– Temos que ir logo então, se ele estiver solto... - Lisbon deu um suspiro incomodado - pode fugir do país.
– Tem razão - disse Jane sabendo que a real razão era que Lisbon tinha medo.
– Não devíamos avisar o Abbott, se for um alarme falso? E se for... - Lisbon não queria concluir a frase.
– Tudo bem, eu digo que precisamos sair, se ele perguntar porque eu invento uma desculpa. - disse Jane.
– Ok.
Jane saiu em direção a sala de Abbott enquanto Lisbon seguiu para o carro. Jane chega e bate na porta, Abbott sinaliza com a mão direita que ele pode entrar.
– O que foi agora Jane?
– Ham... Eu preciso sair de novo. - disse ele sério.
– Ok, posso saber porque?
– Eu preferia que não, mas como não temos um caso... - disse Jane arregalando os olhos e mexendo as mãos.
– Tudo bem. Mas não faça eu me arrepender - disse Abbott desconfiado.
– Obrigado, mais uma coisa: Lisbon vai comigo. - disse Jane abrindo a porta - Tchau.
Jane saiu deixando Abbott com as palavras na boca. Seguiu até o carro que Lisbon, o vendo, ligou .
– Então? - disse Lisbon enquanto Jane entrava no carro.
– Tudo bem, ele não perguntou o porquê.
– ok. Então vamos.
Eles seguiram até a prisão federal em silêncio, algumas vezes Jane procurou acalmar Lisbon, mas vendo que surtia efeito contrário resolveu apenas se calar.
– Boa tarde. - disse um homem na entrada.
– Oi, eu sou a Agente Especial Teresa Lisbon, eu queria ter informações sobre um detento.
– Sinto muito agente, não podem passar daqui, e para saber de um prisioneiro só lá dentro.
– Nós não vamos sequestrar ninguém só queremos saber se um prisioneiros está ai. - disse Jane calmo e sorridente.
– Jane! - reprovou Lisbon.
– Desculpe senhor...
– Jane, Patrick Jane.
– Desculpe senhor Jane, mas a menos que tenha um mandado não posso deixar vocês passarem.
– Ok, ok. Lisbon será que o juiz Clarson já voltou do almoço? - diz Jane olhando para Lisbon
– Eu não sei... - Lisbon compreende - Nós almoçamos muito longe do fórum. Talvez ele ainda não tenha chegado lá - disse Lisbon dissimulada.
– Meh... Não custa tentar não é? - Jane pega seu telefone do bolso - Se não, ligamos para o Frank, ele assina o mandado e chega em alguns minutos.
– Tem razão.
– Tudo bem, podem passar. Não vai demorar, não é mesmo? - disse o oficial seguindo para liberar a passagem.
– Nem um pouco - disse Jane sarcástico se acomodando no banco.
Após passarem pela entrada procuraram o diretor da penitenciária.
– Olá, eu sou Arnold Lipp, o diretor em que posso ajudá-los? - disse o homem apertando a mão de ambos sucessivamente.
– Queríamos saber de um detento que foi transferido da Califórnia, Thommy Volker. - Diz Lisbon um tanto receosa da resposta.
– Claro, o que querem saber? - disse Lipp prontamente.
Lisbon e Jane se olharam.
– Queríamos conversar com ele, se possível claro. - Disse Jane
– Ham... Ok. Vocês avisaram antes? - disse o homem.
– Não, é que... nós temos que correr com o caso e... bem... gostaríamos de pedir sua ajuda - disse Lisbon meio sem graça.
–Hm... Então está bem... Vou pedir para chamá-lo. - disse Lipp saindo em direção a um corredor.
Lisbon ficou inquieta e não parava de bater a mão de leve na coxa. Jane percebeu a ansiedade e a preocupação da amiga.
– Calma Lisbon, pode ser um alarme falso, uma... - ele temeu completar a frase que ela mesmo receou completar - ilusão da sua mente.
Lisbon olhou para ele, era visível a preocupação em seus olhos, e também a angústia e aflição pela demora. Ela aludiu falar algo mas não teve tempo. Arnold Lipp voltava assustado e apreensivo.
– Thommy Volker não está na cela dele. Volker fugiu.