Trouble. escrita por Caroles


Capítulo 22
O útil ao agradável.


Notas iniciais do capítulo

OLA AMOREXXXXX! LEIAM AS NOTAS POR FAVOR!!!!! Serio, leiam mesmo.

Uma semana depois, e cá estou eu, sendo uma pessoa responsável e postando os capítulos no tempo certo...
Enfim, esse capitulo, ficou um pouco cronológico por assim dizer, pode ate estar meio confuso, mas os próximos dois ou três capítulos, deixaram tudo esclarecido!
Até o final, boa leitura ♥



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Os dias estavam indo de vento em popa e quando dei por mim, estávamos perto do tão esperado baile de outono, o qual eu ajudaria a organizar. Bailes se resumiam em muita gente bêbada, se pegando escondido nos banheiros e atrás das arquibancadas. A maioria voltava em um estado deplorável, mas eu sempre me divertia nas festas proporcionadas pela escola, era realmente hilário.

– Lídiaaa – chamou Taylor.

– Taylorrr – respondi no mesmo tom.

– Queria te pedir um favor – levantei a cabeça e descansei a caneta que eu usava freneticamente. Ava parou para ouvir também.

– Prossiga.

– Assim, você ajuda sempre a organizar o baile – ela disse num ronronar, enrolando uma mecha de cabelo nos dedos.

– Sim, o que você quer? – Perguntei lentamente e desconfiada.

– Queria uma ajuda sabe... – ela fez uma cara pidona e eu a olhei feio, imaginando que a ajuda não poderia ser mesmo uma ‘’ ajuda’’ – Ok – ela jogou as mãos para o alto exasperada – Confesso, não é bem uma ajuda, é mais um plano do mal, que nem aquele que o personagem dos quadrinhos faz, mas ao contrário dele, o meu iria dar certo.

Suspirei pesadamente, já imaginando o que estaria por vir, e boa coisa com certeza não era.

– E qual é esse plano do mal, gênia?

– Bom, Blythe vai se candidatar para ser rainha do baile, e eu também, mas não posso deixar ela ganhar, pois é uma questão de honra que eu ganhe, e ensine que aquela vadia não pode ter tudo na vida.

– Legal, e onde eu entro nisso?

– Você vai tirar o nome dela da lista, oras – disse com simplicidade.

– Ela não pode fazer isso Tay – disse Ava.

– E porque não? – Perguntou ela cruzando os braços emburrada.

– Porque eu sou uma organizadora, e isso é contra as regras, eu poderia ser expulsa, e você poderia ser desclassificada. – Quase coloquei um oras, assim como ela tinha feito, para parecer mais obvio.

– Esqueci de falar que esse ano eu vou ajudar a organizar também – desconversou Ava.

– OTIMO – disse Taylor batendo palmas – Se a Lid não me ajuda, você ajuda.

– Nem pense nisso – Ava disse tirando o corpo do campo de batalha.

Taylor fechou a cara na hora, mas nem me incomodei, já que ela deveria entender que isso era errado, e que ela deveria ganhar por mérito, além de que, Blythe poderia nem ganhar.

– Oi garotas – Ouvir sua voz nesses últimos dias estava me causando arrepios pelo corpo, minha cabeça sempre vagueava de volta à sexta feira mal terminada no meu quarto.

As duas responderam um oi simpático, e então Taylor começou um discurso que suas amigas não serviam para nada, não que ela estava dizendo isso, mas pelo drama, dava no mesmo.

Decidi continuar minhas anotações, e quando dei por mim, o sinal já tinha batido, corri então para a reunião sobre o baile, sem nem mesmo dar tchau para ninguém.

Estávamos todos reunidos na sala de reuniões, onde discutíamos qual seria a ideia para o Baile de Primavera. No fim, ficou decidido que a festa seria à fantasia, e que não teria apenas Rei e Rainha, e sim dois lugares abaixo também, o de príncipe e de princesa.

Saí apressada da sala e nem sequer vi quando trombei num monte de músculos. Dylan.

– Aonde você estava? – Perguntou ele.

– Na reunião do baile idiota – arrumei a bolsa sobre o ombro, e notei o quão pesado estava.

– Quer ajuda? – Perguntou o engraçadinho rindo da minha dificuldade.

– Quero – joguei a bolsa para ele, que pegou e nem sequer fez cara de sofrido com tamanho peso.

– Uau, quem vê pensa que é forte – debochou ele.

– Vou meter a minha mão na sua cara hein – ameacei em um tom brincalhão.

– Uhum – ele deu uma risadinha – Vamos estudar hoje né?

– Sim, mas primeiro quero comer alguma coisa.

– Vai ficar gorda. – Provocou.

– Não tanto quanto você é – rebati escondendo uma risada, pois eu sabia bem, que de gordo McCallen não tinha nada.

– Sou gostoso e você sabe – ele deu de ombros. Destravou o carro, abriu a porta do passageiro e conferiu se eu realmente tinha colocado o cinto de segurança.

– Virou meu pai agora McCallen? – brinquei.

– Só estou cuidando do que é meu – ele deu um sorriso de lado e fechou a porta, indo se acomodar em seu lugar.

– E desde quando eu sou sua? – Perguntei em um tom desafiador.

– Desde sempre ué. – Respondeu dando partida no carro.

– Vai achando que sim Dylan.

– Meu Deus – exclamou ele, de boca aberta.

– O que foi?

– Você me chamou de Dylan. D-Y-L-A-N. Não de McCallen ou de idiota, ou de qualquer outro apelido ofensivo.

– Meus apelidos não são ofensivos.

– Não para você, para mim são totalmente ofensivos – dei uma risadinha de desdém, e ele resolveu não tocar mais no assunto. – Eai, o que vai ser dessa vez?

– Não sei, o que você quer comer? – Perguntou ele.

– Frango – respondo depois de pensar um pouco.

– Cru, frito, cozido, assado? – Pergunta de volta.

– Ai que menino engraçado, rindo horrores aqui ein – disse séria, mas por fim, acabei rindo. Com Dylan, as coisas eram sempre assim, ficávamos mal, nos acertávamos, brigávamos de novo, só para podermos fazer as pazes. A presença dele era algo indispensável para mim, não via meus dias sem ele. Dylan conseguia fazer um bem danado para qualquer pessoa, por mais que vestisse seu manto do mal para atormentar pobres almas por ai.

Paramos em um restaurante, e comemos frango frito, como se fosse o ultimo dia de nossas vidas, e ali, percebi o quanto nossa relação havia mudado, da água para o vinho por assim dizer.

– Dylan – chamei sua atenção, que estava focada em chupar os ossos do frango.

– Fala – disse me olhando sem parar de chupar o osso. Seria sexy, se não fosse esquisito, e se não fosse o Dylan.

– Eu gosto de você, tipo muito – disse sorrindo.

Ele largou o osso, e me olhou desconfiado.

– Cadê? – perguntou ele.

– Cadê o que menino?

– As câmeras, as pessoas rindo, porque a piada foi realmente boa viu Lidia, conseguiu se superar. Apesar de ter me deixado meio desapontado, fico triste de saber que isso é apenas brincadeirinha sua. – ele deu um sorriso cansado.

– Ai, você acabou com a magia do momento. Eu to falando sério, não posso nem tentar ser uma boa amiga, e você já vem com esses papos, depois reclama quando eu te trato mal, você merece, é burro demais.

– Ai ó, como eu vou acreditar nas coisas que você fala – perguntou elevando o tom de voz – Você sempre me trata mal, sempre.

– Calunia. – rebati.

– Vou te beijar.

– Agora não é hora nem lugar – disse tentando manter a calma e a distancia dele. Eu queria que ele me beijasse. Agora.

– Eu to afirmando – e com isso se aproximou, me segurando pela nuca e atacando minha boca de forma feroz. Não hesitei em corresponder, obviamente, eu queria tanto quanto ele. Quando paramos para respirar, pude sentir meu rosto queimar de vergonha, ao lembrar da quantidade de pessoas ali no restaurante, vendo aquela cena românticasafada.

– Já que você diz gostar de mim, então me prova – disse ele.

– Ah não, você ta duvidando da minha palavra? – perguntei rindo.

– Sim – ele sorriu, e senti meu coração afundar dez metros dentro do meu peito. DEUS DO CÉU, ELE É LINDO DEMAIS!

– O que você quer Sr. Desconfiado?

– Me convide para ir ao baile – Dylan deu de ombros, e fez a sua melhor imitação de uma mulher impaciente, cruzando as pernas e os braços, fazendo um biquinho.

– Só isso? – perguntei.

– Você acha pouco? – ele me olhou e ergueu uma sobrancelha – Posso acrescentar alguns itens se você quiser.

Encarei-o por algum tempo, e ele sustentou o olhar. Me levantei da cadeira e fiquei em pé, de frente para ele.

– Dylan McCallen, você me daria à honra de sua presença, e poderia, por favor, ir ao baile com essa humilde garota, que anseia tanto por uma dança junto a ti? – fiz uma reverencia e peguei sua mão, depositando um beijo. Dylan não perdeu a piada, e gargalhou alto, atraindo a atenção de varias pessoas.

– Com você pedindo desse jeito, não tem nem como recusar – ele riu mais uma vez – Que horas você passa na minha casa para me buscar?

Coloquei as mãos na cintura, e foi minha vez de gargalhar.

– Coitado, além de eu te convidar, tenho que te buscar? Poupe-me, você tem carro e sabe onde eu moro. Vou te esperar em ponto às 19h.

***

Duas semanas antes do Baile.

As provas começariam hoje, segunda feira, e iriam exatamente até a sexta. Após isso, só se seguiriam as recuperações e a final do campeonato. Todos estavam nervosos, tensos e preocupados, afinal, tínhamos estudado e nos esforçado para isso, sem duvidas precisávamos mais do que nunca, provar que todo o esforço não fora em vão.

Uma semana antes do Baile.

Outra segunda-feira que começava, mais uma vez todos nós estávamos ansiosos, muitas notas seriam entregues hoje e as provas de recuperação já começariam.

Infelizmente, nem todos tivemos a sorte de terminar o ano sem recuperação, Jared e Dylan precisariam recuperar a nota em Trigonometria se quisessem jogar na final, que seria daqui alguns dias. Resolvemos todos ajuda-los a estudar, afinal, se até Brandon tinha conseguido passar, eles também iriam.

Dois dias depois da prova de recuperação, veio a boa noticia de que ambos poderiam jogar, e que todo o meu esforço do ano inteiro não havia sido em vão. Enfim poderíamos ter um descanso e voltar a aproveitar nossos dias, como era antigamente.

Dois dias antes do Baile.

– Lidia do céu, como assim você não tem vestido para ir ao Baile? – gritou exasperada minha mãe.

– Digo o mesmo – resmungou Dylan ao meu lado.

Eu estava tão cansada com todo o estresse das provas, a organização do Baile, minha vida e tudo mais, que eu não tinha nem tempo para pensar em vestido.

– Filha, nós temos que resolver isso hoje mesmo – ela saiu pela casa atrás de algo, resmungando consigo mesma.

– Vou ir – Dylan se levantou do sofá – Me diz a cor do seu vestido, assim eu pego uma gravata mais ou menos igual com o meu pai.

– Te mando mensagem.

Ele colocou as mãos dentro do bolso do jeans, e foi em direção a porta. Abri a mesma para ele, que saiu e suspirou fechando os olhos. Se virou para mim, murmurou um tchau, e com um selar rápido, foi embora.

Mal suspeitava eu, que algo estranho estava acontecendo...

Dylan POV.

Eu não iria conseguir, de jeito nenhum. Eu não tinha cabeça para isso, na verdade eu só queria que as coisas não fossem daquele jeito. A frustração e a raiva tomavam conta do meu corpo, senti um nó na garganta e meus olhos se encheram de lagrimas.

Senti o celular vibrar no bolso do meu jeans. Não pude deixar de sorrir ao ler o nome dela, mas a sensação ruim voltou com tudo novamente.

– Oi – disse ao atender.

– Oi – respondeu ela – Ta tudo bem? Eu disse que ia mandar mensagem, mas queria falar com você.

Suspirei e engoli as lagrimas.

– Claro, pode falar.

– Você não falou se ta tudo bem. – ela não deixava uma passar.

– Ta sim – menti – Melhor agora – isso era uma meia verdade – O que você quer?

– Então, eu to em duvida. Azul ou vermelho? – nunca na vida que imaginei estar ao telefone ajudando Lidia Evans a escolher um vestido. Ainda mais um vestido que ela usaria para ir ao baile comigo. Se tivesse me falado isso meses atrás, eu estaria me debatendo no chão de tanto rir.

– Me manda uma foto dos dois – pedi.

– Ok.

Alguns segundos depois, uma foto do pescoço para baixo, revelava uma Lidia finalmente vestida com algo extremamente feminino.

– Pega o azul – falei por fim.

– Ok, tchau.

– Tchau.

– Não, espera! – chamou ela de volta.

– O que?

– Nada não, deixa. Tchau, ate amanha – ela desligou sem me deixar despedir. Ótimo, odiava despedidas, já estava preparando meu psicológico para deixar tudo para trás, sem dar adeus.

Final do campeonato (Pt. 1).

Seria estranho dizer que eu não estava nem um pouco animado com o final do campeonato? Sim, seria. Pensei seriamente em inventar uma desculpa e escapar de ter que olhar meus amigos, vê-los sem ter que chorar.

Levantei rapidamente, antes de mudar de ideia, eu não podia deixar meu time na mão, eu era o capitão, eu me esforcei para chegar ate o fim e dar para trás. Não, eu iria enfrentar tudo de cabeça erguida.

***

Avistei os cabelos da ruiva de longe, também, parecia um sinaleiro. Céus, ela estava linda, vestindo uma das minhas camisas do time que eu havia emprestado para ela usar especialmente hoje. Me aproximei devagar e a surpreendi, depositando um beijo em seu pescoço, a abraçando por trás.

– Jesus, que susto – disse ela tentando esconder o fato de ter ficado arrepiada.

– Não vai brigar comigo? – perguntei surpreso. – Eu me atrasei e não passei na sua casa para te buscar.

– Eu vim mais cedo, te mandei mensagem, você não viu? – ela ficou de frente para mim e passou os braços ao redor do meu pescoço.

– Não vi – dei de ombros. Ela sorriu e me olhou. – Que foi?

– Você ta esquisito, aconteceu alguma coisa ou você ta nervoso por causa do jogo? – eu poderia dizer a verdade para ela, mas eu era covarde demais para isso. Resolvi mentir.

– Nervosismo.

– Deixa eu resolver isso – ela olhou de canto e então me puxou pela nuca e me beijou. MAS QUE DROGA, EU QUERO MORRER! Lidia não faz isso comigo. Minha cabeça estava uma merda, mas deixei meu coração responder, e correspondi ao beijo com tanta vontade que tinha vontade de fugir dali com ela naquele instante.

Aos poucos fomos parando, com pequenos selares. Mesmo depois de o beijo ter acabado, fiquei de olhos fechados, queria guardar aquele momento para o resto da vida. Ela deu uma risada e abri os olhos.

– O que foi isso? – perguntei a ela, que ainda ria.

– Juntei o útil ao agradável – ela fez um sinal em direção à algumas garotas que me olhavam.

– Não acredito! – gargalhei – Lidia Evans com ciúmes.

– Só estou cuidando do que é meu.

Fiquei surpreso com suas palavras, e senti meu coração se apertar, minha garganta dar um nó e meus olhos marejarem. Como poderia eu, deixar a garota que eu mais queria no mundo para trás, depois de ela me dizer uma coisa dessas? A abracei e fechei os olhos com força. Aquilo seria mais um momento que eu não esqueceria pelo resto da vida.


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Notas finais do capítulo

Eai gente? O que vocês acharam? Sério, n queiram me matar HUHAUDHUAHDUAH
Até daqui uma semana :* love all of you!



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