Era uma vez escrita por Lana


Capítulo 2
Eu conhecia essa dor.




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–Oie amiga tudo está bem?

Acho que dectei um pouco de sarcasmo na voz da minha melhor amiga. -Tudo como deveria estar.

Isso de algum jeito era uma armação,essa coisa de estar sentada com o senhor ogro bipolar de algum jeito tinha um algo mais de que simples casualidade. -Ah..que bom amiga,já fez amizade com o Alex?

Então eu estava certa- ará.

–Estamos sendo ótimos vizinhos de assentos, sabe né vizinhos sempre tem um relacionamento complicado.

Clary faz um pequeno gesto de assentimento com a cabeça e faz o caminho para o banheiro ao que parece.

–Você irmã da Clary e do Luca?

–Meia irmã pode se dizer e madrinha do casamento.

Todos que não tinham uma mínima convivência com a nossa família confundia a gente como irmãos de sangue, mesma cor de cabelo, pele, olho até o sorriso parecia.

–Sou o padrinho e creio que seremos o par.

Sim, Nessa e Luca queriam um só par de padrinhos sabe se lá por que eles tinham umas ideias meio piradas que até eu não conseguia entender, tipo essa do casamento em uma ilha.

–Ah...queria saber por que não a Clary, ela é irmã dele de sangue.

Isso foi o que veio na minha mente logo que recebi o convite, não pense que não fiquei mega feliz, mas por que eu e não Clary?

–Pois é, também queria saber por que eu e não Daniel.

Daniel era o melhor amigo e primo da Nessa.

–Porque você é o irmão, talvez.

Irmãos veem antes de amigos, não? Sempre vi assim,mas como meus melhores amigos são meus “irmãos” não sou uma expert no assunto.

–Talvez.Não sei.Nessa sempre amou mais o Daniel.

A voz com que o senhor ogro bipolar falou essa frase foi de cortar o coração.

–Nossa...mas você é o padrinho isso deve ser algo bom.

Droga,por que eu sempre não sei o que falar em histórias,casos tristes em que a pessoa está deprimida ou algo do tipo? Eu conseguia ser uma besta ambulante.

–Deve,eu só não sei bem o porquê tínhamos brigado pouco tempo antes do convite para padrinho.

Aí meu cristo o que eu deveria falar, o ogro estava se abrindo para mim e eu como bela princesa que não sou não sei o que falar.

–Ela deve ter levado como uma briga sem motivo para danos maiores.

Urg...eu odiaria me se fosse para mim que tivesse falado isso,nem sei como ele continuava sentado aqui do meu lado.

–Eu fui contra o casamento.

Nossa...o que eu ia falar agora,santo agostinho,por favor pera esse não era o santo das mulheres que não sabem o que falar em uma conversa assim,pera nem existe um santo para mulheres tapadas que não sabem o que falar.

–Você pegou pesado,mas....

–Eu sei,fui um idiota nem conhecia Luca.

–Você devia ter seus motivos.

Terminei a frase que ele tinha interrompido, eu jamais deixava uma frase incompleta.

–Eu tinha,motivos toscos,idiotas.

Ele falava com tanta raiva que chega a dar uma sensação ruim por algum motivo eu sentia que tinha que ajuda-lo a superar essa raiva.

–Não é bom ficar remoendo, já passou ela já perdoou.

–Mas eu ainda não me perdoei.

De algum modo eu sabia que tinha que ajuda-lo a se perdoar,eu sabia o que era se culpar e não se perdoar e sabia a dor da culpa como era intensa. Eu á tinha vivido essa história,eu conhecia essa dor.


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