E caio-lhe escrita por Ruviana Chagas
Notas iniciais do capítulo
*Loreena McKennit - La Sereníssima - até 2:50 min.
Correu sem controle, entrou pela porta batendo na parede da casa. Era tudo branco e frio. Mas o frio era nada. Olhou a escada à direita enterrada pela neve. O coração batia ansioso, desesperado; e a cabeça era-lhe atulhada de barulho; o corpo não mais respeitava, era desobediente e apena queria correr.
Segurou a túnica e levantando e afundando os pés subia a escada. Não se viam os degraus. Era sorte ou azar acertá-los. Suas pernas doíam pela corrida e agora pelo esforço, seus pés estavam dormentes. Chegou à metade, caiu. Ainda lhe restara à outra metade. Pareceu-lhe encolher o caminho e se não conseguisse aquilo, seria...ensurdecedor o barulho na mente.
Prosseguiu arrastando-se, levando consigo a areia branca que quase já a enterrava, sepultava. Seus braços agarravam e tremiam a cada degrau que apanhava. Puxava-se para cima seguindo a luz que emanava da porta no topo à esquerda.
Quando agarrou a guarnição da porta coberta pelo gelo, viu seus dedos enfim iluminado pela luz alva que ansiosamente esperava, seu rosto ergueu-se com sofrimento, mas glória. Seus olhos gritavam com brilho sublime de alegria. Então veio-lhe um silêncio.
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