Palavras escrita por Detoni


Capítulo 24
Sequestro- Parte II


Notas iniciais do capítulo

OLAAAAA COISAS MAIS LINDAS DO MUNDO QUE ACOMPANHAM MINHAS HISTÓRIA! euheuhueueueh ok, parei to mais normal... ou n? Ta, quero agradecer aos números de comentários, d vdd! Mas continuo achando que tem algo muito errado em 23 acompanharem e apenas 8 comentarem :X



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Pov Armin

Faz muito tempo que não converso com o pessoal da cidade antiga. Particularmente, tenho sentido muita falta da Alasca. Viajar para outro país... que mudança!

– AAAAARMMIIIINNN- A bicha loca do meu irmão berra ao meu lado. Olho para ele.

– Que foi?- Pergunto jogando.

– Vamos a um bar!- Ele anúncia.

– Um bar?- Pergunto incrédulo.

– Na verdade uma boate.

– Fazer o que?

– Não é uma boate qualquer! É uma boate strip-tease!- Ele diz. Deixo meu celular cair.

– Que merda Alexy. O que vamos fazer em um lugar desses?- Pergunto.

– Uai... essa permite que você escolha uma para ter pra...

– Você é gay!- Digo.

– E o dono de lá também. E tenho que dizer que ele é uma gracinha.

– Meu Deus- Digo.

– Você ta me devendo uma. Lembra daquela vez em que te encobri quando você...- Ele começa, mas tampo a boca dele.

– Sim eu me lembro.

– Perfeito. Vá se trocar- Ele diz e me levanto, checando meu celular para ter certeza que não quebrou. Sigo pelas escadas até chegar em meu quarto. Ele é lotado de pôsteres, o que é meio... reconfortante. Encaro a foto de Alasca no meu criado, e não posso deixar de lado a sensação de que algo ruim está acontecendo com ela.

***

– Sex- Tease?- Pergunto olhando o nome da boate.

– Sim! Olha o dono ali, vou indo, divirtas-se- Alexy pisca para mim. Adentro a boate e me sento em uma das mesas, bem longe do palco. Um garçom vem me atender.

– Deseja alguma coisa, senhor?- Ele pergunta, e me estende um cardápio. Imagino ser de comida obviamente, mas é de mulheres. Um cardápio de mulheres. A idéia me faz ter nojo. Mas logo meus olhos param em uma cabeleira negra que eu conheço bem. O cabelo tampa o rosto, provavelmente caso a boate seja denunciada. Mas é reconheço das vezes que passei as mãos por aquele cabelo. Alasca.

***

Pov Lys

Já faz um mês que procuramos por todo o país em busca dela, e nada. Nenhuma novidade. Minha dor cresce cada vez mais a cada dia. Miranda foi presa, mas apenas por ser proprietária da casa. Não havia como provar o envolvimento dela com tudo. Nathaniel agora perdeu de vez a sanidade. Só sai de casa para as aulas. Eu por outro lado nem as aulas vou. Todos os dias passo em busca dela.

– Lysandre?- Uma batida a minha porta. Quando abro dou de cara com uma velha conhecida.

– Como vai, Alicia?- Digo.

***

Pov Alasca

– Solicitaram uma hora com a número 140!- Escuto uma voz dizer. Essa sou eu. Já tem 2 semanas que tenho que aturar isso. Homens que solicitam ter uma hora comigo enquanto me estupram sem nem saberem. As 2 primeiras semanas, foi para minha pele melhorar um pouco, se não, de nada adiantaria. Estou com uma camisa que não chega nem na barriga e uma calcinha. Apenas.

Pegam no meu braço com força e pelos cabelos me arrastam até o quarto. Armin está sentado na cama e eles me jogam lá. Ele me encara por alguns segundos antes de me envolver em seus braços.

– Pelo amor de Deus, Alasca. O que aconteceu com você?- Ele pergunta. Começo a chorar em seu peito, incapaz de acreditar que é real, de que ele seja real.

– Ar... Armin?- Pergunto com a voz tremida.

– Isso, aqui é o seu Armin. Por que não me conta tudo para que eu posso te ajudar?- Ele pede. O medo toma conta de mim. Cada tortura que sofri. Cada coisa que tive que fazer apenas por que me comportei mal.

– Eu estou aqui por vontade própria- Digo a resposta ensaiada.

– E minha avó é virgem. Vamos Alasca, eu não vou deixar eles encostarem em você. Vou ligar para o Lysandre e para o Nathaniel. Vou chamar a policia. Mas preciso que você fale- Ele diz. Encaro seus olhos azuis, idênticos aos meus e suspiro.

– Me meti em um monte de encrencas- Digo.

– Disso eu já suspeitava- Ele diz.

***

Pov Lys

Alicia sorri e entra dentro do meu quarto. Ela se senta na minha cama e examina meu mural de fotos, onde recoloquei as minhas com Alasca. Ela pega uma da irmã.

– Onde ela está Lysandre?- Ela pergunta chorando. Nesse momento me lembro que é a segunda vez que Alicia perde a irmã. Alasca foi levada quando nova e agora novamente, aos 20 anos,.

– Acredite em mim Provavelmente perdi um ano da faculdade só para tentar descobrir. Eu estou enlouquecendo, Alicia- Digo chorando e indo até ela. Ela me abraça com força. Ficamos assim: um amparando o choro do outro até que meu celular toca. Examino o visor. Armin?

– Alo?- Digo ao telefone.

– Lysandre? Graças a Deus.- Ele diz.

– Aconteceu alguma coisa?- Ele pergunta.

– Muitas. Encontrei a Alasca.- Ele diz. Olho chocado para Alicia, que me encara intrigada.

***

Pov Alasca

Sou levada de volta ao quarto das mulheres, ou o que me parece mais certo, objetos. Armin sabe onde eu estou, tudo vai dar certo. Tudo. Ele vai avisar a policia e eu vou voltar para casa. Encaro Lucy.

– Tenho um pequeno segredo- Digo. Ela me examina de cima abaixo.

– Conte-me.

– Nós vamos embora- Respondo.

***

Pov Lys

Entrar em um lugar desse me dava nojo. Assim que recebi a ligação de Armin comprei uma passagem de avião e vim direto. Estou hospedado na casa dele, enquanto faço minha busca por Alasca. Me sento em uma mesa que fica meio atrás do palco e examino o lugar. As mulheres estão dançando no palco e homens ficando eróticos apenas com isso. Patético. Um garçom vem até mim com um cardapio, exatamente igual Armin falou.

– De qual gostarias, senhor?- Ele me estende o cardapio. Deslizo os olhos cuidadosamente, para não levantar suspeita. Quando meus olhos param em Alasca, mau consigo acreditar. Quase perco todo o foco e continuo examinando as outras. Por fim volta a página em que Alasca está e aponto para o garçom.

– Quero essa- Digo. ele sorri.

– Boa escolha! Por quanto tempo?- Ele pergunta.

– Quanto é a hora?- Nunca pensei que faria essa pergunta minha vida.

– 230- ele diz.

– Nesse caso, quero 5- Respondo. O garçom me acompanha para que eu faça o pagamento e então me leva a um quarto. O quarto é luxuoso e tem uma capa de casal enorme. Um frigobar lotado e o garçom sorri.

– Fique a vontade para pegar o que quiser. Traremos ela daqui a pouco.- Ele diz e sai fechando a porta. Meu coração martela forte, e achei que ia morrer quando a porta do quarto se abre. Alasca entra e me encara com os olhos lotados de medo. Fica assim até que a porta é fechada novamente ela corre até mim, me abraçando.

– Eu não acredito nisso- Ela soluça em meu peito. Acaricio seus cabelos de leve. Reparo que ela veste apenas uma camisa que estaria mais para sutiã e uma calcinha. Beijo o topo de sua cabeça e a coloco delicadamente na cama.

– Meu amor... como você está?- Pergunto. Seus olhos brilham e ela começa a chorar mais ainda.

– Você está aqui...- Ela não para de repetir.

– Alasca, por favor. Vamos conversar. Olhe para mim- Peço. Quando seus olhos me encaram, percebo o azul fraco que eles estão. suas bochechas estão magras, assim como todo o corpo. Não consigo pensar coisas do tipo "nossa ela é gostosa". Só consigo pensar que quero ajudá-la. - Eu vou matar esses desgraçados.

– Lys... Você não tem idéia do que eu passei. Sabia que o maior alivio da minha vida foi descobrir que eu estava menstruada?- Acho graça, mas logo percebo que é sério. Eu nunca havia cogitado a possibilidade dela estar grávida, mas olhando assim...- Sabe o que eles fazem com as grávidas? Abortam os bebês e depois as matam!- Ela volta a chorar no peito. O ódio por essas pessoas só aumenta cada vez mais.

– Me conte, como você foi levada?- Peço. Ela me encara um pouco fraca.

– Depois da boate eu vi Miranda e então... Ficou tudo preto. Acordei em uma casa de campo ou sei lá, com um cara que nunca vi na minha vida e que afirma ser psicopata. Ele... me estuprava todos os dias..- Ela chora desabando na cama. Ela foi estuprada e está sendo abusada sexualmente todos os dias. Quero pegar uma arma e sair atirando nas pessoas ao meu redor.

– O cara, o psicopata, está preso. E Miranda também- Digo e uma satisfação brilha nos olhos dela, mas logo desaparece.

– Lembra a alguns anos atrás quando você disse que eu era um objeto? Você estava certo- Ela diz. a culpa pesa sobre mim.

– Eu estava mentindo quando disse aquilo! E além do mais foi antes...- Paro de falar e olho em seus olhos.

– Antes de que?- Ela pergunta.

– Antes de eu me apaixonar por você. Nem tenho dormido recentemente, Alasca. Minha vida não tinha sentido, por que você é minha vida. Quando você estava na faculdade, eu sentia um vazio. Mas esse vazio não foi nada comparado com quando eu soube que você tinha desaparecido, e que talvez eu nunca mais fosse te ver...- As palavras vão fluindo apressadamente de mim e ela me para, me beijando. Ela me empurra na cama enquanto me beija. Sou cegado pelo desejo, de ter ela de novo. Minhas Alasca. Então ela se afasta.

– Não é por nada não, mas eu não quero transar com você. Estou meio enjoada de sexo- Ela diz e eu rio um pouco- Por quanto tempo você pagou?

– 5 horas- Digo passando a mão por seus cabelos. Ela me encara surpresa.

– Uau

– Eu queria muito te ver. E quanto o assunto se trata de você eu não consigo pensar direito- Admito.

– Por que me tratou daquela maneira quando eu voltei, então?- Perguntou. Passei a mão pelo cabelo, extressado.

– Eu queria te provocar ciúmes, mas você é a única na minha vida. E você está mal, Alasca. Tem comido direito?

– Como se eu tivesse a oportunidade- Ela diz.

– Tem um frigobar cheio ali. Fique a vontade. Depois durma um pouco- Digo. Ela encara o frigobar e o abre pegando um monte de coisas e se sentando na cama com tudo.

– Tem idéia de quantas regras estou violando?

– E tem idéia de quantas leis eles estão violando?- Digo. Ela começa aquele tanto de porcaria que provavelmente a faria ficar doente depois. Ela me encara e se joga na cama fechando os olhos. Sua respiração está acelerada, até que finalmente ela adormece.

Está na hora de colocar o plano em prática.

***

Pov Armin

– Lysandre acabou de ligar- Anuncio para todos na sala: Rosa, um garoto que nunca vi que afirma ser amigo da Alasca, os policias, um tal de Matheus, Alexy e o aflito Nathaniel.

– Ele deu o remédio para ela dormir?- Pergunta Rosa.

– Deu. Ela está apagada! Vamos!

***

Quando chegamos a boate, os policiais entraram esvaziando o lugar. Lys aparece com Alasca no colo, semi nua.

– O que você fez com ela?- Pergunta o amigo que não sei o nome.

– O que diabos o Ansel está fazendo aqui?- Ele pergunta furioso. Alasca remexe um pouco em seu colo e seu olhar suaviza antes dele entrar no carro. Nathaniel corre atrás e também entra.

– Acho que é isso- Digo entrando também.

***

Pov Alasca

Quando acordo, não estou no chão da boate. Nem no quarto de luxo. Estou em um quarto muito familiar. O mural de fotos é a primeira coisa que vejo, e sinto que vou dormir novamente. Isso é um sonho, só pode. Visto uma camisa de botões de Lys com um short de ginástica dele. Pela primeira vez em muito tempo, me sinto limpa.

Quero ver as pessoas, porém me sinto fraca. Um prato com comida está repousado ao lado de um copo com água. Devoro comida de verdade pela primeira vez em muito tempo. A porta se abre e estou pronta para ver Lys, mas vejo Ansel. Ele sorri.

– Estou tão feliz de ver seus olhos abertos novamente- Ele diz e arrasta uma cadeira para o meu lado. Sorrio para ele.

– Eu sei que meus olhos são fantásticos, não precisa me dizer- Respondo. Ansel sorri.

– Eu fiquei muito preocupado com você- Ele diz.

– Ansel eu...- Começo a dizer.

– Alasca, eu tinha uma pergunta para fazer, e acho que talvez seja uma boa hora...- ele começa. Sei qual é a pergunta antes mesmo dele faze-la- Quer namorar comigo?

– Não, ela não quer. Agora saia do meu quarto antes que eu deforme sua cara com meu lindo punho- Diz Lys na porta. Ansel se levanta e sai do quarto. Lys se senta ao meu lado.- Garoto atrevido...

– Não responda por mim- Digo.

– Você ia aceitar por acaso?- Ele perguntou. Sorri de canto.

– Acho que não. Por agora, eu não quero namorar- Digo.

– Nem comigo?- Ele prgunta.

– Principalmente com você. Eu perdi muito de aula e preciso recuperar- Digo. Antes que pudesse continuar ele me beija e me carrega até a cama- Lysandre...

– Alasca...- Ele ri e me beija novamente. E novamente. E novamente.- Vamos tentar de novo- Ele pede.

– E se falhar?- Pergunto.

– Tentamos de novo. E de novo, e de novo...

– Não gosto de viver tentando- Digo.

– Perfeito. Vamos fazer funcionar- Ele diz. Rio e finalmente, volta a me beijar.


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Notas finais do capítulo

e ai? :3 heuheueuhe como eu disse, tem algo muitooooo errado em apenas 8 comentarem! Então... só posto com 10 comentários. Fantasminha revele-se ou fique sem a história! Bjooos