Capitulo 1 (Adrian)

P.O.V Laura

– Laura, apanha o peixe!!!- Adrian grita, sua pele bronzeada pelo sol, seus olhos cinzas, e seu cabelo preto brilhavam mais que nunca, esvoassante pelo vento do mar.

Caio na água tentando pegar o peixe e Adrian ri.

– Acho melhor vc ir apanhar sol! Senão a gente vai ficar sem pão!- brinca com o seu tom severo.

Coro para areia, tiro a blusa e fico de ''mayo" que a minha madrasta tinha feito e me atiro na água para afugentar os peixes.

– UPS!- atiro água para a cara dele.

– Sua,......- Ele corre atras de mim.

Enquanto corro sinto o vento morno batendo no meu cabelo e meus olhos franzem com o sol. Rio. Ele me pega pela cintura e me levanta. Eu me atiro para o chão e ele cai em cima de mim.

Sinto o seu cabelo acariciando o meu rosto que ficava quente. Paro de rir e olho fixamente prós seus olhos. Ele aproxima mais de mim, (nunca perto demais), PERTO DEMAIS! Nossos narizes se tocam. Minha cabeça diz q não mas meu corpo n me deixa escapar! Minha respiração sua respiração...... ele me beija. Sinto borboletas. Um momento rápido que parece anos a passar.

Caio na real! Empurro-o para traz ele caí na areia como uma onda forte que bate na areia, parece surpreendido e a areia cobre seu peito.

– VC É RETARDADO????? pedófilo? SAÍ PEGANDO GAROTAS MAIS NOVAS!!!!!!!- grito para ele com raiva, muita raiva,limpo a boca.

– Vc só é um ano e meio mais nova!- ele tira areia do seu tronco nu, que me dava arrepios. De sentir aquela areia arranhando seu corpo. Aproxima se de novo.

Empurro o novamente, pego na minha grande e velha feita de trapos e a visto.

– Maluco?!- amarro o meu cabelo loiro molhado comprido e frizado, por não ser penteado e também pela maresia.

– Laura...- diz ele com o cabelo voando com os seus olhos cinzas e meigos.

Me viro nervosa respiro fundo. E saio da praia passando pela pequena vegetação e corro até á cerca eletrificada com um buraco. Estava confusa enquanto Adrian vinha atras de mim ainda sem a blusa, como sempre! Ás vezes me irritava!

– Laura pelo amor de deus foi SÓ um beijo!- falava com as mãos, como se fosse usual, causal, normal!

Fico ofendida com esta expressão e paro de andar viro para ele que estava a uns passos de mim.

– Só um beijo? Tinha esquecido que vc acha muito normal! Vc me dá vómitos! Eu não acredito que vc fez isso! Vc é o meu único amigo!- Adrian sempre foi comigo "caçar" para nossas famílias, e comprávamos pão com o dinheiro que fazia-mos.

Acordava-mos ia mos pra praia ilegal a de mais peixe e "caçava-mos".Nunca pensei que ele me beijasse!!!!! Nós somos como irmão! Minha Infância foi praticamente ele!

– Não fui o que eu quis diz.......- interrompo-o

– Quis sim!!!- respondo logo.

Adrian olha para o chão com o cabelo lhe caindo pelo rosto. Conseguia ver o seu rosto pela minha altura .

– Desculpe é que eu...eu....eu....eu.... me perdi nos seus olhos verdes!- Diz arrependido ( WTF que desculpa mais....mais.....maisss. encantadora, mas velha)- E ....eu....eu....eu ....finalmente tive coragem!

– Coragem?- Pergunto com calma mesmo sabendo a resposta. Ás vezes fazia isso só para ouvir da boca das pessoas.....É mais credível.

– Sim, á muito tempo eu quis fazer isso......c........vc........vc sabe!- Adrian complica-se com as mãos.

– Queria me beijar!- arregalo os olhos "surpreendida" fazendo minhas sardas mexerem-se.( é nojento meu "irmão" me beijar)

– É que eu gosto de você, Laura!- quando ele diz isso sinto um arrepio atras da nuca e a minha barriga sente-se estranha.

Ponho o cabelo atras da orelha.

– Vc não pode, a gente não pode! O meu pai,.....vc sabe!- desvio o olhar e mordo o lábio.

– Sim, mas....-ele levanta a cabeça, finalmente consigo ver seus olhos!- Toma,... outro dia fiz isso pra vc!- ele me dá um colar de conchas.

–Obrigada....- (wau ele é perfeito, quer dizer, quem pensa que ele é!!)

– Eu ponho!- Fala logo parando meus pensamentos.

Ponho o cabelo de lado e ele amarra o colar no meu pescoço, sinto suas mãos acariciando minha nuca e fico arrepiada de novo.

– Já está....?- pergunto tremendo por dentro.

– Já.....- deixo de sentir seus dedos na minha nuca, viro-me para ele olhando nos seus olhos dilatados de vergonha.

Ele pega minha cabeça e me beija de novo me "forçando". Cedo. Era macio. Carinhoso. Bom. Perfeito.

– LAURA GOCELIN!!!!!!!!!!!!!!!??????? LAURA VENHA CÁ AGORA PERCEBE???!!!!!!!!!- meu pai estava do outro lado da cerca batendo o pé.

Empurro Adrian para longe. Finjo que não gostei limpando a boca! E sussurro- Vai!

Baixo a cabeça passando pela cerca. Meu pai me dá um cachaço no pescoço que lateja.

–Ai.....- Abaixo a cabeça

*______*

– VC NÃO VAI MAIS PRA LÁ PERCEBE?! OUVIU?!- fala nervoso me puxando pelo braço enquanto olho pro chão.

Chegando na minha pequena casa destruída pela velhice. Meu pai gritou o caminho todo comigo o distrito praticamente parou para olhar.

– VAI PRO SEU QUARTO?!- ele grita pra mim.

– Pai me deixa explicar......- suplico calma, levanto a cabeça com os olhos cheios de lágrimas gostava demasiado do ,eu pai para "lutar" com ele.

– AGORA?!- ele aponta pro meu quarto ( e dos meus irmãos)

– Pai me escuta.......por favor......pai...- digo de novo calma.

Minha madrasta finalmente aparece com a gritaria.

– QUARTO AGORA?! SÓ SAI AMANHÃ?!- grita nervoso

– Samuel, não é preciso gritar!- diz minha madrasta tentando acalmar meu pai.

– Por favor, pai, me ouve, eu preciso explicar!- já estava nervosa quase gritando.

– NÃO SOBE O TOM MENINA!? QUARTO?! AGORA?!- grita com muita raiva.

Corro para o quarto bato a porta q faz quase cair. E me atiro para os cobertores no chão que cobriam o monte de areia que dormia, para deixar as camas de feno para os meus dois "irmãos" Tomas e Jerret. E começo a chorar uma coisa que não fazia a anos. Discutir com ele me fazia mal e ainda a confusão com Adrian!

Enfim

Meu pai me trata assim, mas nunca o vi tão zangado...... Estáva confusa muito confusa.

Enfim