Ele continuava correndo. Estava agora em um corredor curvo. Quanto mais corria mais não se achava fim. Queria ir mais rápido, chegar logo. Quis poder voar.

Correu até que sentiu os pés saírem do chão. As passadas pararam porque agora já voava, o mais rápido possível, mais que poderia imaginar. A túnica sacolejava nos seus pés. Abriu os braços e girou como um pião deitado.

O fim não chegava.

Era forte e tudo ia rápido. Tão rápido as luzes começaram a apagar e a acender, depois piscavam. Dava a impressão de que o tempo parava e voltava, estava tudo mais devagar. As luzes piscaram então em um ritmo que tornava as coisas em outra dimensão com uma freqüência própria.

A freqüência parou e tudo apagou.