Os Fantasmas de Ian escrita por Luna Amaratto


Capítulo 13
Finalmente!


Notas iniciais do capítulo

Oieee!

bom, estamos chegando perto do fim da fic (#chorandoAqui), então os capítulos podem demorar mais um pouco para serem postados?Por quê?Pois eu vou ter uma atenção mais minuciosa com eles, tudo bem?

Bom Cap!



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Ian entrou no carro com os trigêmeos e eles partiram de volta para a mansão. Quando chegaram lá, viram todo o pessoal sentado nas escadas que dão para a sala central.

POV IAN

Quando estacionamos, Eles se levantaram e foram até nós. Quando desci, Hamilton fez uma cara confusa, como se dissesse: Mas que diabos..., porém Amy parecia ainda mais confusa. Ela foi até mim para dizer algo, mas antes que pudesse, toquei seu braço de leve e sussurrei: Você vai ver. Ned e Ted saíram do carro e foram falar com Cat, que estava falando pelos cotovelos, perguntando o que houve.

Depois de uns minutos, Sinead finalmente saiu do carro. Andou até Hamilton sem expressão e o olhou durante um tempo.

–Si... Por favor... Me perdo-

Ele foi interrompido por Si o abraçando bem forte. Ela se jogou em seus braços e depois, antes que Hamilton pudesse reagir, ela o beijou.

Desculpe... – Disse Hammer entre o beijo.

–Não precisa pedir desculpa. Eu... Não gosto de desculpas. - Disse Sinead

Eu sei, mas-

–Eu estava... De cabeça quente. Não analisei as coisas direito. Embora você estivesse errado, e não me arrependi de ter brigado com você. Arrependo-me de agir por impulso... Mas... Não quero perder você, Hammer.

–Então... Quer dizer que... Você me perdoa?-Disse Hamilton, transbordando felicidade.

Sinead fez uma cara super doce e disse:

Sim...

Mas rapidamente fez uma postura ameaçadora.

–MAS SE VOCÊ, HAMILTON HOLT, FIZER QUALQUER COISA PARECIDA COM ISSO NOVAMENTE,OU SEJA, SE VOCÊ ME MAGOAR DE NOVO, EU NUNCA MAIS, NUNCA MAIS,NUNCA MAIS, OLHO NA SUA CARA.

Hamilton fez vários acenos com a cabeça, indicando sim, rapidamente, como um cachorrinho. O que o amor fazia, hã?Dei uma pequena risada, Amy me dando uma leve cotovelada.

–Sim. Eu me arrependo profundamente disso, e nunca, nunca, nunca, nunca, nunca mais vou te decepcionar.

–Ótimo. -Mas ela parecia realmente séria agora. Chegou perto de Catrine e disse, tão fria quanto uma lucian em alguma importante reunião.

–Você. Só quero te dizer, que não vou ser cruel, mal-educada nem te odiar. Mas não gosto de você. Não confio em você. Mas não importa. Eu só perdoei vocês, por que não quero ficar longe de Hamilton, por que meu amor é maior que isso. Sou superior a isso. Não vou guardar rancor. Mas se eu descobrir, que você, sua piranha desmiolada, tocar em qualquer um dos meus amigos, vai descobrir que um Ekat zangado consegue ser tão perigoso quanto qualquer lucian. -Ela estreitou os olhos- Entendido?

Catrine assentiu, com um pouco de medo. Achei um pouco de graça naquilo, geralmente minha amiga era sempre tão doce... E escutar uma ruiva chamar Catrine de piranha, só que com uma marra ainda maior que a de Amy era realmente divertido.

Depois disso, todos voltaram para a casa, em cima de Si, pedindo explicações. Esperei todos entrarem para ir adiante, mas quando fui, vi que Hammer estava parado na parede, me olhando.

–Ahn... Tudo bem, Hamilton?-Perguntei, um pouco confuso.

–Mais ou menos... Posso falar com você?

–Claro.

Ele olhou para os lados e indicou que eu ficasse ao lado dele. Andei até ali, e encostei na porta, perto dele.

–Olha, Kabra... Quer dizer, Ian... Eu só queria te pedir... Bem...

–Só queria me pedir...

–Bom, eu queria te...É que...

–Hamilton!Fala logo!

–Eu queria te pedir desculpas!-Disse por fim. Continuou a falar, olhando fixamente para o chão, como se houvesse algo de interessante ali.

–Bom... Você estava certo. Não tinha culpa de ter colocado aquele vídeo, foi sem querer, sei que não iria machucar Sinead.

–Nem em um milhão de anos.

Era a primeira vez que admitia aquilo em voz alta, mas que se dane. Realmente me importava com Si e não queria que nada de ruim acontecesse com ela. Tinha sido minha única amiga durante esses três longos anos.

–Exatamente. E de qualquer forma, eu era o errado da história, não você.

Eu resisti a ideia de falar: Nãããão!Jura?Está falando sério?Mas me conti. Por pouco.

–E também... Bom, você saiu correndo atrás de um carro em alta velocidade descendo uma colina, só para me ajudar, então... O mínimo que eu poderia fazer é te agradecer.

–Na verdade, eu não fiz isso por você. Fiz pela Si. Sei como ela te ama, e como se arrependeria se largasse de você.

–Mesmo assim... Obrigada.

E ele foi embora. Mas antes, disse:

–Ah, e Kabra.Você consegue ser um cara legal quando quer, devia tentar mais vezes.

É... Devia... Pensei.

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Tentei falar com Amy durante o dia, porém sem sucesso, já que ela ficou o dia inteiro ajudando Sinead com o casamento. No final, ele ia ocorrer hoje mesmo. Eles ainda não tinham avisado do cancelamento para os outros convidados e não tinham tirado a maioria dos enfeites, então não precisaram fazer quase nenhuma mudança.

Não vi nenhum do pessoal, só quando eles saiam correndo procurando e arrumando algo, ou pedindo para uma das garotas fazer o nó de gravata (Quem diria que Daniel não sabe colocar uma gravata? Que surpresa). Logo, logo ficou quase de noitinha, e eu já estava terminando os ajustes em minha roupa. Olhei no relógio; 18: 15. Deveria estar lá em baixo daqui a uns 15 minutos, para verificar as coisas finais. Olhei-me no espelho, terminando de arrumar minha gravata, e não pude de deixar dar um sorriso nível 3: Impressionante. Pois é. Para um homem recém-saído da perturbação mental e assombração por fantasmas, você está deslumbrante, Kabra.

Ri com meu pensamento. Sentei na cama, na frente do espelho, e suspirei. Nunca soube o porquê daquele suspiro. Podia ser cansaço, não tinha tido uma noite de sono realmente boa fazia dias. Talvez o cansaço de um sentido não literal. Estava cansado de tudo aquilo. Todos aqueles problemas. Nunca fui muito otimista, admito, mas queria de verdade resolver as coisas. Tudo tinha sido tão confuso...

POV NARRADORA

Ian ficou pensando em tudo aquilo, relembrando de cada acontecimento naqueles dias. Fixou cada detalhe do rosto de Natalie, pensou em qualquer rastro que Amy pudesse ter dado, indicando que ainda o amava. Ficou divagando quando de repente viu o deslumbre de algo azul no canto da parede, perto da porta. Olhou para aquilo curioso, e foi até lá. Era uma encharpe, fina e sedosa. Tentou se lembrar de alguém usando aquela encharpe. Lembrou-se enfim de quando estava na cozinha, no dia em que derrubou o bolo, e Amy tinha dito alguma coisa daquilo. Então é dela, pensou, rindo um pouco. Só a Amy mesmo para conseguir perder uma peça de roupa em outro quarto.

Voltou ao lugar onde estava, e ficou sentado com a encharpe no colo, olhando-a. Lembrou da última frase de sua irmã. ”Não deixe o babaca do Rosembloom ficar com ela!Lembre-se do seu lema, irmão: Os Kabras nunca perdem!” Sorriu. A Amy idosa tinha dito que ela ainda o amava. Por mais que quisesse, não acreditava em sua fala. Não acreditava nisso. Fez uma careta mista de desconforto e tristeza.

Desde o dia que ele saiu mais cedo da casa de Amy tinha desistido do amor. Achava que não precisava mais dele, e que não a amava mais. Incrível que, como Natalie, esse sentimento não tinha sido totalmente exterminado. Só estava guardado, em um canto que Ian não mexia faz muito tempo. Olhou tristemente para o projeto de cachecol. Não haveria mais fantasmas. Só o que ele custava em evitar. O passado.

*Flash-Back On*

Ian Bocejou um pouco, retomando a consciência. Piscou algumas vezes, sendo inundado pela luz. Tinha acabado de acordar. Achou que estava em casa, quando de repente ouviu um pequeno gemido e sentiu alguma coisa em seu peito. Olhou, e viu uma cascata ruiva. Sorriu. Acariciou seus cabelos levemente, não querendo a acordar. Tentou se lembrar da noite anterior, e seu sorriso se alargou mais quando o fez. Ela tinha, finalmente, o deixado entrar. Realmente estava linda ontem.

Ficou pensando em como seria a partir de agora. Voltaria ao relacionamento de antes?Não, impossível. Ela estava diferente agora, ele estava diferente agora. Viu o reflexo de algo brilhar com a luz do sol, e se ajeitou, sentando. Teve cuidado para deixar Amy confortável, dormindo. Estreitou os olhos para o objeto, e, quando não conseguiu identificar o que era, se levantou e foi até ele. Era um porta-retratos, com uma foto de Amy... E Jake. Aquilo fez Ian relembrar a noite da biblioteca. Virou a cara. Não. Não faria aquilo de novo. Tinha demorado tanto tempo para se recuperar... Não deixaria ter o coração partido mais de uma vez. Principalmente por ela.

Se trocou, guardou suas coisas e sentou-se ao lado de Amy. Ficou a encarando por alguns minutos, que pareceram horas. Olhou para a janela do quarto branco. O sol já estava nascendo, logo ficaria tudo claro. Virou-se para a ruiva, beijou-lhe a cabeça, e disse, com os olhos tristes:

–Desculpe-me por isso. Sei que vou estragar tudo e que você vai ficar tremendamente triste quando acordar. Mas não posso cometer o mesmo erro de antes. Isso não vai ocorrer mais.

Levantou-se e foi até a porta.

–Nunca mais. – sussurrou, antes de ir embora.

*Flash-back Off *

Suspirou, realmente de cansaço desta vez. Olhou novamente o relógio.19:05. Estava atrasado. Levantou-se, e foi em direção da porta, colocando a encharpe em seu bolso, sem perceber ( N/A: No meu mundo, encharpes cabem nos bolsos das pessoas, ok?Ok). Saiu do quarto e foi em direção ao salão principal. O casamento ia começar.


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Notas finais do capítulo

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