A Grande Guerra escrita por jdredalert


Capítulo 4
Rumo ao Imperador Kelfo! - parte 1


Notas iniciais do capítulo

O capítulo está muito, muito grande, ento tive de divdí-lo ao meio! Vou postar primeiro esta parte e depois a outra!
Spark se transformou num Super Saiyajin, enfurecido com a morte de Lenia e agora deseja vingança. Mas mesmo que consiga derrotar Totenkopf, um dúvida permanecer no ar: terá ele poder suficiente para vencer os demais Krügers?



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A aura reluzente e dourada envolvia o corpo de Spark, que encarava Totenkopf nos olhos sem dizer uma única palavra. Ainda trazia Lenia no colo, seu corpo sem vida chacoalhando de leve a cada passo dado pelo jovem Saiyajin que caminhou até onde estavam Asus e Mahala e deitou o cadáver de sua instrutora aos pés da colega.

- Por favor, cuide da Mestra Lenia enquanto eu acabo com ele. – ele disse virando as costas para ambos.

Nenhum deles parecia entender nada do que estava acontecendo. Aquele brilho, os cabelos loiros que brilhavam como o mais puro ouro e a aura durada e reluzente... era tudo simplesmente inédito.

- Mas... mas o que está acontecendo aqui?! – perguntou Asus, vidrando os olhos em Spark – Mas que transformação é essa? Os Saiyajins não deveriam apenas assumir a forma de macacos gigantes?

- Asus, é porque você não consegue sentir o mesmo que eu sinto... o ki, o ki de Spark está completamente diferente de antes. É uma energia carregada de agressividade, de excitação... aquela é a verdadeira energia de um guerreiro Saiyajin.

- Do que você está falando, garota!? O que isso tem a ver com infeliz do Spark?

- Tem a ver que o infeliz do Spark, sem sombra de dúvida, acabou de se transformar no Super Saiyajin, diante de nossos olhos.

Uma espada invisível havia atingido o coração de Asus, ao mesmo tempo que ele parecia engolir uma pesada bola de chumbo, que descia por sua  garganta lentamente: Super Saiyajin? Spark? Não, não poderia ser verdade. Depois de todo o trabalho que tivera durante todos os anos, superar seu rival apenas para vê-lo se transformar no Super Saiyajin? Inconcebível.

Spark elevou-se lentamente no ar, ficando cara-a-cara com Totenkopf, que o olhava com uma estranha curiosidade. Não entendia o significado dos cabelos loiros ou da aura dourada e sentia-se instigado a testar os poderes daquele Saiyajin novamente. Porque, afinal de contas, para quem estava um moribundo anteriormente e agora andava se mantinha em pé como se nada tivesse acontecido, era para render no mínimo algum espanto.

- Então... o que pretende fazer agora que seus cabelos mudaram de cor? Imagino que queira fazer algo similar ao que aquela imbecil acabou de...

- Imbecil? Você está chamando a Mestra Lenia de imbecil?

Spark desapareceu de sua posição, ressurgindo em seguida diante do guerreiro Krüger e enterrando o punho com toda voracidade em seu estômago. O abdômen da armadura de Totenkopf foi perfurado como uma lata de sardinha por um abridor afiado, enquanto ele golfava um misto de saliva e sangue púrpura. O acertou com ambas as mãos na cabeça, mandando-o para o solo e abrindo um imenso buraco no local da queda, como a cratera de um meteoro. O Krüger continuava lá, com ambas as mãos na barriga, contorcendo-se e buscando o ar. Spark então o chutou no rosto e o carregou pela garganta, bem como o guerreiro cinza havia feito com Asus. Seus dedos eram extremamente firmes, não pareciam dispostos a soltar a garganta de Totenkopf por nada. O guerreiro começou a se debater, buscando ar, enquanto Spark apenas o encarava, com o pescoço levemente torto para um lado. E quando pareceu que iria finalizá-lo, que iria quebrar todos os ossos de seu pescoço como gravetos, Spark abriu a mão.

- Não... não vale à pena. Você tem que sofrer primeiro.

O gigante cinza ergueu seu próprio corpo já disposto a socar Spark no rosto, com toda a força mas conseguiu apenas acertar o ar, pois no último momento o Saiyajin simplesmente pareceu deixar de existir. Ressurgiu logo em seguida, com a postura baixa, acertando-o em cheio no estômago novamente com seu punho fechado. Em seguida, deslocou-se em sua velocidade surreal às costas do oponente, olhando-o com desprezo, apenas pelo canto do olho direito.

- Este golpe foi por Tank. Este agora, vai ser pelo Governador e pelos outros!

Um furioso chute atingiu Totenkopf na nuca, o que o fez ser atirado para frente, atingindo o solo e em seguida, uma formação rochosa. Antes que o guerreiro sequer abrisse os olhos, Spark já estava lá, enchendo-o de golpes por todo o corpo numa velocidade até então nunca alcançada. Enjoado de tanto atingi-lo sem que ao menos pudesse revidar, Spark tomou distância, estendendo sua mão em direção ao oponente:

- Este agora é pela minha mestra, por ter matado ela e ter feito tantas outras atrocidades neste planeta. Você acaba de ser julgado, Totenkopf... e o veredicto é culpado!

Ele disparou o ataque, acertando em cheio o seu oponente e erguendo uma grande camada de fumaça ao redor de todos. Do meio dela dava para sentir o ki de Totenkopf, que estava um pouco mais enfraquecido. No entanto, ele ainda estava em condições de lutar.

- Muito bom... eu não sei o que você fez, Saiyajin, para aumentar tanto seus poderes, mas agora sim estou enfrentando alguém do meu nível.

- Errado. – respondeu ele, sério.

- O que?!

- Não do seu nível. Eu sou o Lendário Super Saiyajin. Assim como o  guerreiro cujo o nome Goku se tornou familiar pelos sistemas solares afora por ter derrotado Freeza neste nível, eu também consegui alcançar este poder. E sabe porque? Graças à você. Se não fosse por sua barbárie desnecessária, talvez você tivesse me matado antes. Agora, você dizer que está no meu nível... isto é com certeza uma verdadeira afronta a mim e a todos os Saiyajins.

- Vocês tem o péssimo hábito de contar vantagem antes de terem vencido seus oponentes... vou ensinar a vocês Saiyajins a ficarem de boca fechada, a começar por você. Depois vou exterminar cada um de seus amigos, um por um... e no fim, todos vocês vão se encontrar com aquela vagabunda suicida no círculo mais profundo do inferno!

- Eu já te falei... NÃO INSULTE A MESTRA LENIA EM MINHA FRENTE!!

Spark foi tomado pela mais intensa raiva, a mais forte revolta que fora acometido em toda a sua vida, partindo em direção ao seu oponente em altíssima velocidade, ambos se atingindo punho com punho e desaparecendo simultaneamente, ressurgindo no ar trocando golpes em alta velocidade. Ambos defendiam e atacavam, sendo atingidos por golpes vigorosos e mesmo assim permanecendo firmes na luta. Um estalado soco acertou o rosto do Saiyajin, atirando-o ao solo mas antes que atingisse o terreno com as costas, virou-se no ar e caiu agachado. O Krüger o alcançou em alta velocidade, conseguindo atingi-lo com mais dois socos no rosto, o terceiro foi defendido pelo braço de Spark, que revidou atingindo-o na cabeça com um chute lateral que derrubou o gigante cinza no chão. O Super Saiyajin o segurou pelo pé, arrastando-o pelo chão por um tempo até erguê-lo no ar pelo tornozelo e, após girá-lo algumas vezes, o arremessou longe. O corpo de Totenkopf perfurou uma montanha ao longe, fazendo com que ela desmoronasse por causa da pancada. Segundos depois, ele voltou à batalha voando em alta velocidade. Acertou uma cabeçada na testa do Super Saiyajin, deixando-o tonto por um instante e em seguida deferiu um soco fortíssimo em seu rosto, lançando-o aos céus. Voou mais rápido que o corpo de Spark, golpeando-o com os punhos mais duas vezes no rosto e uma na barriga, o arremessando longe novamente. Finalizou sua seqüência acertando a barriga de Spark com uma voadora e mandando-o de volta ao solo com um cascudo com as duas mãos. E o solo inteiro tremeu quando o corpo de Spark o perfurou, como um veloz cometa dourado.

- Ah, não... será possível...? – disse Mahala, levando ambas as mãos à boca.

- Eu sabia! Ele não é Super Saiyajin coisa nenhuma! Bem feito para ele, por estar se achando o gostosão agora que ficou com os cabelos amarelos... – disse Asus, furioso – Está pensando que só porque mudou os cabelos pode vencer qualquer um é? Morra, é bom mesmo que morra!

- De que lado você está, seu imbecil?!

Spark se levantou em meio aos fragmentos do solo que lhe recobriam, removendo poeira e algumas pequenas pedras que insistiam em grudar em seu corpo, ao mesmo tempo em que Totenkopf vinha novamente em disparada para acertar o Super Saiyajin, com o punho erguido e determinado a matar seu oponente. Spark então deixou-se envolver novamente pela aura dourada e fez a mesma coisa, deslocando rapidamente em direção ao seu adversário. Apenas dois vultos se cruzaram aos olhos de Asus e Mahala, e somente alguns segundos após os dois terem pousado novamente no chão é que se ouviu o som da pancada, tamanha fora a velocidade. O Super Saiyajin levou a mão direita às costelas, ofegando e cuspindo um pouco de sangue. Então olhou para trás, bem a tempo de ver Totenkopf desabar, de barriga para cima.

- Mas... o que houve?! Eu não vi nada! – disse Mahala, sem entender do que se tratava.

- Isso porque você não é uma grande especialista em análises de combates... – respondeu Asus, sombriu – Veja... o peitoral da armadura do tal Totenkopf, bem acima do coração, está perfurado. Foi perfurado por um soco em alta velocidade.

- Mas Spark também está ferido! Veja! Levou um murro nas costelas! A menos que...

- Sim... naquele momento, ambos se atingiram. Spark acertou o peito e Totenkopf, as costelas... mas agora é evidente quem acertou com mais forças.

O Super Saiyajin caminhou até seu adversário caído no chão, envolto pela aura dourada e parou diante dele. Não teria compaixão. Ele teve compaixão de sua mestra? Queria pisar no pescoço dele com toda a sua raiva, esmagá-lo como um inseto, mas quando parou diante dele simplesmente se limitou a olhá-lo. Olhar sua expressão de desdém e desprezo, mesmo estando a um passo da morte.

- Vocês... vocês estão todos perdidos... – disse o gigante, enquanto tossia bastante sangue – Vocês vão todos...  vão todos morrer, Saiyajins...

- Eu te disse que você não estava no meu nível. – respondeu Spark, enquanto Mahala e Asus se aproximavam para escutar a conversa – Eu te disse que você não conseguiria me vencer mais. Agora, eu sou o Lendário Super Saiyajin.

- Conversa fiada! Você está se achando muito forte, é...? Não me faça rir na hora de morrer... – caçoou o gigante, entre mais uma sangrenta tossida – O Super Saiyajin é bastante poderoso, mas... não se compara... ao Lord Krüger, Schutz Staffen... se vocês pensam que vão ganhar a guerra... só porque ganharam esta batalha... estão muito enganados! O destino... o destino deste planeta será decidido... pelo nosso líder.

- Eu desafiarei este líder a qualquer hora e qualquer lugar! Diga-me! Onde está este tal Schutz Staffen!? – perguntou Spark, carregando-o pela gola do uniforme.

- Neste exato momento...? Deve estar reduzindo o Império Kelfo... à escombros! Eu vou avisá-los de novo... nada pode parar o Lord Schutz... quando ele se irar... e se ele por algum acaso liberar todo o seu poder... então dêem o planeta como... perdido!

Spark estacou, ao ouvir o nome dos Kelfos. Se os Krügers atacassem Himmel, então provavelmente os Kelfos que eram importantes para ele, como Lily e Simon poderiam estar em sérios apuros. E, considerando que talvez o tal líder Schutz fosse realmente muito mais forte do que Totenkopf, então talvez nem mesmo o Mestre Khan pudesse protegê-los por muito tempo. Ele soltou o uniforme do seu adversário vencido, que acertou com a cabeça de novo no chão. Mesmo assim, ele não parava de rir, gargalhando diante dos Saiyajins que o haviam vencido.

- Ora, seu verme! – berrou Asus, erguendo o braço que não estava ferido em direção à Totenkopf, olhando-o com ira – Você já falou demais! Cale essa sua maldita matraca!

Um raio azulado deixou a mão de Asus, acertando o peito desprotegido do Krüger, transpassando-o imediatamente. O chão e a armadura do guerreiro ficaram cheios de sangue púrpura na mesma hora e o guerreiro deu um último gemido antes de morrer, de olhos abertos.

* * *

Spark carregou o corpo de Lenia no colo mais uma vez, enquanto o vento soprava em meio ao campo de batalha. Ela era apenas mais um vítima, mais um dos incontáveis cadáveres que agora encontravam-se espalhados nas proximidades da Fortaleza. Tanto Saiyajins quanto Krügers havia sofrido severas baixas naquele combate e seus corpos agora se misturavam no solo, enquanto o odor de sangue se erguia no ar.

O Governador Dio e os demais sobreviventes aguardavam pelo retorno de Spark e os outros. O resto do grupo, como a antiga gangue de Asus e Axl, o guerreiro Saiyajin já estavam na Fortaleza junto ao governador – afinal haviam sido eles que removeram o velho Saiyajin da batalha e levado ele até a segurança. Então, puderam ser vistos. Spark trazia Lenia no colo, com seus cabelos loiros e espetados para o alto, embora não estivesse mais envolvido pela aura dourada. Logo atrás dele, vinha Asus, amparado pelo ombro de Mahala. Todos sujos, feridos e cansados.

- Aquele, aquele é Spark? – perguntou o Governador, assustado.

- É, eu acho... – disse Klaus, olhando cuidadosamente - O uniforme é o mesmo, vejam... mas o que significam aqueles cabelos?

O jovem trazia sua mestra, desejando apenas encontrar um local onde pudesse deixá-la, um local onde ela pudesse finalmente descansar em paz. Abaixou a cabeça diante do Governador, como um sinal de reverência, mas não esperava que a reação dele fosse ser a que se sucedeu.

- Todos os guerreiros presentes... – ele disse, com a voz elevada – Ajoelhem-se diante do Super Saiyajin!

Todos foram pegos de surpresa pelo comentário, mas mesmo assim obedeceram. Todos se colocaram de joelhos diante de Spark, com o punho direito erguido sobre o coração, de cabeça baixa. Todos, exceto Asus, que travou os dentes de raiva diante daquela cena.

Eu não acredito... eu não aceito, não aceito isso!! Como pode, depois de todos estes anos de treinamento duro, ele, justo ele ter se transformado no Lendário Super Saiyajin e não eu!? Porque ele tem que estar à minha frente, mesmo sem merecer?! Porque ele tem que ser superior?! Eu te odeio, maldito, te odeio!

Asus passou em meio da multidão de Saiyajins, com sua revolta particular e entrou na Fortaleza irado. A inveja parecia criar um monstro em seu peito, que o devorava sem piedade com dentes afiados todas as suas entranhas e injetava ácido em suas veias , fazendo-o arder de insatisfação. E então, dirigiu-se à enfermaria para cuidar de suas feridas enquanto todos continuavam a saudar Spark, o legítimo Super Saiyajin.

Spark por sua vez não queria todas aquelas honras. Havia derrotado seu grande inimigo na batalha, mas nem por isso sentia-se alegre para festejar. Não, pelo contrário, sentia-se frio por dentro. Sentia um incomensurável vazio. E, quando finalmente encontrou forças para poder falar, disse ao Governador Dio e aos demais.

- Por favor... se levantem.

Em seguida continuou a andar, adentrando a Fortaleza sendo seguido por Mahala, de cabeça baixa e sem dizer uma única palavra. E quando finalmente estava nos corredores escuros daquele lugar que era seu lar, deixou que uma única e silenciosa lágrima escorresse de seu rosto, pingando na face suja e ferida de sua instrutora

O rosto de Lenia parecia não exibir nenhum sofrimento. Estava com uma expressão pacífica, como de alguém que dormia um sono agradável. Spark deitou seu corpo quando chegaram aos aposentos onde dormia a instrutora. Entre suas coisas e as de Tank havia uma fotografia, a muito tempo tirada. Spark tinha onze anos de idade na foto, já tinha seus cabelos espetados preso num rabo de cavalo e estava com a testa enfaixada e com um curativo no rosto. Mas parecia feliz, erguendo os braços para mostrar que era forte. Lenia estava em pé, logo trás de braços cruzados e olhava para ele como que estivesse reprovando aquela criancice típica de garotos de sua idade. Spark sorriu, deixando escapar um comentário em voz alta.

- Ela sempre foi muito severa... – ele disse.

- Spark? Disse algo? – perguntou Mahala, parada na porta. O jovem virou-se para ela, numa expressão que com certeza para ele seria idêntica a que ele havia visto mais cedo, estando ele no mesmo lugar onde a guerreira estava quando se encontrou com Lenia

- Escute, Mahala... quero te pedir um favor.

- Um favor?

- Sim. Por favor, limpe o corpo da Mestra Lenia, para que eu possa enterrá-la de forma digna quando eu voltar.

- Quando você voltar? Spark, aonde você vai?

- Preciso ir num lugar distante... preciso proteger pessoas que são especiais para mim.

- Proteger pessoas? Lugar distante? Spark, fala direito, aonde você vai? Que pessoas são essas? – Mahala começou a erguer o tom da voz.

- Existem pessoas que são muito importantes para mim, Mahala. Não sei se você pode me compreender, mas... hoje eu me senti inteiramente responsável pela morte da Mestra Lenia. Eu pensei que, se eu tivesse mais poder, eu poderia salvá-la... e, quando ela se foi, eu recebi todo o poder que você viu. E agora eu descubro que os Kelfos estão a um passo de serem atacados pelo exército Krüger. Isto não aconteceu por acaso... eu preciso, preciso muito ir lá salvá-los! Preciso evitar, preciso evitar que outras pessoas morram deste jeito. Como foi o caso de Tank... como foi o caso da Mestra Lenia!

Mahala já não entendia mais nada. Quando ouviu a palavra Kelfo pensou por um momento que Spark estava ficando louco, demasiadamente abalado pela morte de sua instrutora. No entanto, uma coisa ela pôde reparar: várias gotas de suor brotavam no rosto do colega, logo abaixo daqueles cabelos anormalmente loiros enquanto que seu ki parecia ir se esgotando lentamente, como uma vela que queima. Ao que parecia, a transformação do Super Saiyajin consumia bastante energia do usuário e precisava muito ser aprimorada.

- Bom, vou partir agora – disse ele, com a respiração levemente acelerada – Espero poder voltar em no máximo doze horas... Por favor, faça o que te falei e tome conta de tudo aqui. Você agora vai liderar o grupo, enquanto eu estiver fora. Se os Krügers atacarem novamente, por favor avalie se vale à pena mesmo lutar ou se é melhor...

- Pode deixar Spark. Eu sei me virar muito bem nesse tipo de situação... além do mais, temos Asus conosco. Ele pode ser uma besta orgulhosa e mesquinha, que liga apenas para o próprio ego, mas ele é tão bom quanto você nas estratégias das lutas... talvez até melhor. Vamos ficar bem, não se preocupe.

- Obrigado Mahala. Estou contando com você.

Ele deu as costas e correu sem ao menos olhar para trás um único segundo. Em sua mente, ainda assistia a imagem de Lenia morrer e travou os punhos ao sequer pensar que algo parecido com aquilo poderia acontecer com Simon... ou mesmo Lily, a mulher que mesmo após três anos sem ver, ele ainda amava.

Não! Eu me recuso a deixar que vocês se machuque! Eu juro, juro em nome da minha mestra que não deixarei que façam mal a ninguém mais que eu amo!

* * *

Os sons de luta finalmente haviam cessado. Nada além do sussurrar dos ventos das altas montanhas. Todos os corpos espalhados pelo chão denunciavam que a batalha havia sido árdua para ambos os lados. Quer fossem os guerreiros de pele cinza usando armaduras futurísticas de combate ou os carecas de orelhas pontiagudas utilizando uniformes de treinamento azuis, agora estavam todos caídos, em meio às ruínas do que outrora havia sido um templo. Agora, tábuas de madeira caída e pedras esfareladas eram a composição básica do visual do local.

Mais um som de troca de golpes irrompeu no ar, sendo seguido por um abafado grito de dor e um baque surdo, como um tombo. O velho Kelfo de barbas longas e prateadas caiu no chão duro, sem vida. Seu corpo estava repleto de ferimentos. Do outro lado, o líder Krüger estava agachado, de joelhos com a mão nas costelas. Sangrava muito pela lateral do corpo, além da boca também. Estava tão ferido quanto o cadáver  do Mestre Khan, e precisou ser amparado por dois de seus soldados para poder ficar de pé.

- Maldito... – ele disse, olhando para o cadáver do velho enquanto cuspia mais sangue no chão – agora eu sei porque meu pai teve tanto trabalho com ele... o miserável era forte. Mais forte que qualquer um que eu já enfrentei, ou mesmo qualquer um deste planeta...

- Quais suas ordens, senhor? – perguntou o Kelfo à sua direita

- Entre em contato com o Comandante Himmler urgente e mande que ele traga paramédicos para cá com urgência. Estou ferido demais para poder prosseguir com a invasão. Diga para ele que enquanto eu estiver descansando, que ele deverá liderar os exércitos à invasão do Império Kelfo.

- Sim senhor, é pra já!

O soldado afastou-se por um tempo, enquanto que o outro levou o líder Krüger até uma pedra, onde se sentaram. Ainda continuou a observar o corpo sem vida do Mestre Khan, enquanto respirava com dificuldades. Recordava-se do momento exato quando havia chegado na montanha, juntamente com seu pelotão. O Mestr Kelfo estava utilizando suas roupas de batalha, com os braços para trás como se esperasse por ele. Após se apresentar, Schutz ofereceu ao velho a oportunidade de simplesmente se entregar, seu sacrifício pouparia a vida de seus alunos. Mas ele se recusou, assim como todos os seus discípulos e então mais uma batalha sangrenta se iniciou. Agora, todos os Kelfos estavam mortos.

O soldado voltou correndo, e após prestar a reverência ao seu senhor, anunciou.

- O Comandante Himmler já esta vindo, senhor! Tempo de chegada estimado de menos de um minuto!

- Ótimo... o mais cedo ele chegar aqui, o mais cedo poderemos continuar nosso plano.

Após alguns instantes de silêncio que para Schutz foram uma eternidade, houve um lampejo de luz azulada e do meio dele, surgiu o Comandante Himmel, alto como todos os Krügers e moderadamente forte, acompanhado por dois soldados que usavam os capacetes como os demais, mas traziam cada um uma pequena maleta metálica. Os cabelos de Himmler eram ruivos lisos até a cintura. Ai chegar do teletransporte o Comandante levou ambas as mãos ao estômago, fazendo uma expressão de náusea.

- Mas que droga... – ele disse, visivelmente tonto – Eu nunca consigo me acostumar com esta maldita máquina.

- Componha-se, Himmler! – disse Schutz, sério, olhando o Comandante com desaprovação – Ouse vomitar na minha frente e esteja certo que seus fluidos serão a última coisa que seus olhos vão ver.

- Oh... sim senhor! – disse o mesmo envergonhado, tentando disfarçar seu mal-estar, ficando em posição de sentido em seguida. Ele golpeou levemente o próprio peito, logo acima do coração com o punho direito fechado, erguendo o braço em direção ao líder em seguida.

- Então... como andam as coisas? Totenkopf já mandou notícias? – perguntou o líder, agora sendo atendido pelos dois soldados paramédicos.

- Trago más notícias senhor... Totenkopf foi derrotado pelos Saiyajins ele... ele está morto, senhor.

- Como é? – Schutz estava incrédulo – Mas será possível?! Eu e ele matamos diversos Saiyajins assim que chegamos neste planeta! E os estudos que fizemos com as sondas durante anos comprovam que os Saiyajins, não importa o quanto tivessem treinado, não poderiam se equiparar a nós, os Krügers!

- Sim senhor, o senhor tem toda a razão. Porém durante a luta um dos Saiyajins manifestou um poder até então desconhecido por nós. Ele superou não somente todas as expectativas como também o poder de Totenkopf...

Os paramédicos agora aplicavam bandagens nos braços do líder Krüger, que parecia pensar como um jogador de xadrez sobre seu próximo movimento, com a mão que não estava ferida apoiando o queixo.

- Esta luta foi gravada por nossas sondas, imagino? – questionou Schutz.

- Sim senhor. Está tudo salvo nos computadores da grande nave mãe.

- Excelente. Acho prudente assisti-la assim que chegar à nave. Quando eu e Totenkopf enfrentamos o Saiyajins, achei que eles não passavam de lixo e que as histórias sobre seus poderes ilimitados não passavam de lorotas. Mas agora, diante deste ocorrido... devo ser cauteloso. Enquanto isso, você liderará a invasão de Himmel. Pegue todas as tropas que estão aqui em cima, juntamente com os soldados que aguardam no pé da montanha e partam imediatamente para a capital. Poderemos exterminar os pequenos vilarejos ao redor de nossa posição atual depois, como diversão. Mas agora temos um trabalho importante a ser realizado.

- Sim senhor, Lord Schutz! Liderarei nosso pelotão com orgulho!

- Não espero nada menos do que isso de meus combatentes... e Himmel, só para te lembrar, esta é uma missão alle töten, sem prisioneiros. Em outras palavras... perseguir e exterminar!

- Entendido, Lord Schutz!

- Dispensado... pode ir soldado. À vitória!

O Comandante bateu novamente no peito e ergueu o braço em sua reverência ao líder, partindo em disparada em seguida, acompanhado por todos os soldados que ainda estava em condições de combate, exceto os dois paramédicos que terminavam seu serviço com Schutz, que permanecia pensativo observando-os partir.

Então, eles conseguiram derrotar Totenkopf... Mesmo ele sendo um brutamontes com pouco cérebro, ainda assim ele era poderoso... Embora fosse o mais inútil da minha tropa de elite. Mesmo assim, isso não passará impune. Mandarei minhas tropas atacarem utilizando-se dos maquinários de guerra. Os Saiyajins serão esmagados por minhas frotas de veículos de combate, até não sobrar nada!

* * *

Spark sentia-se muito cansado, embora voasse numa velocidade nunca alcançada antes. Aquela transformação estava começando a se tornar incômoda demais, sugando toda a sua energia justamente quando mais precisava dela. No entanto, não poderia parar de voar agora, não depois de ter rasgado e praticamente toda a superfície do planeta em pouco mais de duas horas. Agora já havia passado das fronteiras do Império Kelfo, e queria muito chegar logo à Himmel e conferir se estava tudo bem.

Foi quando ouviu um assobio distante e um poderoso clarão no horizonte. Interrompeu seu vôo por um instante, quando começou a sentir vários ki’s se manifestar e entrar em conflito. Era evidente, os Krügers estavam atacando Himmel.

- Não... Lily... Agüente firme! Estou chegando! – ele gritou e, ignorando o cansaço, liberou todo seu ki, sendo envolvido pela aura dourada que agitava-se com bastante facilidade e acelerou seu percurso até Himmel. E enquanto se esforçava para chegar logo ao seu objetivo, as pessoas de Himmel se esforçavam para sobreviver.

A grande cidade agora estava sob ataque por todos os lados. Soldados disparavam rajadas de energia em prédios, monumentos e, claro, nas pessoas. Pareciam se divertir à medida que exterminavam os cidadãos de Himmel, um a um dos meios mais cruéis possíveis: um homem de meia idade fora agredido por três soldados ao mesmo tempo, indo ao chão onde foi pisoteado até os Krügers começarem a derrapar no sangue que empapava a calçada; uma mulher corria para se proteger, no momento em que o prédio acima foi atingido por um raio azulado e um imenso bloco de pedra a atingiu, esmagando suas pernas. Em seguida, o autor do disparo lançou uma pequenina esfera de energia na mulher indefesa; um casal tentava proteger seus filhos mas o pai foi atingido em cheio por um soco que o arremessou longe. A mãe foi transpassada por um fino raio vermelho disparado do dedo de outro soldado, enquanto a filha pequena era arrastada para um beco pelos cabelos. Uma explosão e um clarão de luz se sucedeu depois disso. E o garoto que tentava fugir correndo foi fatiado ao meio por um disco feito de ki; um grupo de jovens corria por suas vidas quando foi atingido por uma esfera dourada, resultando numa enorme explosão que matou muitos e mutilou outros.

- Vamos lá homens! Matem todos! – gritava Himmler, o comandante Krüger à plenos pulmões para os seus soldados – Acabem com todos os Kelfos desta cidade, quer sejam homens, mulheres ou crianças! Atravessem seus corpos, arranquem suas cabeças e façam-nos sangrar! Mostrem a esses infelizes a superioridade da nossa raça e façam com que implorem por uma morte rápida!

Os soldados vibraram com o horrendo discurso do Comandante e avançaram ainda mais sedentos de sangue, numa chacina brutal e covarde contra pessoas que nem sequer tinham como se defender. Os que tivessem sorte, seriam mortos rapidamente. Outros, como o caso de uma adolescente Kelfo e seu namorado, seriam capturados para serem torturados. Mas uma coisa era certa: nenhum deles iria sobreviver.

Do alto de uma das torres do palácio do Imperador Kelfo, um homem assistia toda aquela matança vil e sem sentido por uma bola de cristal, estupefato. Sabia que algo deveria ser feito, aquelas mortes tinham que parar. Eles já haviam previsto a volta dos Krügers vários anos atrás, e tinham tratado de mandar muitos aspirantes a bons guerreiros para treinar no Templo Sagrado quando souberam da morte do Chanceler Kopf. Mas não contavam com um ataque ao templo pelo próprio líder Krüger em pessoa, que matou todos os futuros soldados juntamente com o guerreiro Kelfo mais poderoso que vivia naquele mundo. Era um desastre... a visão final do desespero.

Mas Wulfric não poderia se entregar daquela forma, pelo contrário. Era seu dever fazer algo para conter os avanços daquele exército de sádicos monstruosos. Então, concentrou-se numa única pessoa e o chamou, sua voz podendo ser ouvida apenas pela mente de quem havia sido chamado.

- Capitão Simon... – disse a voz do velho Kelfo – está autorizado a contra-atacar!

- Sim senhor, Conselheiro Wulfric. Estaremos em combate em questão de poucos minutos – respondeu uma jovem voz, também pela telepatia.

E pela bola de cristal, o Kelfo de barba grisalha assistiu os soldados continuarem com sua onda de violência desenfreada.

Um pequeno grupo composto por cinco homens conseguiu chegar à uma construção belíssima, com imagens de seres alados portando lanças ao longo de sua escadaria principal. Parecia uma imensa catedral feita de pedra com a escadaria em mármore. Um dos soldados anunciou para os demais, com um aceno com a cabeça.

- É o Santuário. Vamos, vamos entrando.

Eles chutaram a porta, assustando diversas pessoas que não esperavam por aquilo. Em seguida, alvejaram todos os presentes com disparos de ki, sem deixar nenhum vivo. Começaram então a explodir as paredes e o teto com seus raios e rajadas explosivas que pareciam não ter fim. Alguns sacerdotes corriam querendo se salvar, mas um único disparo atravessou três deles em fila, que já caíram todos mortos. Os soldados continuaram a avançar, subindo as escadarias e matando mais um velho sábio no caminho, sem ao menos se dar o trabalho de parar de correr. Guiando-se por um mapa que criava uma imagem 3D do ambiente, eles se dirigiram ao ponto que desejavam chegar, mas aniquilando todos que estivessem vivos no caminho. E então estavam diante de uma porta feita de ouro puro. Todos uniram suas forças e dispararam contra a bela porta, arrancando-a em meio a um estrondo. O Salão do Sumo Sacerdote havia sido violado. Mas, o trono à distância estava vazio, ao contrário do que esperavam. Não havia sumo-sacerdote nenhum, apenas o trono e suas almofadas. Em seguida, uma voz feminina os surpreendeu, que viraram-se todos com as mãos apontadas para a origem daquela voz: uma jovem Kelfo muito bela, com os longos cabelos loiros presos num rabo de cavalo.

- O que vocês querem aqui? Vão embora, esta é a sala mais sagrada de todo o Santuário que vocês estão violando!

Os cinco dispararam seus raios de ki, mas todos desviaram de suas rotas ao se aproximarem da jovem, atingindo as paredes e o teto.

- Eu posso não ser uma  guerreira, mas sei manipular o ki muito melhor do que vocês, Krügers, e não vai ser uma técnica tão simples como essa que vai me atingir.

Os cinco se posicionaram em guarda, concentrando ainda mais poder, quando foram envolvidos por uma estranha cortina de névoa multi-colorida. Era como estar no meio de uma nuvem de poeira estelar e os cinco logo começaram a se sentir estranhos, leves. Leves demais. Em seguida, lançaram suas técnicas uns contra os outros, ou contra alvos invisíveis. Entraram em pânico por uns instantes , disparando para todo lado até que afinal todos caíram, mortos cada um por seu próprio companheiro.

- Esta é a técnica da confusão mental... não tenho nenhum poder de luta, mas posso dar suporte ou causar efeitos ruins em meus adversários, baseando-me em meus poderes místicos. – disse ela, se aproximando. Já havia sentido vários outros ki’s indo em sua direção, todos tremendamente ameaçadores. Então se colocou em pé, diante do trono acolchoado e fechou os olhos, numa prece.

Por favor, deuses... sejam misericordiosos e, se tivermos de perecer, que seja de uma forma rápida e sem sofrimento. Mas, se for da vontade de vocês, que façam acontecer um milagre!

O chão atrás da Kelfo se pariu, tornando-se nada mais que pó. Mais um grande grupo de guerreiros Krüger entrou por ele, todos fitando a jovem moça.

- É ela... Lílian Güte Seele – disse um deles, possivelmente o líder do esquadrão – filha do Chanceler Kopf! Temos que eliminá-la imediatamente! Ataquem-na, todos juntos!

Dez guerreiros investiram numa incrível velocidade, quando, estando há pouco mais de um metro de distância do alvo, foram repelidos por algo frio e cortante. O som do ar sendo atravessado em alta velocidade, seguido de um estalo de metal foi ouvido, ao mesmo tempo em que um jato de sangue melou o chão e um corpo de soldado tombou, sem vida. E, agachado, surgiu diante dos Krügers o guerreiro Kelfo empunhando uma espada e trajando uniformes do Exército Real. Ele ergueu os olhos, desafiador, mesmo que um deles estivesse por detrás de uma lente verde levemente rachada de um antigo rastreador Saiyajin. Ao mesmo tempo Lily disse seu nome, em meio a um sorriso. Simon.

- Mas que coisa feia... um bando de marmanjos atacando uma mocinha! – ele disse, erguendo novamente sua espada  - Se querem mesmo um adversário de verdade,  então porque não me enfrentam?

- Maldito Kelfo! Acabem com ele!

Os soldados restantes investiram de novo, um deles tentando atingir o Kelfo com um soco no rosto, que causaria um sonoro impacto e grande dano. Mas ele atingiu apenas o ar, pois valendo-se de uma incrível velocidade, Simon simplesmente havia desaparecido no ar e ressurgindo às suas costas, acertando-lhe um corte na vertical. Sem nem ao menos esperar que ele tombasse morto no chão, ele atacou outro, com um corte diagonal e um terceiro, com uma estocada precisa. Todos caíram mortos. Ainda restavam sete, vivos no combate, sendo que dois deles partiram para o ataque de frente, e outros dois concentraram uma grande quantidade de energia, disparando contra o guerreiro Kelfo, sem saber que se hoje Simon era conhecido como Capitão dos Exércitos do Império Kelfo, não era à toa. Ele desviou as duas técnicas com um corte com a espada, o qual havia concentrado parte de seu ki antes de desferi-lo. O resultado foi uma onda de ar avassaladora que cortava como aço, dividindo perfeitamente um dos soldados ao meio. O outro, sem nem ter tempo de se mover, foi atingido também por um raio dourado de Simon, disparado com a mão direita enquanto detia um soco contra seu rosto com a outra mão e acertava um chute no meio da testa do outro atacante. Expandiu seu ki e com um rápido movimento giratório, feriu mortalmente os dois adversários com sua espada afiada, que caíram agonizantes no chão. Assustados, os demais soldados fugiram, deixando Lily e Simon à sós.

- Simon! Graças aos deuses, você está aqui! – disse a jovem, abraçando-o.

- Sim... não poderia deixar de vir aqui te proteger – ele respondeu, abraçando-a de volta – Você se tornou uma poderosa Sacerdotisa, Lily... mas mesmo assim não poderia resistir com vida à uma luta covarde como essa.

Ela abaixou a cabeça, sabendo que Simon falava a verdade, porém não sentia nenhum ressentimento contra o companheiro nem mesmo pesar algum por ser fraca. Havia se tornado uma Sacerdotisa por opção e o faria de novo, se pudesse. Nunca trocaria o Santuário por nenhuma instituição militar.

Simon então ergueu a mão direita para ela, para que a segurasse.

- Vamos... vou te tirar daqui. Vamos nos esconder no palácio antes que seja tarde demais. Tenho ordens para proteger sua vida à todo custo.

- Ordens para me proteger? – ela repetiu, sem entender – Mas porque? O que eu tenho de tão especial? Quem iria querer que eu sobrevivesse à todo o custo.

- O Imperador em pessoa – ele respondeu, quando ela tocou sua mão e juntos começaram a andar, ela na frente e ela logo atrás – Ele tem uma tarefa para você, uma tarefa que segundo ele, só você pode realizar.

Nem mal calou a boca, veio outra explosão do chão abaixo de seus pés e ambos caíram no buraco recém formado. Eles caíram sentados, um andar abaixo, diante de um par de botas prateadas que brilhavam como novas e de um homem de pele cinzenta e de longos e lisos cabelos ruivos.

- Ora, ora... vejam quem está aqui – disse ele, esfregando de leve as mãos – Se não é a jovem Güte Seele, filha do finado Chanceler Kopf...

- E você quem é!? – perguntou Simon, se colocando de pé e empunhando a espada com firmeza.

- Eu sou Himmler, Comandante do Exército Krüger. Imagino que você seja um guerreiro de patente alta, a menos que todos os soldados ralés deste planeta usem este uniforme cafona.

- Comandante é... saiba que eu também comando as tropas de meu povo! – ele bradou, querendo ganhar tempo – Comando para que marchem contra canalhas como vocês, que querem destruir o equilíbrio que nossa raça demorou tanto tempo a alcançar!

- Seu imbecil, este equilíbrio frágil se fragmentou em mil pedaços no momento que o Governador Saiyajin e o Chanceler Kelfo foram mortos nas  geleiras. A ilusão de paz que vocês Kelfos viviam foi borrada, borrada com o sangue de um alto membro deste governo medíocre. Mas eu não vim aqui para discutir ideologias políticas e sim para garantir que o sangue imundo dos Güte Seele seja completamente varrido deste mundo! E então? Vamos brincar?


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Notas finais do capítulo

Ol a todos! O novo captulo realmente esta imenso! Tive de divid-lo em duas partes, para no ficar muito grande para ser lido! Ento, vamos aos comentrios, lembrando que em pouco tempo estarei publicando a segunda parte! Bom, vamos a os comentrios de mais uma sesso "Making Of".Caiu um poderoso Krger, mas surgiu outro logo em seguida. Seu nome Himmler. Himmler um Krger extremamente impiedoso, maligno e acredita que todas as demais raas vivas devem se resignar diante da "superioridade" dos Krgers. E isso se deve quem este inimigo foi baseado, um terrvel vilo do nosso mundo: Heinrich Himmler. Este homem foi um dos maiores arquitetos do Holocausto e foi ele quem supervisionou o extermnio de judeus nos Campos de Concentrao, com a sua "Soluo Final". Com isso, acabou se tornando um dos homens mais influentes da Alemanha em sua poca. O Himmler da minha histria extremamente cruel, e no vai sentir o menor remorso em cometer barbries com os povos de Omega-003. E claro, ele mais poderoso que Totenkopf. Mais batalhas esto vindo por a...Mas... nem todos que aparecem em minhas pginas so viles! Lily e Simon, os Kelfos que formaram laos com Spark esto de volta tambm. A nova Lily j est com seu treinamento de Sacerdotisa completo. Ela utiliza seu ki normalmente para curar ferimentos e estimular a sade das pessoas, mas ela pode tambm fazer o contrrio e causar vrios efeitos negativos num possvel inimigo. Vamos dizer que ela como um personagem "buffer" num jogo de RPG. Ela que d o suporte. J o novo Simon um guerreiro que ainda se baseia muito nos combates com o ki, e que desenvolveu tcnicas de ataque misturando sua energia sua espada. Ele agora o Capito Nascimen... digo, Simon, um dos guerreiros mais talentosos e respeitados de todo o Imprio Kelfo! E, quem leu "O Renascer dos Saiyajin" pde notar que ele no se esqueceu da promessa que havia feito Spark e usou o rastreador que ganhou de presente, como um amuleto de boa sorte!Por hoje s, mas aguardem! A concluso deste captulo muito em breve sair!



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