O Reino da Meia-Noite. escrita por Scream Queen
Notas iniciais do capítulo
É só uma apresentação, está começando, então ficou bem pequeno. Comentem, por favor.
P.O.V. Lua.
“As espadas batendo formavam faíscas até bonitas, meu irmão era rápido, mas estávamos mais ou menos no mesmo nível, sendo treinados por todos os deuses do Olimpo. Claro, todos pensariam: Ah nossa, que grande honra e blábláblá... Mas, não. Nem um pouco. Era treinamento o suficiente para três vidas inteiras. Treinamento para destruir exércitos inteiros com uma espada. Desviei de um ataque. A mania irritante de Líkos, mascar chiclete durante o treinamento, um dia ele iria acabar se afogando. Contra-ataquei, batendo com a parte chata da espada na boca de estômago dele, mas conhecendo-o, não seria o suficiente nem para deixa-lo arfando. Antes que eu previsse, ele me imobilizou com um braço, atirando minha espada para longe, e eu senti suas mãos em meus cabelos, e em seguida algo pesado e úmido preso a eles.
– Líkos! Você não fez isso! Meu cabelo! – Gritei tentando a todo custo tirar o chiclete da madeixa branca. Ele se afastou rindo e apontando....”.
Acordei, com o brilho cor de rosa familiar na vista, meu quarto no Palácio de Afrodite tinha tanto rosa que parecia mais a Casa da Barbie (Um dos motivos pelo qual eu tenho um quarto secreto, dentro de um portal, que eu invoco com a minha Harpa. Longa história). Eu havia sonhado com meu irmão de consideração, Líkos. Fazia tempo que eu não o via, muito tempo. Tínhamos sido criados juntos no Olimpo, ele era filho de Marte, e eu de Febo (Isso explica a Harpa, presente do meu pai), éramos treinados, então ele tinha ido para o Acampamento Júpiter. E eu havia ficado. Hoje era o meu dia de ir para lá, e cumprir o meu dever. Arranjar um marido aos 15. A pedido da minha mãe. É, talvez eu devesse fugir, mas era para o meu Reino, e eu não iria recuar. O Reino da Meia-Noite era o meu lar, e nada me impediria de salvá-lo. A minha situação entre os Acampamentos era bem confusa. Eu sou meio grega e meio romana. Minha mãe é grega filha de Ares, e no Reino todas as criaturas são permitidas, então ela acabou por conhecer Febo, e bem, essa parte não é necessária, mas eles me tiveram. Então o Reino é o meu lugar, onde eu posso ser ambos sem ser julgada.
Levantei e fui tomar um banho, de água bem fria, eu já era quente o suficiente. Me arrumei, peguei uma mochila e coloquei tudo o quê eu iria precisar. Saí para fora do Palácio, os deuses estavam lado a lado me aguardando. Afrodite já tinha lágrimas nos olhos, e estava meio histérica, Ares apenas sorria, talvez estivesse satisfeito pela guerreira quase invencível que havia criado. Zeus apenas acenou com a cabeça, Hera sorriu, Apolo mandou um joinha, Dionísio estava apenas criando videiras no chão, aposto que não fazia questão de estar aqui, só havia me ensinado como se cultivava uvas, e me odiava por não beber vinho. Poseidon me olhou de cima a baixo, e se aproximou, pondo um chapéu de pesca em minha cabeça e sorrindo, se afastando em seguida, sorri de volta e tirei o presente. Ártemis piscou e sorriu... Todos os deuses já haviam se despedido, quando uma estranha névoa se espalhou para o chão, e uma mulher surgiu no meio desta. Hécate sorriu, e disse:
– A ti, princesa guerreira, eu dou a minha benção, que a magia impregne suas veias e seu coração. – Ela apontou para mim, e eu me senti mais forte, sentia-me mais leve, como se pudesse voar, e uma aura lilás surgiu a minha volta. Fiz uma reverência, e abri um portal, com minha Harpa, entrando nele logo em seguida.
Uma colina verdejante entrou em minha vista, uma casa em ruínas bem no meio dela. A Casa dos Lobos. Uma grande Loba me aguardava sentada em frente dela. Andei até lá, ela não esperou nenhuma palavra minha.
– Não a treinarei Cria de Febo. Não será necessário. Vá para o Acampamento. E lembre-se, você tem algo que naturalmente não é comum aos outros semideuses. O seu Olhar é o do Lobo. Ele já está em seus olhos. Não há nada que eu precise fazer. – Eu assenti, imaginando porque eu tinha o tal Olhar do Lobo, mas eu já estava acostumada com algumas esquisitices sobre mim. Entrei no Portal novamente, e apareci em uma Arena. Olhei em volta e não resisti. Havia tantos alvos quanto era possível, tirei o Arco e Flechas da Aljava das costas. Comecei a atirar, acertando cada alvo bem na mosca, me sentia incrível, embora não fosse algo novo. Talvez fosse a sensação de liberdade, eu tinha um dever, mas enquanto não o cumprisse, eu estava livre. Sem treinamento, eu podia conhecer pessoas, me divertir... Livre para viver.
De repente, sinto alguém atrás de mim, muito próximo e uma voz sussurra:
– Olá, Srta. Sou O.P.* - Me afastei rapidamente. Havia um garoto parado ali, usava jaqueta preta e jeans escuras, coturnos pretos e camiseta do Acampamento Júpiter.
– Olá... – Digo, receosa.
– Boa mira. – Ele diz, olhando em volta e vendo uma flecha em cada mosca de cada alvo. Sorrio.
– Obrigado. Meu nome é Lua. – Me apresentei.
– Eu sei, bobinha. Não costumo me esquecer de um rosto bonito, principalmente quando estou colando chiclete nos cabelos da dona. – O garoto disse, sorrindo travesso. “O quê...?”.
– Líkos?... – Disse soltando o meu arco e ouvindo o eco se espalhar pela arena.
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Espero que tenham gostado!
*O.P. = Todo o Poder (No sentido de "Toda Poderosa").