– Clara!

A assistente abriu a porta e encontrou a voz que a chamava.

– Clara! Que bom que te encontrei! Que cheiro de álcool e esse? Você andou bebendo?

– Juliana? O que você esta fazendo aqui?

– vim te buscar! O Cadu esta louco! E a Helena me falou que já faz dois dias que você não aparece em casa.

– Estava muito atarefada com o trabalho.

– Atarefada com o trabalho ou com a Marina? Ate porque essa mancha no seu pescoço não ajuda na sua desculpa de trabalho e com certeza esse cheiro de álcool também não engana.

Marina voltou como prometido e encontrou Juliana com Clara.

– oi Juliana?

– é lembrou do meu nome!

– sim e a sua filha a Bia?

– Ai Clara gostei dela, pelo menos é mais simpática que o Cadu!

– obrigada, não quer entrar tomar alguma coisa?

– Não não! Não sou Zé pinguinha como vocês, mas vim chamar a Clara, olha sobrinha eu e a Luiza vamos viajar, quer ir com a gente? Pode levar o Ivan, vai ser ótimo para ele e para a Bia.

– Viagem oba! Adoro viagem! Posso ir?

– Bom isso depende da Clara.

– Adoraria!

– E quando vamos para essa viagem?

– Sábado!

– Posso levar duas amigas?

– Não vai me dizer que vai levar a Mari e a Vanessa né?

– Claro que não Clarinha, só a Gi e a Flavinha.

– Ah sim! Elas podem ir adoro elas!

– Então será que posso levar a minha sobrinha pra casa?

– Não tem outro jeito tudo bem então! Ate sábado Clarinha e Juliana posso te chamar de Ju?

– Claro, bom já vou indo!

No carro de Juliana aconselhava Clara e a assistente se lembrava de quando aconselhou Luiza para fugir de Laerte.

– Clara você esta me escutando?

– Sim tia!

– Você eih esta dando mais trabalho que a Luiza! Mais olha só agora me conta... Pelo menos você beijou a Marina ou foi pra "cama" com ela?

No estúdio Flavia finalmente acordava e com a maior dor de cabeça de toda a vida.

– Nunca mais bebo desse jeito!

– Flavinha preciso de uma ajuda sua, sua e da Gi!

– Ajuda?

– Sim a tia da Clara me chamou para uma viagem que vão fazer e eu perguntei se podia levar alguém.

– E porque não leva a Vanessa?

– Porque não quero me estressar nessa viagem e se for com a Van sei que vou perder a cabeça!

– Tá bom! Agora falta só a Gi concordar!

Marina sorriu e esperou Giselle acordar para contar as novidades. Ao chegar em casa Clara teve uma pequena surpresa.

– Clara?

– Cadu? O que faz aqui?

– Eu que pergunto o que você faz aqui nesse horário! É incrível como você está se comportando como uma adolescente! Juliana teve que buscar!

– Cadu chega ta não estou em condições de brigar!

–É com certeza não esta, porque o cheiro do álcool está bem notável! Parece que o Felipe e o Nando não são os únicos a serem os beberrões da família!

– Cadu sai da minha casa!

– Vim ver o filho que você a duas noites tem deixado na Helena para curtir as noitadas com aquela sapata!

– OK Cadu! Acho que está bom não? Ou você sai ou eu peço que o Jairo traga alguns amigos dele da boca da favela para te darem um corretivo!

– Isso não fica assim Clara!

Cadu saiu espumando raiva e Clara sentou na porta do seu apartamento e Juliana fez o mesmo.

– Eu devo ser a pior mulher do mundo!

– Não Clara! Não pense assim! Entre tome um bom banho um forte café pra espantar k cansaço e a ressaca e prepare as malas sua e do Ivan, você vai amar o passeio! Pode apostar vai te fazer bem, você vai até ficar mais leve, mais relaxada e ai com a cabeça mais leve pode tomar uma decisão mais sensata!

A assistente seguiu o conselho da tia e entrou em seu apartamento. Logo o sábado a tarde chegou e todos se encontraram no aeroporto do Rio.

– Que bom que ninguém me deu o bolo!

– Até agora não sei para onde vamos, pode me atualizar?

– Claro Marina! Vamos para uma pequena excursão em Goiás, uma casa de veraneio que comprei recente.

Com três horas de viagem chegaram em Goiânia e pegaram um ônibus ate a nova casa de veraneio de Juliana.

– Essa casa é linda Juliana!

– Eu sei Luiza! Mas queria que apenas a minha sobrinha favorita e a minha neta sobrinha a conhecessem.

– Então Juliana onde colocaremos as nossas coisas?

– Ah Marina pode deixar ali no closet, vamos dar uma volta pela propriedade.

Cada um colocou sua mala no quarto e começaram sua visita ao redor da propriedade, Ivan e Bia corriam como sempre enquanto Juliana e Luiza observavam de longe.

– Flavinha cadê a Marina?

– Olha não faço a menor idéia de onde aquela louca esteja, a Marina é louca por ar puro, por todo esse verde!

– O Ivan está um homem já!

– Uê Clara? Quantos anos o seu filho tem?

– Dez anos porque?

– Então porque a sua sobrinha fala que o menino jáé um homem?

– Força de expressão!

– Espera Juliana! Não não me bate com isso não! Espera!

Juliana pegou o pedaço de madeira que encontrou no chão e batia na pessoa que estava pendurada de cabeça para baixo na árvore.

– Tia não! Tia para é a Marina!

– Ah desculpa! Mais também vocêé louca? Para ficar pendurada desse jeito na árvore parecendo uma macaca!

– Olha Clara, as flores que eu peguei para você!

– Nossa só a Marina para apanhar enquanto pega flores!

– Olha Juliana da próxima vez usa essa madeira para bater na Marina é mais macia!

– muito engraçado Gi! Ou sua louca solta isso!

– Credo Giselle! Larga isso!

– Isso não é uma madeira é uma cobra de madeira larga isso!

– Ai meu Deus! Segue Alguém.

– Não joga em mim não! Ai que nojo!

– Luiza para de jogar esse bicho em mim!

– Toma Clara a cobra é sua!

– Ai meu Deus! Toma Bia!

– Não meu bebê! Clara a bebida mexeu com os seus neurônios? Como você dá uma cobra de madeira para uma criança de seis anos? Bia larga isso!

– Quero segurar também!

– Você não quer segurar nada! Larga o rabo dessa cobra Ivan!

– Bia joga fora essa cobra!

– Me dáè meu!

– Para Bia! Também quero segurar!

– Bia larga isso!

– Não vou largar mamãe!

– Ivan solta essa cobra!´

– Cabo de guerra!

– Bia pelo amor de Deus!

– Ivan solta isso Oh meu Deus!

– Gente acho que a cobra morreu!

– Também depois de ser puxada pela cabeça pela Bia e puxada no rabo pelo Ivan e sendo chacoalhada pela Clara e a Juliana não me surpreenderia do bicho morrer!

– Tia joga esse bicho ai que ele vai se decompor e...

Luiza mal terminou de falar e uma ave de rapina apareceu e levou a cobra embora.

– OK quem é a favor de voltar para a casa da Juliana digam sim!

– Espera, Giselle você marcou as arvores que passamos né?

– Era para marcar?

– Que ótimo! Agora vamos todos morrer!

– Mas Ju você não tem um mapa?

– Mapa Lu?

– Calma pessoal vamos encontrar uma saída basta seguir os nossos instintos.

– Eu tô é com medo de seguir o nosso instinto!