The great change escrita por Line Freitas


Capítulo 17
Café do Nick


Notas iniciais do capítulo

Oieee amores, tudo bem com vocês? Preciso da opinião de vocês queridos leitores. Quero muitos comentários. As vezes sinto que estou escrevendo só para mim, porque não vejo respostas de vocês! Cadê vocês meus amores? Me ajudem a ficar feliz, comentem :)

LEIAS AS NOTAS FINAIS!!!



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Bernardo

Virar amigo da Cecília não era tão difícil, o difícil mesmo era saber que o meu plano deu errado. Sou um otário mesmo!Eu a queria tanto e acabei ficando com a melhor amiga dela para provocar ciúmes, mas não colou. Agora o que eu faço? Pensando bem a Laís é uma garota legal, gosto de estar com ela. Ela é bonita, divertida, simpática. Mas a Cecília é mais, algo que atrai profundamente por ela. O olhar, a boca, o seu cheiro, nossa tudo nela é um conjunto perfeito. Pena que estraguei tudo. Agora nunca vou poder a ter porque ela jamais magoaria a Laís. Também não quero magoar ninguém, só queria que as coisas fossem fáceis. Vou tentar esquecê-la e vou dar uma chance a Laís, quem sabe a gente fica junto.

Escutei a porta bater.

– Mãe?

– Oie filho, porque esta no escuro?

– Estou pensando.

– Pensando? Cadê você meu filho? Você não é meu filho. – ironizou.

– Para mãe. To meio confuso.

– Posso te ajudar?

– No momento só o tempo pode me ajudar.

– Tudo bem filho, vou buscar uma coisa pra você comer.

– Obrigado mãe. – ela o beijou na testa.

Meu relacionamento com a minha mãe é meio estranho, ela se preocupa demais com a beleza e se esquece que tem filho. Meu pai nem dá sinal de vida, não tenho primos, tios, sobrinhos e etc. Família zero! Me virei na cama e fiquei olhando a foto da Cecília no meu celular. É eu peguei uma foto dela no facebook, esse celular não levo para a escola é obvio, porque se a Laís visse iria pirar.

– O que você fez comigo menina? – disse olhando para a foto. – Eu não era assim, você me mudou. Se você soubesse o que eu sinto por você, não esperaria mais tempo. Infelizmente eu te perdi, mas quem sabe a gente se encontra por ai. – peguei o celular e apaguei a foto. -É hora de esquecer de você! Virei para o lado e dormi.

Acordei com o barulho do despertador que por sinal era muito chato. Coloquei no soneca. Depois de 10 minutos levantei, fiz minha higiene, coloquei o uniforme e fui para o ponto de ônibus. A loirinha já estava me esperando, ela estava incrivelmente linda, ei para Bernardo! Se liga você esta com a Laís agora.

– Oi loirinha. – me aproximei dela.

– Oi seu chato.

– Bom dia pra você também.

– Bom dia Bernardo. – disse ironizando.

Silencio...

– Você vai ao baile de inverno? – puxei assunto.

– Não!

– Porque?

– Não gosto de festas.

–Eu acho porque você não vai porque não tem um par. – cai na risada.

– HAHAHA. Se eu quisesse teria a escola toda aos meus pés meu bem.

– Esta tão disputada assim? –ironizou.

– Você nem tem dimensão baby. – ela piscou para mim.

– Eu vou ir, preciso me divertir um pouco.

– Problemas?

– E muitos.

– Não mais que os meus.

– Que tal você me contar os seus, eu os meus?

– Prefiro deixar no oculto.

– Você que sabe se quiser estarei á ouvidos.

–Obrigado. – sorri.

Cecília

O carro da Carter encostou, e não fomos de ônibus. Graças a Deus! Claro que levamos o Bernardo de arrasto. Na escola tudo estava normal, tirando a dor que eu sentia toda vez que olhava para a Laís e o Bernardo. Eu fico feliz pela minha amiga, mas triste por ter que sentir esse sentimento pelo Bernardo. No intervalo a Carter conversava muito com o Chris e eu ficava escutando música no meu iphone. Alguns meninos chegavam em mim e me convidam para o baile, mas eu não aceitava. Estava triste, calada, e por ainda por cima emotiva por causa da TPM. Isso é demais para uma menina. Vi de longe algumas meninas conversando com a Barbara, sério eu detesto aquela menina. Pode existir um ser tão fútil ao ponto de humilhar uma pessoa por ela ser diferente? Se eu pudesse deixava a Barbara em um centro de reabilitação. Talvez assim ela tomasse jeito, em meio aos meus pensamentos a Carter me chama.

– Cecíliaaaa – gritou.

– Que foi?

– Nem sabe o que aconteceu. – falou pulando de felicidade.

– Se você não me contar não saberei bobinha. – me mostrou a língua.

– O Chris me convidou para o baile!

– Sério?

– Sim. Ele estava todo envergonhado quando me convidou. Ele é um fofo. – ela parou de pular e ficou séria. – Você não ta mais a fim dele não é?

– Não! Nunca tive Carter, a gente só é amigo mesmo. – ela sorriu novamente.

– Que ótimo! Tenho que comprar meu vestido vem comigo no shopping? – sorriu.

– Tudo bem, só porque você é minha amiga.

– Ai eu te amo amigaaa. – gritou e me abraçou.

Sério, a Carter vai com o Chris? E aquela história da gente ir juntas? Se ela vai não preciso ir, que ótimo! Vou comer pizza, pipoca, sorvete, e chocolate, olhando filme ótimo programa para sábado a noite.

Voltamos para a sala de aula e a aula era de educação física. Fomos ao ginásio trocamos de roupa e jogamos vôlei. Tudo estava bem, até que por um descuido bati minha cabeça no suporte de ferro da rede e desmaiei. Acordei num quarto branco, deitada em uma maca. Havia algumas pessoas em minha volta, mas estava muito tonta para reparar quem era. Depois de alguns minutos minha visão voltou ao normal. Me levantei e uma enfermeira me fez uma série de perguntas. Tomei um analgésico e voltei à quadra.

– Cecília o que aconteceu com você, o pessoal me disse que você bateu a cabeça? – disse Bernardo.

– É bati mesmo. – comecei a rir, mas logo parei porque a minha dor estava muito forte.

– Se cuida linda, se não acontece coisa pior.

– Já te pedi para parar de me chamar assim. Você esta namorando minha amiga Bernardo. Se ela ouvisse isso o que iria pensar?

– Não posso mentir você é linda mesmo. –ele sorriu e saiu caminhando.

Abri um sorriso tão grande assim como a ponte de NY. Ei esqueceu que ele é inacessível? Não invente de arrumar sarna para se coçar Cecília. Nós estamos muito bem sozinhas. Não consigo evitar consciência, ele é tão lindo. Queria poder voltar no tempo.

Drogaaa! – gritei.

– Falando sozinha amiga?- disse Laís.

– As vezes. –sorri.

– Vamos no shopping hoje? Quero comprar meu vestido para o baile.

– Já marquei de ir com a Carter, vem com a gente.

– Ta bem, te pego na tua casa pode ser?

– Claro. – sorri forçado.

O sinal soou e fomos para o vestiário. A Barbara estava se trocando, mas quando me viu resolveu me tirar do sério.

– Eu já não te disse para ficar longe do Davi? Você não entendeu ou quer que eu resolva isso? – disse me puxando pelo braço.

– Uma coisa eu tenho para te dizer. Você não manda em mim, eu faço o que eu bem entender. – tirei a mão dela do meu braço.

– Você vai pagar muito caro pela sua respostinha Cecília. – disse saindo.

Algumas meninas me olhavam sem entender nada, outras estavam assustadas. Mas quem é ela para poder me dizer o que eu faço ou o que deixo de fazer? Que menina mais fútil, eu a detesto! Acho que ela nunca teve educação mesmo. A Carter se aproximou.

– Quem era ela Ceci?

– Uma popular retardada.

– Porque ela falou aquilo?

– Porque ela tem ciúmes de mim e do Davi. Eles namoraram uma vez.

– Entendi. Se cuida viu amiga, ela parecia estar com muita raiva de você.

– Não tenho medo dessa Barbie fajuta. Mas Carter a Laís vai conosco no shopping.

– Tudo bem, te espero no café do Nick pode ser?

– Sim. – me despedi dela e sai.

Saímos da escola e eu direto para casa. Troquei meu uniforme e fui dar uma olhada no facebook. Fazia tanto tempo que não mexia. Também com a minha cabeça do jeito que estava não tinha tempo para ficar conectada. Recebi muitos convites cercas de 112, todos da escola. Depois de alguns minutos me arrumei e fiquei esperando a Laís. Uma hora depois ela me aparece. No caminho para o shopping a Laís não parava de falar no Bernardo, de como ele era carinhoso, romântico, lindo, e de como ela estava feliz com ele. Tudo aquilo estava me corroendo por dentro, e até que eu sabia fingir bem. Chegamos ao shopping e nos dirigimos para o café do Nick, era um tipo de cafeteria retro. Um lugar muito legal de se sentar para conversar e sem falar que o cappuccino dele era uma delicia. Nos sentamos e um garçom veio nos atender.

– Boa tarde meninas, o que vocês gostariam de pedir? – disse um garoto lindo, lindo, lindo, perfeitamente lindo. – quando o olhei fiquei hipnotizada por aqueles olhos azuis.

– Quero um cappuccino com donalds. – disse Laís.

– Quero um cappuccino com wafles. – Ele saiu, e continuou a me olhar.

– Meninas que garoto era aquele. – disse Laís.

– Lindo! Perfeito! Ganhou Cecília. – disse Carter.

– Para meninas. Ele só foi simpático.

Nossos pedidos chegaram, mas não foi o mesmo garoto que nos entregou. Conversamos um pouco e depois fomos ao caixa para pagar. Como sou uma pessoa bastante desastrada sem querer me esbarrei com um garçom que carregava uma xícara de chá gelado. Como fiquei? Toda molhada, e ainda por cima quando olhei era o garçom lindo que nos tinha atendido.

– Me desculpa moça, foi sem querer. – disse todo envergonhado.

– Tudo bem, eu que não vi você. – ele largou a bandeja e me passou um guardanapo de papel. Depois tirou o avental e deu para a menina do caixa.

– Vem vamos a uma loja e eu te compro um casaco novo.

– Não, não precisa esta realmente tudo bem. - disse ainda limpando meu casaco.

– Faço questão. – sorriu.

– Aceita logo Cecília. – disse Laís.

– Se você insiste. – sorri.

Fiquei o esperando na porta enquanto as meninas saíram para comprar os vestidos. Ele gritou para a caixa.

– Esta no seu comando.- Quando ele se aproximou percebi que era ele que era o dono do estabelecimento.

– Me desculpe não me apresentar. Me chamo Nicolas.

– Cecília. - apertei a mão dele.

– Cecília, me desculpe mesmo ter derrubado aquele chá gelado em você.

– Ainda bem que não era café. – sorrimos.

Entramos em uma loja super sofisticada, olhei algumas peças e vi uma que me agradava. Passamos no caixa e ele pagou. Saímos da loja e ele me convidou para tomar um café por conta dele. Nos sentamos e começamos a conversar.

– Então esse estabelecimento é seu?

– Sim. Herdei de meu avô.

– Tradição?

– Sim. Meus avos eram muito rígidos em relação a tradições que passavam de pai para filho. Faz 3 anos que troquei o estabelecimento de nome. – ele sorriu.

– E aqui sinceramente tem o melhor cappuccino de toda região. – sorri.

– É uma receita da minha família.

– Você é daqui mesmo?

– Sim, sou de New Orleans.

– Nunca conheci essa cidade.

– É um lugar muito lindo, fui criado pelos meus avos, meus pais viajam muito.

– Desculpa te perguntar, mas quantos anos você tem?

– 22 anos. – sorriu novamente.

– E você é daqui?

– Não. Sou do Brasil. – ele me olhou e abriu um sorriso encantador.

– Seja bem vinda!

– Obrigado. Faz um mês que estou aqui.

– Sem ser inconveniente, porque você veio para cá?

– Meu pai me trouxe.

– E você esta gostando? Já conheceu muitos lugares?

– Ainda não. Até agora só fui ao central parck, e nos shoppings. – ele riu.

– Sei que não nos conhecemos direito, mas se você quiser posso te levar para conhecer o melhor cachorro quente daqui.

– Por mim tudo bem. – sorri envergonhada.

Conversamos cerca de duas horas, ele era super simpático, educado e lindo. Sei que ele é mais velho, mas quem disse que estou buscando um namorado? E também ele não vai querer uma menina igual a mim. Desajeitada, estrangeira, pirralha, é pra ele devo ser uma criança, é claro! Aos poucos percebi que ele m olhava atento, e ao longo da conversa se soltava mais. Ele me disse que tinha um cachorro, um gato e que morava perto do Central Pack, que coincidência?

– Você estuda Cecília?

– Sim.

–Eu faço faculdade de administração. Estou quase terminando.

–Isso é ótimo. – sorri.

Olhei através do vidro e vi as meninas me chamando, e o pior o Bernardo estava com elas. Me aproximei delas e percebi que o Bernardo me olhava com a cara fechada, parecia estar bravo.

– Oi meninas.

– Sabe que horas são nesse momento Cecília? – disse Carter.

– Não.

– Estamos te esperando a duas horas e meia na loja. - disse Laís.

– Desculpa meninas e que... – Laís me interrompeu.

– E que você se perdeu no tempo conversando com o seu novo casinho. – Bernardo me olhou atônito.

–Ele não é meu casinho Laís. Ele apenas foi gentil. – sorri.

– Ta bem amiga, agora se despede dele e nos encontra na loja. Te esperamos.

Entrei no café novamente e o Nicolas estava sentado me esperando.

– Nicolas não vou poder ficar para conversar mais, minha amigas estão me obrigando a ir com elas escolher os vestidos do baile de inverno. – ele sorriu ao ver me cara de animação.

–Tudo bem, então outro dia nos vemos. E vou cobrar o passeio.

– Pode deixar. – sorri. Ele se aproximou e me beijou na bochecha.

Encontrei as meninas na loja e estavam escolhendo os vestidos. O Bernardo estava sentado nem um pouco animado. Me sentei ao lado dele e ele nem me olhava.

– E ai se divertindo muito? – puxei assunto.

– Nenhum um pouco. – disse serio.

– Porque tanta arrogância?

– Porque não te interessa.

– Mal educado.


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Notas finais do capítulo

Amores vocês gostariam que eu postasse as fotos dos personagens? Tenho eles em minha mente! O que acham?



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