-Sábado 221 B –Barker Street -

-isso não está correto, John “-bufou Sherlock enquanto aplicava três adesivos de nicotina para apenas um problema.

-“Não completamente, acho”, disse John, apenas duvidando de que Sherlock estava falando sobre o caso que estavam.

-"está errado do princípio ao fim John como eu pude ser tão estúpido?" - Perguntou Sherlock estirado no sofá com apenas o seu roupão e um pijama por baixo enquanto John estava sentado na sua poltrona com o laptop sobre as pernas enviando noticias sobre o caso a Lestrade.

-John bufou e falou mais para sim mesmo do que para Sherlock: "eu me pergunto isso todo dia”.

Sherlock revirou os olhos e enfiou uma almofada na cara. John já inquieto com a atitude de Sherlock e a curiosidade que crescia mais e mais por não sabe o porquê desse comportamento. Por fim ele falou:

-O que há de errado Sherlock?

Sherlock com um movimento brusco tirou a almofada da cara e a jogou em direção da parede e gritou:

-Molly... John, Molly, ela vai se casar! -disse Sherlock extremamente irritado.

-Você é um idiota você sabia disso? Por que você não para de ser dramático e vai falar com ela? -Diz John claramente indignado e feliz ao mesmo tempo por saber que aquela maquina possuía sentimentos.

-EU SEI, eu falei mais ela não quer falar comigo, ela está irritada com alguma coisa que eu disse John. E agora eu vou PERDÊ-lA. Disse Sherlock com o olhar mais triste que John já vira, ele realmente gostava dela.

-Espera Sherlock-disse John fazendo um movimento com as mãos. -O que você realmente disse a ela? Perguntou sabendo que as maiorias das coisas que Sherlock falava geralmente vinham com um tom arrogante.

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Molly estava totalmente inquieta e sem foco naquele enorme laboratório, virava o olhar discretamente para olhar para o homem de cabelos encaracolados encarando o microscópio. Voltou sua atenção aos registros de post-mortem. Como raios ela ia contar isso a ele? Mais por que ela se importava? Ela sabia que ele teria a mesma reação de sempre. Mais isso a incomodava ela não queria casar com Tom o homem que ela o transformou na copia de Sherlock. Sim ela admitia, ela tem feito isso. Uma falha tentativa de esquecê-lo. Mais ela nunca nem por um momento conseguiu. Porem ela sentia que precisa de alguém para estar com ela quando precisasse então ela encontrou o Tom. Porem lhe dava dor até de pensar. Ela trocaria tudo isso por Sherlock?

Aqui estava outra pergunta desconcertante que Molly drenou de sua mente, e como não pudesse atinar com nenhuma boa razão, e se Sherlock não parecesse estar numa disposição de ânimo muito desagradável olhando para o microscópio.

-Pode falar Molly, eu sei que você quer me contar algo – Disse Sherlock tirando o olhar do microscópio agora e olhando fixamente para os olhos castanhos de Molly e esboçando um pequeno sorriso nos lábios.

Como ele podia fazer isso? Pensava Molly, ele a deixa totalmente desconcertada e vermelha quando ele fazia isso.

-Eu... Humm... -. Molly tentava encontrar as palavras certas para dizer aquilo. –Eu vou me casar neste Domingo e... Gostaria que você fosse ao casamento. Molly jogou o convite ao lado de Sherlock e ficou esperando alguma reação dele. Porem o que só obteve foi um olhar de Sherlock que ela desconhecia e voltando sua atenção ao microscópio.

Molly então frustrada foi andando ate a porta do laboratório e assim continuou, tomando primeiro um passo e depois outro, e transformando aquilo numa conversa incompleta. Passados alguns segundos, porem, ouviu a voz grave de Sherlock, e parou e se virou para ele.

-O que você disse? –perguntou Molly

-Eu preciso de você!-falou Sherlock um pouco mais baixo não tirando os olhos do microscópio.

Molly levantou uma sobrancelha mais continuou no lugar onde estava. Isso parecia promissor, sem dúvida pensou Molly se virou e voltou.

-Não entendo, disse Molly.

-“Receio não poder ser mais claro”, Respondeu Sherlock com muita polidez. –Você vai se casar, e vai ficar fora por vejamos um mês na sua lua de mel que como você havia dito antes vocês fazem muito sexo- Sherlock fez uma careta e continuou – Eu preciso de você aqui Molly... -Sherlock engoliu em seco porem não disse o que pretendia de verdade. -Para minhas pesquisas.

- Isso é tudo?...Controle-se Sherlock a...apenas pare com isso!-disse Molly visivelmente irritada. Não, não havia lágrimas de arrependimento. Molly estava desolada, sem dúvida pensou Molly se virou e voltou para a porta do laboratório. Deixando um Sherlock de olhos arregalados sozinho no laboratório.

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-Você é um bastardo idiota Sherlock! –Gritou John para Sherlock que apenas acenou em concordância.

-Eu deveria ter lhe falado a verdade, mais eu não consegui. –Murmurou Sherlock

-Você acha?- disse John encabulado-Sherlock Holmes levante-se desse maldito sofá e vá falar com ela não me faça ligar para Microft. Ordenou John com um pequeno sorriso nos lábios.

Sherlock se levantou e foi rapidamente em direção a porta. Ele iria falar com ela, mesmo que ela não quisesse ouvir ele iria falar tudo o que sentia. Ele guardava esse sentimento adormecido desde sua “morte”.

-Sherlock! –escutou John o chamando e virou.

-Sim?- Indagou Sherlock com as sobrancelhas levantadas.

-Se você quiser mesmo conquistá-la eu sugiro que você troque de roupo, mesmo eu achando que Molly não iria se importar. –Disse John gargalhando com a cara de Sherlock.

Ele olhou para baixo e percebeu que ainda estava de pijamas e um roupão, ele não falou nem uma palavra e foi ao banheiro, tomou banho e colocou a camiseta roxa que ele sabia que ela adorava e foi em direção ao apartamento de Molly.

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Todos podiam visivelmente ver que Molly havia chorado. ”Vamos, não adianta nada chorar assim! disse Molly para si mesma, num tom visivelmente roço,” eu a aconselho a para já!Pensou Molly repreendendo as suas lágrimas desde que ela havia saído do laboratório chegado em casa e desfeito tudo com Tom, ela não poderia mais agüentar, não poderia viver com alguém que agora só lembrava-se dele ao invés de esquecer.

Molly estava deitada no seu sofá, ouviu uma batida na porta sentou-se e enxugou as lágrimas.

Andou até a porta e olhou no olho mágico e o viu visivelmente pálido. O que ele estava fazendo ali? Perguntava-se Molly respirando pesadamente.

-Molly eu sei que está ai, por favor, deixe-me entrar - disse Sherlock inclinando sua testa na porta.

-O que você quer? -Disse Molly com raiva de si.

-Eu... Tenho uma coisa importante para dizer a você!Deixe-me entrar. –Suplicava Sherlock.

Ela abriu lentamente a porta e o viu tão majestoso, tão lindo, tão imbecil. Como ela ainda pode pensar nele assim depois de tudo ? Ahh simm o AMOR - pensava Molly que decidiu que o que quer que ele tenha para falar ela não seria uma boba apaixonada com os malditos comentários dele.

-Me desculpe- Disse Sherlock pegando a mão direita de Molly e alisando o dedo agora sem anel de Molly. –Mas eu vou ser sincero, eu nunca estive tão feliz por isso!

Molly afastou sua mão e olhou para Sherlock, ela estava incrédula. O brilhante Sherlock Holmes o que ele estava tentando fazer? Pensou Molly, empertigou-se e disse, muito gravemente: ”Acho que V.O.C.Ê deveria me dizer o que quer. Disse Molly apontando o dedo no peito de Sherlock.com lágrimas teimando a ficar paradas.

Você- disse Sherlock com um sorriso amplo que ela já mais havia visto. Puxando Molly para seu peito e enxugando as lágrimas do seu rosto e sussurrou:

-Perdoe-me Molly, eu posso mudar por você... Eu amo você não quero que me deixe.

Molly apertou mais o seu abraço olhou para os olhos de Sherlock e falou:

-Eu amo você seu estúpido, arrogante e idiota – disse entre sorrisos –Mais não quero que mude, afinal gosto de você assim. –falou Molly dando um beijo profundo no homem que amava. No fim do beijo, ainda abraçados, Sherlock tirou uma mecha de cabelo do rosto de Molly e sorriu depositando um beijo na sua testa e falou:

-Não vai mais casar com aquele babaca vai? Perguntou preocupado

Molly o beijou mais profundamente e falou no fim do beijo encostando sua testa na dele:

-Deduza você – disse por fim divertidamente .