... Ao ver minha mãe parada no portão de escola senti calafrios por todo o corpo, era raro ela aparecer aqui e quando aparecia pode-se afirmar que eu tinha feito algo muito desagradável.
– Mocinha, Precisamos conversar!

Ao ouvir aquilo meu coração acelerou minhas pernas bambalearam e meus pensamentos me remeteram novamente a noite passada com Kyo-kun. Mas tentei parecer desentendida.
– o que houve mamãe? Perguntei me aproximanado para beijá-la no rosto e ela se desvencilhou me encarando.
– pode começar explicando por que a amiguinha que você foi visitar não existe ou talvez por que mentiu pra nós não uma mas duas vezes ah e também dizendo onde passou a noite e com quem?
– Olha mãe eu...
– me sinto envergonhado, não demos esta educação pra você, tentamos lhe ensinar que mentir é desagradável e faz com que a confiança que tinhamos se perca
– olha papai peço que me perdoe eu estava com...
de repente fui interrompida.
– Ela estava comigo senhor Maeda, Souji interferiu.

Fiquei surpresa ao vê-lo tomar a frente da situação, mas me senti culpada por que não estava realmente com ele.
– eu sabia, sabia que este moleque estava metido nisso.

Minha mãe esbravejava andando de um lado pro outro e meu pai olhava para Souji sério.
– então pode me dizer o que fez a noite toda com minha filha?
– Nós fomos até o Karaokê perto da estação e passamos a noite cantando e nos divertindo senhor.

Souji não tirava os olhos do meu pai enquanto falava o que parece ter passado confiança a ele.
– pode me provar o que está dizendo? Meu pai perguntou com as sobrancelhas arqueadas.
– sim senhor.

Souji colocou a mão no bolso e retirou uma nota e entregou a meu pai que a examinou atentamente, e com um sorriso de canto devolveu a nota a Souji dizendo:
– eu espero que a próxima vez que decidam sair, lembrem-se de nos avisar antes.
– sim senhor,

Souji respondeu sério, olhando para meus pais enquanto eu estava rubra de vergonha por ter mentido novamente para eles e agora com a ajuda de alguém que minha mãe desprezava.
– o que? Como assim? Não vai haver uma próxima vez , eu quero que fique longe da minha filha, não quero que chegue perto dela pra nada nem que eu tenha que apelar pra justiça se for necessário.

Minha mãe estava ofegante e rubra, bufava como um touro olhando para Souji que apenas a encarava sério.
– meu amor escute, não adianta você descontar seu ódio em cima destes dois, não podemos privar nossa filha de curtir a juventude.
– você acha que este jovem não nos causará problemas futuros? Você confia no que ele está dizendo? Francamente eu...
– olha eu entendo que você se sinta magoada por Chizuru ter mentido pra você, e por outros motivos também, quero que saiba que eu não o estou defendendo, apenas senti firmeza em suas palavras e ele pôde nos provar que realmente estava com Chizuru na noite em questão.
– tudo bem, só não se arrependa de suas decisões mais tarde, estou lavando minhas mãos.

E depois disso fomos pra casa e eu não tive chance de agradecer ao Souji pelo que fez.

Quando chegamos em casa minha mãe subiu para o quarto, não quis jantar e nem me dirigiu a palavra, depois do jantar meu pai me chamou ao escritório para conversarmos.
– sente-se aqui filha, quero falar sério com você agora.

Sentei-me de frente para ele e fiquei esperando para ouvir o sermão, mas novamente me surpreendi.
– olha filha, no momento sua mãe está passando por um fase complicada, ela teme sua segurança e só quer o seu bem, ter mentido para ela deixou-a realmente desgostosa e a mim também claro. Como eu disse anteriormente eu não me oponho ao seu envolvimento com o Souji Takumi, mas sua mãe tem os motivos dela para não querer isso.
– eu sei pai, eu me sinto mal por ter mentido mas eu fiquei tão feliz em ser convidada para ir ao Karaokê que na hora nem pensei na consequência. Eu me sinto mal de ela não querer falar comigo. (olha eu mentindo de novo)
– você sabe o que deve fazer certo?
– acho que sim, pai.
– então esta é a sua chance eu estou indo para o banho agora aproveite e converse com ela.
– ok papai!

Subi as escadas e bati a porta esperando resposta, estava tudo silencioso e então resolvi entrar.
– mamãe posso falar com a senhora?
– fale. Ela me respondeu secamente.
– olha me perdoe por ter mentido pra senhora, prometo que não farei mais isso, eu fiquei tão feliz por ter sido convidada pra ir ao Karaokê que não medi as consequências, me perdoe mesmo.

Ela me olhou séria, mas depois me puxou pela mão para se sentar ao seu lado na cama.
– olha eu sei que você está na idade das descobertas e não a culpo de ter mentido, você sabe que eu sempre fui séria nas coisas que faço e nunca gostei deste rapaz com quem você está se envolvendo, mas como seu pai disse eu não posso ficar te proibindo, você precisa abrir as asas e voar onde quiser, mas saiba que a mamãe está aqui pra te ouvir e vai te ajudar no que for possível.

E com um abraço apertado fizemos as pazes novamente.
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No outro dia na escola

Tentei chegar mais cedo a escola pra ter tempo de me explicar e agradecer ao Souji, me sentei em meu lugar habitual e esperei por ele ansiosamente não demorou muito para que ele e Mikhael passassem pela porta.
– Souji pode me acompanhar?
Ele nada disse e apenas me seguiu até o terraço onde sempre nos víamos.
– eu quero te agradecer por ontem, eu fiz uma bobagem mas graças a você eu pude esclarecer as coisas com meus pais, ainda que seja mentira você me salvou, muito obrigada.

Ele me olhou atentamente e com um suspiro disse
–quero me desculpar pelo mal entendido de outro dia, tenho certeza que você ficou confusa por ter me visto beijar outra garota, eu fui pego de surpresa por ela e quando vi tudo já tinha acontecido. Desculpe também por eu ter sido grosso com você.
– claro. sem problemas.
– mas antes que tomemos alguma decisão quanto a nós, você pode me dizer onde passou a noite?

Meus pensamentos fervilharam outra vez mas decidi contar-lhe a verdade mas claro sem a parte dos beijos e das carícias afinal era algo intimo e constrangedor, ele me ouviu em silêncio e por fim disse.
– acho que já ouvi esse nome em uma conversa dos meus pais, na verdade esse Kyouya Otori é o patrão deles, eles são médicos e trabalham no hospital desta pessoa, e não tenho certeza mas parece que ele já foi bem mais que um amigo de sua mãe.

Ao ouvir aquilo fiquei abismada, e se fosse verdade? E se Kyo-kun estivesse se aproximando de mim apenas para atingir minha mãe, a mentira agora corroía meu intimo me senti mal por não ter contado a verdade e ter metido Souji no meio da história.

Olhei-o incrédula e no impulso o abracei, ele me retribuiu acariciando meus cabelos e depois disso nos beijamos, sem perceber lágrimas escorreram do meu rosto meu coração estava confuso no momento e ele pareceu entender isso, me abraçou e acabou ficando comigo até a hora que a sineta tocou.

Agora mais calma e feliz por reatar com Souji seguia para o portão para esperar meu pai quando meu celular tocou e eu atendi.
– alô quem fala?
– Eu quero te ver...
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POV Kyoya
Eu não conseguia parar de pensar em Chizuru, me lembrava a todo instante dos beijos e das carícias meu membro ficava ereto só de me lembrar do corpo dela dos lábios, enfim ela me deixou louco, queria tê-la, queria possui-la e não aguentava a ansiedade já não estava nem ai pro que aconteceria depois só queria estar com ela, fazê-la sentir prazer nos meus braços estava nas redondezas da escola quando resolvi ligar e ao ouvir aquela voz meu corpo estremeceu todo.
– Alô, quem fala

E no afoito respondi:

–Eu quero te ver...