P. O. V Melany

Acordei cedo, tomei banho e vesti uma blusa azul com detalhes brancos, um short preto e meu all-star preto.

Logo a concha tocou, peguei minha mochila e coloquei nas costas, segui para o refeitório e tomei café com Daniel, ele me perguntou por que da mochila e expliquei que eu iria ao olimpo a pedido dos deuses, ele mandou que eu tomasse cuidado e eu apenas assenti.

Os sátiros começaram a tocar uma bela música e vi uma carruagem dourada descer num raio solar, na carruagem estava um homem alto e de cabelos dourados com um físico incrível, Apolo, pensei.

Ele desceu da carruagem e foi recepcionado por seus filhos e filhas, logo Quíron foi ao seu encontro também conversaram durante alguns segundos e Quíron apontou para mim, Apolo começou a vir em minha direção e quando estava na minha frente sorriu e disse:

–Você é a Melany não é?- assenti- vim te buscar vamos?

Sorri e me levantei, o segui até a carruagem.

P. O. V Apolo

Quando Quíron apontou a garota faltei morrer, a menina era muito bonita, seus cabelos pretos com mechas loiras caiam como cascata em suas costas, seu corpo era estrutural, tão perfeita, seus olhos para muitos pareceriam de um morto, mas para mim seus olhos eram muito belos, quando estávamos na carruagem e ela sorriu pra mim meu mundo parou, era só ela e eu no mundo todo...

–Uau, que lugar lindo- exclamou ela.

–Então você fala não é?- rimos um pouco- sua voz é tão linda- sussurrei.

–Obrigada Lord Apolo- falou ela.

A Levei a sala do trono e tomei meu lugar em meu trono, todos a cumprimentaram e começou uma pequena discussão sobre quem iria contar e ela continuou calada e quieta no meio da sala.

Até que ficou decidido que eu ia contar, eu pensei em algumas palavras sobre como contar, respirei fundo e comecei:

–Há muito tempo eu me apaixonei por uma humana, desse amor nasceu uma menina chamada Clary Black...

–Minha mãe... Ela era uma semideusa de Apolo?- perguntou ela.

–Sim, e ela cresceu e ficou muito bonita e despertou o interesse nos outros deuses, mas o mais encantado com ela foi Hades, mas era proibido um deus ter alguma relação com um semideus, mas eles o fizeram escondido e disso nasceu você com dons dos meus filhos e dons dos filhos de Hades, Perséfone ficou com ódio de sua mãe e a matou- falei.

P. O. V Melany

Cai de joelhos no chão, me senti desamparada e sem ninguém, minha mãe não havia morrido por casos naturais e sim por uma deusa, eu não queria derramar uma única lágrima na frente daqueles deuses, mas estava ficando quase impossível até que senti braços fortes me abraçarem, eu não sabia de quem eram, mas me sentia em casa e segura sendo segurada por quem fosse.

Passei alguns minutos assim sendo abraçada pelo anônimo, eu queria saber quem estava me ajudando, mas minhas forças estavam quase que esgotadas, mas consegui me levantar e me virei e vi que quem me segurava era Hades, meu pai.

Logo Afrodite me sugeriu que eu fosse para seu quarto para descansar um pouco, aceitei e me despedi de meu pai, depois segui Afrodite a seu quarto e no caminho ela me dizia palavras de consolo.

O quarto de Afrodite era rosa com branco, mas não prestei muita atenção, ela disse que eu poderia ficar à vontade e que ela teria que voltar para resolver outros assuntos dos deuses, assim que ela saiu desabei em sua cama e chorei um pouco.

Logo enxuguei minhas lágrimas e peguei minha mochila, dentro dela tinha minha flauta, comecei a tocar era uma maneira de me acalmar e me deixar mais feliz.

Logo ouvi passadas no corredor, mas não parei de tocar e fechei os olhos em uma maneira de me concentrar na música, ouvi a porta abrir e passos, mas não abri meus olhos.

–Você puxou ao Apolo. Toca mais alguma coisa?- era Poseidon.

–Toco violão, guitarra, piano, teclado, flauta e um pouquinho de bateria- falei- e também canto um pouco- completei.

–Se eu te trouxesse um violão você tocava e cantava uma música para mim?- assenti.

E em poucos minutos ele voltou com Apolo e este tinha um pacote em mãos e me entregou, apenas disse para eu abrir, dentro dele havia um violão preto e num canto havia as palavras: “I love you so much, my dear”, agradeci e olhei para Poseidon:

–Qual a música que deseja senhor Poseidon?

–Que tal A Thousand Years? -sugeriu.

Assenti e comecei a tocar as notas da introdução e como de costume fechei os olhos e comecei:

Heart beats fast

Colors and promises

How to be brave

How can I love when I’m afraid to fall

But watching you stand alone

All of my doubt suddenly goes away

Somehow

One step closer

I have died every day waiting for you

Darling, don’t be afraid I have loved you

For a thousand years

I’ll love you for a thousand more

Time stands still

Beauty in all she is

I will be brave

I will not let anything take away

What’s standing in front of me

Every breath

Every hour has come to this

One step closer

I have died every day waiting for you

Darling, don’t be afraid I have loved you

For a thousand years

I’ ll love you for a thousand more

And all long I believe I would find you

Time has brought your heart to me

I have loved you for a thousand years

I’ll love you for a thousand more

One step closer

One step closer

I have died every day waiting for you

Darling, don’t be afraid I have loved you

For a thousand years

I’ ll love you for a thousand more

And all long I believe I would find you

Time has brought your heart to me

I have loved you for a thousand years

I’ll love you for a thousand more

Quando terminei de cantar toquei algumas notas para terminar, mas não quis abrir os olhos então escutei palmas e abri os olhos, estavam todos os doze olimpianos e meu pai, Hades me ouvindo cantar, tenho certeza que corei um pouco.

–Você canta muito bem querida- falou Atena- seu avô deve estar orgulhoso, não é Apolo?

–Ei, eu estou orgulhoso, mas nada de me chamar de vovô viu?! Eu sou muito jovem ainda- falou Apolo.

Apolo estava com sua aparência de 18 anos, parecia um surfista, quando ele fora me buscar ele parecia ter 25 anos, devo admitir que agora ele está bem melhor.

–Tá Lord Apo... – falei.

–Nem Lord, nem tio, me chame só de Apolo tá e eu vou te tratar como minha prima que você também é- falou ele.

–Mas se eu precisar do meu avô você vai agir como um?- ele assentiu- Então todos os seus filhos são meus tios?

–Pode ser, mas pode ser algo mais se você quiser e seu primo aqui tam... - Apolo tentou.

–Nada de algo mais entendeu Melany Black- esbravejou Hades e assenti- e você Apolo para de dar em cima da minha filha.

Hades me abraçou e eu revirei os olhos, ele era igual ao Alex, enquanto isso Apolo bufou em desaprovação, olhei para Afrodite com um olhar que dizia tipo: me salva, por favor. Ela deu uma pequena risada e começou a andar em nossa direção, quando chegou perto começou a falar que eu precisava de ar e um tempo só, agradeci mentalmente a ela. Depois todos os deuses saíram do quarto deixando apenas eu e Afrodite.

Afrodite começou a falar sobre artigos de beleza e tal, sobre cortes de cabelo, cores de esmalte de unha e eu fiquei apenas acenando com cabeça, aquilo era tortura.

–... E você?- falou ela.

–An? Claro, sim- respondi sem nem olhar nos olhos dela.

–Você nem tá me escutando- falou ela com a cara emburrada.

–Tá, não to mesmo o que posso fazer para que me perdoe?

–Me deixa fazer uma transformação em você- olhei para ela numa expressão de total descrença- juro que não vai ter nada rosa, tudo preto.

–Eu nunca deixaria ninguém fazer isso comigo, mas se não tiver rosa está tudo bem.

Ela deu uns pulinhos de alegria e correu em direção ao banheiro e eu sabia que ia me arrepender de deixá-la fazer isso comigo, mas não tinha mais como voltar atrás. Logo ela voltou e mandou que eu tomasse um banho e quando terminei Afrodite me deu um roupão branco e o apertei fortemente. Mandou que eu sentasse em frente a sua penteadeira e fui.

Ela começou a escovar meus cabelos, depois os secou com o secador e logo utilizou uma escova para modelar meu cabelo, até ai tudo bem tirando o fato que eu estava de costas para o espelho. Afrodite prendeu meu cabelo em algumas presilhas e começou a trabalhar no meu rosto, começou com a preparação da pele e como se minha pele já não fosse branca o bastante ela colocou pó que, com certeza, me deixou mais branca ainda, colocou uma sombra preta e dourada, delineador e rímel também pretos, meu batom era vermelho escuro e quando ela terminou não deixou me ver.

Levou-me para o closet e colocou uma venda nos meus olhos, a maquiagem não ia se desfazer, me ajudou a vestir uma roupa que AINDA não sei a cor, mas se for rosa... Levou-me para penteadeira de volta e não tirou minha venda, começou a tirar as presilhas e outras coisas do meu cabelo, modelou ele com o secador e depois me pôs de pé, mandou que eu esperasse e logo voltou e me virou, tirou a venda e me vi...

Eu estava linda, meu cabelo que antes era um pouco volumoso, ondulado, assanhado agora estava com poucas ondulações, com a quantidade certa de volume, o loiro fazia um perfeito contraste com o preto. Meus olhos estavam muito bem marcados com o delineador e lápis, a sombra era quase toda preta só havia alguns detalhes em dourado, minha pele não estava tão branca quanto achei que estaria. Minha roupa era um vestido muito curto que marcava minhas curvas, que eu sempre tentei esconder com blusas um pouco maiores, o vestido era tomara que caia e tinha alguns detalhes em dourado, lindo, e Afrodite segurava um sapato com um salto médio que tinha uma caveira discreta.

–Eu estou incrível. Você... Obrigada, muito obrigada- falei abraçando-a.

–Não foi nada difícil, principalmente porque você já é bonita por natureza- ela disse retribuindo o abraço- olha nos meus olhos Mel- olhei- toda vez que precisar de uma amiga louca e extremamente linda você pode me procurar, gostei muito de você, quero você sempre assim linda.

Ela me deu um beijo no rosto e disse que tínhamos que me mostrar para os outros, corei com a possibilidade de meu pai me ver assim, mas assenti me calçando e a seguindo.

Adentrei a sala do trono e todos pararam de falar e discutir, meu pai já não se encontrava no local e todos estavam de bocas abertas olhando para mim, Afrodite estava com um sorriso orgulhoso no rosto e eu apenas me encolhi um pouco por não estar acostumada com os olhares.