sobre o lado esquerdo do peito.

_Ainda bem que ela me mudou mãe. Ainda bem. – falei agradecendo mentalmente a Violetta por isso.

Minha se afastou indo para o lado de meu pai, que estava em pé ao lado de Melanie. Rafael estava segurando sua pequena filha nos braços. Ela já iria fazer um aninho. Ele parecia estar feliz, já sua esposa não.

***Violetta***

_Você entrará comigo na igreja? – perguntei sentindo uma felicidade imensa me invadir.

_É claro que vou. – ele retribuiu meu sorriso. – Eu sou seu pai, e não vou deixar aquela família pisar em você como se fosse qualquer uma... Porque você é filha de Germán Castillo, e não de qualquer um.

_Senti muito sua falta durante esses anos, pai. – falei sorrindo um pouco triste. – Não sabe como foi difícil passar por tudo sozinha.

_Mil perdões meu amor. Eu estava meio desnorteado com a morte de sua mãe. Não era para eu ter te abandonado. Te feito passar por necessidade de dinheiro, e por ter que trabalhar tão cedo, enquanto eu vivia com luxo. Desculpe.

_Tudo bem... Agora já está tudo bem. E eu te perdôo sim pai. – falei e o mesmo sorriu beijando a minha testa.

_Você está parecendo uma princesa. Minha princesa. – me elogiou. – E que está prestes a se tornar rainha. – rimos.

_Não se... Se me sinto pronta para casar. – falei medrosa.

_É claro que está. – ele disse rindo. – Você já está grávida dele, o mais certo a se fazer será casar com aquele homem que tanto te ama.

_Eu sei, mas...

_Sem “mas”. Você está preparada sim, e vai ser muito feliz, eu sei que vai.

_Obrigada, pai. Muito obrigada mesmo. – sorri.

***

Eu estava na porta da igreja. Francesca e Diego eram nossos padrinhos de casamento. León escolheu junto comigo, é claro. Eles já estavam na igreja. Eu estava tão ansiosa, que sentia minhas pernas tremerem a todo instante.

Minha barriga já estava bem aparente. Eu estava com sete meses, faltavam apenas dois meses para os meus bebês nascerem.

Sim, é isso mesmo. “Bebês”. Eu estava muito feliz quando soube dessa notícia. León ficou de queixo caído quando descobriu que eram gêmeos, achei que ele não tivesse gostado da ideia, mas depois que o choque passou, ele me encheu de beijos, dizendo que não existiria presente melhor do que aquele.

Peguei-me pensando naquele dia, e uma lágrima escorreu. Foi um momento muito bom. Eu me sentia muito feliz, muito mesmo. León também me pareceu bem contente com tudo que estava acontecendo conosco.

_Vamos entrar? – papai perguntou estendendo o braço e eu assenti, passando meu braço no seu.

As portas da igreja se abriram e eu prendi minha respiração. Minhas mãos soavam como nunca enquanto eu segurava o meu buque. Dei os primeiros passinhos, pisando naquele tapete vermelhando, olhando sempre para o meu alvo, o meu noivo.

Ele se encontrava muito elegante. Eu sempre via o León todo social, mas hoje ele havia superado todos os estilos. Estava perfeito. Sorri ao ver que ele sorria incrivelmente maravilhoso para mim.

Depois daquele longo caminho até o altar, papai me entregou ao meu quase marido. Minhas mãos estavam tremulas, mas quando León as tocou, foi com se eu tivesse relaxado por inteira.

_Estamos aqui, hoje, reunidos, para celebrar a união de León Vargas e Violetta Castillo... – e assim o padre deu início à cerimônia.

Meu olhar foi de encontro com o de León. Mil borboletas saíram de meu estomago, como a primeira vez que nos beijamos naquela praça. Ou quando ele me pediu em namoro. Minha abeca fazia festas e mais festas, como se eu estivesse em algo muito animado. Suas mãos se mantinham conectadas as minhas. Eu o amo muito.

Eu e León trocamos nossos votos e as alianças. Aceitamos um ao outro como marido e mulher. E todos se levantaram para nos ver. Eu não parava de sorrir em nenhum momento.

_Eu vos declaro, Marido e Mulher. – o padre finalizou com um sorriso no rosto. – Pode beijar...

Não esperamos ele dizer quem podia beijar quem, e nós mesmos selamos nossos lábios. Foi algo simples e rápido, bem simbólico. León sorriu, e eu o abracei fortemente. Não podia estar mais feliz do que estava naquele momento.

Saímos pelo tapete vermelho, comemorando, assim como o pessoal que estava conosco. Uma limusine nos esperava lá fora. Olhei par León que riu de minha expressão assustada. Eu nunca havia visto uma de perto.

_É melhor irmos para o lugar da festa meu amor. – León disse abrindo a porta para mim. – Assim teremos mais tempo para curtirmos o nosso casamento a sós. – concordei entrando naquele carro, e León logo em seguida.

***

_Parabéns! – meu pai disse vindo até mim, me dando um abraço de urso, que foi retribuído com muito prazer. – Vocês estavam maravilhosos. – disse se afastando e apertando a mão de León, e em seguida dando um abraço nele.

_Obrigada pai. – Agradeci com um sorriso no rosto.

_Amiga! – Francesca pulou em meus braços. – Parabéns! Parabéns! Espero de coração que vocês sejam muitíssimo felizes!

_Obrigada Fran. – falei emocionada.

_Paiabens tia Tatá. – Emmanuelle disse nos braços de Diego batendo palminhas, sorri. Ela estava lindinha demais.

_Obrigada meu amor. – falei dando um beijo em sua bochecha.

_Parabéns Vilu, desejo tudo de bom para vocês dois. – Diego disse me dando um beijo na testa, já que Emmanuelle estava em seus braços, então não daria certo um abraço.

_Muito Obrigada Diego.

Melanie e sua família me deram os parabéns também. Até mesmo a senhora e o senhor Vargas, meu pai estava ao meu lado, por isso fizeram isso. Seus abraços eram tão falsos que me faziam mal.

Eu e o León ficamos quase uma hora abraçando a todos. Confesso que foi cansativo, só queria fugir para algum lugar com o meu marido, e ficarmos a sós, apenas nós dois e ninguém mais.

Começou uma música lenta, e meu pai me puxou para dançar, assim como a mãe de León fez o mesmo. Recostei minha cabeça em seu peito, fazia tanto tempo que não nos víamos e agora eu não queria mais me ver longe de meu pai.

_Quero que vocês sejam muito felizes.

_Nós vamos ser pai, nós vamos ser. – falei com um sorriso bobo nos lábios.

_Espero que sim.

Continuamos a dançar, mas agora sem dizer nada, a presença dele já era mais do que importante para mim. Nós trocamos de pares, e em um rodopio, eu fui em direção aos braços de León. Ele colocou as mãos em minha cintura, me puxando para mais perto. Papai começou a dançar com senhora Vargas, ri baixinho, coitado.

_Amor. – León e chamou e eu levei meu olhar até seu rosto. – Te amo. – ri.

_Eu também te amo. – falei roçando nossos narizes. – Muito.

Selamos nossos lábios, em algo calmo, doce e lento. Eu amo isso, amo beijar-lo, amo tudo que ele faz. Nossos lábios se repeliram e nós sorrimos satisfeitos.

E essa foi a nossa noite, cheia de sorrisos, e boas lembranças... Com certeza foi o melhor dia de minha vida, ou um dos melhores.