A Luz e a Escuridão escrita por Debby e Tehh
Notas iniciais do capítulo
esperamos que gostem
Cidade da Luz.
Enquanto isso, em outro canto da Cidade da Luz, Rick está trancado em seu quarto escrevendo mais um poema romântico. Senta-se sobre as pernas, em cima da cama. Seus profundos olhos negros mantêm-se focados em cada palavra. O quarto do rapaz é pintado de um tom amarelado e na parede se encontram diversos papeis pendurados com alguns de seus poemas.
De repente, ele escuta o bater descontrolado na porta de madeira. Ele se levanta de sua cama deixando seu caderninho sobre ela.
Abre a porta. É Victor. Ele gira os olhos
–Novamente um poema para Mary?
–May.- Rick o corrige.
–Que seja.- Victor gira os olhos novamente.- Vamos a floresta?
–Fazer o que?- Podia-se notar que Rick não está nem um pouco animado para ir a floresta.
–Tem uma coisa que você tem que ver.- Victor começa a puxá-lo pelo braço.
–Ta bom, mas espero não me arrepender.
E lá vão eles a caminho da floresta. Rick vai logo atrás, pois anda devagar e não consegue acompanhar os passos rápidos de Victor. "Me espera!" Ele grita vez ou outra.
Está tudo em silêncio, exceto pelos barulhos vindos da floresta.
–Você é um completo idiota sabia?- Diz Victor.- Fica o dia todo trancado no quarto escrevendo poemas!
–Quando você se apaixonar será idiota como eu.- Rick da-lhe uns tapinhas no ombro.
–O que?- Victor ri da estupidez de seu amigo.- Mas eu não vou ser assim nunca! E nunca irei me apaixonar.
–Se você está dizendo...- Rick dá de ombros.
–Agora diga-me uma coisa: como conheceu essa May?- Pergunta Victor curioso.
Os dois param de andar.
–Numa farmácia na Cidade de Liryn. Ela trabalha lá.- Os olhos de Rick brilharam. May é seu assunto favorito.- Eu tinha ido comprar remédios para o meu pai que estava doente. Ela atendia aos seus clientes com delicadeza. Sua voz é tão doce... E quando ela me atendeu, olhou fundo nos meus olhos e lançou-me um sorriso suave. Desde então a gente começou a ter contato. E eu vou ver ela em Liryn sempre que posso.
Rick sorri. Victor o olha com as sobrancelhas erguidas.
–Nossa. Você parece uma princesinha.
Rick gira os olhos.
–O que viemos fazer aqui mesmo?- Pergunta ignorando a piadinha de seu amigo.
–Ah é.- Victor retoma a caminhada, mas dessa vez bem mais rápido, deixando Rick para trás.- Quase esqueci.
–Victor!- Reclama Rick, correndo para alcançá-lo.- Me espera!
–Anda! Vem ver o que eu achei! Sei que vai gostar.
E eles chegam ao destino. Rick respira pesadamente. Está ofegante. Victor sorri satisfeito. Rick olha surpreso para o achado.
–Isso é...?
–Uma casa velha, não está vendo?- Victor diz entusiasmado.
–Uau...- Rick se aproxima, boquiaberto.
–Nós podíamos arrumá-la, não acha?- Victor para ao lado dele.
–Pra que? Eu não vou morar aqui no meio da floresta.- Pondera Rick.
–Não seja tolo.- Victor revira os olhos.- Não é para morar. Só achei que seria um bom lugar para visitarmos de vez enquanto. Você pode vir escrever seus poeminhas e eu posso montar uma sala de jogos para mim.
–Boa ideia.- Rick sorri. Continuava a contemplar a velha e poeirenta casa.
–Ah, e você pode se encontrar com a May aqui. Ninguém vai vê-la e Carl não vai saber que um cidadão da Cidade da Escuridão atravessou a fronteira. Ela pode entrar pela floresta.
–Até que não é uma má ideia...- Rick olha para o amigo, pensativo- Você é um gênio!
–Melhor irmos embora.- Diz Victor- Está escurecendo.
–Então amanhã nós temos um longo trabalho a fazer, certo?- Rick da um sorriso de canto.
–Certo.
E lá se vão os dois. Realmente teriam um longo trabalho pela frente, pois organizar aquela casa velha, cheia de teias de aranha, mofada e empoeirada, não seria nem de longe fácil.
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Bjinhos