Seu amor é a minha cura - ReNa escrita por soueumesma


Capítulo 41
Cap 41 - Férias na roça ....


Notas iniciais do capítulo

Erros propositais no capítulo e outros que talvez tenham passado despercebido por mim.
Sugestão por: Bya Danville Bonasera
Boa Leitura!



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– Patrícia, por que você fez isso, porque roubou o exame da sua irmã e colou na poltrona do seu pai? - perguntou Lúcia entrando no quarto de Paty.

– Oi Paty! Como está minha filha, estava com saudades! Assim que senhora deveria chegar e me dizer após passar 3 dias na casa da sua enteada querida. Mas não, já vem logo querendo tirar satisfação.

– Não venha com ironias e nem reclamações, me responda logo?

– Eu fiz porque eu não queria ela morando aqui em casa com a gente, eu tenho ciúmes dela, ela roubou meu irmão, a senhora e por pouco não consegue o papai só pra ela também. Estava cansada de todas as atenções voltadas pra ela.

– Sabe o que você é Patrícia? Uma egoísta!

– Eu só quero as coisas como eram antes, ou seja, sem Helena!

– Você sabe o que seu egoísmo causou?

– A expulsão dela é óbvio!

– Não é só isso Patrícia, na noite em que você armou para que seu pai descobrisse sobre a gravidez de sua irmã, ela estava internada em hospital pois havia perdido o bebê. Já não bastava a ela sofrer pela perda do filho ainda teve que escutar duras palavras do seu pai e ser expulsa de casa.

– Só lamento. - disse mais não tive muita convicção. Apesar de tudo ela é minha irmã e nunca fez nada contra mim. - Ahh! - falei espantando meu pensamento! - não vou me arrepender agora afinal eu não tive culpa da perda da criança. Vou aproveitar o máximo minha viagem a Paris que ganho mais em vez de ficar lamentando, pensei outra vez.

– Só lamenta? Se coloque no lugar dela! E lembre-se, tudo que se faz se paga - disse saindo do quarto dela e me perguntando porque minha filha é tão ruim. - Que bom que voltou! -disse Adolfo me dando um beijo me tirando do me devaneio. - Como está minha filha? Perguntou ele? - A Paty está no quarto dela, superfeliz pela viagem! - sei que ele se referia a Helena, mas ela me pediu para que não falasse nada a respeito dela a ele.

– Estou perguntando da Helena!

– Não sei, pensei que ela estava morta pra você.

– Lúcia por favor não me maltrate mais, meu coração está arrependido pelo que fiz. Preciso saber dela, de como se sente, se existe alguma hipótese dela me perdoar.

– Desculpa Adolfo mas ela me proibiu de lhe dizer qualquer coisa a respeito dela. Dá uma olhada no face dela talvez ela tenha postado algo.

– Ela me broqueou. Me diz ao menos o endereço dela! - por favor, eu imploro.

– Sinto muito mas não posso. - deixei ele no corredor e segui para meu quarto tomar uma ducha.

Uma semana depois

– Amor, preciso voltar pra minha casa. - disse Renê.

– Por que você não fica morando comigo?

– É o que eu mais quero, mas preciso tomar conta da Bruna também já faz uma semana que não a vejo.

– Fica só mais hoje. Queria dormir agarradinha com você pra me aquecer do frio e me sentir protegida em seus braços. Por favor, amor! - falei abraçando ele.

– Tá bom, vou ficar só mais hoje. Mas só porque te amo. - Ela ficou na ponta dos pés e meu deu um selinho e sorriu. - Só um selinho de agradecimento? - perguntei a ela que não me respondeu, apenas me empurrou no sofá e se sentou em meu colo colando nossos lábios em beijo saliente. Helena se ajeitou em meu colo colocando uma perna de cada lado do meu corpo sem parar de me beijar. Minha respiração esta fraca então puxei seu cabelo para trás deixando livre o acesso em seu pescoço para receber meus beijos. Segurei a barra de sua blusa para arranca-la mas parei ao sentir algo úmido lambendo minha canela. - Sai pra lá seu magricela. - falei ao ver o cachorrinho da Helena.

– Não chama meu cachorro de magricela, Renê! - o repreendi.

– Mas ele é seco, magro demais.

– Tadinho Renê, ele só está desnutrido, faz menos de 15 dias que o encontrei na rua, o veterinário disse que vai demorar um tempo pra ele ganhar peso.

– Fica quieto! - repreendi Dumbo que não parava de latir mas não adiantou, aquela coisinha pequena e magra tentou avançar em minha canela, por sorte me esquivei a tempo. - Helena manda ele parar antes que ele me morda.

– Vem aqui com a mamãe, Dumbo! - o chamei e na mesma hora ele parou e veio para meu colo balançando o rabinho. Me levantei com ele e o levai para sua casinha que ficava na área de serviço.

– Era só o que me faltava, um cachorro pra atrapalhar nosso momento de carícias. - falei incrédulo fazendo a Helena rir. - Foi você quem provocou ele.

– Eu? - foi ele quem veio lamber minha perna.

– Ele só queria ser seu amigo, Renê!

– Chega de falar de cachorro, vamos continuar o que estávamos fazendo. - falei deitando-a no sofá e me encaixando entre suas pernas. Invadi sua boca com minha língua, minha mãos começou a traçar caminho para entre sua coxas, mas antes que eu chegasse lá a campainha tocou. - Droga! - resmunguei.

– Deve ser o Júlio, levanta de cima de mim, Renê! - pedi e ele se levantou bufando e foi para a sacada do quarto se recompor. Ajeitei meu cabelo e minha saia e fui atender. - Você? O que quer aqui? - perguntei tentando fechar a porta ao mesmo tempo, mas foi impedida por ele.

– Filha, a gente precisa conversar!

– Não volte a me chamar de filha e eu não tenho nada para falar com você. - tentei fechar a porta novamente.

– Espera! - falei segurando a porta. - Helena deixar eu falar, meu amor. Vamos conversar, eu não sabia que tinha perdido meu neto, sei que te deixei pior ao dizer aquelas duras palavras, me escuta por favor! - disse segurando a porta que ela se esforçava pra fechar. - tenho que te explicar os motivos que me levaram a te levar pra longe quando criança, o porque de ter te proibido a voltar da Suíça e muitas outras coisas; só preciso que me dê uma chance para conversarmos, - completei.

– Eu não quero escutar mentiras, você já me disse tudo. Acho que só me aproximei de você mesmo por causa da gravidez, dizem que mulheres grávidas se tornam muito sensíveis no período da gestação; agora que já não existe mais bebê, volto a sentir por você tudo o que eu sentia antes, raiva e desprezo é o que sinto, não gosto de você, te odeio! - SAI DAQUI, VAI EMBORA! - gritei, tanto eu quanto ele chorávamos.

– Eu não vou sair daqui até você me escutar.

Estava tomando um ar na sacada do quarto, escutei vozes alteradas mas a princípio não liguei pois as vezes Helena e Júlio são muito escandalosos então continuei a me distrair olhando pro nada. SAI DAQUI! - foi o que escutei Helena gritar me tirando da distração, corri até a sala e vi ela se esforçando para tentar fechar a porta. - O que está acontecendo aqui? - perguntei preocupado. - Fala pra ele ir embora Renê! - disse ela soltando a porta e vindo me abraçar chorando.

– Quem é você?

– Sou o Adolfo, o pai dela! - me apresentei entrando no apartamento.

– Helena, vai pro quarto, já já chego lá! - dei um beijo na testa dela e a soltei do abraço para que pudesse ir. - O que quer aqui? - perguntei a Adolfo.

– Conversar com ela e não com você.

– Mas ela não que falar com você, então peço que se retire antes que eu chame os seguranças.

– Eu saio mas te deixarei um aviso, se fizer minha filha sofrer você vai se ver comigo. - falei apontando o dedo pro tal de Renê.

– Ninguém a fará sofrer mais do que você já fez! Agora saia logo daqui, mandei e assim ele fez. Tranquei a porta e fui ver como estava Helena, entrei no quarto e a vi dormindo, notei que sobre o criado-mudo havia um frasco de calmantes, suponho que ela tomara um. Nos seus olhos uma lágrima molhava seu olhos inchados, a sequei e peguei uma roupa confortável para vesti-la, coloquei nela que se remexeu um pouco mais não acordou. A cobri e dei um beijo em sua testa em seguida fui para os outros cômodos; fechei todas as janelas e apaguei as luzes do apartamento e voltei para o quarto. Me ajeitei na cama e dei graças a Deus por ela ter insistido que eu ficasse mais essa noite aqui, virei para o canto desliguei o abajur, e após me aproximei dela, rodeei meus braços em volta de sua cintura e afundei meu rosto inalando o cheiro do perfume de seus cabelos e assim dormir, agarradinhos e a protegendo da forma que ela queria. ….. Acordei às oito da manhã, Helena ainda dormia feito um anjo, embora em seu rosto um semblante carregado. Me levantei com cuidado para não acordá-la, tomei um banho e fui para a área de serviço alimentar o cachorrinho Dumbo que tentou avançar em mim novamente, depois fui para cozinha preparar o café da manhã para servi-la na cama. Enquanto eu preparava a campainha tocou, era Júlio! - Bom dia! - Cumprimentou ele! - Bom dia! - respondi!

– Está tudo bem? Cadê a Lena?

– Mais ou menos, ela ainda dorme!

– Mais ou menos por quê? - perguntei

– Vamos até a cozinha que te conto! - Seu pai esteve aqui ontem, foi você que deu o endereço a ele? - perguntei espremendo uma laranja.

– Não. Acho que deve ter sido o motorista que trouxe a mamãe. Mas o que ele queria?

– Falar com ela. - Discutiram feio na porta tive que intervir e mandá-lo embora. Ela dormiu chorando coitada. Deixei ordens na portaria para proibir a entrada dele.

– Fez bem. Suponho que ela acorde tristinha hoje.

– Sim, precisamos de uma ideia para animá-la.

– Já sei, podemos passar uns dias na fazenda da meus avó. Lá tem uma cachoeiras show de bola e à noite podemos acampar.

– È uma boa ideia.

– Dá um beijo nela por mim, meio dia passo aqui para pegar vocês.

– Faz um favor pra mim, vê se a Bruna está bem e chame ela para ir conosco e peça a ela que arrume minhas malas.

– Ela está ótima.

– E como você sabe?

– Onde você acha que eu passei a noite? Na sua casa com a princesinha da sua irmã, claro. - perguntei e eu mesmo respondi com um sorriso no rosto. Renê me olhou torto mas depois riu também. Me despedi dele e avisei Bruna e depois fui para casa arrumar minhas malas.

– Acorda princesa! A chamei dando vários beijinhos em seu rosto.

– Não Renê, ainda está de madrugada! - disse ela se virando para o lado.

– São 9:15 da manhã! - Acorda preguiçosa.

– Já acordei!

– Abra os olhos então.

– Pronto! - me sentei, abri meus olhos e dei um bocejo espreguiçando e esticando bem meus braços!

– Agora me dá um abraço bem gostoso. - assim ela fez, a apertei em meus braços e disse em seu ouvido: Te amo, Te amo, Te amo. Dei-lhe um beijo em seu rosto e coloquei a bandeja de café da manhã em seu colo. Assim que ela terminou de comer jogou seu corpo para trás se deitando na cama. - Nem pensar, pode levar agora e vá se arrumar, vamos viajar daqui a pouco.

– Não estou com humor pra viajar, quero ficar o dia todo dentro de casa. - abracei meu travesseiro e virei de bruços.

– Eu não te perguntei, eu disse que vamos viajar. - peguei as pernas dela e a puxei para fora da cama. - vá tomar um banho e depois arrume suas malas. - ordenei.

– Pra onde vamos? - perguntei saindo do banheiro enrolada em uma toalha.

– …................

– Renê!

– Hãm! Ah! - Pra uma fazenda no interior de Minas Gerais. Chegaremos lá no finalzinho da tarde.

– Suponho que vamos de carro?

– Isso mesmo!

– Vira de costas que vou me trocar!

– Pode se trocar na minha frente. - falei e a mesma ficou vermelha.

– Renê, por favor! - falei meio sem graça.

– Tudo bem. - me retirei do quarto e fui para sala. Assim que ela terminou voltei para o quarto e a ajudei preparar as malas. Preparamos alguns lanches para comermos no caminho até a fazenda e deixamos o Dumbo num hotel para cachorros.

– Onde vocês estavam,? - perguntou Júlio parado com as mãos na cintura na porta do meu apartamento.

– Fui levar meu cachorro para um hotel. - respondi dando um beijo e um abraço nele e depois cumprimentei Bruna. Entramos em casa pegamos as malas e fomos para o estacionamento pegar o carro. Conversamos, contamos piadas e cantamos durante todo o percurso da fazenda. Chegamos lá por volta das 16:00h, ficava praticamente no meio do nada, as casas eram afastadas umas das outras, haviam várias trilhas, lagos e diversas cachoeiras, pelo caminho. As pessoas nos olhavam e cochichavam umas para outra, talvez estivessem espantadas pela nossa maneira de vestir, as crianças se aproximaram e ficaram nos tocando, estava me sentindo uma etê naquele lugar. No quintal vários animais misturados, galinhas, vacas, cachorros, ovelhas, porcos, patos entre outros. Lá não era exatamente uma fazenda, era uma roça, as pessoas falavam engraçado e usavam umas gírias típicas da região, com certeza em pouco tempo eu estaria falando assim também. Batemos na porta e Dona Ana avó materna do Júlio nos atendeu com um belo sorriso banguela estampado no rosto. - Entrem, preparei um café da tarde para a chegada dos cêis! - disse ela nos conduzindo até a cozinha onde havia posto uma mesa, com broas, pão de queijo, pamonha, sucos de frutas, leite, bolos, pães caseiros e outros. Ela nos olhava com olhar doce e hospitaleiro enquanto nos observava comer. - A senhora não vai comer com a gente! - perguntei! - Não moça, nóis aqui da roça, toma café mais cedo, preparei purque sabia que os cêis ia chegar cum fome. - Já cumerçó de novo! - disse ela, correndo pra fora para apartar a briga das crianças. Terminamos nosso café e fomos para o quarto, ela havia preparado um único quarto pra nós quatro com duas camas de casal. - Licencinha! - disse Dorinha batendo na porta que estava entreaberta. - Pode entrar! - disse Bruna. - Eu botei água no fogão de lenha, caso cêis quiser tumar banho. - completou Dorinha.

– Claro, obrigado! - respondeu Júlio antes da moça se retirar.

– Ué não tem chuveiro aqui não? - perguntou Bruna a meu irmão.

– E nem luz! – respondeu ele.

– Como vamos recarregar nosso celular! -perguntamos eu, Renê e Bruna, - E meu cabelo? Como vou fazer escova? - continuou Bruna.

– É só irem até a cidade mais próxima e pagar para recarregar.

– Fazer o que né? - retruquei já imaginando como seria meus dias aqui sem luz, sem celular, sem TV, enfim sem nenhuma mordomia. Tomei banho primeiro, Renê me ajudou com o balde de água quente, até que não era tão ruim tomar banho de canequinha. Após o banho ficamos planejando o que fazer no dia seguinte, ficamos em dúvida em fazer trilha ou ir para a cachoeira. - A cumida tá pronta! - disse o menino Pedrinho aparecendo na porta do quarto e logo voltou a correr pelo corredor.

– Ainda são 18:00h, tá cedo pra jantar, praticamente acabamos de tomar café.

– Olha só, Renê rejeitando comida.

– Não é nada disso Helena, é que ainda estou cheio.

– Melhor não rejeitar a comida da minha vó, é deliciosa e se não jantarmos agora ela não deixará comermos depois. - Vamos Bruna? - Ela fez que sim com a cabeça e fomos. Renê e Helena vieram logo atrás.

– Meus amor, sintam-se a vontade. Fiz te tudo um pouco pracêis, arroz, feijão, macarrão, lasanha, farofa, couve, saladas, frango ensopado, costela de vaca, torresmo, ovos fritos e alguns sabores de suco.

– Obrigada dona Ana! - Comemos bastante, a comida dela era mesmo deliciosa como disse Júlio, não havia mais espaço para tanta comida e Renê continuava empurrando pra dentro.

– Eram sete da noite, estava na janela do quarto vendo as estrelas quando Renê chega me abraçando por traz. Está se sentindo melhor? - perguntei a ele, que havia passado mal de tanto que comeu.

– Sim, Dona Ana me preparou um chá, que foi tiro e queda.

– Que bom! - me virei e o abracei! - A natureza aqui é linda né?

– Não tão linda quando você. - Afrouxei um pouco o abraço e a beijei!

– Ei, esse quarto é compartilhado então apaguem esse fogo! - falei entrando no quarto e interrompendo o beijo de “Romeu e Julieta.”

– Deixa eles em paz Júlio é só um beijo! - falou Bruna.

– Mas é minha irmã e tem que se comportar na minha frente.

– Vai a merda Júlio! - respondeu Helena ainda agarrada ao Renê.

– Cala boca sua safada.

– Idiota.

– Marmota

– Estrupício

– Gorda

– A é! - corri em direção a ele que correu também mas eu fui mais rápida saltei por cima da cama e voei em cima dele, que caiu deitado em cima da outra cama. Não deu nem tem de dar uns tapas nele, pois ele era mais forte e me jogou de lado e subiu em cima de mim. - Vai parar de graça? - Perguntou ele segurando meus braços para eu não bater e nem arranhá-lo como sempre fazia quando brigávamos. Não! - respondi. Me remexi para tentar escapar, mas não consegui. - Só vou te soltar se me pedir desculpa! - disse ele! - Não vou te pedi desculpa, foi você quem me chamou de safada e gorda! - retruquei e em seguida dei-lhe uma joelhada no saco e o empurrei fazendo-o cair encolhido no chão. - Você me paga Helena, deixa essa dor passar e você vai ver só. Corri pro lado do Renê que ria sem parar junto da Bruna. - Você nem pra me ajudar, dei um tapa no ombro dele.

– Pensei que vocês estavam brincando! - falou Renê ainda rindo

– Brincando? - quem estava brincando era eu, mas essa menina aí é muito nervosa! - falou Júlio se levantando do chão e apontando o dedo em minha direção. Por impulso me escondi atrás do Renê. - não adianta esconder não, de madrugada vou colocar umas aranhas debaixo da sua coberta. - completou ele.

– Você tem medo até de barata, duvido que coloque as mão em uma aranha para me assustar.

– O Calisto tem umas que ele encontrou no galinheiro guardadas dentro de um pote, é só eu pegar e jogar em você.

– Se você pegá-las e soltar debaixo da minha coberta, pode ter certeza que umas irão escapar e ir pra sua cama te fazer companhia.

– Hora de dormir, disse dona Ana adentrando o quarto e interrompendo nossa pequena discussão.

– Tá cedo ainda, são oito da noite. - retrucou Bruna.

– É que aqui nóis levanta junto cás galinha! - Boa noite! - disse ela se retirando e levando lampião do quarto junto. - Gente não estou com sono, vocês estão?

– Nem um pouco! - respondeu Bruna e Renê. - podemos brincar de adedanha. - disse Renê.

– Eu não conheço essa brincadeira! - Renê nos explicou então ficamos brincando e conversando até altas horas da noite menos Júlio que permaneceu calado o tempo todo. Todos estavam em silêncio, acho que já haviam dormido, me levantei devagar da cama que eu dividia com Renê e fui para a cama onde dormia Júlio e Bruna, pulei por cima dela que resmungou um pouco mas voltou a dormir, me enfiei no meio deles. - Júlio! - chamei tentando acorda´-lo, - Hum! - respondeu ele.

– Me desculpa, não gosto que fique chateado comigo.

– Também não gosto de brigar com você, magrela. - disse ele se virando de frente pra mim.

– Então quer dizer que estou desculpada.

– Claro sua chata, você é minha princesinha.

– E você meu irmão herói. Jú, posso te pergunta uma coisa?

– Claro!

– Você ia mesmo colocar aranhas debaixo de minha coberta?

– Lógico que não, eu também morro de medo. - rimos.

– Júlio?

– Quê?

– Você está com bafo. - soltei uma risadinha

– É lógico, eu estava dormindo sua palhaça.

– Júlio?

– Quê?

– Obrigada!

– Por que está me agradecendo?

– Por seu apoio nesses últimos dias, isso foi muito importante pra mim. Obrigada mesmo.

– Vem cá, a puxei para mais perto, ela apoiou sua cabeça em meu peito. - Te amo maninha! - falei acariciando o cabelo dela. - Eu também, você é o melhor irmão do mundo. Conversando até pegarmos no sono e isso já passava da meia noite.

– Bom dia! - disse Dona Ana entrando no quarto e abrindo todas as cortinas e janelas.

– Como bom dia? Eu mal preguei os olhos, tá escuro lá fora. -falei com olhos ainda fechados.

– Como eu disse Helena, aqui nóis acorda cum as galinha. É cinco hora da matina, os cêis levanta logo que preciso da ajuda dos cêis pa alimentar os animal que tem aqui na roça , o café já tá pronto, to esperano lá no cozinha.

– Pensei que que fossemos passar as férias aqui e não acordar cinco horas da madrugada para trabalhar na roça. - disse Bruna espreguiçando na cama.

– Helena, cadê você? - me perguntou Renê.

– Tô aqui, no meio do casal.

– O que faz aí, você e seu irmão estavam brigados?

– Sim mas agora já está tudo certo, né meu chato?

– Aham! - respondeu Júlio.

– Bom dia! A vó mando o cêis levantar logo antes que ela vem jogá um barde de água gelada no cara do cêis. - disse Dorinha.

Levantamos fizemos nossa higiene matinal, e isso demorou um pouco porque na casa havia somente um banheiro para várias cabeças. Dona Ana caprichou no café. Enquanto comíamos ela passou uma lista de atividade pra gente fazer. Saímos para realizar as atividades já eram seis horas, o dia já havia amanhecido completamente. Bruna e Renê foram tirar leite das cabras, limpar as baias e depois descer com elas pro pasto. Eu e Júlio fomos recolher os ovos das galinhas e limpar o galinheiro, foi um reboliço para realizarmos essa tarefa. Tinha galinha que quase voava, outros avançavam na gente.

– Helena, vamos tirar par ou impar pra vê quem vai recolher o ovo onde a galinha está deitada.

– O homem aqui é você portanto enfia logo essa mão aí e pega esse ovo ou por acaso está com medo?

– Eu sou macho, não tenho medo de galinhas! - enfiei minha mão por debaixo da galinha para recolher o ovo. -AI! - gritei após a galinha ter me bicado e voado pra cima de mim. - Todas as outras começaram a cacarejar e vir em minha direção, corri em direção a porta do galinheiro e uma das galinhas pulou em meu ombro. - SAI GALINHA! - gritei tirando ela apavorado de cima de mim e consegui sair. Helena chegava a tossir de tanto que ria. - Não sei de que tanto ri! - falei a ela

– De você é claro.

– Tá achando que é fácil enfrentar um monte de galinha doida.

– Lógico que não, por isso saí de lá antes. E elas só te cercaram por que você estava com o pote de milho nas mãos.

– CÊ É MOLE EM JÚLIO! - gritou Renê me provocando.

– BEM FEITO! - gritei debochando de volta ao vê-lo escorregar e cair numa possa de lama.

POV Helena

Estamos na estrada a caminho de casa, passamos 15 dias na roça. Nesse dias cortamos, lenhas, alimentamos animais, moemos cana, colhemos café, tiramos leite de vacas, limpamos chiqueiros, frequentamos lagos e cachoeiras, fizemos trilhas, brincamos de pique-pega, pique-esconde, pique-cola e pulamos corda com as crianças, acampamos, participamos das festas julinas, cantamos em volta de fogueira, comenos frutas em cima das árvores enfim fizemos de tudo um pouco. Nos divertimos muito e eu voltei a ser criança.

***

POV Paty

Faz algumas horas que cheguei de minha viajem a Paris, não havia ninguém em casa, Papai, mamãe e Júlio havia ido viajar, os empregados estavam todos de folga exceto os seguranças, que alás daqui a pouco trocam de turno. Após ter descansado umas horinhas, peguei o carro e foi até um beco onde vendia drogas, comprei a quantidade suficiente para que eu pudesse passar a noite. Voltei para casa, tomei um banho, vesti uma roupa curta e bem sensual, desci e foi até a portaria provocar os seguranças. Lá estava Alec, eu já havia ficado com ele algumas vezes aqui em casa, ele acabara de chegar para render seu colega Ricardo. Bom, na verdade Ricardão, ele era um negro lindo, com um excelente porte físico, me olhava de cima a baixo. A ideia de só provoca-los foi por água abaixo, eu queria mais, seria hoje que eu realizaria minha fantasia sexual. Me aproximei dos dois e os convidei para entrar. Aceitaram na mesma hora. Sou movida pelo perigo, fui até meu quarto peguei as drogas que eu havia comprado e depois os conduzi para o quarto dos meus pais; seria lá que eu realizaria minha fantasia com eles. Tiramos nossas roupas e começamos a fazer o uso das drogas nus. Estávamos alucinados, e isso me deixava muito exitada, quatro mãos enormes percorreriam meu corpo, aqueles corpos grandes me apertavam e me possuíam de uma forma tão gostosa que eu não conseguia explicar e muito menos segurar meus gemidos.

….....

Estava próximo de casa, tive que voltar mais cedo da minha viagem devido a alguns problemas que ocorreram na empresa. Era necessário minha presença por lá. Ajudei minha esposa Lúcia a descer do táxi, peguei nossas malas e abri o portão. Estranhei o segurança não está de vigia na porta. Talvez deve ter ido comer alguma coisa afinal os empregadas estavam de folga. Entrei em casa e subi em direção a meu quarto para poder me banhar enquanto Lúcia foi para cozinha preparar algo para comermos. Passei pelo corredor e notei de longe que a luz de meu quarto estava acesa. Escutei também gemidos vindo de lá. - O que será isso? - perguntei a mim mesmo. Acelerei meu passos e ao chegar lá, empurrei a porta escancarando-a. - O QUE É QUE SIGNIFICA ISSO NA MINHA CAMA?

Continua..........................


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo de hoje?