Um gato, uma garota escrita por CottonCandy


Capítulo 1
Catlyn e o começo de seus problemas,


Notas iniciais do capítulo

Capítulo de introdução.
Espero que gostem.



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Meu nome é César, Júlio César. Diz minha dona que tenho pose de imperador, nariz empinado e orgulhoso, talvez o tenha, ou talvez todos os gatos tenham essa mesma pose afinal, mas não vem ao caso. Minha dona, a que se encontra agora em aula, se chama Catlyn, e todos a chamam de Cat, o que é bem irônico, principalmente para a minha dona. Um dia mesmo, no dia que ela me ganhou de presente de seu namorado para ser exato, ela me contou que não gostava de gatos e que logo daria um fim a mim... Já se passou dois anos e espero por esse dia até hoje. Todos gostam de cachorros, essa mesma maioria diz não gostar de gatos, como era minha dona. Mal sabem o quanto nos importamos com quem nos ama.

Judith, a mãe de Catlyn, é uma boa mulher, mas não gosta tanto de mim, ela é supersticiosa e digamos de passagem, ela nunca vai gostar do meu pelo longo e negro – o que na realidade um tremendo charme, principalmente no inverno. Sem muito dar atenção, percebo que Judith deixou a janela aberta...

“É hora do passeio,” penso no momento que salto pela janela até o gramado, corro até o muro e já estou no quintal do vizinho.

Nixon... O cachorro do meu vizinho muito desmiolado para colocar tal nome em seu animal de estimação. A recepção é sempre muito amistosa, sério mesmo, sem nenhum latido ou rosnar. Gatos e cachorros podem ser amigos desde que entendamos os sinais corporais de cada um, o resto é só questão de tempo e bons costumes.

As manhãs se estendiam desta maneira;

Eu deitado no gramado do vizinho tirando um cochilo,

Nixon do meu lado arfando, como todos os cães fazem,

O céu limpo e nenhum barulho.

Cat chegava exatamente ás 12 horas, quando voltava para casa silenciosamente, ninguém nunca percebeu minhas escapadas, e nunca perceberiam. Poderia até parecer que Judith deixava a janela aberta de propósito, talvez ela soubesse que eu não iria muito além do quintal do vizinho tomar um ar.

Quando Cat voltava era quase sempre a mesma coisa, ela entrava e gritava; “Cheguei.”

Eu corria até ela e dizia da minha maneira que estava feliz em vê-la, não da maneira que um cachorro faz, mas da maneira de um gato com o nome do maior imperador Romano; eu a encarava já deitado no sofá da sala de visitas. É assim que os gatos expressam carinho, não é por que não agimos euforicamente, abanando o rabo de língua de fora que somos insensíveis e interesseiros, simplesmente não, somos animais diferentes. Humanos...

Mesmo estando no sofá, deitado, ela me pegava no colo, de barriga pra cima e me levava até seu quarto.

Alguns fatos sobre Catlyn;

Ela era muito bonita como uma princesa dos contos de fada,

Seus afagos sempre eram os melhores,

Ela também não era muito boa em lidar com o coração.

– Está acabado César, – ela cochichou baixinho antes de me colocar na minha almofada sobre uma mesinha. E essa foi o seu primeiro romance incompleto, o primeiro de muitos que viram mais a frente. Talvez, somente um pouco, eu achasse que Catlyn nunca seria feliz, que a princesa nunca entraria seu príncipe... Saber amar é uma coisa complicada, e são poucos os que amaram de verdade, talvez nunca venhamos a conhecer uma pessoa assim na nossa vida. E talvez, eu não conhecesse alguma pessoa que amasse Catlyn de verdade além de sua mãe e pai.

Ela se deitou na cama de lado, ela me olhava, e não demorou até que seus olhos enchessem de lágrimas, era triste, mal podia falar. Desci de minha almofada e me deitei junto a ela, encostado em sua barriga.

E logo vieram os carinhos.

– Eu não queria que fosse assim César, não deveria ser assim, – ela disse, – por que tinha que ser assim? Por que ele preferiu me deixar? Faz dois e alguns meses, – alguns soluços e seu nariz esta entupido, – faz tanto tempo, pensei que era diferente dos outros, que aguentaríamos mais tempo, e sinceramente, pensei até que poderíamos nos casar futuramente.

“Tola” e tudo o que saiu de mim foi um miado baixinho.

O que eu imaginei;

Gerard dando adeus,

O rompimento foi rápido, calculado

Ele a encontrou depois do colégio,

Um breve gaguejar, e

“Não esta mais dando certo”

Ela desabou novamente, fecho meus olhos – fingindo cair no sono – para lhe dar privacidade. Sou abraçado.

– Vamos esquecer isso e ir almoçar, ok? – diz enxugando as lágrimas.

Outros fatos sobre Catlyn;

Ela era forte, uma garota de 16 anos muito forte,

Mas ainda não estava preparada para o que viria.


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Notas finais do capítulo

Comentem se quiserem por favor, isso sempre dá uma força a mais para escrever. :)



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