The great change escrita por Line Freitas


Capítulo 12
O quase beijo e o beijo surpresa


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores.. Tudo bem com vocês?
Desculpem por não postar antes, é que minha mãe foi para o hospital e fiquei muito mal com a situação. Não tive cabeça para escrever. Mas tudo vai melhorar..

Mas, cadê as minhas leitoras? Não vejo muitos comentários, a não ser a não ser a Lady Walters, obrigado amore! Conto muito com a participação de vocês, porque visualizações e comentários deixam uma escritora feliz, e uma escritora feliz tem mais criatividade.. Conto com vocês amores..

LEIAM AS NOTAS FINAIS!



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O quase beijo, e o beijo surpresa

Será que o Bernardo estava falando a verdade? Nãooo é claro! Para de pensar isso Cecília, sua idiota! Cale- se pensamentos!

Deitei no sofá e peguei no sono, só acordei na manhã seguinte com meu celular tocando, ops, EU TENHO AULAAA! Pulei do sofá e estranhei estar dormindo ali. Vesti meu uniforme correndo, penteei o cabelo, fiz uma make rápida e tomei o café voando. Peguei minha mochila e corri para o ponto de ônibus. Quando cheguei, vi o Bernardo encostado no ponto escutando música. Me sentei ao lado dele e ele virou a cara.

– O que foi agora? Quer tentar me ignorar? – ironizei.

– Não quero falar com você! Sabia que você me ferrou. Estou de castigo por duas semanas, e adivinha? Por sua causa. Obrigado Cecília.

– Não tem de que! – exclamei.

Alguns minutos de silêncio.

– Tenho uma curiosidade. – perguntei.

– Então fique curiosa. – usou um tom sarcástico.

– Você esta de mal- humor hoje ein?

– Só não estou a fim de conversar com você!

– Ok. – me calei.

Logo depois o ônibus chegou, e nós embarcamos. No caminho da escola pude perceber que o Bernardo era uma idiota total, como poderia estar bravo comigo? Não fiz nada a ele. Tapado! Metido! Idiota! Mal humorado!Convencido! – Meu consciente não para de o xingar. Olhei para o lado e o vi escorado no vidro, parecia estar dormindo. O ônibus estacionou e todos desceram menos o Bernardo. Será que esse tapado havia dormido? Vou ter que ir chama-lo, se não ele perde a aula.

– Tapado acorda, já chegamos. – disse o puxando.

– Oi?- disse se espreguiçando.

– Passou o mal humor?

– Ah é você! Me deixa em paz garota! – se ajeitou novamente.

– Se assim que você quer. – me virei de costa.

– Ta bom, o que você quer?

– Vamos pra aula tapado, o ônibus já estacionou.

Entramos atrasados pelo menos 20 minutos. O professor de Inglês já estava dando aula, quando entramos.

– Atrasados? – o professor nos olhou com um olhar fuzilador.

– Desculpa Professor.

– Não terá próxima vez! Como eu ia comentando com a turma, terá trabalho em dupla, já que vocês dois se atrasaram farão duplas.

– Ah não professor! – disse numa voz manhosa.

– Não tem mais volta da próxima vez cheguem no horário certo.

Me sentei perto da Laís que me olhava atônita. Copiei a explicação do professor e prestei bastante atenção na aula dele. O trabalho era sobre recriar uma encenação teatral sobre o livro orgulho e preconceito de Jane Austin e adapta-lo aos dias de hoje. Pensei comigo mesmo, Fácil! Mas me lembrei de que meu par era o bendito Bernardo. O que eu fiz para merecer isso? Interrompida em meio aos pensamentos, Laís me cutuca.

–E ai amiga, como esta?

– Vou bem. E você?

– Eu estou ótima. Nada como uma festa para me animar. Você gostou?

–Sim.

–Temos muitas pela frente. - sorri meio sem graça.

A aula acabou e Bernardo se achega na minha classe.

– O que quer? – bufei.

– Quero conversar com você. – disse sorrindo, um belo sorriso em minha opinião. Ei, é o Bernardo! BERNARDO!

–É o seguinte, preciso tirar boas notas nessa matéria, então coopere, por favor. Se não fico de castigo pra sempre.

– Nem ligo. – falei ironizando.

– Não seja malvada Cecília. – disse sorrindo novamente.

– Já sou malvada!- levantei pegando meus materiais.

– Você que sabe linda. Porque a nota vale o peso de uma prova fechada, se você não precisa de pontos. – se levantou e me deu as costas.

– Calma! Vou pensar melhor então.

– Se acalmou ferinha. disse olhando em meus olhos. E que olhos lindoooooos. O que ta acontecendo comigo? Eu não era assim, não reparava em meninos desse jeito. Calma! Respira fundo e tenta não olhar nos olhos dele.

Semana que vem começamos, e já vou avisando se você tentar me enrolar eu te me vingo, estamos combinados? – ele arregalou os olhos. - Ok, eu disse que não olharia para a aqueles olhos, mas era quase que impossível! Será que ele me jogou algum feitiço?- Balancei a cabeça.

O que você tem?

– Ahn? – disse distraída.

– Você é louca mesmo garota. – disse saindo da sala.

Laís me olhou meio impressionada, porque nunca me viu “perder” uma discussão com o Bernardo.

– Você esta bem amiga? - disse Laís.

– Sim.

– Acho que você bebeu demais na festa. Você ouviu o que ele te disse?

– Sim. – assenti com a cabeça.

– Acho que sinto cheiro de Bernadisse no ar. – balançou as mãos.

– Bernadisse? – indaguei.

– Olhos lindo, cabelo perfeito, corpo lindo, galanteador e sorriso magnífico – suspirou. – Ainda bem que passei desta fase.

– Como assim?

– Você ta afim do Bernardo! – gritou meio alto.

– CALA BOCA LAÍS!- Gritei. Não fala besteira. Eu louca por ele? Ta de brincadeira comigo. NUNCA, NUNCA, NUNCA VOU ME APAIXONAR POR ELE. – Gritei novamente.

– Não é o que parece.

– Pois é o que é. –afirmei.

– Só espero que não se magoe amiga. Ele é um cafajeste. Não se iluda com a aparência. Digo isso por experiência própria.

– Você já ficou com ele? – disse curiosa.

– Já sim. Saímos juntos algumas vezes, mas não foi fixo sabe. Ele não é menino para namorar.

– Eu sei. E não estou interessado nele. – bufei.

– Vou fingir que acredito.

As aulas passaram-se rápidas demais, e a Barbara não para me de olhar e rir. Me olhei no espelho umas 7 x no máximo para ver se não tinha algo errado comigo. Depois de um longo período de biologia, a aula termina.

– Bendito sinal – gritei.

– Bendito mesmo amiga, estava dormindo aqui.

Saímos da sala e nos deparamos com o Davi que estava encostado nos armários nos esperando. Ele abriu os braços e veio ao meu encontro.

– Que saudade anjo. – me deu um abraço apertado.

– O que esta fazendo aqui? – disse sorrindo. Adorava a presença do Davi, apesar de conhece- lo tão pouco eu me sentia bem na companhia dele.

– Vim ver se vocês gostariam de comer alguma coisa, hoje o dia esta tão bonito na rua, até parou de nevar.

–Eu topo. Preciso sair um pouco.

– Eu vou, mas vou chamar um amiguinho meu.

– Pode ser sua chata. – disse a empurrando.

Enquanto ela saiu para chamar o tal “amiguinho”, eu e o Davi ficamos conversando encostado nos armários.

– Como foi a aula linda?

– Chataaa! – cantarolei.

– Eu me lembro quando estudava aqui, na verdade no ano passado. Não sou tão velho assim.

– É sim. Velho caduco! – mostrei a língua.

– E você é uma novinha irritante. – ele se aproximou.

Quando percebi estamos muito perto um do outro, antes que algo acontecesse alguém nos interrompeu. Senti uma mão me empurrar para trás.

– Com licença, preciso usar meu armário. – era o Bernardo.

– Cara se não ta vendo que esta nos interrompendo? – disse bravo.

– E você não esta vendo tapado que preciso usar meu armário? – disse abrindo o armário.

Antes que algo fosse acontecer me atravessei na frente do Bernardo e olhei nos olhos dele. Ele esta olhando fixamente nos olhos do Davi e estava muito nervoso. O peguei pela mão e o arrastei até a sala de aula.

– Você me paga idiota! Vamos acertar nossas contas! – Davi gritou.

Ele se sentou, mas não me encarava. Parecia estar muito bravo. Por alguns minutos ele ficou de cabeça baixa, sem me dirigir uma só palavra. O silêncio foi quebrado.

– Sabe o que eu mais odeio? – disse vindo em minha direção.

– Eu? – ironizei.

– Não! Eu odeio o fato de você querer ficar com um carinha idiota que nem ele. Poxa eu sou melhor que ele. – girou lentamente.

– Eu não ia ficar com ele.

– Eu vi Cecília, não adianta me negar. O que ele tem melhor que eu? – gritou?

Fiquei em silêncio. Realmente eu descobri que o Bernardo estava gostando de mim. Não sei o porquê meu coração batia loucamente dentro do peito. Estava ficando nervosa com aquela resposta. Minhas mãos soavam frio. Mas, criei coragem e respondi.

– Ele tem mais caráter que você!- Ops saiu sem querer.

Você não o conhece para dizer isso. Pede para ele te contar a história da Melissa. Ai vamos ver quem tem caráter. – disse me fitando com os olhos. Senti que naquele momento o avia magoado, mas não era minha intenção fazer isso com ele.

– Não fala assim dele Bernardo! – exclamei.

– Porque o defende tanto? – se aproximou mais de mim.

– Porque ele é mais homem que você! – gritei.

Naquele momento pude perceber a raiva que havia no olhar dele. Imaginei que ele viria em minha direção e me acertasse com um soco ou uma voadeira, mas isso não aconteceu. Ele se achegou até a mim, me puxou pelo braço e disse bem baixinho.

– Espero que não me arrependa. – E me beijou. Um beijo intenso, com gosto de morango, intenso não, mais carinhoso. Tentei resistir, mas não aguentei. Ele acariciava meus cabelos, de um jeito delicado, suave. – Cecília esta na hora de parar, gritou a minha consciência. Me afastei dele e fiquei o olhando sem reação. Pude perceber que ele estava sorrindo, mas por pouco tempo.

– Sabia que você ia gostar. – por segundos agi por instinto, dei um tapa no rosto dele.

– Nunca mais faça isso. – Sai gritando da sala.

Nunca tinha me sentido assim, parecia estar feliz, mas ao mesmo tempo com raiva, o que esta acontecendo comigo? Não posso, não posso ter gostado daquele beijo, mas que beijo. Tentei me livrar dos pensamentos em minha mente, mas não adiantou porque eles me perseguiam. Será que foi porque foi meu primeiro beijo? – Obvio respondeu minha consciência.

– Burra, burra, burra. – Gritei batendo minha cabeça no armário.

– O que foi amiga? – disse surpresa.

– Nada não.

– Esse é o Tomás amiga.

Olhei para o garoto que estava com ele, ele era alto, magro, cabelos pretos, olhos verdes, parecia ser meio engraçado, ele me olhou e sorriu.

– Prazer Cecília. – estendeu a mão.

– Vamos amores, porque estou com fome.

O segui. Estava completamente destruída por dentro, me sentindo culpada, com raiva. Milhões de sensações passavam em minha mente. O que fazer agora? Eu CORRESPONDI O BEIJO! Que raiva de mim, agora ele vai contar para a escola toda e eu vou passar por mais uma na lisa de conquistas dele. Estava enganada quando disse que ele parecia ser diferente.

Bernardo

Estava com tanta raiva daquele mauricinho que fiquei cego. Como ela pode querer ficar com ele ao invés de mim? Eu sou mais gato que ele. Isso me soou meio gay Bernardo. Não acredito que estava prestes a fazer isso, mas não queria esperar por muito tempo. Quando a vi sentada em uma classe qualquer me olhando com aqueles olhos verdes lindos, não resisti ao charme dela. Me aproximei, e antes que ela reagisse a beijei. Não foi como eu imaginei, Ops eu imaginei? Foi melhor ainda, ela não me mordeu ou tirou um pedaço dos meus lábios. Relutou por alguns momentos, me dando tapas em meus braços, mas nada que fosse me machucar. Depois de alguns segundos ela se rendeu e se entregou ao beijo. Vou admitir que nunca senti tanta intensidade em um beijo como o do dela. Será porque eu estava apaixonado? Não! Apaixonado não! Nós afastamos e ela me olhava atônita. Não sabia qual seria sua reação, então fiquei a olhando. Até que senti um tapa forte. É! Ela me bateu, como o esperado.

– Nunca mais faça isso. – Saiu gritando da sala.

A olhei pela porta e sorri. Fiquei que nem um bobo parado pensando no beijo. Vou guardar segredo, até porque eu a respeito muito. Mina igual a ela não encontro. E se ela pensa que vou desistir, não vou, até porque aquela loirinha vai ser só minha.

Cecília

Depois do ocorrido saímos com o Davi como combinado, fomos a um restaurante de comida chinesa, nos divertimos muito contando piadas, rindo dos nossos micos. Muitas vezes me pegava pensando naquele beijo. E o fato de encará-lo depois de ter correspondido. Mas logo passava. No dia seguinte teria que enfrentar a vergonha de ter sido só mais uma na lista do Bernardo.

– Ei Ceci, o que foi? Parece que esta no planeta Vênus. – disse Laís.

– Estou pensando em algumas coisas. Mas deixa pra lá.

– Depois conversamos. - ela me olhou como se fosse a minha mãe. Assustador.

(...)


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Notas finais do capítulo

O que você acharam do beijo? A Cecília ta podendo com dois meninos lindos querendo ela.
Me digam o que vocês acham amores...

Quero comentárioooos!

BjUUUUs



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