Meu último relacionamento com Madoka aconteceu em uma manhã comum, como outra qualquer. Eu acordei com uma ligação dela me convidando para dormir em sua casa, na qual, eu aceitei. Há muito tempo, estava querendo me declarar à Madoka e ir à casa dela podia ser minha grande chance.

–Seja bem-vinda! - cumprimentaram os pais de Madoka, após eu entrar.

–Seja bem-vinda! Seja bem-vinda! - repetiu o mais novo da família. Era o irmão mais novo de Madoka.

–Seja bem-vinda, Akemi! - Madoka cumprimentou por último.

–Muito obrigada! - agradeci a todos.

–Akemi! Akemi! - repetiu o irmão de Madoka. Madoka segurou a minha mão, dando um sorriso:

–Estamos indo lá para o quarto - avisou Madoka para os seus pais.

–Ok, se divirtam - disse a mãe de Madoka.

Assim que entrei, fiquei admirando o quarto e era lindo. Madoka foi logo à frente, se virando para mim:

–O que acha do meu quarto? - perguntou.

–Eu... - falei meio-tímida - Eu...achei lindo - dei um pequeno sorriso.

–Que bom - disse sorrindo de volta - Então... - disse meio-pensativa - O que quer fazer?

–Eu não sei - respondi - Você tem alguma idéia?

–Bom, eu tenho alguns jogos. Que tal jogar algum deles?

–Pode ser - Madoka sorriu para mim e logo se virou para pegar os jogos.

Nos divertimos bastante, mas ainda não consegui me declarar à Madoka. Eu a amava desde que a vi pela a primeira vez. Respirei fundo para poder falar:

–Ei, Madoka - chamei sua atenção.

–O quê? - disse se virando para mim.

–Eu...eu... - tentei dizer meio-tímida, mas fui interrompida pela a mãe dela, nos chamando para o jantar - Depois eu te conto - Madoka ia me respondendo, mas foi interrompida por mim, quando fui rapidamente para sua frente, ainda tímida. Me arrependi por não tedo deixado ela responder, fiquei perdida em pensamentos negativos. Ela agora deve estar achando que eu sou uma idiota. Será que eu vou conseguir me declarar à ela?

No jantar, fiquei comendo a comida aos poucos. Eu ainda estava em estado negativo:

–O que foi que aconteceu, Akemi? - perguntou o pai de Madoka. Todos estavam olhando para mim.

–Er...nada... - disse meio-envergonhada.

–Aconteceu alguma coisa de ruim entre você e a Madoka? - perguntou a mãe.

–N-não! - respondi sem jeito. Abaixei a cabeça e deixei escapar um suspiro - Eu...não quero falar sobre isso...

–Tudo bem - disse a mãe com um sorriso, enquanto colocava a comida na boca - Se precisar de algo é só nos avisar, ta legal? - respondi que sim com a cabeça e todos voltaram a comer, menos Madoka. Ela me admirava sem dizer nada. De repente, ela me deu um sorriso e eu sorri de volta e logo, nós voltamos a comer.

Na hora de dormir, Madoka preparou-me um futon e logo agradeci.

Eu observava Madoka arrumando a sua cama, pensando em como eu vou me declarar à ela. Depois de terminar o seu seviço, ela logo se virou para mim. Fiquei pasma, permanecendo na mesma posição:

–O que foi, Akemi? - perguntou - Você está agindo estranha ultimamente.

–Er... - tentei disfarçar - Nada não, nada não... - disse com um sorriso meio-bobo. Madoka me estranhou por um tempo e logo deu boa noite, me mandando desligar a luz depois.

Eu desliguei a luz e fui me deitar, ainda com muita vergonha. Eu estava me sentindo uma inútil novamente. Não conseguia mais parar de pensar em pensamentos negativos. Eu não conseguia dar um jeito de me declarar à Madoka, sempre que eu tentava, dava à alguma idiotice.

Olhei para a Madoka, que já estava dormindo, por alguns segundos e logo, me virei, tentando desecanar o que aconteceu para conseguir dormir.

Acordamos cedo. Vi Madoka admirando a vista pela a janela. Me aproximei dela, acompanhada com um ''bom dia'', que ela logo me deu de volta.

Eu ainda estava envergonhada com o que aconteceu, mas logo, dei minha iniciativa e me declarei à ela, com um sussurro em sua orelha:

–O que disse? - perguntou se virando para mim. Fiquei quieta por um tempo e logo, disse novamente:

–Eu te amo, Madoka. Eu sempre te amei e quero estar junta com você até o fim. Eu sou apaixonada por você desde que te vi pela a primeira vez - Madoka não respondeu nada. Já estava me sentindo uma idiota de novo, eu sabia como ela não ia aceitar. Mas, eu estava enganada. Ela sorriu para mim e disse que também me amava.

Deixei um sorriso escapar de tão feliz que eu estava. Nos abraçamos e logo, nos beijamos. Agora eu já tinha certeza que aquilo era amor verdadeiro.