True Love escrita por Bianca Saantos


Capítulo 18
Resgate?


Notas iniciais do capítulo

Oi Oi Gent !!
Obrigada aos reviews do Capítulo anterior, fico muito agradecida!
Boa Leitura !!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/494909/chapter/18

*** Francesca ***

Engoli um seco.

Normalmente eu agiria com grosserias com o cara que me ameaçasse por não ter ido para cama com ele. Mas hoje eu não estava com essa bola toda, e sim, eu estava ferrada, por inteira, e se eu fraquejasse, Violeta se ferraria junto.

Castilho estava assustada, muito assustada, eu via isso nos olhos dela, e também porque ela praticamente paralisou diante daquilo.

Tomás estava atrás dela, olhando para mim, com um sorrisinho irônico nos lábios. Os dois homens que estavam com ele, eu os conheciam. Eles já beberam no bar onde eu trabalho.

_O que você quer aqui? – perguntei firme, não deixando transparecer o meu medo.

_Acertar as contas – disse claramente, tirando um pedaço de pano do bolso. – E vejo que hoje estão desarmadas, tanto em questão de material quanto em palavras. – disse “acariciando” o rosto da Violeta, que rapidamente comprimiu os lábios assustada.

Violeta estava com o celular na mão. Se eu conseguisse a trancar dentro de algum cômodo, ela poderia chamar a polícia, ou alguém que realmente nos ajudasse a sair daquela situação ridícula.

_Acertar as contas comigo, então deixe a Violeta ir – falei o olhando seriamente.

_Claro que não – riu. – Não são tão idiota aponto de deixar sua amiguinha sair daqui. Sabendo muito bem, que ela poderá chamar a polícia em qualquer momento. Eu sou esperto, ok?

_Não parece – manifestei-me. – De todos os homens que eu fiquei você é o mais imbecil. – ri alto. – Meu querido, você não é homem o suficiente para conquistar uma mulher, precisa dopá-la para fazer coisas que eu nem imagino o que seja. E ainda mais imbecil por não saber levar um fora, por não aceitar que foi rejeitado.

_Eu poderia te matar agora, sabia? – perguntou ameaçador. – Poderia fazer o que quiser com você. Francesca, não tente me atingir com palavras. Se eu me irritar, não vai ser com palavras que eu vou acabar com você, e sim usando minha força física, o que eu não sou muito a favor.

_Você é sujo – murmurei. – Como tem coragem de me dizer uma coisa dessas? Teria coragem de bater em uma mulher, que está praticamente sem defesa? – perguntei incrédula.

_Seria, principalmente porque conheço essa mulher, e sei das façanhas e artimanhas dela. – Tomás disse com um sorriso patético nos lábios.

Olhei para Violeta que disfarçadamente movia os dedos na tela do celular. Ótimo! Ela estava fazendo algo para ajudar. Tomás se aproximou de mim, é claro que eu tentei recuar, porque esse cara é meio louco das idéias.

_Acalme-se – disse rindo, prendendo o meu corpo na parede do corredor, e impossibilitando a minha saída com os seus braços. – Você está bem assustadinha hoje. – riu fracamente.

Olhei de relance para Violeta. Ela estava com o celular caído no chão, e os tais homens seguravam ela pelo pulso. Ela já chorava baixo. Voltei meu olhar ao Tomás, que me encarava como se fosse uma fera.

_O que você quer?

_Você – respondeu prontamente grudando seus lábios nos meus.

Aquilo era uma tentativa de... Ai que nojo! Não gostava nem de pensar! Usei o resto de minhas forças negando aquele beijo cheio de impuridade. Meus pulsos estavam presos, pelas mãos de Tomás. Inutilmente tentei me soltar. Ele era homem, era muito mais forte do que eu.

Sem minhas mãos, minha única opção, era as pernas. As sacudi tentando me livrar dele, mas não consegui. Uma coisa passou pela minha cabeça, e eu quase sorri. Usei meus preciosos joelhos, e lhe dei uma joelhada certeira na parte mais sensível que o homem pode ter.

Ele grunhiu de dor, afastando rapidamente seus lábios dos meus. Soltando meus pulsos, ele levou a mão até aquela região baixa, murmurando palavras sujas, imundas. Violeta olhava assustada.

Sorri assim que ouvi o barulho dos carros policiais. Tomás me olhou com fúria. Os caras que estavam segurando a Violeta, saíram correndo, pularam a janela da sala e se mandaram.

_Sua idiota! – falou puxando eu e a Violeta para um cômodo vazio, rapidamente, se escondendo obviamente. Ele trancou a porta e nos olhou totalmente transbordando de fúria.

Ele veio para cima de mim, como se fosse para me bater. Rapidamente corri para trás da cômoda e ele veio atrás. Violeta pegou o celular novamente, a polícia estava pela rua, mas claro que não ia nos achar naquele lugarzinho infeliz, pelo menos iria demorar

*** Violeta***

_Leon... – murmurei baixíssimo, pois Tomás estava entretido tentando pegar Francesca. – Leon socorro.

_Violeta? – perguntou. – Por que está falando tão baixo? Não estou te escutando direito... – falou. – Acho que a ligação está ruim.

_Não. Eu estou em casa. Vem para cá, rápido. – falei aflita.

_O que aconteceu? – perguntou confuso.

_Leon, só vem para cá, por favor, o mais rápido que você puder. – falei e desliguei senão ele iria fazer mais perguntas e perguntas, eu não poderia dizer as respostas.

Escutei a passos dentro de minha casa. Assustei-me novamente. Francesca se debatia contra Tomás, na tentativa de se afastar dele.

Logo a porta estava sendo forçada. Tomás e Francesca pararam de brigar e ficou em absoluto silêncio. A pessoa estava batendo na porta sem parar dando-me certo medo, olhei para Francesca que estava com a respiração descompassada, era visível, pois seu peito inflava sem parar.

A porta foi arrombada, e um cara alto, forte, e muito conhecido por mim e pela Francesca entrou. Não era um dos melhores “salva-vidas”, mas era bem-vindo. Diego apareceu. Soltei um suspiro, aliviada. Mas o que ele fazia aqui?

Francesca deu um grito desesperador e alucinante, me fazendo olhar para ela rapidamente. A mesma estava chorando, mas com a face rígida, e com muita raiva. Só não estava entendendo o do por que.

_Meu bebê! – gritou caindo no chão, sentada.

Aproximei-me da mesma. Vi bem sua reação. Ela estava sangrando. Ó Deus! Francesca estava perdendo a criança? Ela estava sentindo dor, pois sua a expressão de sua cara não era uma das melhores, além do mais, ela estava forçando mordendo o lábio com muita força.

_Bebê?! – Tomás perguntou incrédulo. – Então a vadia está grávida?

_Não fale assim com ela – Diego se manifestou indo para cima de Tomás.

Ele batia no mesmo com força e ódio. Eu arrastei a Francesca até a cama, e com ajuda da mesma, ela se deitou. Olhei mais uma vez para a cena violenta que estávamos presenciando, aquilo não era nem um pouco legal, e sim aterrorizante.

Tomás parecia desacordado, mas Diego continuava a bater no mesmo. Ele também estava machucado, mas parecia não ligar para isso, pois socava Tomás com tanta brutalidade...

_Diego... – Francesca murmurou. – Chega. Por favor, chega. – ela pediu baixo por conta da dor que a mesma sentia.

Diego a olhou por uns instantes, mas logo voltou seu olhar para o Tomás, lhe dando um último chute. O mesmo não reclamou, pois estava desmaiado e sangrava mais que a Francesca.

_Estão bem? Ele não fez nada contra vocês? – perguntou preocupado vindo até a gente, apenas assenti, e indiquei que ele olhasse para a Francesca que se contorcia na cama. – O que houve com ela?

_O bebê... – murmurei. – Acho que ela está perdendo. – falei olhando para a Francesca. – Temos que levá-la ao hospital.

_Calma aí – pediu. – Desde quando ela está grávida?

_Diego, não sei se posso te contar – falei. – Acho que a própria Francesca quer fazer isso, entende? – perguntei.

_É meu, não é? – perguntou calmo. – Esse filho que ela está esperando é meu. – afirmou agora. – Diz Violeta!

_É! É seu – falei de uma vez. – Agora liga para uma ambulância, por favor. – falei jogando-lhe meu celular.

Ele nada disse, apenas saiu do quarto telefonando para a ambulância. Fiquei ali com a Francesca por alguns minutos, andando de um lado para o outro. Ela suava sem parar, parecia que estava em trabalho de parto, sem brincadeiras.

_Violeta – escutei meu nome ser chamado e rapidamente olhei para a porta, encontrando o Leon, me olhando preocupado. – O que aconteceu aqui? – perguntou vendo o corpo de Tomás jogado sobre o chão do quarto da Francesca.

_Ele... – olhei para Tomás. – Invadiu a casa. – murmurei sentindo meus olhos ficarem marejados. – E se o Diego não tivesse chegado a tempo... Ele teria... – nem consegui terminar e novamente fui tomada pelo choro.

León se aproximou de mim rapidamente, me tomando em seus braços, num abraço apertado, e ali eu inundei sua camisa com minhas lágrimas de medo e preocupação. Não gostaria nem de imaginar o que aconteceria naquela casa.

A polícia entrou na casa logo em seguida, acompanhada do Diego, que estava nos ajudando muito, naquele momento, pelo menos. A ambulância já estava em frente a minha casa. Os enfermeiros entraram no quarto com uma maca, e tiraram o corpo da Francesca. Eu ia ir junto, mas o Diego disse que ele iria, nem pestanejei afinal ele era o pai da criança.

Estava abraçado com Leon, observando os policiais examinarem o corpo de Tomás, ele não estava morto, mas desmaiado e com muitos hematomas. Logo o tiraram de lá e fizeram milhares de perguntas, que eu tive que responder. Não gosto nem de pensar. Eles foram embora, e falaram que depois iriam dar a punição merecida ao Tomás.

_Amor – Leon me chamou.

_Leon – falei me desvencilhando dos braços dele. – É melhor trancar a casa, não quero que isso aconteça outra vez. – disse indo em direção á sala, mas fui interrompida por ele, que segurou meu braço.

_Você não está bem – afirmou. – Violeta, isso foi extremamente perigoso. Podiam ter morrido nas mãos daquele cara, ou até mesmo estar no hospital, como a Francesca agora está. – falou.

_Mas não foi culpa minha – disse tentando conter as lágrimas que desde que o Leon chegou estão caindo. – Ele é louco, veio atrás da Francesca, porque ela deu um fora nele. – expliquei.

_Vocês não podem morar aqui sem nenhuma proteção.

_Ah Leon – ri fraco. – Não podemos chamar a escolta policial, muito menos contratar seguranças. – falei irônica.

_Vou passar á noite aqui – disse sério. – E nem adianta falar que não precisa que eu vejo nos seus olhos que você está assustada e com medo.

_Tá bem – falei, mas eu só aceitei, porque realmente eu estava com muito medo, e ainda acho que vou ficar acordada á noite inteirinha por notícias da Francesca...

...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam?