Medo de Amar escrita por valdz


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Então, eu fiquei com preguiça de fazer o prólogo, então fiz o capítulo 1 mesmo u-uCapítulo dedicado á Rocker, pelo incentivo para postar a história. :3



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Capítulo 1 – Meu melhor amigo é semideus.

~*~

Um barulho realmente chato se ouvia ao meu lado. Hora de acordar. Abri os olhos lentamente, vendo meu pai jogar um balde d’ água na minha cara com um sorriso travesso.

– PAI, NÃO! – gritei, mas mesmo assim ele jogou. –Di immortales!

– Você tem que parar de falar isso. – suspirou meu pai.

– E você de me molhar quando demoro a acordar!

Joguei a coberta no chão e encarei meu pai. Ele era bonito. Olhos castanhos e cabelos da mesma cor, sem nenhum fio branco, mesmo tendo 40 anos. Moreno e um porte atlético por causa das corridas de manhã que ele fazia, me obrigando a ir com ele, como agora.

– Vamos. – incentivou – Temos uma corrida!

– Não quero ir hoje.

– Ah. – ele bufou – Como ontem.

– É. Como ontem!

– Hoje você vai!

Ele me empurrou até a porta do banheiro do meu quarto e fechou-a antes que eu pudesse protestar. É sempre assim.

Virei-me em direção á parede em minha direita. Ali estava um longo espelho com meu reflexo. Eu não me achava a 8° maravilha do mundo, mas também não me achava filha de um minotauro com a Medusa.

Meus cabelos eram estranhos e meus olhos também. Os cabelos tinham, digamos... Emoções. Cada sentimento meu era uma cor. Como, por exemplo, vermelho é raiva. Azul é calma. Verde é ansiosa. Ou coisa do tipo. Já meus olhos eram coloridos. Verde, azul claro, laranja, amarelo, vermelho, roxo e azul escuro. Mas eu adorava as cores. Sempre adorei.

Quando menor, ficava tentando tocar o Arco-Íris, vivia pintando desenhos. Ah, sempre adorei arte! Tenho um estúdio pra mim em um quarto. Só as telas, tintas e eu. Sempre adorei as sete cores do Arco-Íris. Meu pai dizia que eu puxei minha mãe. Ela era pintora, quando o conheceu. Nunca a conheci. Ele disse que depois que nasci ela teve de ir embora, pois era muito ocupada para uma família agora.

Eu a espero até hoje. Sou iludida, eu sei. Mas, eu, de alguma forma, a amo.

Fui até o Box e o abri, despi-me, entrando nele e o fechando. Liguei o chuveiro e deixei a água molhar meus cabelos, agora, azuis.

Dez minutos eu já estava fora do banho. Fui até o pequeno closet que tinha no banheiro e agarrei uma roupa. Era uma legging preta, blusa vermelha que cobre a minha bunda de manga até os cotovelos, e um all star vermelho. Prendi meu cabelo em um rabo-de-cavalo e saí do banheiro.

– Pai, estou pronta, vamos logo. – gritei – Pai, você foi sem mim, seu palhaço?

Ele não era de fazer isso.

– Pai! – gritei mais alto.

Quando cheguei à cozinha, vi algo vermelho no chão e um pedaço da camiseta que ele usava hoje de manhã. Meu coração disparou e meu cabelo mudou para o tom loiro. Preocupação.

– Buu! – alguém gritou e tocou meus ombros. – Te peguei!

Meu pai.

– Seu... Você me assustou! – berrei, cruzando os braços e sentando na cadeira.

– Fiz cupcakes coloridos.

Meu pai cozinhava bem, e ainda sabia como me chantagear.

– Desculpado! – sorri – Agora os cupcakes! Vamos, filho de Hermes, os cupcakes!

Ele revirou os olhos e se abaixou, abrindo o forno e agarrando uma forma repleta de cupcakes coloridos.

– Já disse para não ficar me chamando assim, filha de Íris.

– Mas você é um filho de Hermes, e eu descendente de Hermes, filha de Íris.

– Exato. – disse desanimado. – E você nunca vai querer ir para o Acampamento Meio-Sangue?

– Vou.

– Sério?

Assenti com a cabeça enquanto agarrava um cupcake rosa. – Quando eu morrer!

– Por que não quer ir? – continuou e agarrou um cupcake marrom.

– Porque eu estou muito bem aqui e lá eles só sabem treinar, treinar, e treinar, como se o mundo fosse acabar no mesmo dia.

– Talvez um pouco disso seja verdade...

– Viu?

– Mas é um ótimo lugar. Eu sou a prova disso.

– Ah, legal pai. – bufei. – Quer se livrar de mim, fale de uma vez!

– Eu não quero me livrar de você, quero seu bem.

– Eu estudo em casa para não ser atacada na escola, caminho com você todas as manhãs para não ficar presa aqui. Não é o bastante?

– Sim e não. – disse – Vamos. Preciso pegar uma coisa com nossa vizinha.

– A senhora Jackson?

– É.

~*~

Meu pai saiu do apartamento e caminhou até o elevador, descendo um andar abaixo. Uma musiquinha irritante tocava. Um som fez com que a porta se abrisse novamente. Caminhamos até a porta 221 e batemos. Eles se mudaram pra cá havia um mês. Os Jackson.

Era uma família legal. Meu melhor amigo era Perseu Jackson. Meu pai adorava conversar com Paul e Sally. Eu os achava bem normais. Queria ser como eles. Mas eu era uma semideusa. Às vezes Percy sumia do nada. Sally dizia que ele ia para um lugar pra passar o verão ou outros amigos o chamavam. Eu me sentia sozinha nesse tempo.

Eu não tinha amigos, apenas Percy. Ninguém mais me achava normal o suficiente para bater um papo.

Sally abriu a porta. Seus olhos castanhos brilharam ao nos ver. Ela prendeu o cabelo castanho em um coque improvisado e sorriu para nós, chamando para entrar. Meu pai ia recusar, mas eu lhe dei uma cotovelada como um sim silencioso.

– Ah claro, obrigado Sally. – disse Renan, meu pai. – Eu só queria perguntar... – começou, quando nos sentamos no sofá de Sally.

Ela viu que eu estava entediada e respondeu o que eu queria saber mentalmente.

– Percy está em casa, querida. – ela sorriu calorosamente. – Está no quarto, pode ir vê-lo, se quiser.

– Obrigada. – e sai.

Bati três vezes na porta. Percy abriu. Ele estava com os cabelos negros bagunçados, os olhos verde-mar sonolentos, uma calça moletom e sem camisa. Corei violentamente e meus cabelos ganharam o tom rosa. Vergonha. Ele percebeu e arregalou os olhos. Pegou uma camisa azul na cama e vestiu-a, chamando-me para entrar.

– Acordei você? – perguntei, enquanto me sentava na cama bagunçada dele.

– Mais ou menos. – disse rouco, rindo. – Eu queria levantar, mas estava com preguiça.

– De nada.

– Pelo quê?

– Por ter lhe acordado.

Ele riu.

– Agora estou com sede. – sussurrei.

– Vou pegar água pra você.

– Obrigada.

Ele sumiu no corredor. Levantei-me e andei entediada pelo quarto. Ouvi ele me chamar, e tropecei em alguma coisa caindo de cara com o copo na mão de Percy e fazendo a água cair na sua camisa. O que foi estranho é que a roupa não molhou.

Meus cabelos ficaram cinzentos. Confusa.

– Percy... Sua camisa. – murmurei. Ele suspirou.

– É... É coisa minha. – disse.

– Parece até... Até...

– O quê?

– Você é um semideus, por acaso? – perguntei, levantando meu olhar para o dele.

– S-sou. – ele engoliu em seco. – Você também?

– Filha de Íris. – sorri e me afastei. – E você Poseidon.

Ele assentiu e sorriu também.

Meus cabelos ganharam o tom branco. Felicidade. Eu finalmente havia encontrado um semideus e ele era meu melhor amigo. Eu sei que acharia vários deles no Acampamento, mas eu não queria ir para lá. Não sozinha. E Percy sumia todo Verão. Ele ia pra lá. Eu não iria estar sozinha.


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Notas finais do capítulo

Bem, é isso '-'Podem deixar um review, tá? Eu não mordo. Só assassino se me irritar. Ok, prometo não te assassinar, mas comente. u-u Obrigada, de nada. :vPS: Como eu sou muito legal (de mais, cara u-u), vou postar o 2° capítulo hoje! õ/



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