Na Grécia tudo o que acontecia era previsto por Apolo, além de ser o deus do sol ele era o deus da medicina e das profecias, trabalhando com o destino e com as três moiras ele ajudava a decidir o que acontecia com os mortais.

Apolo já sabia á muito tempo que Psique não era destinada á um amante mortal, seu destino era se unir a Eros, mas antes que isso pudesse acontecer ela teria que passar por muitas provações, por isso ele resolveu ajuda-los.

Como se sabe, Apolo era o senhor de Delfos, lar do mais famoso oráculo de toda Grécia, ele previu que os pais de Psique iriam vê-lo então achou que seria uma ótima oportunidade para que Eros conseguisse se aproximar de sua amada.

–Eros eu vou deixar que você use o meu oráculo por hoje-Disse ele assim que chegaram ao templo.

–Para que?

–Não quer fazer de Psique sua esposa?

–Mas é claro que quero, mas em que o oráculo vai me ajudar?

–Os pais dela vem falar com o oráculo hoje, para me pedir um conselho sobre a filha, passe-se por mim e fale com eles, diga-lhes o que devem fazer.

–Será que vai dar certo?

–Vai sim está no seu destino, vá logo antes que eles vão embora.

Eros consegue falar com os pais de Psique, e lhes pede que a deixem em uma montanha aonde uma serpente virá e fará dela sua esposa.

Eles ficam assustados primeiramente, mas nem mesmo eles se atreviam a desobedecer aos deuses.

Depois de sair do templo, Eros vai diretamente ao seu palácio particular preparar tudo para receber a esposa, instruiu os criados para que nada falassem sobre ele, e pediu para que arrumassem seu quarto para que ficasse o mais escuro possível, ela não poderia vê-lo, pois isso significaria o fim de tudo para eles.

Depois de arrumar tudo ele chama Zéfiro, o vento suave do leste e lhe pediu que assim que os pais a deixassem sozinha ele a transporta-se para seu palácio, e Zéfiro obedeceu, assim que os pais saíram só esperou que ela pegasse no sono e foi ao seu encontro, levou-a até o palácio de Eros.

No palácio, Eros já estava esperando, assim que chegou Zéfiro a colocou em seus braços e saiu antes que Afrodite visse o que eles fizeram.

Com Psique nos braços ele a leva para dentro e a aconchega em sua cama e fica ali ao seu lado acariciando seus cabelos enquanto ela dorme tranquilamente, mas quando percebe que ela está acordando imediatamente se afasta veste seu manto e se torna invisível e sai dali.

–Onde eu estou? Disse ela assim que acordou- Não me parece em nada com o lugar onde adormeci.

Em poucos minutos a porta se abriu e uma criada entrou.

–Boa tarde senhora, meu nome é Anticles, seu marido me deu ordens para servi-la, estou sempre a sua disposição.

–Meu marido? Como assim? Quem é ele?

–Ora minha senhora ele é o dono deste palácio.

–E onde ele está? Quero vê-lo.

–Ele não está no momento, mas se acalme, vem quer passear comigo?

–Está bem.

Psique achava aquilo muito esquisito, como assim marido? Ela não havia se casado até horas atrás, e agora fica sabendo que tem marido, mas ela não tem muito que pensar, pois Anticles a leva para conhecer o palácio, que por sinal era muito grande e muito luxuoso.

Quando o fim do dia chegou, elas se dirigiram a um grande salão onde um farto jantar estava servido, ela se sentou e comeu muito bem.

Na hora de dormir ela é conduzida de volta ao quarto no qual havia acordado mais cedo, tudo estava escuro, ela não podia ver nada nem a própria cama, achou que estava escuro desse jeito, pois seu marido era uma serpente horrenda e que não queria mostrar o rosto.

Mas não foi uma vós feia que ela ouviu, e sim uma vós quente e agradável que lhe sussurrava aos ouvidos:

–Por favor, não tenha medo, não vou lhe fazer mal.

–Como posso ter certeza que não me fará mal? Você é um estranho para mim, nem o seu rosto eu posso ver.

–Apenas confie em mim.

Psique podia não admitir, mas gostava de ouvir aquela vós, era muito quente e agradável, não queria que ele parasse de falar, mas logo ele parou de falar, e isso assustou Psique.

–Onde você está não pare de falar se não, não tenho como saber onde você está- Disse-lhe assustada.

Eros não fala mais nada, só lhe acaricia o pescoço com caricias leves e suaves, para não assusta-la, de vagar foi aproximando seus lábios de seu corpo, o que a fez estremecer, seu hálito quente a aquecia de uma forma suave.

Quando começou a tirar-lhe a roupa ela logo se encolheu em um canto.

–Eu... Eu não estou pronta senhor, eu não sei quem é o senhor como poderei me entregar a ti sem saber quem é?

–Meu nome não interessa me chame apenas de amor, e não terei outro nome para ti, não sou um monstro Psique, venha me toque e veja se estou mentindo.

E com isso ele puxa sua mão para perto dele, tudo o que ela sente é um corpo musculoso e viril, seu corpo era quente, Psique não sabia explicar como se sentia, era um sentimento totalmente novo.

Eros, aproveitando-se da situação, a puxa para mais perto com carinho começa a beija-la intensamente, a leva até a cama onde começa a despi-la, com muito cuidado para não assusta-la, quando ela está totalmente nua ele começa a beijar todo o seu corpo.

Psique não tinha palavras para descrever o que ela estava sentindo, era quente e intenso, não pode-lhe negar mais, ela se entregou a ele sem reservas, não tinha duvidas, aquele era o homem de sua vida.

Eros estava eufórico com as novas sensações, a cada toque que ele lhe dava mais ele a desejava, e quando chegou à hora de se tornarem um só, ele lhe sussurrou aos ouvidos:

–Tem certeza?

–Sim amor.

–Isso pode doer um pouco, mas tentarei ser o mais suave possível.

–Está bem.

Quando ele entrou Psique rangeu os dentes, mas ele logo a acalmou com seus beijos e caricias, ficando parado até que ela se acalmasse, quando percebeu que ela já estava melhor continuou, quando chegaram ao ápice a trouxe para mais perto dele e lhe disse:

–Obrigada Psique, por me permitir ser o primeiro e único em sua vida.