Seu amor é a minha cura - ReNa escrita por soueumesma


Capítulo 72
cap 72 - Confusa


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!



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As horas passaram, estávamos angustiados a espera da ligação e exatamente 15:30h o telefone, corro até ele e atendo. Escuto atenciosamente a notícia com o coração palpitante, desligo o telefone e todos me perguntavam nervosos, mas eu não prestava atenção em nada...............

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........ somente em Helena que acabara de entrar por aquela porta. Sorri e desesperado corri até ela e a abracei forte. – É você mesmo? – perguntei segurando seu rosto quase não acreditando se aquilo era mesmo real. Ela somente chorou, abracei-a novamente tomado pela alegria de tê-la novamente conosco. Todos os outros também emocionados declararam seu amor por ela e o quanto estavam felizes por estar bem. Ela porém permaneceu calada todo o tempo, parecia perdida em seus pensamentos.

– Filha, conta-nos o que aconteceu, onde você estava todo esse tempo? – Adolfo perguntou, mas ela não respondeu. Levantou-se do sofá e seguiu até seu quarto junto a seu cachorrinho.

– Adolfo, Helena passou por momentos difíceis melhor não interrogá-la com perguntas agora, dê um tempo até que ela se sinta a vontade para nos contar. – fala Lúcia.

– Não! Eu preciso saber o que aconteceu com minha amiga só assim poderei ajudá-la. – disse Emma se levantando e indo até o quarto de Helena que por sorte não estava trancado.

– Renê eu preciso conversar com você é importante. Pode vir comigo até o escritório? – perguntou Patrícia. Assenti com a cabeça e a segui.

– O que quer conversar comigo Patrícia? – sento-me em uma poltrona de frente pra ela.

– Bom Renê, graças a Deus minha irmã apareceu. O que quero conversar contigo é sobre o futuro dela. Sei que posso estar me metendo na relação dos dois, mas Helena é muito importante pra mim e tenho uma imensa gratidão a ela por tudo que fez a meu favor. Eu quero saber se tens interesse em reatar com ela mesmo sabendo que foi vítima de estupro. Pergunto isso porque vocês se separaram por achar que ela tinha um caso com Morales e talvez não a queira mais por ter sofrido essa violência.

– Eu errei sim em achar que ela era infiel a mim, mas não deixarei que nada mais nos atrapalhe muito menos o que aconteceu agora. Quero Helena de volta para cumprir a promessa que sempre prometi que era de cuidar dela. Vou passar por cima de qualquer obstáculo para ficarmos juntos outra vez.

– Mesmo sabendo que ela possa estar infectada com o vírus da AIDS?

– Paty, não sabemos o que aconteceu, Helena ainda nãos nos disse. Luciano pode estar mentindo sobre esse suposto estupro, mas sim vou amá-la na saúde e na doença. – digo convicto. -Nada mais vai me distanciar dela, a amo demais e espero que me aceite de volta. – Porque acha que ela possa ter AIDS? – pergunto sem entender, pois Paty falou tão certa. Após a pergunta percebo que seus olhos se encheram de lágrimas.

– É que eu ainda não contei a ninguém, mas Luciano foi um dos caras que me violentaram, naquela noite quando aconteceu minha desgraça ele disse que eu me parecia com alguém que ele amava, mas que ainda não tinha em seus braços. Agora sei que ele se referia a Helena. Renê eu tenho certeza que ele fez essa maldade com ela. – Paty revelou chorando me levantei e fui até ela dar-lhe um abraço. A impressão que ela sempre me passara era que havia superado aquilo, mas não. Era apenas aparência, nenhuma mulher consegue esquecer isso. São feridas que nunca serão cicatrizadas. Meu pensamento era como Helena seguiria em frente com isso, minha pequena é tão frágil.

– Paty você precisa contar isso a polícia, através do Luciano eles conseguirão chegar até aqueles outros desgraçados. Se quiser eu te acompanho. – ofereci novamente meu apoio.

– Eu aceito sim só que irei amanhar quero passar o resto do dia aqui com minha irmã, e se Helena deixar quero ter a oportunidade de conversar com ela e dá o mesmo apoio que ela me deu.

***

– Até que enfim saiu do banho Helena precisamos conversar! – disse Emma sentada em minha cama. – Quero saber tudo o que aconteceu.

– Emma eu não quero falar sobre isso agora. – digo me vestindo.

– Helena você sabe que pode desabafar comigo sempre fui seu ombro amigo todos esses anos e sabe também que não te deixarei em paz até colocar tudo pra fora. Eu quero te ajudar e lhe dar todas as palavras de apoio que posso. Sei que é difícil, mas é necessário que desabafe e aliás já marquei consulta com seu psicólogo também.

– Emma, por favor!

– Helena, por favor digo eu. Você não sabe a angústia que passamos durante toda essa semana que estava desaparecida. Luciano disse que estava morta. – ela chorou. – Amiga, eu pensei que tinha perdido minha irmã de coração. Era um dia pior que outro, busca pós busca e nada do seu corpo aparecer e a pior notícia foi a que veio hoje pela manhã. Haviam encontrado um cadáver em decomposição com o mesmo tempo de seu desaparecimento, meu mundo caiu. Você sabe que é minha única família é você e agora Morales, portanto Helena eu sofri muito.

– Tudo bem! – digo me sentando ao lado dela. Fiquei com a cabeça baixa olhando para minhas mãos até começar a contar...

#Flashback On

– Me solta, por favor. Se me ama de verdade me deixa ir. – falei chorando.

– Não, e sabe de uma coisa, eu não vou conseguir me controlar até a viagem! – Olha o estado que você me deixa? – disse apontando para o volume de sua ereção. Vai ser agora meu amor, seja boazinha.

– ME SOLTA, SOCORRO, SOCORRO, SOCORRO! – gritei o máximo que pude. – Renê me ajuda, por favor...

– Ninguém irá te escutar boneca! – Ele me levantou do chão pousando meu corpo sobre a cama, me encolhi o máximo que pude num canto. Ele puxou minhas pernas pra mais próximo de si e começou a se despir. – Vai ser agora meu amor, vou te mostrar como se leva uma mulher ao prazer extremo, tenho certeza que você vai adorar e se entregará por conta própria! – ele fala estimulando seu membro. A única coisa que eu conseguia fazer era chorar e gritar por socorro desesperadamente. – Não precisa chorar princesa! – disse inclinando-se para arrancar minha roupa, aproveitei o movimento e lhe chutei com toda força o estomago fazendo que ele batesse a coluna na quina de uma velha mesa que havia ali no quarto. Creio que a pancada foi muito forte, pois ele se contorcia de dor tanto no estômago quanto nas costas. Me levantei rapidamente pegando as chaves do carro de Luciano. Eu sabia que não conseguiria chegar muito longe devido a torção de um de meus pés, mas tinha que tentar ou seria outra vítima dele. Saí daquele casebre e logo avistei o carro que estava um pouco distante da casa pra não levantar suspeita. Fui caminhando lentamente até lá, o mato era um pouco alto e dificultava ainda mais meus passos. O sol estava quente, comecei a sentir aqueles sintomas de sempre, minha cabeça lateja e um imenso cansaço tomou conta de mim. – Vamos Helena você não pode parar agora! – falei a mim mesma. Respirei fundo tentando me recompor e prossegui.

– Pensou que ia fugir de mim sua desgraçada! – disse Luciano quando agarrou minhas pernas por trás, eu não o havia visto atrás de mim. – Você não sabe a dor que estou sentindo por sua culpa, portanto irá pagar e agora mesmo. – ele apertava forte meu pé machucado me fazendo quase desmaiar de dor. – Ta doendo sua vadia? Isso não é nem metade da dor que estou sentindo. Vou possuir esse seu corpinho gostoso e vai ser aqui. Queria te tratar como uma princesa só que não merece.

– Solta a Moça! – ordenou um caçador antes que Luciano pudesse de despir novamente. – Larga ela antes que dou-lhe um tiro na cabeça. – falou apontando a espingarda. Luciano olhou assustado jogando fortemente meus pés no chão. A arma era apontada pra ele enquanto se afastava com dificuldade. Quando estava a uma boa distância Pedro me ajudou a me levantar, ele me levou para sua casa onde passei toda a semana.

#Flashback off

– Não voltei antes porque passei mal outra vez então a família dele ficou cuidando de mim. Desculpa não ter ligado antes, mas foi porque eles não eram providos de tecnologia, nem TV havia por lá.

– Então quer dizer que Luciano mentiu, ele não chegou a abusar de você sexualmente. – Que bom amiga, graças a Deus. – Emma me abraçou. - Luciano deu um depoimento completamente diferente com certeza foi para irritar Renê que estava presente durante todo o processo

– Graças a Deus mesmo. Foi horrível passar por esse sufoco e não sei o que seria de mim se ele tivesse consumado o ato, não sou tão forte como Paty aparenta ser. – Foi ele Emma, ele quem abusou da minha irmã. – falo chorando novamente.

– Coloque em sua cabeça que não aconteceu o pior, que Deus estava ao seu lado e não permitiu. Enquanto a Paty ela deve procurar a polícia.

– É né...

– Em relação aos sintomas que vem sentido, você precisa procurar um médico urgentemente. Amiga você estava sendo envenenada por Leda.

Você não sabe o risco que corre lá fora, tem muita gente louca pra te matar. – as palavras de Luciano me vieram a cabeça, e agora vejo que é verdade. Leda era mais uma delas.

– Helena estou falando com você! – disse Emma me acordando de minha pequena distração.

– Oi!

– Você escutou o que eu disse, você estava sendo envenenada.

– Escutei sim, mas porque Leda faria isso nunca fiz nada a ela.

– Ela podia estar a mando de alguém. Talvez Suzana ou Tereza que te odeiam. Amiga, sei que tens um coração grandioso, mas você não deve ficar pensando tanto nos outros, olha o perigo que estava correndo e tudo por pena de demitir Leda.

– Verdade! Vou demitir Suzana também.

– Devia ter feito isso assim que assumia a escola......E esse coraçãozinho aí como ele está a respeito do Renê. Ele sofreu tanto por você e está disposto a reconquistá-la de qualquer forma.

– Estou mais confusa do que nunca.

– Pense nos momentos bons que viveram juntos, não deixe que o orgulho destrua isso.

.........

#Flashbacks On

– Amor, não quero mais você na cozinha! – Renê disse passando pomada em meu braço. – Olha só como está essa queimadura.

– Mas eu quero aprender a preparar algo para você. Quero mimar meu futuro marido.

– Não precisa sua vontade já é o suficiente pra me deixar feliz, deixe que da cozinha cuido eu. Promete pra mim? – ele pede.

– Eu não vou prometer, só me afastarei por um tempo.

– Teimosa. Peço isso para o seu bem, não gosto que sinta dor e tenho medo também que você exploda esse apartamento e morra tostada.

– Você é um exagerado.

– Quando se trata da pessoa que amamos todo cuidado é pouco! – Renê fala e me faz sorrir.

– Você é um fofo. – dou-lhe um beijo

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– Preparei esse café aqui na piscina pra gente! – Renê diz me puxando para sentar em seu colo.

–Obrigada! – digo sem ânimo e ele percebe.

– Helena você precisa se animar, desde que cortou relações com seu pai você está assim e isso já faz três dias. Não gosto de te ver pra baixo minha linda. – disse passando a mão em meu rosto. – Mostra pra mim aquele sorriso lindo que só você sabe dar! – ele pede.

– Não Renê, eu não consigo! – então recebo cócegas que me fizeram gargalhar. – Para, por favor! – peço sem fôlego.

– Te amo! – diz me fazendo esboçar um sorriso sincero

– Eu também! – falei mordendo seu queixo. – Obrigada por ser assim.

– É meu dever! – ele responde tomando meus lábios.

#Flashbacks Off

Esboço um sorriso ao relembra nossos momentos. - Não é orgulho Emma e eu já não sei o que fazer em relação a meus sentimentos, principalmente depois de tudo que descobri.

– E o que descobriu?

– Que foi Tereza, a mãe do Renê quem mandou matar a minha. Luciano me revelou isso no cativeiro e que ele também a princípio entrou na escola para se vingar de mim.

– Se vingar por quê?

– Pois disse que foi por minha culpa que o pai dele foi preso. O pai dele foi contratado por Tereza para assassinar minha mãe.

– Nossa que perigo você estava correndo esse tempo todo.

– Agora tenho medo de me reaproximar do Renê, aquela mulher quer me matar de qualquer jeito, não duvido nada que foi ela quem contratou os serviços de Leda. Não temo tanto por minha vida, mas sim das pessoas que me cercam ela pode fazer algo com vocês também para se vingar.

– Não tema por nós, seu pai já contratou seguranças para andar com a gente. – Emma diz e dei de ombros. E em relação a meu pai, ele é uma pessoa que parece que eu nunca vou entender.

– Parece que minha vida esta sempre presa ao passado tudo se relaciona com a morte de minha mãe Cristina. Olha só onde vim parar, me relacionei com o filho da assassina da minha mãe.

– Helena eu compreendo sua confusão, mas o Renê não tem culpa de nada. O veja como o homem que você ama e que mesmo errando já fez muito por você.

– Eu sei, mas.......

– Mas nada, pense com o coração e não com a razão. Vocês se amam e é isso o que importa... Vou te deixar sozinha para que descanse e pense melhor.

– Emma não conta a ninguém sobre o que conversamos a respeito da mãe do Renê! – pedi e ela assentiu me deu beijo e logo após se retirou.

– Posso entrar? – pergunta Renê assim que Emma saiu. – Desculpe-me interromper seu descanso é que eu não queria ir sem me despedir. – meu coração saltitou quando disse se despedir, para onde ele iria? – Vou pra casa! – ele respondeu ao meu pensamento.

– Ah sim, claro! – passei as mãos na testa tentando disfarçar meu desconforto.

– Posso te dar um abraço? – pediu. Aceitei e então ele me tomou em seus braços. Apesar da saudade e o amor que tenho por ele me senti um pouco desconfortável em meio ao abraço, era difícil esquecer que ele era filho da mulher que matou minha mãe e o pior é que nunca mais poderemos ficar juntos. Não posso colocar em risco minha vida e muito menos o de minha família. – Helena eu sinto muito por tudo o que aconteceu, me perdoa por não ter cumprido com minha promessa de te proteger. – ele disse, senti suas lágrimas molharem meu ombro.

– Não se culpe por nada, se existe algum culpado essa pessoa sou eu. Por minha teimosia ele acabou me sequestrando. – desfiz o abraço e olhei em seus olhos.

– Não quero te forçar a nada agora, só digo que estarei de braços abertos a espera do seu amor, juro que saberei lidar com tudo que passou nas mãos daquele desgraçado.

– Não aconteceu nada comigo, Luciano não conseguiu o que pretendia eu fui salva por um caçador, converse com Emma, apesar de não ter ocorrido o pior é horrível falar sobre isso. E em relação a gente eu não sei. – falo me afastando de Renê. – Não sei se ainda poderemos ser amigos. – falo nervosa desviando o olhar do dele.

– Por quê? No acampamento você me disse que sim e que até pensaria em voltar comigo. – Olha pra mim! – ele disse virando meu rosto para si. – Você está me escondendo alguma coisa, diga-me o que é. – falou sério percebendo meu nervosismo.

– Não é nada! – tentei soar normal, mas falhei.

– Eu te conheço muito bem e sei que estás mentindo. Te senti distante ao me abraçar, mas sei que me ama, nunca disse mas me ama. – ele passou as mãos em meu rosto, fechei os olhos sentindo seu toque em silêncio. – Ta vendo como você perde a noção quando te toco - afirma. – Nos amamos. - Renê disse próximo à minha boca, eu não podia negar o que era óbvio. Nossos lábios se colaram feito imãs, o pouco de raciocínio que eu ainda tinha se perdeu naquele beijo, tão suave e sutil. Amor e saudade estavam tudo ali representado nessa forma carinhosa de se amar. Eu o queria e pra sempre em minha vida ainda mais depois em saber que ele me aceitaria mesmo se eu tivesse sido violentada, Renê voltara a ser o mesmo romântico e cavalheiro de sempre. Meu príncipe encantado. – Eu te amo! - ele me dizia e sorria durante o beijo. Minha mente alertou, eu não podia continuar com ele por mais que eu quisesse não podia. Parei o beijo e o olhei seriamente.

– Não! Isso não pode mais acontecer. Renê vai embora, por favor! - sem entender ele se levantou.

– Eu não vou desistir de você! – me disse e se retirou cabisbaixo me deixando só. E era isso que restaria a mim, ficar só.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?