Chegando no FBI.
– Wylie, já descobriu o endereço da família? - pergunta Kim saindo do elevador seguida da equipe.
– Mora sozinho, divorciado, uma filha em Waco, os pais moram em Nevada não sabem de nada que possa ser útil. - diz Wylie.
– Quantos anos tem a filha? - diz Jane.
– 3, mora com a mãe.
– Hum... sem vida social aparente...
– E o trabalho? - Perguntou Lisbon.
– Ele trabalha para o governo. Funcionário público.
Fisher se volta para a equipe.
– Ok. Cho, você analisa os registros telefônicos e as contas bancária; Lisbon, você vai até a casa da ex-mulher e da filha; Jane, eu vou até o escritório dele, quer ir comigo?
– Não, eu... prefiro ir na casa da ex-mulher, talvez ela saiba um podre dele e resolva nos contar - Jane sorri.
– O-ok então, han... então, vamos.
Fisher, Lisbon e Jane seguem de volta ao elevador.
No estacionamento o celular de Lisbon avisa de uma mensagem.
– Hm... o que diz a mensagem? - diz Jane tentando ler de longe.
– Como vou saber? ainda nem abri.
– De quem é?
– Você q... - Lisbon se afasta um tanto irritada com a curiosidade de Jane - Não é da sua conta!
– Ok - Jane ergue os braços e revira os olhos - Eu dirijo, assim você vai poder ficar conversando no celular - disse ele sarcástico.
– Hehe, até parece. Eu dirijo.
Os dois entraram no carro, e no longo caminho até a cidade de Waco a cena do estacionamento foi esquecida por Lisbon, e os dois agiam normalmente. Jane em alguns momentos tentou pegar o celular de Lisbon, não conseguiu. Em parte porque sua consciência não o deixava invadir a privacidade de Lisbon, mas também porque a morena não deixava o aparelho sem vigilância um único segundo.
Afinal, Jane acabou dormindo na viagem por alguns poucos minutos, mas logo chegaram e Lisbon o acordou.
– Jane? Jane? Acorda. Chegamos.
– Hum? Já? cadê? - diz jane ainda sonolento.
– Vamos logo. Tentar voltar antes de escurecer. - Lisbon já dizia com a mesma docilidade de antes.
Jane se espreguiçou e saiu do carro, Lisbon o esperou e ambos andaram lado a lado.
– Por que você quer voltar antes de escurecer? Tem alguma coisa de importante hoje a noite?
– Tem - Lisbon o olhou desconfiada - o jogo da NBA.
– Hum...
Lisbon olhou o celular antes de tocar a campainha e, antes que jane pudesse falar algo sobre, a porta se abriu.
– Oi? em que posso ajudá-los? - diz uma mulher loira, de olhos castanhos e um ar cansado.
– Com licença senhora, somos do FBI. A senhora é Anna Guston?- Lisbon continua com a confirmação da mulher - Estamos investigando a morte do seu ex- marido Frank Darthan. - Diz Lisbon com a voz carregada.
– Frank? - a mulher olha para trás - entrem, por favor.
Jane apenas observa as expressões da mulher. Os dois entram e a mulher junta do sofá alguns brinquedos e oferece para eles se sentarem.
– Drina?! - grita a mulher.
– Sim? - diz uma moça chegando na sala com uma menininha no colo.
– Leva a Jessy pro quarto ta bom? Não deixa ela sair de lá, ok?
– Ok - a moça obedece preocupada e sobe com a criança.
– Senhora, eu sei que isso pode ser um pouco incomodo, mas poderia nos responder algumas perguntas? - Diz Lisbon do sofá.
– Claro, claro... Mas o que aconteceu? - diz Anna se sentando.
– É o que queremos descobrir.
– ele vinha ver sua filha? - diz Jane se inclinando para frente.
– Sim ele vinha uma vez por mês e passava um ou dois dias aqui na cidade pra ficar perto dela.
– Qual a última vez que ele veio aqui? - disse Jane
– Semana passada, levou a Jessy para brincar no parque e foi embora no dia seguinte.
– Notou algum comportamento estranho dele nesses dia? - disse Lisbon.
– Não, não, na verdade ele estava até muito feliz, e deixou a Jessy feliz porque disse que ia trazer uma surpresa na próxima vez que viesse.
– Com licença, onde é a cozinha? - disse jane se levantando.
– Han... no final do corredor a direita.
– Obrigado, com licença.
Jane sai e segue até a cozinha, no caminho percebe muitas fotos da pequenina e muitas delas com a vitima. Ele segue até a cozinha e prepara o chá. Depois segue até o quarto da menina, onde a encontrou brincando com a moça e sorrindo alegre.
– Oi? - disse a criança percebendo a presença de Jane.
– Oi, tudo bem?
– Uhum - a menina deu um sorriso - quer bincar com a gente?
– Claro, por que não?
Jane pega uma das bonecas.
– Que bela boneca.
– minha mãe que te deu.
– E essa que você tanto abraça?
– Foi meu pai, ele veio aqui me ver, e touxe pra mim - disse a pequena acariciando o brinquedo.
– Quando seu pai veio aqui ele disse alguma coisa? O porquê dele estar tão feliz?
A menina olhou para o lado e deixou a boneca delicadamente no chão.
– Não se preocupe, eu só estou pra ajudar, pode confiar em mim.
A menina se aproximou dele e falou bem baixinho:
– Ele disse que ia trazer uma pessoa muito legal pra eu conhecê, e que se eu gostasse dela, ia vir toda vez com ele. mas ele disse que não podia contá pra ninguém ainda, que quando ele trouxesse, ela ia ficá muito com a gente
– Hm... e o que mais aconteceu?
– Jane? - disse Lisbon da porta
Jane se vira para ela, vê Lisbon o chamando com a cabeça , se levanta e sai.