Over Again escrita por Giulli Chase


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Heeey esse capítulo ta grande igual vcs pediram então quero muitos reviews!! ;)

Gente ótima noticia: Vou entrar de féria quinta então os capítulos vão ser postados com mais frequência!!

Aproveitem a leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/494654/chapter/13

POV Autora:

Flashback (continuação) On:

Após Ethan e Colin darem partida com sua caminhonete Chevrolet Verde musgo, Malcolm virou-se preocupado para Luke.

– Mas e quanto ao seu pai?

– Voltamos antes de a peça acabar. – Afirmou com um sorriso zombeteiro e o olhar brilhado de excitação para correr. Luke realmente amava adrenalina. – Ele nem vai notar a diferença.

– Com uma condição.

– Qual?

– Me levar para casa pra eu me trocar antes. – Falou Malcolm apontando para suas roupas ridículas e antiquadras da peça.

Ambos riram e tocaram um toque de mão esquisito. Luke abriu a porta da caminhonete e entrou esperando Malcolm entrar para pisar fundo no acelerador.

O que os dois não contavam era que a irmão do menino de olhos cinza via tudo de um canto mais distante do estacionamento. Ela observava tudo aflita, de algum modo sabia que essa corrida não iria acabar bem. Com esses pensamentos, um arrepio subiu por sua espinha.

{...}

Flashback Off

Dr. Jackson, um dos médicos mais respeitados de seu país, agora se preparava para começar mais uma de suas tão bem sucedidas cirurgias. Ele colocou o CD preparado especialmente pelo filho no pequeno rádio em um canto da sala de operação.

Respirou fundo. O Jackson mais velho passou os olhos por toda a sala de operação, tudo estava pronto, estava com as pessoas melhores e mais confiáveis pessoas de sua equipe, até mesmo Apolo que veio de São Francisco para ajuda-lo.

– Esse é meu garoto. – Falou orgulhoso ao perceber a primeira musica do CD, a mesma de quando conheceu sua falecida esposa em um baile da escola.

{...}

Flashback On:

Luke corria a toda velocidade e ria alto junto com Malcolm, que estava sentado no banco do carona e se segurava em qualquer lugar já que ambos estavam sem cinto de segurança. Sua visão estava um pouco comprometida já que bebera um pouco de Vodca antes de dirigir.

Eles corriam em um terreno grande a vazio, a grama era média e conforme eles corriam, a terra voava para todo lado. Tanto a caminhonete de Luke quanto a de Ethan corriam em alta velocidade e em círculos, com os motoristas levemente embriagados.

As caminhonetes então pararam uma ao lado da outra.

– Hey nós temos que voltar. – Disse Colin com o braço para fora da caminhonete e sorrindo de lado. – Não queremos perder o final.

Luke e Malcolm apenas assentiram com a cabeça.

– Está pronto? – perguntou o loiro com as chaves da caminhonete penduradas em seu dedo que estava estendido para Malcolm.

– Tem certeza que esta tudo bem? – perguntou o garoto apreensivo.

– Você não pode perder isso. È inacreditável!

– Eu ainda estou meio enjoado de antes cara. – Tentou arranjar ma desculpa para não correr. – E se eu arranhar?

Malcolm não sabia o porquê, mas estava apreensivo em correr. Ele sentia um frio na espinha, como se algo fosse dar errado se ele pegasse no volante do automóvel.

– Arranhar onde? Em uma bola de poeira? – falou Luke brincando com o medo do amigo. – Vai, se arranhar eu assumo. Ok?

Suspirou vencido, percebendo que não teria como fugir da corrida, mesmo querendo não se sentia bem em fazer isso. Passou então para o lado do motorista enquanto seu amigo dava a volta no carro e se sentava ao seu lado.

– Vamos detonar! – Gritou quando girou a chave e ouviu o barulho no motor, acelerando em seguida.

Flashback Off

POV Percy:

Cheguei ao hospital e pude ver varias pessoas, de branco, provavelmente médicos e enfermeiras, correndo de um lado para o outro e com o semblante preocupado; outras se abraçavam e choravam nos ombros de seus entes. Ao olhar para um canto mais afastado e com uma pequena lanchonete, pude perceber uma menina loira em uma maquina de salgados suspirando e escolhendo o que queria comer.

Logo percebi que essa loira é Annabeth. Fui me aproximando aos poucos, com a mochila preta pendurada em um ombro um pequeno sorriso de lado.

– Você esta segurando a fila. – disse ao chegar perto, assustando-a.

– Percy. – falou e um sorriso se abriu em seu rosto cansado. – O que você esta fazendo aqui?

– Eu queria um Twix.

– Você andou bastante. – disse, já que morávamos perto e nossas casas não eram perto hospital, que era em uma pequena cidade ali perto.

– Bom tem dois no pacote. Sabe, eu queria somente um. Precisava de alguém para dividir comigo.

Annabeth sorriu mais um pouco e seus olhos tiveram um brilho diferente. Ao olha-la mais de perto você podia ver que ela não dormia há dias. Seus cabelos estavam mais secos, mais ainda bonitos e grandes olheiras roxas estavam abaixo de seus olhos. Os olhos cinza também não parecem os mesmos cheios de alegria que encontrei quando a conheci, agora estavam mais tristes.

Ela me deu um pedaço de seu Twix e fomos nos sentar em uma das mesas espalhadas pela sala. Abri minha mochila e comecei a mostrar o que eu trouxe. Meu super-quiteantitédio-em-hospitais-chatos, como eu gostava de chama-lo.

– Escolha qual preferir. – falei abrindo os braços e mostrando minha ampla opção de jogos de tabuleiro e revistas que estavam espelhadas sobre a mesa de metal.

– Esse. – Disse pegando um jogo aleatório que eu nomeei de tensão.

– Boa escolha. – Falei e tirei um dicionário do bolso. – No caso de eu ter que te desafiar. – Falei e balancei o dicionário na frente do seu rosto. Ela riu e balançou a cabeça como se desaprovasse.

– Você devia viver em hospitais lá em NY. – Afirmou.

– Na verdade essa é a primeira vez já que meu pai sempre estava trabalhando.

Annabeth apenas balançou a cabeça em concordância, mostrando que entendeu e não precisava falar mais do assunto. Começamos então a jogar para tentar não pensar nas consequências que essa cirurgia irá causar em nossas vidas e na nossa convivência.

– Você é um bom amigo, Percy. – falou carinhosa.

Que legal estou na tão amada friendzone – sentiu o sarcasmo? – Preferia até ser inimigo! Mas nããão eu tenho que ter sorte e estar nessa zona sem saída!

– Você também. – Disse para não deixa-la no vácuo.

POV Autora:

Malcolm acabava de chegar em casa. Ele vestia um casaco azul com detalhes pretos na manga, seus característicos Vans pretos e calça jeans escuro. Seu semblante era triste e se sentia culpado pelo o que aconteceu com seu amigo.

Sua mãe, Atena, estava na sala segurando um copo de café em uma mão e deixando a revista de fofocas velha na mesa de centro. Quando seu filho entrou visivelmente abalado, ela automaticamente ficou preocupada.

– Malcolm o que foi? – A preocupação agora era visível em sua voz.

– Eu me lembro de tudo. Sobre o 4 de julho passado, eu me lembro de tudo o que aconteceu naquele dia.

Falou Malcolm se sentindo mais mal ainda por ter enganados há todos por esse tempo todo. Sempre que lhe perguntavam do acidente ele afirmava que não se lembrava, já que tinha medo de ser julgado por ter capotado o carro, não Luke, igual todos acham.

– Isso é normal, já faz um bocado de tempo. Os efeitos imediatos do trauma...

– Eu sempre me lembrei. – cortou sua mãe e olhou para baixo constrangido por mentir.

A mulher dos olhos cinza e duros se surpreendeu, ela sempre achou que seu filho era a pessoa mais honesta do mundo e agora ouviu isso. Atena colocou as mãos na cintura, e abriu levemente a boca de surpresa, dando uma pose de comandante e curiosidade.

– Continue. – Falou curiosa com a história que vinha a seguir.

– Naquela tarde ele roubou umas coisas da adega do seu pai. E nós estávamos bebendo. – Nessa hora recebeu um olhar reprendedor de Atena, e abaixou a cabeça, mas continuou. – A cerimônia acaba e uns caras vão fazer um Offroad e a caminhonete estava lá e nós não deveríamos ter pegado. Chegamos em um lote abandonado, ele disse que eu podia dirigir. – Nessa hora Malcolm começou a falar mais rápido por contar do nervosismo de contar a verdade e suas mãos suavam.

– Vai com calma. Não esta dando para entender.

– Era eu mãe. Eu estava dirigindo a caminhonete quando aconteceu o acidente, não o Luke.

Atena agora estava confusa, sempre falaram, não só para ela como par a todos, que Luke era quem dirigia no dia. Até o encontraram no banco do motorista!

– Sargento Danforth disse que era...

– Ele previu por onde o corpo do Luke aterrissou que ele estava dirigindo e eu o deixei pensar assim. – Cortou a mãe.

Atena não sabia o que pensar. Milhões de coisas passavam por sua cabeça neste momento.

– Você estava bebendo também?

– Sim. Eu estava. Você não entende? Foi culpa minha! Agora se o Luke morrer vai ser como se eu tivesse matado ele. Como se tivesse matado meu melhor amigo. – Disse se culpando.

Dês do dia em que o acidente ocorreu, Malcolm não parava de se culpar pelo estado em que seu melhor amigo se encontrava. Ele não suportaria que Luke morresse, iria se sentir um assassino. Não ia aguentar ver sua irmã sofrendo e saber que outras pessoas também sofreriam.

– Eu deveria ter te contado e sinto muito mãe. Eu sinto muito mesmo. – Algumas lágrimas que ele sempre escondeu tão bem começavam a escorrer pelo seu rosto. – A Annie vai me odiar para sempre.

– Algumas vezes temos que encarar as consequências de nossos atos, Malcolm. – Afirmou Atena com piedade – Você tem que contar aos pais do Luke.

{...}

Depois de explicar a situação ao pais de Luke, o clima pareceu mais pesado ainda na pequena sala de espera que a família se encontrava.

– Não devia ser meu filho lá. – Disse Hermes com os olhos transbordando de raiva, fazendo Malcolm abaixara cabeça.

Quando Hermes saiu da sala para tomar um ar, sua esposa May tentou ser mais gentil e apreensiva com o menino na sua frente. Ela se sentia mal por ele ter que arcar com a culpa caso algo acontecer com Luke, mas também o culpava, mesmo que pouco.

– Sente-se Malcolm. – disse gentil e apontando para pequeno sofá com estampas floridas em frente.

– Eu sei que fiz uma coisa horrível. Eu sinto tanto. – Suspirou culpado.

– Malcolm, no meu entender você é a primeira pessoa a assumir a responsabilidade pelo o que aconteceu aquele dia.

– Eu deveria ter dito mais cedo. – Abaixou a cabeça. Nessa hora seus sapatos pareciam mais interessantes.

– Sim. Eu poderia dizer o mesmo de mim. Mas não fui capaz de dizer aquelas palavras.

– Você não estava lá.

– Como eu posso não saber que meu filho estava bebendo ou que pegou as chaves da caminhonete? – Falou amargamente. – Quando olho de volta para aquele dia eu acho.... eu acho que sabia.

– Eu sinto falta dele.

– Eu também. Você vai esperar aqui conosco? – perguntou segurando carinhosamente e maternalmente a mão de Malcolm.

– Sim.

POV Percy:

– È oficial! – falei depois de tantas tentativas de fazer a Annie sorrir. – Eu não tenho mais nada a dizer. Eu realmente não sou tão chato. È que é raro eu passar tanto tempo com uma pessoa. Normalmente eu fico arranhando o findo do barril. Eu entro e saio, sem ninguém se machucar.

Annabeth finalmente me olhou. Seus olhos estavam um pouco perdidos, mais ainda presos na realidade.

– Não é você. Esse dia inteiro esta começando a ficar mais longo que os quatro meses que Luke tem estado em coma.

– Deuses. – Murmurei surpreso. – Quatro meses.

Sim isso é muito quando se esta em coma. Normalmente você pode até ficar sem falar e tem que fazer fisioterapia para voltar a andar.

Quando olhei de volta Annabeth estava com o olhar fixo em um ponto qualquer na parede branca com alguns azulejos azuis da parede do hospital. Essa semana toda em que ela recebeu a notícia de que Luke poderia ou não voltar tem ficado assim, perdida.

– No que você esta pensando? – Disse e tirei-a de seus pensamentos.

Ela ficou me olhando por alguns instantes com o olhar desfocado. Quando finalmente focou em mim, pude ver que seus olhos cinza estavam escuros, parecia uma tempestade com diretos a tornados.

– Estou pensando no momento que Luke finalmente acordar. Pensei nisso um bilhão de vezes.

– È?

– E eu sei o que eu vou dizer a ele.

Desviei meu olhar. Isso causava uma dor no meu coração, é como se eu estivesse levando varias facadas de uma única vez. Ela provavelmente vai dizer às palavras que eu queria que ela me dissesse: eu te amo.

– Não é o que você pensa. – Disse me olhando significativamente.

Ela lê pensamentos agora?!

– Vou dizer a ele o quanto sinto por tudo. –Franzi o cenho confuso. Ela não teve nada haver com o acidente.

– Sente?

– Percy, tem uma parte dessa história que eu nunca contei a ninguém.

– O que? – perguntei.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram desse cap gigante?! Deixem reviews pq demorou para escrever ;)
Bjs!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Over Again" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.