Geração $ escrita por Bruna Solbiati


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Eeee, último capítulo dos introdutórios, agora a história começa de verdade, espero que estejam gostando



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Naomi entrou no apartamento de cobertura enfurecida como jamais estivera, corria batendo os pés como se estivesse marchando, foi direto ao quarto dos pais sem olha para quem estivesse no caminho, mas ninguém estava lá. No caminho de volta para sala ela cruzou com sua irmã mais nova de apenas oito anos.

– Onde está ele? – perguntou ela exaltada a pequenina.

– Quem? – perguntou a menina em resposta sem entender, nunca vira a irmã assim antes o que a assustava.

– Seu pai! – respondeu ela a garota como se ambas não fossem filha do mesmo homem.

– Acho que na sala de jantar com a ... – antes de completar a frase com a palavra “mamãe” a menina já estava sozinha.

– Quem você pensa que é para chantagear meu namorado? – bradou a menina jogando todo o café da tarde posto a mesa no chão com um gesto brusco.

– Filha minha não namora marginal – retrucou ele se levantando e jogando o guardanapo em seu colo na mesa raivoso – E você vai me obedecer menina ou eu corto todas as suas regalias em um segundo! – ameaçou ele apontando o dedo indicador para ela.

– “Filha minha não namora marginal” – ela repetiu a frase do velho em chacota – E você era o que por um acaso? Todo mundo sabe que você era bicheiro antes de comprar essa empresa de cosmético, é por isso que a mamãe não consegue ir as grandes festas na alta sociedade, hipócrita, você me enoja! – completou ela fazendo cara de desgosto.

– Eu faço de tudo por vocês, eu larguei essa vida, sua ingrata Enquanto você viver sobre meu teto você me deve respeito! Eu não sou como esse traficantezinho de merda que estraga a vida das pessoas! – bradou o homem já sem paciência agarrando a filha pelo braço com brutalidade e sacudindo a mesma.

– Não? E o dinheiro que você tirou daqueles coitados viciados em jogo que não tinham nem onde cair mortos? Você em algum momento pensou que eles também tinham família? Você não tem moral nenhuma pra falar do meu namorado e ao contrário de você ele não se vendeu, você é um frouxo! – o homem quase deu um tapa no rosto da filha, mas hesitou no último segundo soltando o seu braço.

– Eu não vou admitir esse tipo de grosseria sob o meu teto, você já é amiguinha daquela descompensada da Lua Rabelo e daquele viadinho do Frederico e eu não digo nada, enquanto você viver sob o meu teto eu dito as regras, não ouse me desafiar, Naomi... a partir de hoje as coisas vão mudar para você, acabou a vida boa, você não sabe dar valor – foi tudo o que o pai disse antes de deixar o cômodo, estava perdido, odiava essas crises da filha.

A garota sempre foi censurada pelos pais, eles não a deixavam sair de casa, tudo isso por zelo, ambos conheciam a pobreza, os perigos do mundo e só queriam protegê-la o máximo que pudessem, afinal ela uma das menininhas dele, acontece que cuidado de mais pode fazer mal e foi o que acabou acontecendo. Ela cresceu em uma bolha, quando completou dezoito anos foi que esse quadro reverteu e ela assumiu as rédeas de sua vida, tinha raiva dos pais por isso, ela não sabia o que queria da vida, o que esperar... não tinha a vivencia de seus amigos, em busca de recuperar o tempo perdido ela quis viver tudo de uma só vez e sua vida se tornou um verdadeiro caos, contrariando assim tudo o que os pais fizeram por ela.


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