Flatmates (?) By A Time escrita por Raura


Capítulo 9
S is for the simple need, E is for the ecstasy - Sherlock


Notas iniciais do capítulo

Mesmo título, versões diferentes,
espero ter compensado o leve capítulo 7,
como prometido eis a visão do Sherlock,

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/494265/chapter/9

Ao acordar Molly ainda dormia em meus braços, tomei cuidado ao me levantar para não despertá-la. Levantei e fui até a cozinha, preparei um pouco de chá e tomei. Decidi ficar um pouco no telhado, era sempre bom ir lá para espairecer.

No começo tentei me manter indiferente, mas não consegui deixar de me envolver por Molly. Uma das razões de eu não querer me envolver era porque eu não ficaria muito tempo ali, precisava desmanchar toda a teia de Moriarty e não sabia quanto tempo isso levaria. Sabia como ela se sentia em relação a mim e não queria magoá-la.

Então pareceu impossível manter-me indiferente, mesmo sem comentar nada Molly sempre via como eu me sentia, meu irmão tinha razão, eu realmente tinha escolhido o momento errado para me apegar a companhia dela. Não conseguia mais ignorar como me sentia, estava decidido a me entregar completamente a esse sentimento cuja compreensão me era nublada, era a primeira vez que eu me sentia assim.

Notei que Molly tinha se deixado afetar pelas palavras de meu irmão, vi que ela não tinha certeza de como eu me sentia, tentaria mostrar a ela. Tive a ideia assim que ela disse que ficaria o dia todo em casa, eu tinha um dia inteiro para infernizá-la com minhas provocações. Evidentemente eu sabia onde esse ‘jogo’ poderia terminar, era o que eu pretendia, só precisava ter certeza se ela também queria.

Desci as escadas de dois em dois degraus, ela ouvia música, iria deixar que ela notasse minha presença e se assustasse como acontecia, mas ela me viu.

— Não sei como você gosta disso – comentei sobre a música.

— Tem uma batida boa pra dançar. – Ela veio em minha direção no ritmo da música e segurou minha mão — Me acompanhe.

Ponderei um segundo antes de segurar sua mão, a conduzia alguns passos, percebi que ela se concentrava para não pisar em meus pés, pensei em comentar, mas com certeza ela pisaria nos meus pés propositalmente. Quando a música acabou sentei na poltrona e a puxei para meu colo.

Molly pretendia se levantar, mas a segurei pela cintura, acariciei os cabelos de sua nuca, ela se inclinou ao meu toque, puxei seu rosto para perto do meu e a beijei. Diferente do outro, nesse beijo a pressão de meus lábios nos dela foi mais intensa, ela me retribuía da mesma maneira, os dedos dela se enrolaram em meus cachos acariciando o couro cabeludo, sentia minha pele arrepiar, percorri a extensão de seus lábios com a língua.

Quando ela se afastou estava corada, mantive os braços ao redor dela, tinha certeza que a excitação que vi nos olhos castanhos estava estampada nos meus, ela fez menção de se levantar e dessa vez eu permiti.

— Vou fazer bolinhos – disse indo em direção à cozinha arrumando os cabelos.

— Vou ajudar – me ofereci sorrindo.

Ela separava as coisas em silêncio, ás vezes me pedia para pegar algo, ocasionalmente reclamava das músicas que ela ouvia, mais por implicância que por serem realmente ruins. Estava concentrada em arrumar as forminhas na forma quando tive a ideia. Passei o dedo na massa para provar esperando a repreensão que viria.

— Não faça isso! – me disse brincando dando um leve tapa em minha mão. Fiz minha melhor expressão de pego com a mão na massa, ela começou a rir. Vi que ele só entendeu o que eu pretendia quando me aproximei e passei o dedo no canto de seus lábios.

— Parece que teremos que limpar isso – disse me aproximando lentamente.

Molly sabia o que eu pretendia, não era boba. Primeiro beijei o canto dos lábios limpando a pouco de massa que tinha ali, depois fui para os lábios, ergui-a e a coloquei na bancada para que ficássemos da mesma altura, ela fechou suas pernas em torno do meu quadril, a cada toque eu queria ir mais além, senti que me deixaria levar por completo quando a ouvi sussurrar meu nome enquanto eu distribuía beijos eu seu pescoço.

— Sherlock... – a desci da bancada, ainda teríamos o dia todo.

— Acho melhor eu deixá-la terminar o que fazia – sussurrei em sua orelha.

Deixei Molly em paz por um tempo, já até sabia qual seria meu próximo passo. Vi ela sentada no sofá lendo livro quando entrei para tomar banho, escolhi usar minha camisa roxa, sabia o quanto ela gostava dessa. Deliberadamente sai do banheiro abotoando minha camisa, ela me olhou por quase dez segundos. Sentei-me ao lado dela bagunçando meus cabelos com minha melhor expressão de inocência, ela voltou sua atenção para o livro me ignorando.

Eu não esperava que ela fosse me dar o troco. Depois de um tempo que entrou no chuveiro ouvi Molly me gritar pedindo a toalha, levei até a porta e disse que estava ali, ela não me ouviu e abri a porta. Tinha bastante vapor ali dentro, ela estava de costas, podia ver perfeitamente sua silhueta. Reuni todas minhas forças para não entrar debaixo do chuveiro com ela. Saí de lá antes que cedesse a tentação.

Então eu tive certeza que Molly havia entrado no meu jogo!

Estava deitado no sofá de olhos fechados, na vastidão de meu Palácio Mental, senti Molly se aproximando, continuei de olhos fechados, ouvi-a suspirar. Quase engasguei com minha própria respiração quando percebi que ela sentava em cima de mim, abri os olhos.

— O que pretende? – me perguntou, prendi o olhar dela com o meu e não respondi. Como dizer pra ela tudo o que eu queria sentir e fazê-la sentir? Puxei seu rosto e a beijei, tentei demonstrar naquele beijo tudo o que eu sentia. Passeava com as mãos em seu quadril, ela se abaixou e passou a dar pequenas chupadas em meu pescoço, comecei a ofegar.

— Molly... – minha voz saiu rouca, ela mordia levemente a ponta de minha orelha, e aquilo me deixou louco!

Olhei nos olhos dela, as íris castanhas praticamente imperceptíveis devido às pupilas dilatadas, não foi preciso verbalizar, seu olhar respondia. Ela queria que eu continuasse. Queria que eu fosse até o final. Permitiria-me sentir e a faria sentir. Compreendendo sua confirmação peguei-a no colo e a carreguei até o quarto.

Cheguei ao quarto e coloquei Molly na cama, deitei-me sobre ela, meus lábios buscando seu pescoço. Nunca antes eu tinha sentido meu coração bater assim. Ela deslizava suas mãos por minhas costas, depois no peito, senti-a desabotoar minha camisa de maneira demorada.

Esperei que ela terminasse de tirar minha camisa para tirar seu vestido. Ela arqueava conforme eu ia tocando, distribuía leves mordidas, os pequenos gemidos que eu arrancava dela serviam para me estimular mais.

Apesar de sexo não ser o foco da minha vida como é na vida da maioria das outras pessoas, nesse momento eu quero isso, e é a primeira vez em que eu quero me satisfazer com esse tipo de prazer, a primeira vez em que eu procuro sexo não por investigação, mas por tesão pessoal.

Chegou um instante em que ambos ofegávamos e apesar de irregular, a respiração tinha certa sincronia, ambos já não tínhamos peça de roupa sequer no corpo. Encaixei meu corpo no dela e comecei a me movimentar, me deliciei com as sensações extasiantes e prazerosas.

Molly passeava com suas mãos por meu corpo, eu retribuía cada toque, os gemidos sussurrados passaram a gemidos em alto e bom tom. Percebi quando ela atingiu o clímax, ela gritou meu nome, logo em seguida fui arrastado por uma onda de prazer.

Deitei-me e a puxei junto comigo, para meu peito. Nossas respirações de normalizando à medida que o silêncio nos envolvia. Eu não me incomodava, ela também não quis quebrá-lo. Se eu não tivesse que desmanchar aquela maldita teia... Queria poder passar mais tempo na companhia dela, provocá-la, me permitir... Isso significava que eu gostava dela? “Não, você não gosta dela, é além...” uma vozinha na sua cabeça disse.

Minhas pálpebras pesavam, no momento o que eu mais queria era dormir, puxei Molly para mais perto de mim, passei os braços por sua cintura, dei-lhe um beijo leve abaixo da orelha, vi a pele de seu braço arrepiar, sorri.

— Boa noite Molly! – Disse com a voz baixa em seu ouvido.

— Boa noite Sherlock! – Respondeu se aconchegando em mim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Quero opiniões sobre esse também, gosto de saber o que vocês acharam e se agradei-os, então don't be shy comentem anyway :3



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Flatmates (?) By A Time" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.