Dear Survivor escrita por Annabeth
Notas iniciais do capítulo
Demorei, mas cheguei ownando.
Annabeth
XOXO
"I never wanted you to be so full of anger, I never wanted you to be somebody else, I never wanted you to be someone afraid to know themselves, I only wanted you to see things for yourself."
Abri os olhos lenta e sonolenta. Aquele gosto de laranja estragada na boca, e o cheiro de ferrugem inalado por minhas narinas me deixavam preocupada.
As árvores eram balançadas levemente pela brisa da manhã. Não conseguia ver o sol, as folhas tapavam-no.
Inalei o máximo de ar possível e tomei coragem para avaliar a situação.
Haviam dois zumbis encima de mim e eu estava suja de sangue. Tentei tirar os zumbis de cima de mim, em vão. A dor veio mais rápida que a luz. Berrei ao primeiro movimento.
Olhei para os lados a procura de algo que me ajudasse.
DAISY! Graças a Deus! Pelo menos ela...
Arrastei meu braço até a metralhadora e com esforço consegui traze-la até mim. Coloquei o cano debaixo de um dos zumbis e com um gemido alto, coloquei todo o meu peso na outra parte da arma. Levantei um pouco o zumbi, o bastante para conseguir puxar minhas pernas.
Quando estava finalmente livre, levantei, com todo o esforço do mundo. Cambaleei até uma árvore que tinha ao meu lado. Eu estava numa estrada abandonada. Vi duas mochilas embaixo das pernas de um outro zumbi e fui na sua direção. Tropecei e caí, mas me arrastei até as mochilas.
Abri elas e encontrei algumas seringas e coisas para fazer curativos(bandagens, esparadrapo, e coisas do tipo...).
Deduzi que as seringas fossem anestesias e peguei uma, tateei minhas costas a procura daquele ferimento e senti a espessura da gaze, retirei-a e apliquei a anestesia.
Na hora doeu, mas eu fiz outro curativo encima do ferimento. A dor se esvaiu aos poucos. Procurei alguns antibióticos na mochila e tomei uns quatro e depois bebi um pouco da água que tinha na garrafinha que encontrei junto aos remédios na outra mochila, que era maior e também possuía roupas e um pequeno cobertorzinho.
Guardei tudo novamente e me levantei. A dor apenas diminuiu, mas permaneceu.
Peguei minha Daisy e as mochilas e então parti em passos lentos.
[...]
Três dias se passaram e a dor piorava cada vez mais. As balas da minha Daisy acabaram e as anestesias também.
Eu estava com muita fome, mas muito fraca para caçar. Então parei numa pedra e me sentei escorada nela. Abri a mochila e vi apenas mais uma gaze. A mochila estava vazia.
A qualquer hora eu desmaiaria, morreria e viraria apenas mais um para matar.
A dor se alastrava rápida e dolorosa.
Era o fim.
Meus olhos estavam fechando, já não tinha forças para abri-los novamente, não tinha forças para chorar, não tinha mais forças pra reagir a nada.
Acabou.
Olhei para os raios solares que transpareciam entre as folhas e galhos.
A última vez que eu veria algum resquício do Sol.
Fechei os olhos e entrei na escuridão profunda, o nada.
Pov. Carl
Um mês.
Trinta e um dias.
744 horas.
44,640 minutos sem minha Clair.
Contei para meu pai sobre Daryl ter me espancado e ele o prendeu em uma cela para não fazer mal a outros moradores.
Julie fugiu da prisão para procurar a filha.
Annabelle se arrependeu do que fez e também fugiu da prisão depois do nosso término.
Maggie, Glenn, Tyreese e Carol saíram faz quatro dias, pra uma ronda a procura da minha Clair.
Meu pai não sai da cela dele, ele só fica lá...chorando e se sentindo culpado.
E eu...bom, eu estou tentando manter ordem na prisão. Distribuindo alimentos, cuidando de Judith, organizando grupos para as cercas, rondas e torres. Mas não está dando muito certo, por quê quem mais está sofrendo em toda essa história sou eu.
Não passa um minuto se quer sem que eu esteja pensando onde a Clair deve estar, ou pelo quê ela está passando. Se está passando fome, frio, sede, ou até mesmo se morreu.
Mas eu não posso acreditar nisso. Não é uma opção. Clair não morreu. E eu estou completamente convicto disto. Clair é a menina mais perfeita para mim que eu já conheci. Ela não pode ter me deixado sozinho. Eu preciso dela para viver, sem ela meu mundo não é a mesma coisa.
Estava mais uma vez deitado no meu beliche, pensando em Clair. Até que um barulho de explosão ecoa por toda a prisão.
Vou correndo para a rua, assim como todo mundo, ver o que tinha acontecido.
Um tanque de guerra estava atirando na nossa prisão e derrubando os portões. E quem estava atirando, era nada mais nada menos do que Clarisse(n/a: aquele momento que eu vejo que este seria o final perfeito). Ela ria escandalosamente, pendendo a cabeça para trás. Seu olhar era maníaco, e o sorriso, uma mistura de perversidade com malícia.
Do nada ela para de atirar e olha na minha direção grita algum coisa que eu não consegui entender e o tanque começa e vir na minha direção. Eu estava em pânico, não conseguia me mexer.
Era a minha Clair. Ela estava na minha frente. Depois de tanto tempo...
O tanque desliga e ela e mais um cara saem de dentro dele.
O cara envolve a cintura da MINHA Clair com o braço, ele sorri malicioso e sussurra alguma coisa no ouvido dela, que só arregala os olhos e depois sorri da mesma maneira.
Ela vem na minha direção e eu vou correndo abraça-la. Mas quando eu estou a dois metros de distância ela aponta a metralhadora para mim.
–Mais um passo, e eu atiro.- ela diz séria.
–Clair...o que aconteceu?- perguntei com medo.
–Como sabe meu nome, escroto?- Clair ri debochada.
–Sou eu! Carl! Clair, eu te esperei tanto...volta pra mim.- percebi que todos olhavam a cena espantados. Os zumbis começaram a entrar no pátio.
–Vai cagar!- e essa foi a deixa para ela atirar em mim.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Desculpem os erros de ortografia, e não me matem...por favor :o
Annabeth
XOXO