Take Care escrita por iamthesavior


Capítulo 14
Décimo Quarto Capítulo.


Notas iniciais do capítulo

Caraca, faz tanto tempo que não posto que nem me lembro como escrever uma nota inicial.
Antes que vocês me xinguem e me deserdem, eu assumo que abandonei Take Care. Abandonei por muitos motivos, uns mais especiais que os outros, mas abandonei.
Agradeçam a Belladonna e a Rebeca por terem sido convincentes a ponto de me fazer voltar. Dessa vez, até o final.
Esse capítulo e todos os outros que virão são dedicados a todos vocês que acompanharam e me esperaram desde o começo. Me cobraram, me ameaçaram e me xingaram.
Obrigada a todos e boa leitura!

PS: A personagem Tina Bell é, na verdade, a Tinker (Rose McIver), mas o nome Tinkerbell ia ficar 100% nada a ver com a história, então adaptei.



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“Podemos começar de novo?” Perguntou Emma, olhando nos olhos de Regina.

“Na verdade, eu esperava por isso,” respondeu a morena, colocando uma mecha do cabelo loiro atrás da orelha de Emma. “Não quero que você pense em mim como essa pessoa que demonstrei ser. Eu não sou assim.”

“Como você é?”

“Quando se trata de você?” Regina riu, tímida. “Eu realmente não sei.”

Emma preferiu levar como um elogio, sorrindo e se aproximando para beijá-la novamente.

“Isso é um sim?”

“Sim,” mais um beijo. “Podemos começar de novo.”

Um sorriso largo tomou posse dos lábios de Emma, que tocou o rosto de Regina, realmente disposta a fazer o que havia proposto. Ela faria com que tudo desse certo daquela vez. Não é sempre que se encontra alguém disposto a lhe dar uma segunda chance, e o fato desse alguém ser Regoma fez com que Emma quisesse ainda mais mudar e ajudá-la a mudar também.

“Ótimo,” Emma sorriu, guiando a morena até a maca. “Porque vou te levar em um encontro sábado.”

Os olhos de Regina se iluminaram.

“Já estou curada o suficiente?”

“Regina, você está cada dia melhor,” Emma disse, vestindo o avental enquanto a morena se deitava, sem tirar os olhos da massagista. “Você ainda não me respondeu se vai sair comigo.”

“Você não me fez uma pergunta.”

“Certo,” Emma riu. “Você aceita sair comigo sábado?”

“Se já estou curada para isso, significa que posso voltar ao trabalho?”

“Regina!” Emma franziu o rosto em uma expressão carrancuda, se irritando ainda mais com o sorriso debochado nos lábios da morena.

“Certo, certo... eu aceito sair com você,” sorriu. “Mas claro, com certas condições.”

Emma revirou os olhos, observando a morena tirar a camiseta e deitar-se novamente.”

“Claro, com você sempre tem condições.”

“Vai ouvir ou reclamar?”

“Fale logo a droga da condição,” Emma riu, se aproximando da maca com o óleo de massagem nas mãos e o coração acelerado.

“Nada de danceterias, pizza, fast food e claro, vamos no meu carro,” Regina disse decidida, perdendo a postura ao sentir o óleo morno escorrer em suas costas nuas. “E sem bebida alcoólica.”

“Temos um trato,” então suas mãos tocaram a pele morena exposta, deslizando delicadamente até o cós das calças de seda que a mulher vestia, depois subindo novamente. “Não haverá álcool, quero que você se lembre perfeitamente de cada detalhe.”

Emma correu o mais rápido que suas pernas agüentaram. Já havia perdido uma das quatro aulas daquela noite, e apesar de parecer pouco, em época de provas finais qualquer conteúdo perdido era demais. Abriu lentamente a porta da sala já cheia, e seu professor de Orteses e Próteses já estava ao quadro, escrevendo incansavelmente.

“Pretende se juntar a nós ainda hoje, Swan?” perguntou Mr. French, fazendo as bochechas da loira arderem e seus pés se moverem rapidamente até seu lugar, no meio da sala.

Se aprontou em anotar as informações do quadro, mas sua mente não saía de Regina, do encontro que teriam dentro de 3 dias.

“Hey,” ouviu uma voz feminina ao seu lado. “Swan.”

Se virou lentamente para encarar a origem da voz. Era uma garota loira a qual ela dividia grande parte de suas aulas. Tara? Marina? Não... algo com T...

“Sou Tina,” a garota estendeu a mão em cumprimento. “Tina Bell.”

“Ah, Tina,” Emma sorriu. “Por favor, me chame de Emma.”

“Certo, Emma,” a garota sorriu, segurando a mão de Emma por alguns segundos a mais que o necessário. “Baita aula de Diagnóstico que você perdeu... foi uma longa explicação, acho que vai ser muito importante saber tudo.”

“Droga,” Emma resmungou. “Maldito trânsito.”

“Mas eu posso te explicar, digo, se você quiser,” a garota corou, sorrindo timidamente. “Podemos tomar um café depois da aula e te mostro minhas anotações.”

Emma automaticamente pensou em Regina. Ela precisava voltar para a última sessão da noite, mas sem aquela explicação, provavelmente bombaria nas provas.

“Preciso ver com a minha... chefe,” coçou a traseira de seu pescoço. “Te aviso no fim da aula?”

As sobrancelhas de Tina se franziram e a garota assentiu, sorrindo timidamente e retornando suas anotações.

As aulas pareceram eternas, e no fim da última do dia, Emma parou no estacionamento para telefonar para Regina. Tina permaneceu distante, mas perto o suficiente para escutar a conversa.

Regina permitiu que Emma ficasse até mais tarde para estudar, alegando que já havia feito a massagista perder o foco vezes o suficiente, e que talvez, apenas talvez, faria Emma compensá-la de alguma forma futuramente. A loira riu alto.

Caminhando até a Starbucks do campus, Emma basicamente esquecera da presença de Tina. Tentou conter um pouco de sua alegria. Sem sucesso.

“Então... essa é a sua chefe?”

“Sim,” Emma riu, e ainda que sem vontade, acrescentou em sua resposta. “O nome dela é Regina Mills.”

“E o que exatamente você faz pra ela?”

“Sou massoterapeuta,” disse Emma, orgulhosa de si. “Ela sofreu um acidente e estou ajudando em sua recuperação.”

“Entendi...” disse Tina, abrindo a porta da cafeteria e segurando-a para Emma passar. “Você tem sorte em trabalhar na área... trabalho em um restaurante para pagar a faculdade.”

“Você sabe fazer massagem?” Emma perguntou, se sentando em uma mesa afstada, mas bem iluminada. “Eu poderia te indicar no Spa onde eu trabalho.”

“Só sei o básico que aprendemos no primeiro semestre,” respondeu Tina, se sentando em frente a loira. “Talvez você possa me mostrar como se faz um dia desses.”

"É..." seu rosto se tornou vermelho. Emma pigarreou discretamente. "Vai precisar de um pouco mais que minhas aulas para trabalhar lá."

Tina sorriu um pouco, desviando o olhar para suas mãos sobre a mesa.

"Mas não se preocupe," Emma acrescentou. "Em breve você vai estar formada e trabalhando na área dos seus sonhos."

"É para isso que estamos aqui," disse Tina, finalizando o assunto e se levantando da cadeira. "Vai pedir o que?"

"Chocolate quente com canela, por favor,'" disse Emma, passando uma nota de $50 para Tina. "Pode cobrar o seu junto com o meu."

"Emma, não precisa..." disse Tina, devolvendo o dinheiro.

"Eu insisto," sorriu, enrolando os dedos de Tina em volta da nota novamente. "É o minimo que posso fazer para te agradecer por estar me ajudando."

Tina sorriu, se dando por vencida.

"Isso não termina assim, o próximo café será por minha conta."

Emma assentiu, observando Tina caminhar até o balcão, sem saber exatamente o que aquela frase significava.

Quando voltou com as bebidas, Tina se sentiu e abriu os livros, e durante quase duas horas o assunto entre as duas foi exclusivamente sobre a matéria.

Tina era uma garota inteligente e aplicada, além de muito bonita, e Emma podia ver que muitas de suas anotações eram coisas que ela própria jamais notaria importância.

O jeito inocente e avoado de Emma já havia posto a garota em problemas muitas vezes antes, e sem perceber, ela se afundava um pouco mais em um em particular. Ainda que fosse totalmente imperceptível para Emma, Tina Bell alimentava uma pequena queda por ela pelo segundo ano seguido. Pela primeira vez em todo aquele tempo, Tina tomou a coragem necessária para chamar Swan para sair, mesmo que não fosse exatamente uma noite romântica.

Nada a ver, Emma diria. Ela só está sendo legal.

Claro, a garota não era boba, tampouco cega, e pôde ver que o que Emma nutria por sua chefe era algo além do sentimento médico-paciente. Mas um pouco de competição poderia tornar as coisas interessantes, afinal. Ela poderia jurar que vira Emma checar seu corpo uma ou duas vezes durante os anos em que dividiram classes, e seus olhares se cruzaram vezes demais para que fosse algo sem intenção, sem querer. Em sua mente, Regina Mills era apenas um nome, uma paixão platônica a qual todos já tiveram uma vez ou duas. A qual ela, sem querer nomear de tal forma, sentia por Emma.

O que Tina não sabia, era com quem estava lidando.

Quando terminaram de repassar o último capítulo pela segunda vez, Emma estava quase dormindo na mesa. A cafeteria já estava praticamente vazia, e Tina começou a se preocupar com o horário.

"Acho que é só isso," disse Tina. "Se você entendeu pelo menos metade do conteúdo, vai se dar super bem na prova."

"Na verdade, eu entendi tudo," Emma alongou os braços sobre a cabeça, estralando as juntas das mãos. "Você é uma ótima professora."

"Fico feliz," respondeu Tina, guardando os livros e cadernos em sua mochila novamente. "Sempre que precisar, pode contar comigo."

"Obrigada," Emma se levantou, entregando um último livro para a garota. "Você me ajudou muito."

As garotas caminharam até o estacionamento, chegando ao fusca amarelo solitário no pátio quase deserto.

"Você precisa de uma carona?" Emma ofereceu.

"Não precisa, eu moro do outro lado do campus."

"Tina, é praticamente deserto até lá, principalmente neste horário... é perigoso demais."

"Não se preocupe," respondeu Tina em um sorriso, se aproximando da loira. "Sei me cuidar."

"Tem certeza?"

"Claro," a garota sorriu, encostando no capô do fusca. "Por que não fazemos o seguinte: me dê seu número e te mando uma mensagem avisando quando eu chegar."

"Sim, pode ser," disse Emma, preocupada. "Anota aí."

Após trocarem os números, cada uma seguiu para o seu caminho. Tina não via a hora de chegar em casa e falar com Emma, enquanto tudo o que Emma queria era voltar logo para Regina.

Beirava meia-noite quando Emma chegou na mansão. Entrou pelos fundos para não acordar Regina com o barulho de seu motor. Caminhou pelo hall da casa lentamente, andando na ponta dos pés até a cozinha, através da sala escura.

"Vai a algum lugar?"

Emma pulou, pronta para chutar quem quer que estivesse atrás dela. Era Regina, que agora gargalhava, fazendo a loira sorrir.

"Mas que diabos, mulher?" Emma riu, colocando a mão sobre o coração acelerado. "Você quase me matou! O que está fazendo aqui?"

"Desculpe? Até a última vez que chequei, esta é a minha casa," brincou. "Estava te esperando."

"Me esperando pra que?" Emma acendeu as luzes da cozinha, ainda rindo. "No escuro, ainda por cima."

"Esperando você chegar, para jantarmos."

"No escuro?"

Regina assentiu, tentando evitar o sorriso em seus lábios.

"Você ainda não jantou?" Emma resmungou. "Regina, já passou da meia noite."

"Eu não comeria aquela porcaria de macarrão que a Srta. Blanchard fez em nenhuma hora do dia," Regina deu de ombros, caminhando lentamente até o fogão. "Então cozinhei para nós."

Emma se sentou enquanto Regina ligava o forno para aquecer o que quer que estivesse lá dentro.

"Ela já foi dormir?"

"Dez em ponto."

"Quem te ajudou a descer?" Emma tentou disfarçar a preocupação em sua voz. Regina percebeu.

"Não preciso de ajuda, querida. Minha especialista disse que estou me curando, inclusive, já posso ir a um encontro com ela, mas pelo visto ainda não posso ir trabalhar."

Emma apenas a encarou, incrédula.

"Tudo bem, foi ela e o motorista," Regina puxou uma cadeira e se sentou de frente para a loira. "Acho que estão namorando. Ela e Nolan."

"O amor está no ar na mansão Mills," Emma brincou, rindo.

"Haha, muito engraçado," Regina revirou os olhos. "Não são pagos para ficarem namorando sob meu teto."

"Deixe os dois namorarem em paz, Regina."

"Claro," Regina riu. "Olha só com quem fui falar sobre namorar sob o teto de quem paga suas contas."

"O que você quis dizer com isso?" Emma brincou, em uma carranca falsa. "O que está insinuando?"

"Exatamente o que você entendeu, querida."

"Venha até aqui e repita na minha cara."

"Não aceito ordens de ninguém," Regina entrou na brincadeira.

Emma se levantou, sobrancelhas franzidas e um sorriso brincalhão. Colocou o celular e as chaves no balcão, apenas para segurar o rosto de Regina com as mãos e beijá-la lentamente. Um sorriso leve nasceu nos lábios da morena, que puxou a loira para si novamente a aprofundou o beijo.

O som do alarme do forno interrompeu o pequeno momento, e Regina bufou, relutante em se afastar do corpo de Emma.

"Deixa comigo," a loira se afastou lentamente, andando até o fogão. Tirou a grande assadeira de vidro do forno, quase babando sobre o queijo borbulhante da lasanha mais cheirosa que já havia visto na vida. Se concentrou em apoiar a bandeja na pia, ainda de costas para a morena, arrumando a luva nas mãos para não se queimar.

"Você tem uma nova mensagem."

Emma parou em seu lugar, sem saber explicar o por que de sentir tanto medo do que Regina pensaria.

"É de Tina Bell," acrescentou a morena. "Quem é Tina Bell?"

A loira sentiu medo de se virar. Sentiu medo de responder, medo da expressão no rosto de Regina. Sentiu medo de derrubar toda a maravilhosa lasanha em seus pés e arruinar o jantar. Medo de que, afinal? Ela e Regina não tinham nada oficial. Tina era apenas uma colega que lhe ofereceu ajuda, e ela poderia apostar um pedaço grande de lasanha que aquela mensagem era apenas uma confirmação de que a garota havia chegado bem. Ela poderia lidar com aquela situação.

Se virou lentamente, olhando para os olhos de Regina. Ao contrário do que esperava, não havia raiva nem desconfiança. Apenas curiosidade. Algo mais, mas no geral, era uma simples pergunta a qual a morena ainda esperava a resposta.

"A garota que me ajudou com a matéria," respondeu Emma, caminhando até a grande mesa da sala, já posta. "Pedi que me avisasse quando chegasse em casa."

"Posso saber por quê?" Regina estava logo atrás dela, braços cruzados, tentando parecer indiferente. Emma sorriu.

"Casualidade," deu de ombros. "A garota não tem nem um metro e meio e atravessou um campus com um índice de assalto maior que da periferia de Nova Iorque... vamos jantar?"

Regina se sentou ao lado de Emma na grande mesa, ainda desconfiada, mas mais tranquila.

Regina não era tola. Sabia melhor do que ninguém o quão jovem e linda Emma era, que provavelmente atraía interesse de muitos garotos e garotas ao seu redor. Ainda era uma grande dúvida do por que Emma havia se interessado por ela: muito mais velha e amargurada, quando poderia ter outras mulheres muito melhores que ela. Em sua mente, em certo ponto, Emma perceberia tudo isso e a deixaria por alguém melhor. Não seria difícil encontrar. Talvez fosse o principal motivo para que Regina ficasse na defensiva daquela forma.

Serviram seus pratos em um silêncio confortável, sorrindo uma para a outra numa atmosfera leve, tranquila.

"Você não precisava ter me esperado," disse Emma. "Digo, para comer..."

"Não seja tola... além do mais, estava colocando o trabalho em dia até o momento que você chegou. Aparentemente, o rapaz que deixei a cargo de cuidar da empresa em minha ausência não foi muito eficiente."

"Ele fez algo grave?" perguntou Emma, dando a primeira mordida na lasanha. "Meu Deus, isso é delicioso."

"Obrigada querida," Regina sorriu, dando um gole em seu suco. "Nada muito grave, mas eu deveria ter imaginado que ele era jovem demais para aquele cargo."

"Você já esteve na posição de jovem demais para o cargo," deu mais uma garfada. "Meu deus, essa lasanha é realmente muito boa."

"É diferente," Regina se defendeu. "Eu sempre agi com muita responsabilidade e disciplina quando se tratava de minha empresa. Diferente dele, aprendi a abrir mão de certas farras para me comprometer com algo tão sério."

"Eu sei, e te admiro por isso," Emma sorriu, pegando mais um pedaço de lasanha na bandeja. "Admiro como você administrou sua vida e sua empresa, como construiu esse império sem ficar louca."

Regina permaneceu em silêncio, sem reação por não esperar tal declaração repentina, tal demonstração de afeto. Deu mais uma garfada em sua massa, ganhando tempo. Mastigou lentamente, contendo a vontade de chorar ou pular de alegria. Alguém havia notado seu esforço, e acima de tudo, se admirado por ele. Não por interesse, não por inveja. Por admiração.

"Obrigada, Swan," ela tentou parecer indiferente. "Apesar de discordar da última parte. Eu realmente enlouqueci."

"Você não é louca, é maravilhosa."

Seu estômago se apertou.

"Sua lasanha é maravilhosa também," disse a loira, engolindo os restos mortais de seu segundo pedaço. "Eu poderia comer isso pra sempre. Obrigada por cozinhar e por me esperar."

"Obrigada pela companhia," respondeu Regina, se levantando lentamente e se virando para a loira. "E por puxar meu saco."

"Para essas duas coisas sempre estarei a disposição," respondeu a loira em um sorriso, limpando os lábios e tomando o restante do seu suco. Um tapinha em seu colo foi o convite perfeito para que Regina se sentasse se alinhasse em seus braços, encostando a cabeça em seu ombro.

Não se soube dizer ao certo quanto tempo aquele momento durou, mas quando a respiração de Regina se tornou mais leve, Emma sabia que era hora de leva-la para cama.

Ajudou a morena a subir e a deitou na cama, deixando um beijo suave em seus lábios. Voltou a sala e limpou a bagunça do jantar, contando os segundos para deitar em sua cama e apagar.

Seu dia havia sido perfeito, sem exceção de um segundo sequer. Não havia dúvidas que Regina havia trazido para sua vida mais do que uma renda mensal. Ela havia lhe trazido a vida em si. Uma vida muito mais alegre, feliz e amorosa.

Exausta, após o banho, Emma se deitou em sua cama e relaxou. Lembrou-se da mensagem de Tina e procurou o celular em meio ao edredom. Desbloqueou a tela e se deparou com o nome da garota ali.

'Emma, cheguei e estou viva. Mais uma vez, obrigada pela companhia e pelo café. O próximo é por minha conta.

Te vejo amanhã.

Abraços, Tina Bell.'

Emma bloqueou a tela e, novamente, o desconforto surgiu na boca de seu estômago ao imaginar como teria sido a reação de Regina se tivesse aberto aquela mensagem. Ela preferia não descobrir.


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