Ruivas escrita por Gato Cinza


Capítulo 11
A outra Nelli


Notas iniciais do capítulo

continuação do capitulo anterior



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Essa exposição esta começando a me fazer perder o pouco de bom senso que me resta tem pessoas de mais, um barulho suave que chamam de música que esta me dando dor de cabeça e Krystal que tenho que matar e logo está vindo em minha direção com um olhar cruel, não como de uma pessoa malvada e sim como alguém que é capaz de tudo.

– André – diz ela segurando o braço do marido, detalhe não usam aliança – venha tirar uma foto com a Mina.

Automaticamente olho para a outra Nelli que estava conversando com Teresa dona da galeria e um grupo de pessoas, ela me olha e sorri. Respondo com outro sorriso parece que ao menos ela ali está tão deslocada quanto eu. Krystal consegue arrastar o marido para longe de mim, agradecerei ela por isso mais tarde os olhos daquele homem me incomodam.

Mais alguns quadros sem graça me decido por ir embora isso aqui está me entediando. Saindo...

– Já vai? – me viro impaciente, era Mina

– Estou cansada – de gente chata

– Pena, acho que você aqui é a única pessoa que não veio pela Teresa ou por minha irmã.

Irmãs é claro, embora ela seja ligeiramente mais bonita que Krystal e infinitamente mais interessante – ao menos em primeira impressão.

– Na verdade entrei por acaso, nunca estive em uma exposição de artes antes.

– Mesmo? – ela sorri, não como antes agora mostrou um sorriso tímido – André disse que você calou Teresa.

– Aquilo? Desculpe ter ofendido ela ou você.

– Não me ofendeu, minhas telas são simplesmente horríveis mesmo. Quem dera eu poder falar para ela que não me comparo nem de longe com os pintores que ela vive citando, mas se eu fizer isso minha irmã tem um colapso e Teresa me expulsa da família.

– Te expulsa? Ela é sua mãe?

– Não, Teresa é... Foi esposa de meu pai tecnicamente somos primas de segundo grau já que ela e mamãe eram primas e melhores amigas.

Melhores amigas não casam com ex-maridos de melhores amigas.

– E não são mais casados?

– Papai faleceu alguns anos atrás.

– Sinto muito – não sinto nem um pouco

– E sua mãe?

– Faleceu quando eu nasci, foi Teresa quem me criou como mãe.

Que perda de tempo.

– E sua irmã?

– Khris tinha nove anos cresceu como quis, quando papai morreu eu ainda era menor de idade, ela acabou ficando na cidade onde fez jornalismo e ajudou Teresa a cuidar de mim, vivaram melhores amigas.

Melhores amigas... Não gosto dessas palavras juntas.

– Ela é jornalista?

– É sim, repórter investigativa esta trabalhando agora no caso das ruivas.

– A sim eu assisti um dia desses algo sobre um cara que mata ruivas. Ela trabalha para qual canal?

Uau! Dissimular é tão divertido.

– Ela não trabalha para telejornais – ela sorria divertida com minha ingenuidade – ela escreve para o jornal estatal.

– Ah! Desculpe é que não sou muito de ler.

– Mina – é claro que a irmã malvada e a madrasta sabe tudo vem tira-la de minhas garras.

– Queria que isso acabasse logo, elas estão me deixando furiosa e eu só posso sorrir.

– Então sorria, vou ficar aqui mais um pouco para te fazer companhia.

Ela sorri novamente e vai para junto da irmã.

– Interessante – voz familiar masculina. Psicanalista.

– Que é interessante?

Como será a cabeça de um psicólogo vista por dentro do lado de fora?

– Mina parece bastante à vontade com você, falo isso por que ela estava quase em pânico antes de começar a vernissage e sua tensão só aumentou quando as pessoas começaram a falar com ela.

– Talvez seja pelo fato de não querermos impressionar ninguém, apenas admirar o que esta sendo exposto.

Por que ele esta sorrindo? Tem um belo sorriso que combinam com seus olhos azuis claros que eram verdes a poucos minutos. Saio de perto dele e vejo Mina sozinha, me aproximo.

– Estão indo embora aos poucos, logo ficarei livre deles.

Ela estava feliz por que as pessoas estavam indo embora do que devia ser seu momento de “fama”. Estou começando a gostar dela.

– Por que os olhos daquele homem mudam de cor? – perguntei sem querer olhando para o psicanalista.

– São olhos furta cor, menos raros que pensam. Durante o dia eles são azuis bem claros. É... Vem comigo – ela chamou me arrastando para frente de um quadro.

Era um quadro com vários tipos de olhos uns sobre os outros de vários tons que iam de branco á cinza escuro passando por suaves tons de verdes e azuis.

– Olhos que não vêm? – nome idiota para uma tela.

– Foi minha ultima tela pintei quando notei que os olhos dele eram furta cor.

– Por que esse nome?

– Por que André é cego, não que ele não enxergue pelo contrario ele tem o mal habito de analisar uma pessoa por fora antes de saber como ela pensa, o que é irritante ele está sempre falando como se entendesse as pessoas melhores que elas mesmas. Ele é cego no sentido de que não vê as coisas que dizem respeito diretamente a ele, por exemplo, Khris é apaixonada por ele e ele não vê isso.

– Achei que fossem casados.

Ela riu alto e tapou a boca.

– Olhe para eles, parece que ele cai de amores por ela?

Fato, ele parecia tão desconfortável na presença de Krystal quanto Mina.

– Vou me despedir das outras pessoas me espera?

– Claro.

Dei mais algumas voltas observando Krystal, ela parecia estar à vontade naquele lugar e sorria sem parar, não gosto do sorriso dela é... Falso, não que o meu seja sincero. Quando terminou a exposição Mina se juntou a irmã e a Teresa, conversaram um pouco e ela pareceu ficar chateada com algo, mandou em alto e bom som que a irmã fosse cuidar da própria vida e o psicanalista intrometeu passando a mão pela costa dela e a tirando de perto das duas. Estão vindo em minha direção ele serio e ela com um olhar furioso.

– Prontinho Mina entregue á companhia amigável, creio eu – completou com um sorriso para mim.

– Devia ter me deixado dar um tapa nela.

– Mina!

Ela suspirou frustrada e sorriu.

– André está é Cassandra, Cassandra este é André, devidamente apresentados vamos dar o fora daqui?

Ela me perguntou suplicante eu lhe estendi a mão e saímos da galeria. Olhei para Krystal de relance, não gostei nem um pouco do modo com que me olhava, falando em olhar o meu cruzou com o de André que deu um sorriso incrivelmente perfeito. Acho que não preciso mata-lo.


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Notas finais do capítulo

sei que está chato a historia, mas não é fácil "matar" uma pessoa por dia...

T BRV
^^



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