O Reino da Meia-Noite. escrita por Scream Queen


Capítulo 2
Acampamento Júpiter


Notas iniciais do capítulo

É só uma apresentação, está começando, então ficou bem pequeno. Comentem, por favor.



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P.O.V. Lua.

“As espadas batendo formavam faíscas até bonitas, meu irmão era rápido, mas estávamos mais ou menos no mesmo nível, sendo treinados por todos os deuses do Olimpo. Claro, todos pensariam: Ah nossa, que grande honra e blábláblá... Mas, não. Nem um pouco. Era treinamento o suficiente para três vidas inteiras. Treinamento para destruir exércitos inteiros com uma espada. Desviei de um ataque. A mania irritante de Líkos, mascar chiclete durante o treinamento, um dia ele iria acabar se afogando. Contra-ataquei, batendo com a parte chata da espada na boca de estômago dele, mas conhecendo-o, não seria o suficiente nem para deixa-lo arfando. Antes que eu previsse, ele me imobilizou com um braço, atirando minha espada para longe, e eu senti suas mãos em meus cabelos, e em seguida algo pesado e úmido preso a eles.

– Líkos! Você não fez isso! Meu cabelo! – Gritei tentando a todo custo tirar o chiclete da madeixa branca. Ele se afastou rindo e apontando....”.

Acordei, com o brilho cor de rosa familiar na vista, meu quarto no Palácio de Afrodite tinha tanto rosa que parecia mais a Casa da Barbie (Um dos motivos pelo qual eu tenho um quarto secreto, dentro de um portal, que eu invoco com a minha Harpa. Longa história). Eu havia sonhado com meu irmão de consideração, Líkos. Fazia tempo que eu não o via, muito tempo. Tínhamos sido criados juntos no Olimpo, ele era filho de Marte, e eu de Febo (Isso explica a Harpa, presente do meu pai), éramos treinados, então ele tinha ido para o Acampamento Júpiter. E eu havia ficado. Hoje era o meu dia de ir para lá, e cumprir o meu dever. Arranjar um marido aos 15. A pedido da minha mãe. É, talvez eu devesse fugir, mas era para o meu Reino, e eu não iria recuar. O Reino da Meia-Noite era o meu lar, e nada me impediria de salvá-lo. A minha situação entre os Acampamentos era bem confusa. Eu sou meio grega e meio romana. Minha mãe é grega filha de Ares, e no Reino todas as criaturas são permitidas, então ela acabou por conhecer Febo, e bem, essa parte não é necessária, mas eles me tiveram. Então o Reino é o meu lugar, onde eu posso ser ambos sem ser julgada.

Levantei e fui tomar um banho, de água bem fria, eu já era quente o suficiente. Me arrumei, peguei uma mochila e coloquei tudo o quê eu iria precisar. Saí para fora do Palácio, os deuses estavam lado a lado me aguardando. Afrodite já tinha lágrimas nos olhos, e estava meio histérica, Ares apenas sorria, talvez estivesse satisfeito pela guerreira quase invencível que havia criado. Zeus apenas acenou com a cabeça, Hera sorriu, Apolo mandou um joinha, Dionísio estava apenas criando videiras no chão, aposto que não fazia questão de estar aqui, só havia me ensinado como se cultivava uvas, e me odiava por não beber vinho. Poseidon me olhou de cima a baixo, e se aproximou, pondo um chapéu de pesca em minha cabeça e sorrindo, se afastando em seguida, sorri de volta e tirei o presente. Ártemis piscou e sorriu... Todos os deuses já haviam se despedido, quando uma estranha névoa se espalhou para o chão, e uma mulher surgiu no meio desta. Hécate sorriu, e disse:

– A ti, princesa guerreira, eu dou a minha benção, que a magia impregne suas veias e seu coração. – Ela apontou para mim, e eu me senti mais forte, sentia-me mais leve, como se pudesse voar, e uma aura lilás surgiu a minha volta. Fiz uma reverência, e abri um portal, com minha Harpa, entrando nele logo em seguida.

Uma colina verdejante entrou em minha vista, uma casa em ruínas bem no meio dela. A Casa dos Lobos. Uma grande Loba me aguardava sentada em frente dela. Andei até lá, ela não esperou nenhuma palavra minha.

– Não a treinarei Cria de Febo. Não será necessário. Vá para o Acampamento. E lembre-se, você tem algo que naturalmente não é comum aos outros semideuses. O seu Olhar é o do Lobo. Ele já está em seus olhos. Não há nada que eu precise fazer. – Eu assenti, imaginando porque eu tinha o tal Olhar do Lobo, mas eu já estava acostumada com algumas esquisitices sobre mim. Entrei no Portal novamente, e apareci em uma Arena. Olhei em volta e não resisti. Havia tantos alvos quanto era possível, tirei o Arco e Flechas da Aljava das costas. Comecei a atirar, acertando cada alvo bem na mosca, me sentia incrível, embora não fosse algo novo. Talvez fosse a sensação de liberdade, eu tinha um dever, mas enquanto não o cumprisse, eu estava livre. Sem treinamento, eu podia conhecer pessoas, me divertir... Livre para viver.

De repente, sinto alguém atrás de mim, muito próximo e uma voz sussurra:

– Olá, Srta. Sou O.P.* - Me afastei rapidamente. Havia um garoto parado ali, usava jaqueta preta e jeans escuras, coturnos pretos e camiseta do Acampamento Júpiter.

– Olá... – Digo, receosa.

– Boa mira. – Ele diz, olhando em volta e vendo uma flecha em cada mosca de cada alvo. Sorrio.

– Obrigado. Meu nome é Lua. – Me apresentei.

– Eu sei, bobinha. Não costumo me esquecer de um rosto bonito, principalmente quando estou colando chiclete nos cabelos da dona. – O garoto disse, sorrindo travesso. “O quê...?”.

– Líkos?... – Disse soltando o meu arco e ouvindo o eco se espalhar pela arena.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
*O.P. = Todo o Poder (No sentido de "Toda Poderosa").



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