Sobre pessoas, livrarias e amor escrita por Marina Evans


Capítulo 1
Stalkeando na livraria


Notas iniciais do capítulo

Não sei dar títulos ou capítulos, ok? Apenas apreciem a leitura, haha. Pretendo que essa história seja objetiva, portanto ela vai estar dividida em partes. Tenho alguma coisa escrita, mas vou deixar bem claro que somente comentários me farão postar mais rápido. Caso contrário, não vou ficar postando sem saber o que as pessoas que leem estão achando. Um beijo procês :*



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Quando Scarlett o viu pela primeira vez:

Fazia muito, muito calor aquele dia.

Andando pelas ruas de forma lenta e arrastada, Scarlett Evans se perguntava como era possível alguém gostar daquela maldita época do ano, o tal do "verão". Quer dizer, tinha lá suas vantagens, mas pelo amor de Deus. Estava admirada de não ter virado um frango de padaria ainda! Isso porque estavaapenasandando na rua.

A morena bufou, cansada a ponto de sequer querer abrir os lábios rosados e carnudos para exteriorizar sua indignação. Os cabelos castanholados estavam presos num coque desleixado, no qual alguns fios se desprendiam do penteado caindo pelo pescoço delgado. A regata branca e o shorts jeans eram peças simples, mas em Scar pareciam exaltar as curvas do corpo bem formado da morena. Embora ela não prestasse atenção, os olhares cobiçosos que atraía se direcionavam para os seios fartos e a cintura fina.

Mas com aquele calor todo, a morena estava pouco se lixando para aquele fato. Os olhos verdes, num tom esmeraldino, só se iluminaram quando avistou a fachada do lugar que era provavelmente o seu favorito no mundo inteirinho:Livraria Cultura.Só de pensar em ar condicionado junto com livros e música... Um sorriso surgiu de forma espontânea na boca bem desenhada. Aquela era a única razão para ela sair de casa em plenos 33º C dignos de fritar um ovo na rua.

Apressadamente, ela entrou no recinto e quase teve orgasmos múltiplos quando o ar gelado aliviou todo aquele calor infernal que rondava seu corpo. Céus, ar condicionado era a invenção do século, por isso saltitou animada pela livraria e o mau humor presente anteriormente evaporou.

Passeou pelas diversas prateleiras por um bom tempo, pegando um ou outro livro para folhear, ler a sinopse ou mesmo cheirar as folhas que na opinião dela tinham um cheiro maravilhoso. Foi até a seção de música e ficou por lá, observando a variedade de CD's e DVD's, prometendo a si mesma que algum dia teria dinheiro para comprar aquilo tudo.

Por fim, resolveu procurar um livro em especial que procurava há semanas e que acreditaria encontrar ali:Rangers, a Ordem dos Arqueiros.Concentrou-se na missão a ponto de abaixar-se para fuçar a parte inferior da prateleira com o pensamento positivo de que ia encontrar ali o bendito livro. Quando o encontrou, levantou-se com um sorriso tão imenso nos lábios que parecia uma criança. Estava pronta para girar e achar alguém do local, quando repentinamente, na prateleira que estava caçando o livro, que ficava na altura dos seus olhos, um livro sumiu numa fração de segundos, deixando a pessoa do outro lado visível através da brecha oriunda do livro faltante.

E foi ali que tudo começou. Repentinamente o sorriso morreu nos lábios rosados. Os olhos esmeraldinos, que possuíam uma delicada coroa alaranjada em torno da pupila, se fixaram, através daquele pequeno espaço, no rosto da pessoa que estava no outro lado.

E sinceramente, sinceramente não soube dizer se foram os olhos azuis que ela viu rapidamente quando ele olhou para o lado, ou os cabelos pretos feito breu que caíam na testa dele. Podia ser aquela barba rala por fazer, ou a boca tão bem feita.

O fato era que aquele rapaz não saiu mais da sua cabeça pelos dias que se seguiram.

Quando Scarlett passou a ir a biblioteca para observá-lo:

Ser discreta nunca tinha sido tarefa fácil para Scar. Para uma pessoa que tropeçava, caia, derrubava, esbarrava, ou mesmo se machucava batendo em objetos inanimados era um desafio fazer o que estava fazendo naquele momento: observar o rapaz de olhos azuis de um ângulo que não parecesse que ela era alguma psicopata ninfomaníaca escolhendo uma vítima.

Estava atrás de uma prateleira gigante, na área de Direito, onde os livros eram grossos e seguros lhe oferecendo alguma possibilidade dela correr, se esconder ou se jogar em algum lugar sem que alguém visse a ridícula cena, evidentemente. Até o momento não tinha sido necessária nenhuma das ações citadas.

Para falar a verdade, estava sendo muito bem sucedida em observar o desconhecido através das brechas entre os livros durante...

Parou para contar.

Havia aquele primeiro dia. E depois o viu por mais três dias de passagem. Aquele era... Certo, o quarto dia em três semanas. Sorte dela que ele também adorava aquele lugar.

- Que stalker - Resmungou consigo mesma, constrangida com o que estava fazendo, embora não estivesse arrependida.

Tinha descoberto poucas coisas sobre ele, mas eram coisas que tinham lhe animado a seguir com aquela bizarrice. Por exemplo, ele gostava muito dos livros de Sidney Sheldon e Dan Brown. Estava sempre segurando um desses dois. E para sua surpresa, ele também lia os livros de Markus Zusak, uma surpresa, já que o autor não era assim tão conhecido. Aquilo lhe fez sorrir tolamente.

Também sabia que ele tocava violão, porque enquanto estava sentada num puff lendo e ocasionalmente o observando, flagrou o rapaz levando consigo em direção ao caixa um exemplar sobre técnicas para aperfeiçoar-se no violão.

E um último detalhe que a fez arquear ambas as sobrancelhas: não havia qualquer aliança nos dedos dele. Ou seja, na teoria, o desconhecido, que Scar tinha descoberto ser o rapaz mais bonito que já vira, estava livre e desimpedido. E sinceramente, ela bem que sentia lá no fundo uma vontadezinha de conhecê-lo. De conversar, saber mais sobre ele e ver se aqueles olhos azuis eram tão lindos quanto pareciam ser... De perto.

Não evitou um risinho idiota, achando-se uma completa louca.

Foi ali que pela primeira vez atraiu atenção dele, que a olhou rapidamente ao passo que a morena escondia o rosto dentro do livro em questão - a biografia deDave Grohl- amaldiçoando-se por ser tão estúpida.

Quando Lorens descobriu:

- Ou você me conta o que infernos tem nessa livraria ou simplesmente não lhe digo onde coloquei seu CD novo doFoo Fighters. - A voz feminina e suave parecia uma música.

Scarlett bufou, sentada na cama de braços cruzados enquanto via Lorens, sua irmã mais velha, largada na própria cama a encarando com olhos cuja tonalidade avelã era um tanto quanto singular e perturbadora, na opinião da menor. Não havia nada mais manipulador do que aqueles olhões claros e intensos fixos no seu rosto querendo lhe arrancar alguma coisa.

- Mana, pare de ser neurótica mulher. Vou na livraria porque gosto de livros, que diabo haveria lá? - A caçula das Evans replicou, tentando expulsar a imagem do rapaz de olhos azuis, tão sereno, lá.

- Não contestaria sua resposta se você não voltasse com um sorriso idiota na cara todas as vezes que vai lá, Scar. - A mais velha das Evans sentou-se na cama em posição de lótus. A regata preta repentinamente delineou a cintura de pilão e os seios que eram fartos. - Com quem tem se encontrado? - E então ela deu um sorrisinho, o óculos escorregando pelo nariz perfeitamente angular. - Hein?

Scar suspirou, passando a mão pela testa. Bagunçou a franja castanholada. Por que Lorens era tão... Perceptiva? Maldita fosse.

- Como você é chata mana. - Resmungou.

Lorens abriu um meio sorriso, cruzando os braços. Os cabelos também castanhos e lisos, que lhe alcançavam os ombros, acompanharam o movimento.

- Diga-me quem é. - Aquele estúpido sorrisinho maroto dela estava lá. Ela sabia. Ela sabia!!! Maldita fosse. Sempre desconfiou que Lorens tinha um parentesco distante com Sherlock Holmes.

- Não. - Scar decretou, dando ombros.

- É o Black, Scar? - Lorens questionou, os orbes exóticos se estreitando. - Você não é para o bico daquele imbecil.

- Não! - Bochechas vermelhas. Black era um idiota que infelizmente tinha sido o primeiro a beijar a garota e que tinha alguma síndrome de Tom e Jerry na opinião de Scar, uma vez que ele sempre a perseguia quando tinha chance. Só de lembrar a garota fez uma careta. - Vade retro mana, que horror. - Scar cruzou os braços.

- Então diga-me.

- É difícil de explicar.

- Temos a noite inteira.

- Mana... Me deixe mulher.

- Nope.

As duas se entreolharam. Scar tampou a cara com o travesseiro. Lorens aguardou.

- Estou-com-paixonite-por-causa-do-rapaz-de-olhos azuis.

Lorens arqueou tanto as sobrancelhas que elas pareciam ter deslocado-se para o meio da testa. Uma ruguinha surgiu em meio aos olhos cor avelã.

-Quê?

Scar nunca arrependeu-se tanto de ser tão estupidamente... Romântica.


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Notas finais do capítulo

O que acharam pessoas? Espero que tenham gostado. Lembrando que: capítulo novo SÓ com comentários. Não escrevo para fantasmas. Um bêjo!



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