Wizards in Narnia escrita por Witch Pevensie


Capítulo 1
Perseguição nos Corredores de Hogwarts.


Notas iniciais do capítulo

Heeei, primeiro capítulo pronto. Minha primeira fic, peguem leve comigo kkkk.
Espero, do fundo do meu coração, que gostem da estória que tenho tanto carinho em escrever.
Boa leitura o/



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Ela não era a mais bonita do colégio, muito menos a mais simpática. Sombria, obscura, indecifrável, andava pelos corredores de Hogwarts sempre a pensar em algo que ninguém sabia e nem queria saber. Os professores mais antigos afirmam que uma versão feminina e mais humana de Tom Riddle havia chegado depois de muito tempo ao castelo. Mas ela era mais inteligente, e como era. E tinha sentimentos também...

A noite caía e Eleanor White corria pelos corredores atrás de uma cabeleira loira que ela tinha acabado de avistar, virando a esquerda de um dos corredores do sétimo andar. Há tempos de Draco Malfoy agia de maneira esquisita e Eleanor queria realmente saber o que estava acontecendo. Os dois não tinham uma amizade muito forte ou qualquer vínculo. Pra falar a verdade, não tinham nada. Mas Eleanor era secretamente apaixonada pelo Malfoy e sua sede de resolver mistérios falava sempre mais alto.

Sua cabeleira negra esvoaçava pelos corredores enquanto ela andava rapidamente, quase correndo. Sua pele era muito pálida, como se estivesse constantemente doente, e seus olhos eram castanhos médios, em um tom certo como se tivesse sido pintado de tinta marrom. Draco não notava sua presença, nem sonhava que ela o seguia toda vez que ele saía da sala comum da Sonserina, faltava aula ou levantava antes de todos nas horas das refeições. Na verdade, ninguém sabia, pois Eleanor não tinha nenhum amigo que procurasse por ela. Com exceção de Edmund Pevensie, que era mais um “pé no saco” do que uma companhia agradável.

Naquela noite, quando Eleanor levantou logo depois de Draco, Edmund resolveu segui-la, sem conseguir acompanhar seus passos apressados. Mas, naquela curva esquerda do sétimo piso da torre central, a barra preta de suas vestes a denunciou e o menino de olhos igualmente castanhos sorriu, correndo imediatamente em sua direção, esperando ver uma Eleanor andando cada vez mais apressadamente. Porém, ao invés disso, ela simplesmente voltou, fazendo os dois colidirem com tudo.

- Pevensie, seu perfeito idiota! – Sussurrou ela, com muita raiva, se esforçando para não gritar e azarar o garoto naquele mesmo instante.

Antes que Edmund começasse a se desculpar, ela pediu para que ele calasse a boca com os dedos e se escondeu atrás da parede, pondo apenas a cabeça pra depois da curva. Draco andava apreensivo, de um lado para o outro, de olhos fechados. Por sorte não ouvira o que acabara de acontecer. Respirando aliviada, Eleanor se acalmou. Já tinha visto Draco fazer aquilo várias vezes. Ele parou de andar e uma grande porta apareceu no centro da parede. Aquela era a famosa sala precisa. Edmund quase deu um grito de susto antes de Eleanor tapar sua boca violentamente enquanto observava Malfoy entrar no local. Enfim, tinha descoberto onde o loiro sumia toda vez que ela o seguia. Soltando Edmund aos poucos, foi se recompondo e liberando sua respiração, deixando que ela ficasse mais alta sem se preocupar.

- Seu idiota, enxerido, fofoqueiro! – Eleanor dava um tapa em Edmund a cada palavra que dizia, deixando o garoto um pouco assustado enquanto se encolhia. Ele estava surpreso com aquela cena. Já ouvira falar da sala precisa muitas vezes, uma vez que dois de seus irmãos (Lucy e Peter) faziam parte da chamada “Armada de Dumbledore” do ano anterior, realizando os treinos ali, mas nunca vira ninguém entrando nela.

- O... O que acabou de acontecer? – Perguntou lentamente, ignorando as agressões.

- Primeiramente. – Eleanor começou a falar quando respirou fundo, contendo a raiva para prosseguir. – Por que me seguia?

- Por que seguia Draco? – Respondeu com uma outra pergunta.

- Não é da sua conta. Agora vai pro salão comunal antes do toque de recolher.

- Eu não, agora quero ver o que tá acontecendo.

Eleanor suspirou, vencida. Não iria discutir com ele, não valia a pena. A solução era ficar ali esperando Draco reaparecer e entrar na sala precisa para saber o que ele escondia ali, ou tentar, pelo menos. Mas, após uma breve reflexão, lembrou-se de como Edmund era fofoqueiro e como ele tinha necessidade de contar tudo para aquela irmã igualmente enxerida, Lucy que, por sua vez, contava tudo para Harry, Ron e Hermione, seus verdadeiros pesadelos. Viu-se vencida e sem opção senão voltar.

- Vamos, não há nada para ver aqui. – Disse.

- Mas... – Edmund começou a debater, mas Eleanor puxou-o pela capa em um movimento mais rápido.

- Vou azarar essa sua cara, fofoqueiro. Vamos dar o fora.

Sem objeções, ele a seguiu e os dois foram andando silenciosamente pelos corredores e escadarias de Hogwarts. No dia seguinte ela teria de tentar mais uma vez.

Edmund tentava puxar assunto inúmeras vezes, mas desistia ao ver a expressão séria envolta daqueles olhos escuros e marcantes de Eleanor. Não era segredo pra ninguém a paixão que o Pevensie nutria pela White, mas ela só sabia desprezá-lo, pois não o achava um sonserino digno, andando com aqueles sangues ruins.

Os dois chegaram à escadarias de pedra e desceram rapidamente. Porém, passando tão rápido como um vulto, surgiu Lucy, aparentemente nervosa.

- Ei, Lucy, o que tá havendo? – Emund parou para pergunta-la, fazendo Eleanor revirar os olhos, irritada.

- Oh, Edmund. – A mais nova dos Pevensie o abraçou fortemente, desatando a chorar. – Susan está cada vez pior. – Ela soluçava. – Nossos pais mandaram uma carta pra ela, dizendo que a levaria para os Estados Unidos durante as férias depois de deixar Peter na casa do professor Kirke. – Suspirou. – Ele vai estudar para virar um curandeiro, não é demais?

- E é por isso que chora?

- Não, não terminei. – Lucy já estava mais calma. – Ela estava contando vantagem pra cima de Cho Chang quando eu comentei sobre sentir saudades e... – e voltou a chorar. – E nossos tempos em Narnia... – e soluçava novamente. – E ela desmentiu tudo, tudinho! Disse que eu estava delirando e... Logo começou uma conversa de maquiagens bruxas que ela viu no beco diagonal.

Eleanor, que observava tudo, imaginava a razão deles serem assim tão loucos. Não entendia uma palavra do que aqueles irmãos falavam, então resolveu abandona-los ali mesmo, seguindo até a grande parede de pedra e sussurrando “Sangue-Puro”, para que ela finalmente se abrisse.

O salão estava cheio, mas ninguém se importava com a entrada da White no local. Ela também não se importava com ninguém. Mesmo sem sono algum, Eleanor subiu até o dormitório feminino e deitou em sua cama assim que vestiu o pijama. Ela pensava em muitas coisas. Em Draco e seu jeito de esnobá-la, nos últimos acontecimentos envolvendo comensais da morte e o próprio Lorde das Trevas, no que o Malfoy tanto fazia naquela sala precisa, nos Pevensie e o jeito estranho deles agirem, em nada... Sua mente ficou fazia e ela adormeceu.

Ela andava pelos corredores dos castelos, mas era um lugar que ela ainda não conhecia nas propriedades de Hogwarts, o que era praticamente impossível. Explorava o local silencioso, com o ar completamente fantasmagórico, cheio de teias de aranhas nos cantos e poeira por todo lado. Ela ouviu um barulho, uma pessoa caindo em algum lugar. Goteiras batiam no chão, já com algumas poças formadas, fazendo o barulho de água contra água deixar o clima ainda mais assustador. Mas Eleanor não ligava.

Um choro, vindo da mesma direção do som que ouvira de alguém caindo, ia, vagarosamente, tomando conta do local. Alguém estava desolado, triste mesmo, capaz de apertar o coração até de Eleanor. Ela, então, seguiu o som e achou, sentando em um canto, todo encolhido, aquele jovem ainda mais pálido do que o normal, de cabeça abaixada, deixando seus cabelos loiros esbranquiçados completamente a mostra. Era Draco Malfoy o dono daquele desespero.

Assim que Eleanor o achou, ele levantou seu rosto. Aqueles olhos cinzas encontraram-se com os castanhos imediatamente. Levantando-se por completo, enxugou suas lágrimas e saiu andando para longe de Eleanor. Ela tentava gritar, falar, mas era em vão. Nenhum som saía de sua boca. Tentou correr atrás dele, mas duas mãos firmes seguraram seus braços, impedindo-a de prosseguir.

- Por que você fez isso? – Perguntava um Edmund ainda mais desesperado que Draco, virando Eleanor para que ela o encarasse nos olhos. Ele tinha os olhos tão cheios de lágrimas que nem se viam mais a cor de sua íris. Ela tentava perguntar, mas ainda não conseguia falar palavra alguma. – Ele era seu irmão, por que você fez isso? – Ele sacodia seus ombros cada vez mais fora de si. Bruscamente, jogou Eleanor no chão, que reuniu forças para sair correndo, sem destino.

Então apareceu, em sua frente, um brilho tão forte e dourado que a cegou. Instantaneamente, caiu de joelhos ao chão, abaixando a cabeça. Uma respiração diferente era ouvida e ela sentia, contra sua pele, uma pelugem diferente, macia. Erguendo os olhos ela viu. Um grande leão, muito maior que os outros. Ele estava tão perto que poderia ser assustador, mas não era. Era apaziguante. Maravilhada com a beleza do animal, Eleanor esqueceu-se de que leões eram selvagens. Ele abriu sua boca, mostrando seus grandes e afiados dentes, antes de dar um rugido ensurdecedor. E Eleanor caiu desmaiada no chão.


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Notas finais do capítulo

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