POV.VIOLETTA

– Amor, quero te mostrar um lugar aqui na cidade.

– Já não vimos tudo ontem?- perguntei curiosa.

– A maioria sim, mas tem um lugar que é muito especial para mim e queria que você conhecesse.

– Eu adoraria. -disse chegando perto dele.

– Que tal irmos daqui à uma hora?

– Perfeito. Vou me arrumar. – falei dando um beijo nele.

Estava super curiosa, afinal, aonde o Léon Vargas iria me levar?...

Fui até o closet para escolher uma Roupa, mas como não sabia a ocasião, acabei optando por uma roupa casual com uma jaqueta para me proteger do frio.

Hoje a temperatura estava um pouco mais agradável, mas não deixava de estar frio o bastante para a maioria das pessoas preferirem ficar em suas casas ao invés de sair pelas belas ruas de Toronto.

Apliquei uma maquiagem simples que realçava meus olhos e um batom rosa claro. Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo soltinho e quando me olhei no espelho, gostei do que vi, até que eu não estava nada mal.

Só faltava uma coisa, meus brincos da sorte. Vasculhei por toda minha mala e finalmente os achei. Estava os colocando quando uma figura alta com os olhos verdes entra pelo quarto e fica me olhando, ele estava perfeitos com uma camisa xadrez, uma calça jeans e seus tênis preferidos. Ficamos nos olhando através do espelho durante alguns minutos até finalmente ele quebrar o silencio.

– Como você está linda Violetta. – seus olhos estavam com um brilho diferente.

– Digo o mesmo de você. – falei sorrindo sem tirar os olhos dele.

Ele se aproximou e me abraçou por trás, fazendo nossos corpos ficarem colados e começou a distribuir pequenos beijos sobre a região delicada do meu pescoço.

– Léon, por que você não me fala onde estamos indo? – falei me virando de frente para ele.

– Porque, se eu falar, vai estragar a surpresa.

– Você sabe que eu odeio surpresas, e alias como vou saber se a roupa que estou vestindo está boa, se nem sei com que ocasião vou me deparar?

– Está perfeita assim. –beijou minha cabeça. – Está pronta?

– Só falta escolher o sapato, e acho que você vai me ajudar. Eu uso um salto ou uma sapatilha? – ele soltou um riso fraco.

– Uma sapatilha será perfeita, não sei se conseguirá ficar de salto no lugar que vamos.

– Estou começando a ficar com medo. – soltei uma risada fraca enquanto vestia minhas sapatilhas preferidas.

– Você vai gostar, tenho certeza.

– Estou pronta. – falei me levantando.

– Então vamos? – disse estendendo o braço para mim.

– Vamos. – fui em sua direção e peguei em seus braços.

Descemos as escadas e fomos para a sala.

– Só me deixe pegar o carro da minha mãe emprestado. O lugar é um pouco longe para ir de a pé e provavelmente congelaríamos se fizéssemos isso.

Ele foi até a cozinha e logo voltou com a chave do carro, sua mãe estava bem atrás dele.

– Como vocês dois estão lindos, aproveitem o dia, só não voltem muito tarde, por favor. Talvez tenha uma nevasca a noite e quero vocês em casa antes do jantar tudo bem? Eu sei que vocês já são adultos, mas não quero que nada de mal aconteça. E filho, cuide muito bem dela ok, ela foi uma das melhores pessoas que já conheci, então olhe lá hein. – ela veio em minha direção e me deu um abraço de urso.

– Pode deixar mãe, antes do jantar estaremos de volta, pretendo não demorar muito. E com certeza vou cuidar dela. – ele se virou e começou a olhar nos meus olhos. -Afinal, ela é a melhor namorada do mundo inteiro, além de ser perfeita, linda, simpática, forte e vários outros adjetivos.

– Ai que namorado mais lindo que eu tenho. – disse indo até ele e lhe dando um selinho. – Te amo.

– Eu também te amo.

– É tão bonito ver vocês assim, tão apaixonados. Isso me faz lembrar-se de mim e de meu marido quando éramos mais jovens. Não sei o que aconteceu entre vocês e acho que nem quero saber, mas fico feliz por terem se reconciliado.

– Eu também fico muito feliz por isso. – disse com um sorriso nos lábios.

– Eu sei que o papo está bom, mas temos que ir. Tchau mãe. – falou indo até ela e lhe depositando um beijo em sua bochecha.

Eu fiz o mesmo e lhe dei um abraço.

– Até logo e se divirtam.

Depois de sairmos da casa dos Vargas, nos dirigimos até o carro e o adentramos. A temperatura estava começando a baixar e o clima estava ficando cada vez mais frio.

– Que tal agora você me dizer onde estamos indo? – perguntei.

– Não senhora, e antes que me esqueça, tenho uma surpresinha para você.

– Mais uma? Léon você sabe que eu...

Rapidamente ele selou nossos lábios em um beijo tranquilo, onde nossas línguas se movimentavam em perfeita sincronia, infelizmente o ar se fez necessário e tivemos que nos separar.

– Você fala muito – soltei uma risada. – E sei que você não vai gostar nadinha dessa surpresa. – minha cara se fechou.

– O que é?

Vi ele colocar a mão dentro de um dos bolsos de seu casaco e tirar um paro vermelho, só ai fui me dar conta que aquilo era uma venda. A não, uma venda não.

– Léon, uma venda? Você tá ficando maluco? Sabe que eu odeio isso. – falei emburrada.

– Eu sei, mas eu tenho certeza que você vai gostar, e alias isso é muito importante para mim, por favor, me deixa colocar essa venda em você?- ele estava com uma cara de pena.

– Tudo bem pode colocar. – me rendi. – Mas saiba que só estou fazendo isso por você, porque é importante para você Léon.

– Você é incrível. Agora se vire.

Virei-me e ele colocou a venda sobre os meus olhos, logo depois deu um beijo sobre minhas bochechas e ligou o carro.

– Posso saber uma coisa?

– Claro, mas se for para eu te falar onde estamos indo a resposta é não.

– Não é isso, já até já desisti dessa ideia, você é muito teimoso para ceder. Eu queria saber quando tempo vai demorar para chegarmos lá.

– Vai demorar um pouco, digamos que fica há quase uma hora daqui.

– Uma hora? O que? – deixei transparecer meu pânico. – Vou ter que ficar com essa coisa por uma hora?

– Exatamente, então acho melhor você dormir, já que não vai tirar essa venda tão cedo dos seus olhos.

– Até parece que vou conseguir dormir com esse pano na minha cara.

– Até que não é tão mal assim. Você está linda desse jeito.

– Sabe o que eu acho que você deveria fazer?

– O que? Te beijar?

– Calar a boca.

– Nossa essa doeu, mas fique tranquila namorada mandona, não falo mais nem uma palavra.

– Que maravilha, essa vai ser a melhor coisa do dia. – falei em um tom irônico. – Já que você não vai falar mais nada, para o meu alivio, ligue pelo menos o radio, odeio silencio. - ele rapidamente ligou o radio.

– Pronto minha mandona.

O resto do tempo passou tranquilamente e quando percebi, já havia pegado no sono.

Acordei com o Léon me chamando.

– Violetta?

– Hum?Já chegamos? – falei sonolenta.

– Sim meu amor, já chegamos. – disse o Léon me puxando para fora do carro.

– Está pronta?

– Completamente pronta.

– Então vamos lá.

Ele começou a desamarrar minha venda e quando ela caiu sobre os meus olhos não acreditei no que vi. Que lugar incrível. Sem duvidas esse foi o melhor lugar que ele me levou!

– Léon, é perfeito, esse é o melhor lugar do mundo! – disse literalmente pulando em seus braços...