Trouble. escrita por Caroles


Capítulo 7
Dylan é um psicopata.


Notas iniciais do capítulo

olaaa pessoas, cá estou eu, com um capitulo grande na minha opinião, então vão ler u.u



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Os minutos da aula pareciam que não passavam, e eu olhava de minuto em minuto para o relógio. Por mais que eu tentasse prestar atenção no que a Sra. Figgs falasse era impossível, sendo que eu sempre ouvia o que ela falava, já que aula de biologia sempre foi a minha preferida.

Quando o sinal finalmente tocou, todos saíram apressados, até Ava, que sempre era a ultima a sair, porem eu realmente precisava falar com a professora, então fiquei, só que ela tinha sumido, e sim, eu estava com muita pressa. Mas vocês devem estar se perguntando o porquê de tanta agitação não? Pois bem, eu irei explicar: hoje é dia de jogo. Ok, eu realmente não gosto de jogo, mas o problema é que Dylan vai jogar, e ele só joga se eu o salvar.

Mas vocês ainda não devem estar entendendo nada, vamos voltar então há uma semana a trás...

Dylan e eu estávamos estudando, quer dizer, somente eu, porque somente eu fazia o exercício, enquanto ele batia com os dedos nervosamente enquanto escrevia uma mensagem em seu celular, resolvi então dar uma leve – leia forte, e não leve – batida com um livro em sua cabeça, para ver se algo mexia com aqueles neurônios de minhoca, e se seu cérebro virasse algo de um ser humano decente e respeitável, mas invés disso, eu ganhei um Dylan muito, mas muito irritado. Começamos a brigar, discutimos, eu dei outra livrada na cabeça dele – mais forte dessa vez, porque eu queria machucar – ele ficou muito mais irritado, e então ficamos sem nos falar.

Vocês ainda se perguntam o porquê dele jogar somente se eu o livrar. Pois bem, ai a resposta: Dylan tinha um trabalho para fazer comigo, só que ele disse que queria fazer sozinho e mostrar sua capacidade – que não é muita – e eu deixei, já que eu não iria fazer o trabalho inteiro sozinha para por o nome do infeliz de graça. O problema, é que a professora disse a velha verruguenta da diretora que Dylan e o amiguinho só iriam jogar se fizessem o trabalho e entregasse a ela. Brandon joga, Dylan não.

E como eu estou envolvida na historia toda? Simples de responder: eu que iria fazer o trabalho com o babaca do McCallen, só que nós dois estamos brigados, e eu não coloquei o nome dele, e se ele não jogar todos iram me odiar, isso é o de menos, o problema é que vão achar que eu estou apenas tentando prejudicar o Dylan, e eu aposto que ele falaria que estou fazendo isso por que ele me deu um fora, e nunca contaria a verdade, e sim eu ficaria mal vista. Ai meu Deus do céu, Dylan McCallen é um psicopata, o que eu faço?

Enfim, vocês entenderam a historia, e cá estou eu sentada na escada, observando o nada, escutando o barulho que vinha da quadra ao longe, e perdida, totalmente perdida.

– Achei você – disse alguém me surpreendendo.

– O que você quer McVey? – olhei para ele séria, que me olhava como se quisesse me bater.

– Você é o demônio garota. Não acredito que você não quer colocar o nome do Dylan no trabalho porque ele não quis nada com você – EU REALMENTE NÃO ACREDITEI QUANDO OUVI. Eu disse. Dylan é psicótico.

– Eu sabia que ele iria falar algo assim. Dylan é muito retardado, eu não quero colocar o nome dele no trabalho porque ele me deu um fora, e sim porque ele não fez – suspirei pesadamente, enquanto sabia que Brandon estava me encarando.

– Ele realmente não fez o trabalho Lidia? – ele perguntou dessa vez um pouco mais calmo.

– Não – Brandon se sentou do meu lado e murmurou um palavão.

– Ele só afunda, parece que não ta nem ai com nada. – ele passou a mão pelos cabelos louros acinzentados como se estivesse cansado.

– Ele falou mesmo que tinha me dado um fora? – não pude deixar de perguntar, ainda tinha duvidas se ele fosse realmente capaz de fazer isso.

– Só para mim, foi confidencial. – ele deu de ombros. – Mas se isso te conforta, eu não acreditei. Você não faz o tipo de menina que corre atrás de meninos como o Dylan. – Brandon McVey de uma hora para a outra estava sendo amigável? Surpreendente.

– Obrigada – respondi.

– Não tem de que. – ele se levantou – Mas Lidia, pensa bem no que você vai fazer, sei que você ainda não entregou o trabalho, mas...pensa bem viu. – Já estou pensando demais até.

*

A porta da sala dos professores me encarava, e eu a encarava. O jogo seria dali a dez minutos. Respirei fundo e comecei a andar.

– Lidia! – alguém gritou meu nome. E vi um Dylan correndo desesperado na minha direção. Ele chegou mais perto e vi o quanto ele estava suado, me peguei imaginando ele suado, e sem camisa, mas logo afastei esse pensamento.

– O que você quer? – soei o mais ríspida que consegui, mas eu estava envergonhada com o meu próprio cérebro por pensar na obscenidade que eu havia acabado de imaginar.

– Te pedir desculpas – ele deu um sorriso, mas não era sincero.

– Só para ter seu nome no trabalho para você ir jogar depois? – cruzei os braços e ergui uma sobrancelha. Dylan me encarou por um tempo, e murmurou um não. – Diga a verdade uma vez na vida McCallen, é feio mentir.

– Ok, você venceu. Eu vim te pedir desculpas por isso mesmo. Mas você me tem na palma da sua mão, faz o que quiser comigo. – agora ele realmente estava sendo sincero.

Joguei a mochila com força no chão e me sentei. Peguei uma caneta, um caderno e o meu trabalho. Apoiei o mesmo em cima do caderno e rabisquei o nome de Dylan na folha. Guardei tudo, e sem nem olhar para a cara entrei na sala dos professores.

Eu estava traindo a mim mesma, mas fazer o que, eu sou boa demais. Apenas a professora Figgs estava na sala.

– Lidia, que bom lhe ver, o que a traz aqui? – ela se levantou e veio ate mim.

– Vim para entregar o trabalho, estava dando uma revisada. – sorri e tentei ser convincente, não sei ao certo se estava funcionando, eu devia estar com um sorriso igual ao de uma capivara atropelada.

– Ok, obrigada – ela sorriu, mas era um sorriso desconfiado. Acho que eu realmente estava com a cara de capivara atropelada.

– Já vou indo, tchau – dei um breve aceno e me virei para sair.

– Lidia, espere – a professora me chamou.

– Sim?

– Dylan realmente te ajudou a fazer o trabalho.

– Sim.

– Tudo mesmo? Sabe que se ele não o fez, você está dando nota de graça a ele.

– Sim, eu sei.

– Então tudo bem, pode ir. – Saí da sala com a consciência pesando mais do que deveria.

– O que você ainda ta fazendo aqui seu retardado? O jogo já deve ter começado – Dylan estava sentado no corredor me encarando.

– Te esperando boba. – ele deu um sorriso, aquele tipo de sorriso que faz qualquer garota se derreter, mas eu não sou qualquer garota.

– Para? – comecei a andar com ele no meu encalço.

– Queria ter certeza de que você iria ao jogo. – me virei tão rapidamente que trombei com seu peito. Ele me segurou pelos ombros para me estabilizar. Dylan era lindo, até suado, com o cabelo grande para ser cortado, e com a cara de idiota que ele tinha. – Calma ruiva. Mas então?

– Então o que? – tirei as mãos dele dos meus ombros e recomecei a andar.

– Vai ao jogo?

– O que eu iria fazer lá?

– Me dar sorte, você tem feito muito isso ultimamente.

*

O jogo de futebol americano na minha humilde opinião era meio complicado de se entender. Para mim, se resumia em garotos tapados com uma bola na mão, que de vez em quando se jogavam no chão e se amontoavam um em cima do outro.

Dylan entrou sendo aplaudido – mesmo estando atrasado – e consegui me sentar na arquibancada, em um lugar meio vazio, já que o outro time não era de um colégio muito grande, então não ocuparam tanto espaço.

Havia um garoto que eu nunca tinha visto na vida, mas que eu reconheci que estudava na mesma escola que eu por causa do uniforme, esse garoto gritou e narrou o jogo inteiro, e parecia fazer parte do fã clube de Dylan, um nojo.

– Oi – disse ele bem animado.

– Oi – disse seca.

– Gostando do jogo? – ele engolia a pipoca como se nunca tivesse visto uma.

– Uhum.

– Pelo visto não – ele deu de ombros e voltou a narrar o jogo para mim. Mas o ápice do seu grito foi quando nosso time ganhou. O garoto provavelmente ficou mudo e eu surda.

– Céus, que demente – Taylor se aproximava e encarava o pobre garoto mudo com certo nojo. Ava atrás dela o encarava com medo.

– Uhum.

– Vou para a casa da Ava hoje, vamos também? – perguntou Taylor.

– Hoje não, estou cansada. E prometi ajudar meu pai com coisas do trabalho. – era mentira, eu só não queria ir.

– Hm, ok. Então tchau – elas se afastaram. Todos foram embora, porem eu fiquei lá, parada que nem retardada, olhando para o campo já vazio.

– Ta fazendo o que aqui ainda ruiva? – Dylan se sentou do meu lado, dessa vez ele estava com seu habitual moletom e calça jeans. E perfumado. Devia ter tomado banho. Pelo menos isso ele fazia.

– Nada.

– O jogo acabou faz tempo, mas gostei que você ficou ate o final – ele sorriu, aquele sorriso arrebatador.

– Uhum.

– Vai ir para casa?

– Uhum.

– Quer carona?

– Uhum. Não! Quer dizer, não precisa – me levantei apressadamente.

– Vou precisar te arrastar ate o carro de novo Evans?

– Dylan, já chega. Estou cansada de você, das suas idiotices e principalmente da sua demência. – ele me olhou e depois encarou os próprios pés.

– Desculpa.

– Suas desculpas para mim de nada servem.

– Mas...

– Sem essa coisa de ‘’mas’’.

– Ok.

Suspirei e sai andando deixando Dylan sozinho na arquibancada. Continuei a caminhar sozinha, até meus pés se depararem com a soleira da porta da minha casa, entrei silenciosamente, fui para o quarto e deitei na cama, e a única coisa que eu fiz foi encarar o teto. Resolvi finalmente criar coragem para fazer alguma coisa, e fiz! Tirei o uniforme por uma calça de moletom e uma regata simples.

– Lidia! Deixa eu te ver garota – Jared deu uma olhada em mim, sendo que nem bateu na porta do meu quarto ele tinha batido, nem pude argumentar quando ele disse – Não ta tão feia, agora vai atender a porta porque o Dylan ta te esperando.


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Notas finais do capítulo

Dylan está levando Lidia a loucura, mas o que será que ele realmente quer com ela ein?
E Brandon? Está muito amiguinho u.u
Mas enfim, digam o que pensam e não sejam leitores fantasmas, isso magooa e não me faz ter inspiração :/ enfim, vou parar de reclamar e cobrar você porque eu sei que é chato, então beeeeeijos no coração de vocês