The great change escrita por Line Freitas


Capítulo 32
Dor interminável


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, hoje é um dia no qual vocês irão com certeza querer me matar, não foi fácil pra mim escrever isso, pois me sentia muito confusa com o rumo da fanfic, depois de um tempo sem postar decidi seguir com o plano. Desde o inicio quando criei a fic iria acontecer isso, não é só porque eu assisti a culpa é das estrelas (eu nem assisti direito) que decidi fazer isso, ou porque estava de TPM, tudo foi planejado. Espero que não fiquem bravas comigo e nem deixem de ler a fic.

Na vida da gente, acontece muitas coisas, umas boas outras ruins, assim como na de Cecília, mas Deus tem um plano para todas as coisas e ele sabe o melhor para cada um de nós. Apenas compreendam que isso precisa acontecer, mais para frente vocês saberão.

Enfim, um beijo para vocês e bom final de semana.



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Dor interminável

Ainda coberta pelo eu cobertor me revirei até achar meu celular. Acordei com o barulho dele tocando sem parar. Era um mensagem do Nick.

Oi linda, soube que chegou aqui, vem me ver no café, quero te apresentar a Melanie.

Logo depois respondi

Oi Nick, chego ai em 30 minutos me espera.Bjus

Levantei da cama num pulo ao ver a hora, era 12:00 e eu ainda estava na cama. Tomei um banho demorado e vesti uma meia calça preta com uma saia e um casaquinho fofo. Tomei um café completo e conversei um pouco com o Arthur e Nathalie. Coisa rara de se ver.

Chegando no café conversei com a tal pretendente do Nick, uma menina doce e incrível. Simplesmente super aprovada. Ela me contou como o conheceu e que estava encantada com o cavalheirismo sem intenção da parte de Nicolas. Os dois estavam realmente apaixonados, e eu estava feliz de o ver sorrindo novamente. Quando olhei no meu relógio eram 15h00min e estava um pouco atrasada para o meu encontro.

Chegando em casa olhei para o meu closet e achei algo que se encaixasse direitinho com a ocasião, acho que o Bernardo iria me dar um anel de compromisso. Coloquei um vestido floral e um sobretudo vermelho, e um escarpin preto, enrolei meus cabelos e passei uma make marcante. Fui para o local marcado, me sentei em um banco e fiquei esperando. Passou-se uma hora e nada do Bernardo, estava ligando para ele, mas o telefone só na caixa postal estava com uma sensação estranha, um aperto no fundo do peito, uma agonia sem fim. Resolvi esperar mais um tempo, mas ele não apareceu. Fui para casa tentando ainda ligar para ele, mas não obtive sucesso. Bati na porta do apartamento dele, mas ninguém atendeu. Estava começando a ficar preocupada.

Cheguei em casa e meu pai estava sentado no sofá com as mãos na cabeça. Ele correu em direção a mim e me abraçou, não estava entendendo nada, e aquela sensação de angustia estava sobre mim novamente.

– Filha ainda bem que chegou. Porque não ande meus telefonemas?

– Troquei de numero e esqueci de te passar. Desculpa.

– Filha uma mulher ligou para cá desesperada, ela disse que queria falar com você e era urgente. Parece que seu amigo esta no hospital, um tal de Bernardo. – Quando ele falou Bernardo, paralisei apenas tudo aquilo que estava me angustiando era real. Lágrimas começaram a se formar nos meus olhos caindo lentamente sobre a minha pele.

– Filha, calma eu te levo lá.

Entramos no hospital e logo avistei a mãe do Bernardo, ela me abraçou forte e chorou juntamente comigo.

– O que aconteceu com ele?

– Um carro bateu nele hoje a tarde.

– E ele esta bem não é? Por favor me fala que ele esta bem. – comecei a chorar.

– Não. O Dr. Felipe disse que ele bateu a cabeça muito forte . As chances de se recuperar são raras. – ela disse em lágrimas.

– Não pode estar acontecendo isso, não. - lágrimas e mais lágrimas saiam de mim, não estava acreditando no que estava acontecendo. Meu coração não iria aguentar.

– Calma meu amor, ele vai sair dessa.- disse Arthur.

– Ele não pode me deixar, eu preciso ver ele, por favor, me deixa ver ele. – estava desesperada. – ela assentiu com a cabeça e eu entrei em um quarto.

Quando o olhei não pude acreditar, ele estava todo machucado, cheio de aparelhos, me aproximei da cama e peguei a mão dele. Estava caída aos pedaços, milhões de coisas passavam pela minha mente, ele foi a melhor coisa que me aconteceu, a coisa mais linda, mais perfeita, e agora a minha felicidade estava morrendo, não podia acreditar no que estava de frente aos meus olhos. Dei um beijo na sua mão e na sua testa e disse:

– Bhê eu sei que você esta me escutando, mas, por favor, não me deixa eu preciso de você meu amor. Meu final feliz não será o mesmo sem você na minha vida. Volta pra mim? Eu preciso do seu sorriso para me alegrar todos os dias, do seu abraço apertado, do carinho que me faz, eu preciso da sua proteção, do teu amor, fica comigo, não me deixa. – Lágrimas e mais lágrimas saiam e o medo tomava conta de mim, pensava que era forte, mas a verdade que a fraqueza tomava conta de mim a cada segundo. – senti um toque, algo muito superficial, mas sei que era ele, eu o beijei e disse:

– Você vai sair dessa. Seja forte, estarei ao lado o tempo todo. Eu te amo sempre. – A enfermeira me chamou e disse que o horário já havia esgotado.

Sai do quarto em pedaços, estava com tanto medo, me escorei na parede e chorei tanto, como uma criança que tem medo de escuro. Naquele momento senti um abraço, era o Nick, o abracei e ele apenas acariciava os meus cabelos e deixava eu chorar no seu ombro.

– Calma pequena, ele vai sair dessa. O nosso garoto é forte.

– Obrigado Nick. – foi apenas o que conseguir dizer.

Voltei para casa obrigada, não conseguia pensar em mais nada, comer nada, olhar nada, e nem dormir. Estava me sentindo tão frágil e pequena diante dessa situação. Não sabia quem mais recorrer, então decidi orar.

Deus, eu não sei se realmente tu existe, mas se existe não deixa o Bhê morrer, ele é tudo pra mim. Você sabe que eu o amo e não quero o ver partir, por favor, me ajuda. Amém.

Deitei na minha cama e de tanto chorar acabei adormecendo. Acordei num pulo, tomei um café preto e fui no hospital. Lá encontrei alguns amigos do Bhê, a mãe dele e a Laís.

– Oi querida.

– Oi. Soube de alguma noticia?

– O médico disse que ele esta no estado regular. Ontem a noite as enfermeiras disseram que o Bernardo melhorou, mas nada muito significativo. – disse em lágrimas.

– Calma, tudo vai ser resolver. Eu posso entrar para vê-lo?

– Sim, vou falar com as enfermeiras.

Entrei no quarto e me aproximei da cama, estava tão frágil, peguei a mão dele novamente e disse:

– Oi meu amor, eu to aqui novamente. Eu disse que não iria te deixar só. Amor, promete pra mim que vai ficar melhor? Que não vai me deixar? Eu sei que você é forte, vai sair dessa.- me aproximei do seu ouvido e sussurrei. – Eu te amo pra sempre. – ainda em lágrimas o beijei. – senti que seu coração batia acelerado, coloquei minha cabeça em seu peito, assim me sentia de alguma forma ligada a ele.

Antes de sair, acariciei os seus cabelos, peguei sua mão e lhe dei um beijo no rosto demorado. – Se comporta, não quero saber de você andar paquerando essas enfermeiras lindas, ok? – sorri, ainda por cima de toda aquela tristeza consegui por algum instante sorrir.

Quando ia saindo senti alguém me chamar baixinho, voltei para trás e o vi com os olhos abertos. Corri para seu encontro e peguei a mão dele.

– Minha linda...- disse bem baixinho, quase sem ar.

– Amor fica quietinho, não fala nada, vou chamar o médico.

– Amor, eu não posso mais... Chegou a minha hora...- ofegou.

– Amor não fala assim. Você vai ficar bem.

– Não posso, não aguento...- ele começou a respirar ofegante. – apertei a campainha para as enfermeiras chamar os médicos.

– Amor me escuta... Você... é a coisa mais maravilhosa que me aconteceu... Eu te amo muito... Você vai ficar bem, eu sei que vai.- já estava em lágrimas.

– Por favor não me deixe, eu preciso de você.

– Diz pra minha mãe... que eu a amo.

– Amor calma, os médicos já estão chegando.

– Eu te amo... minha princesa - ele começou a fechar os olhos lentamente. – eu tentei mante-lo acordado, mas ele foi fechando os olhos lentamente e antes dele os fechar totalmente, ouvi ele sussurrar. – Para sempre.

– Para sempre.- disse ainda em lágrimas. Naquele momento os médicos chegaram, e me tiraram da sala. Não sabia o que fazer, o sentimento de desespero foi maior do que eu. Me sentei no chão e chorei, uma mistura de desespero, medo, solidão invadiu o meu ser me fazendo cair. Senti alguém me abraçar forte, era o Davi, seu abraço acolhedor me acalmou naquele instante. Não tinha coragem de sair do lugar que estava, me senti tão indefesa, desprotegida, não sabia como reagir. Tudo aquilo me deixou tão desnorteada, confusa, que não sabia mais se valia a pena viver.

De longe vi a mãe do Bernardo vindo em minha direção. Não sabia como contar a ela, que aquilo que nós menos imaginávamos estaria acontecendo. Apenas corri e a abracei mais forte que pude, ela chorava constantemente, uma mistura de soluços e desespero.

A médica saiu da sala, abaixou a cabeça e nós disse. – Infelizmente, o paciente Bernardo veio a óbito.

Naquele instante meu mundo desabou... Meu peito parecia que iria explodir de tanta dor e sofrimento, lágrimas e mais lágrimas me acompanhavam nesse momento de dor. Não podia sequer fazer nada, porque nada o traria de volta a mim.


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Notas finais do capítulo

Choraram?

Juro que não era a minha intenção, mas isso infelizmente teve que acontecer. Muitas vezes não entendemos o destino, porque as vezes ele tem que ser tão cruel? Para nos aperfeiçoar algo.

Bjus amores, até mais..



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