Colegas escrita por OnlyGirl08


Capítulo 27
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem.



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PSM: Sam

–Como aqui é lindo. – disse olhando a vista maravilhosa que tinha do quarto do Freddie.

–É, não é? – ele me abraçou de costas e ficamos olhando a lua beijando as terras dos Bensons.

–Freddie... – disse me virando e olhando-o.

–O que foi, meu anjo? – ele colocou uma mecha solta do meu cabelo atrás da minha orelha.

–É tão estranho... – disse entrando no quarto. Ele me seguiu confuso. Prossegui. – Você, isso tudo! Você parece um príncipe que todos gostam e respeitam. Isso tudo vai ser seu... Você merecia uma princesa. – disse sentando à cama triste.

–Você é a minha princesa. – ele sorriu ao ver onde eu quis chegar. – Minha princesa que é independente, que é carismática, companheira, forte e linda. – ele me beijou na testa e eu o abracei com força. Ele me fazia tão bem.

–Ah Freddie! Eu te amo tanto! – meu coração doeu tanto ao dizer isso. Não queria soltá-lo, ele me abraçou com força também.

Eu ouvi inconscientemente os pássaros cantarem e sentia uma luz incômoda em meus olhos fechados. Apalpei ao lado e vi que Freddie já havia acordado, olhei meu celular e era dez e pouca. Olhei para o lugar onde seu corpo se encontrava horas atrás e sorri. Levantei-me e fui tomar um banho. O dia mesmo sem sinal de sol estava um pouco abafado, podia dizer que tinha uns vinte graus já. Peguei uma calça jeans uma blusa de manga até o cotovelo preta escrita “Rock’n Roll” em cinza, um coturno azul e desci. O cheiro de comida fez meu estomago roncar. Passei pela cozinha e todos já estavam à mesa. Tori estava toda suja devido a um bolo de chocolate encharcado de calda de morango. O cheiro de torradas amanteigadas era delicioso e os variados sucos davam água na boca. Sentei-me ao lado de Miley e Liam e todos já estavam traçando planos para hoje.

–Assim que acabarmos aqui vou pedir para selarem alguns cavalos para nós e vamos cavalgar até a margem do horizonte. – começou Freddie. Griffin sussurrou no ouvido de Carly, o que a deixou aborrecida. Mas Freddie continuou. – Sugiro que levem bastante água.

Assim que acabamos o café subimos animados para ajeitar nossas coisas. Quando descemos Carly segurava uma mala em mãos.

–Aqui tem algumas coisinhas para comermos, e alguns utensílios para a viagem. – ela esclareceu. Fomos para perto do vinhedo e lá tinham oito cavalos selados pelo menino de onze anos.

–Moça, você tem namorado? – ele disse sem nenhum pingo de vergonha para Alex. Ela só sorriu e bagunçou seu cabelo.

Eu fui sozinha, pois sabia montar muito bem. Carly e Freddie estavam montados com perfeição. Griffin também estava montado como se fizesse isso sempre. Tori foi junto com Miley e André foi com Beck, eles estavam muito gay juntos. Liam foi sozinho e Alex levava Cat.

E começamos a cavalgar. Íamos devagar enquanto Freddie mostrava cada canto e eu me surpreendia mais com o tamanho daquele lugar.

–Ali é a fábrica. – disse Carly virando e indo em direção ao local. – O vinho é fermentado e adormecido aqui. – disse ela. Paramos. O lugar era rústico. De frente, parecia uma casa normal, mas de lado tinha uns trinta metros de largura. Tinha um senhor na porta da fábrica e Carly foi falar com ele. O senhor abaixou a cabeça e entrou. Enquanto Carly aguardava o retorno da mesma Freddie me mostrou um riacho ao lado da fábrica. Parecia uma poça d’água de tão pequena. Não devia ter mais de três metros.

–Meu avô foi batizado aqui, meu pai também e eu também. – ele disse um pouco sério.

–Aqui é sagrado? – eu perguntei inocentemente.

– Para o meu bisavô era. Minha bisa foi criada por padres na igreja que era esse lugar, e eles toda noite rezavam em volta daqui, eu não sei o porque, mas era sagrado aqui para eles. Na primeira guerra, eles usaram o sítio para alojar soldados antes de serem enviados. Foi aí que meus bisavôs se conheceram. Os padres saíram do lugar pois foram expulsos, mas minha bisa na sua juventude e por ser bonita o coronel deixou ela ficar e toda noite ela orava aqui, ela batizou o meu bisavô e quando a guerra acabou ele se tornou coronel e ganhou essas terras, já que não tinha mais utilidade.

–Bacana. – disse podendo sentir a magia daquele lago.

–Aqui gente! – Chamou Carly carregando uma bandeja de madeira com vidrinho cheio de líquido escuro.

Me lembro de ter visto no quarto de Beck um vidro desse quando ele foi na festa de 16 da Carly. Ele disse que o vinho era maravilhoso, ele havia ganhado de lembrança.

O vidro era lindo! Não tinha mais que 20cm e parecia caseiro. Nele só havia um rótulo branco escrito em letras douradas numa caligrafia impecável “Benson’s Wine” e uma rolha protegendo o líquido de sair da garrafa.

Carly colocou os vidrinhos dentro da bolsa que carregava e montou de novo no cavalo. Fizemos o mesmo.

Continuamos a caminhada até que Beck e Freddie se entreolharam e começaram a disparar com os cavalos. Liam riu e antes de correr também, deu um tapa na bunda do cavalo de Miley e Tori que começou a correr junto a ele. Não fiquei atrás deles e logo todos estavam correndo.

–Quem chegar por último é a mulher do padre! – gritou Carly que estava bem na frente.

Só ouvia o barulho dos cascos dos cavalos na grama, do vento rasgando meu rosto e de Cat gritando de medo ao fundo. Comecei a rir disso. Estava tão feliz. Logo comecei a inclinar e estávamos começando a subir a campina, as árvores iam diminuindo e a grama parecia mais macia, pois mal ouvia os cascos agora. Quando chegamos no topo, todos saíram de seus cavalos e eu não deixei de admirar ao ver a bela vista que tínhamos dali de cima, o horizonte era só mar, o vento era delicioso, o céu estava límpido, só deu tempo de ver Griffin pegar Carly no colo e a jogar num riacho, Freddie empurrou Griffin e Miley empurrou Freddie, todos já estava lá dentro. Alguém tinha me empurrado, mas não me importei, a água estava deliciosa. Quente e macia! Parecíamos crianças empurrando umas as outras e jogando água ao outro.

Não sei quanto tempo ficamos ali mas eu nadava ali como se fosse piscina e via Liam carregar Miley no ombro enquanto ele caminhava. Freddie e Cat dançavam na água como dois patetas, Carly e Alex haviam saído para arrumar os lanches. Não queria que esse momento acabasse nunca.

–Estou me sentindo tão bem! – comentou Tori ao entardecer.

Os rapazes haviam feito uma fogueira quando o sol começou a tocar o mar. Estávamos sentados em volta dela para nos aquecermos e secarmos.

–Eu também. – concordou André. – Pena que eu não trouxe o violão para cá. – lamentou , mas rimos.

–seria engraçado ver você cavalgando segurando isso. – comentei. Mas antes de todos rirem Cat levantou e procurou algo no chão. Então pegou um galho firme e prendeu nele um fio de nylon tirado da bolsa térmica, ela começou a fazer um som afinado com ele e Beck entendeu o recado, olhou pelos lado e começou a bater num tronco oco de uma árvores com uma pedra, o som era baixo e grave, Beck começou a fazer som com a boca e eu o acompanhei então miley começou a cantar um música que eu não conhecia, acho que ninguém, ela que estava inventando. Alex foi fazendo o fundo e o resto foi acompanhando batendo as palmas.

“Eu me sinto infinitamente feliz, estou com vocês...

Não podia estar melhor, eu sinto vocês.

Estou com tanta fome que sinto cheiro de pão francês.

Mas isso não importa porque eu tenho vocês.”

Todos riram do refrão, a música animava o lugar enquanto o céu escurecia. Olhei para Miley, senti uma coisa estranha, não sei o que. Ela ali, cantando sorridente, batendo palmas, dizendo essas coisas... Não sei o que era, mas estava me preocupando.

PSM: Carly

Eram dez da noite quando estava na sala jogando cartas com os meninos e Cat e Alex torciam. Sam comia enquanto Freddie conversava com papai ao telefone, acho que mamãe esta com crise de saudades.

–Isso não vale, Beck! –ouvi Alex dizer. – Você ta escondendo uma carta! – Beck só sorriu e devolveu a carta.

–Aí, alguém viu a Miley? –perguntou Tori.

Desde que voltamos do banho no lago ela estava estranha, ela e Sam.

–Não, ela disse que ia tomar banho e ia deitar, disse que tava cansada.

–Ah... Será que devo ir lá? – ela perguntou, mas não foi a mim, foi a Liam que só sorriu e disse que não com a cabeça. Então Tori abaixou a cabeça e voltou a pensar.

–Chegou! – disse Sam carregando uns DVDs em mãos. Freddie vinha atrás dela. – tem uma locadora não muito longe daqui. Vamos ver? – disse ela pulando.

–vamos! – disse eu e Alex juntas. Quando nos sentamos eu ouço passos na escada, me viro e vejo uma Miley descendo lentamente.

Ela tinha o rosto pálido e os olhos fundos, o cabelos estava bagunçado num coque e carregava sua mala.

–Vai embora? – perguntou Beck.

–Vou. Minha mãe... Ela não ta legal... Vou ir para ficar com ela nos últimos momentos. – disse ela fracamente. – Meu pai chegou. Pedi para ele me buscar. – Ela estava quase chorando, uma dor invadiu meu coração. – Me deem um abraço. – ela pediu já chorando.

Sem pensar todos levantaram e a abraçaram com força, foi o abraço mais estranho que já dei em alguém. Tori a olhava com lágrimas nos olhos também e a abraçou com força, quase um minuto elas ficaram assim, até que miley criou forças para sair do abraço, ela olhou para Freddie e ele a abraçou. Ele a abraçou como se fosse um abraço de até daqui a pouco e a vi sussurrar algo em seu ouvido e ele só concordou.

–Miley, você ta bem? – Sam perguntou.

–Estou, porque?

–Esta branca... fraca. – ela disse chegando mais perto da ruiva.

–Só... não to legal mentalmente. Já vou! – ela caminhou ate a porta, olhou a todos e deu um sorriso, Freddie havia saído. – Amo vocês. – disse ela fechando a porta.

Todos ficaram em silencio.

PSM: Alex

Três dias depois de a Miley ter ido embora, finalmente fizemos o mesmo. As férias já estavam ao fim e logo voltaríamos a rotina.

–Como foi a prova? – perguntei a ele.

–Foi difícil, mas acho que me saí bem. – Justin saiu do meu colo e deu um beijo em minha bochecha.

–Com certeza se saiu! Animado para o último semestre?

–Nem tanto, é um semestre bem turbulento.

–Mas vale a pena. – conclui. – Vou indo, amor. – disse me levantando e andando até a porta de sua casa. – Vou me encontrar com as meninas.

PSM: Cat

Carly, Tori e Sam estavam aqui em casa. Fiz alguns petiscos e estávamos conversando sobre o que esperamos desse semestre.

–Curso de culinária! - disse Sam sonhando. - Vou me inscrever para uma bolsa na Universidade de Albuquerque.

–Olhem o meu caderno novo! Lindo, não é? - mostrei um caderno com penas rosas na frente, elas riram. Alguém bateu na porta, quando eu atendi era Alex.

–Cheguei! - disse ela.

–Como o Justin foi? - perguntou Carly.

–Tenho quase certeza de que ele conseguiu. - ela caminhou até a sala e foi falar com Tori, que estava pensativa na janela.

–Ta tudo bem, Tori? - Alex se sentou ao seu lado. Sam abriu um sorriso triste para mim. Sabíamos que ela estava preocupada com Miley.

–Ela não me deu notícias! Não sei se sua mãe morreu, se ela ainda está enfiada num hospital sem trocar de roupas, não sei de nada! Não se ela está chorando, se está desolada! Queria tanto estar com ela... - ela lamentou.

–Eu compreendo, Tori. Mas ela tem que enfrentar isso sozinha, ficou anos sem falar com a mãe e do nada descobre que a vai perder. É um momento íntimo, e acho que se ela já tivesse partido, Miley teria nos avisado.

–Tem razão... - ela suspirou, mas não mudou muito sua expressão aflita.

PSM: Sam

Ouvi o barulho do despertador tocar e minha mãe gritando para levantar-mos. Coloquei o travesseiro em cima do rosto tentando ignorar o mundo, porém, Alex começou a pular em cima de mim gritando eufórica.

–Último semestre, Samy! Vamos! Pare de ser chata! - estava morrendo de sono, mas mesmo assim, relutante eu levantei para tomar um banho.

A água gelada e a música que Alex tinha posto no quarto foi animando meu íntimo e realmente me empolguei. Último semestre! Tenho que aproveitar muito isso! Pensei.

Desci para tomar café e em minutos ouvi buzinas no jardim. Fui lá fora e me deparei com Freddie rindo de como Griffin e Carly estavam pendurados na janela gritando: “Veteranos, baby!”

Eu e Alex entramos no carro ansiosas e felizes. Esse semestre será incrível!

PSM: Tori

Logan gritava para eu sair do banheiro, eu estava particularmente infeliz sem notícias de Miley. Sonhávamos com esse dia, sentrando juntas como veteranas por aquela pora, agora entrarei sozinha porque aparentemente minha melhor amiga esta aos prantos em cima do túmulo da mãe. Quando finalmente tive forças para sair do banheiro Logan já estava irado comigo.

–Você me atrasou! - gritou ele e entrou no banheiro. Suspirei e fui para o quarto. Estava me sentindo particularmente bonita esta manhã. Usava uma blusa preta que Miley tinha me dado com a foto de um peixe metade vivo e metade esqueleto, uma calça jeans apertada e um coturno vermelho.

Como meu estilo mudou.

Abri o guarda roupa e vi os shorts de algodão que costumava usar (em casa) já que não saia. Prendi meu cabelo cumprido num coque no topo da cabeça e passei um pouco de batom.

Realmente me tornei numa nova Tori. Desci e meus pais fizeram um pequeno discurso de que devo aproveitar cada momento desse semestre, pois ele será o último de blábláblá e agradeci quando Liam parou com a sua caminhonete vermelha em frente a minha casa e tive que ir.

–Oi. - disse ele sorrindo.

–Oi. - disse. Ele me fazia tão bem. Era a linha tênue de todo o meu amor por Miley. Nós éramos um trio.

O trio.

E eu os amava infinitamente.

PSM: Cat

Logan e eu fomos de bicicletas hoje. O outono era particularmente minha estação favorita e a ideia de Logan foi sensacional!

Algo tinha mudado desde o último semestre, dramasticamente! E só reparei quando passei pela porta de Rigdway como uma veterana.

Alex era outra, lembro dela entrando tímida e sem graça pela mesma porta, tentando se encaixar num novo mundo, e olha ela!, linda e radiante, mesmo tendo sofrido muito. E Tori? Onde está aquela menina que só vivia pelos cantos? Vendo os outros viverem enquanto se limitava só a sonhar. Carly... ah! Minha Carly! Sem os verdadeiros pais tentava fingir ser que não era para ser aceita, quando percebeu que era amada pelo jeito que era.

As pessoas mudam muito.

PSM: Carly

Biologia, francês, geometria e história. Mal cheguei e estou abarrotada de lição de casa! Na hora do almoço eu não aguentava mais!

–Ok, já tá bom, quero as férias de volta! - resmungou Sam.

–Vão lá para casa e fazemos a lição juntos. - sugeriu Cat e concordamos.

–Hey! - disse Sam baixinho. - Olha quem está ali.

E então vimos o sr. Stwart saindo da sala da diretoria. Se ele tinha voltado só significa uma coisa:

Miley está de volta.

Apressamos em dar a notícia a Tori que pulou de alegria. Assim que tocou o último sinal fomos a uma padaria, compraríamos algumas coisinhas para ela, deve estar arrasada sem a mãe. Liguei para Freddie pedindo para ele avisar os meninos e nos encontramos lá. Ele gritou assustado, pediu para esperá-lo. Não entendi sua situação.

–É meu namorado, mas é dramático. - disse Sam desligando o telefone. - Vamos! Lá nos encontramos com ele.

Assim levando sorvetes e bolos para comermos, nós cinco fomos para a casa do pai de Miley.

Estacionamos o carro e Tori correu para tocar a campainha. Nada.

Ela ficou a tocar a campainha, gritamos o nome de Miley e finalmente o pai dela apareceu.

–Oi, sr. Stuwart! Queremos falar com a Miley! - disse Tori levantando a torta em mãos. Ele olhou para o doce e depois para nós. Deixou escorrer uma lágrima e abaixou a cabeça.

–Meninas, Miley morreu. - ele disse chorando.

O que?


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