POV Kaname

Faz muito tempo que não vejo a Chizuru, desde a besteira que eu fiz procurei me afastar dela o máximo possível, sabia que ela ainda estava com aquele idiota do Souji, mas ela estava feliz e isso é o que importa.... ou importava até hoje de manhã.

Estava saindo para comprar pães quando vi um alvoroço perto de casa, num hotel vizinho, havia uma mulher muito bonita com roupas finas e cabelos longos e negros que dançavam nas suas costas, estava acompanhada por um homem bem-vestido que tentava acalmar a gritaria dela. No começo não liguei muito até ouvir um nome conhecido. Souji.

Sei que pode ser um nome comum, mas aqui nas redondezas é raro alguém com nomes parecidos, a mulher parecia ameaçar a pessoa quando entrou no hotel, ela gritava enquanto seu acompanhante tentava detê-la sem sucesso. Segui meu caminho até a padaria, comprei pães, suco e uns biscoitos e voltei pra casa ao chegar na entrada vi outro casal discutindo com o primeiro que tinha chegado, abri o portão balançando a cabeça negativamente. Era comum discussões por traição naquele hotel, fiquei aliviado porque pareceu que eles não falavam do Souji que eu conheci, o que significava que a Chizuru estava bem. Até que...

Estava indo pro meu quarto onde era possível avistar o corredor de aposentos de hotel quando avistei um casal de jovens apaixonados que me parecia extremamente familiar indo em direção a escadaria, meu coração pulsava acelerado e eu não entendia o por que até que vi o rosto da jovem com mais exatidão e tive certeza: Era a Chizuru.

Desci as escadas mais rápido do que pretendia e acabei tropeçando e caindo de cara no chão, sentei-me esfregando a testa dolorida e me levantei as pressas e fui pra frente de casa ver o que aconteceria quando eles saíssem, eles pararam à porta estupefatos (surpresos) com o que os esperava.

Sem entender do por que segui para frente do hotel decidido, tinha que fazer alguma coisa, senti que se não fizesse nada as coisas tomariam rumos nada agradáveis.

– Souji , Chizuru (chamei pelos dois, e eles me olharam desconcertados) vocês devem ter entrado no çugar errado minha casa é aqui ao lado.

Meu Deus o que estou fazendo? Perguntei a mim mesmo. A morena me olhava me fuzilando mentalmente serrando as mãos. Ela muito séria perguntou-me:

(Beatriz) – VocÊ ia ajudá-los a fugir? Sabia que está sendo cúmplice de um crime?

(kaname) – Eu não estou sabendo disso senhora, apenas os convidei a vir a minha casa, não é Souji?

(souji) – Claro, ele sorria nervoso.

(Beatriz) creio que você não saiba que este delinquente sequestrou minha filha e pretendia fugir com ela sabe-se Deus pra onde. Mas eu estou aqui para levá-la de volta e mandá-la para bem longe.

(Kaname) – Senhora eu a entendo mas creio que aqui não é um bom lugar para tomar decisões, por favor me acompanhem...

Trouxe a todos para minha casa e chamei Souji e Chizuru a um canto para perguntar os detalhes do que estava acontecendo antes deles conversarem entre si. Ambos me puseram a par e quando terminaram de contar senti uma raiva tremenda por dentro e quando percebi já havia dado um soco em Souji ele cambaleou e caiu sentado no chão e ficou me olhando perplexo.

Chizuru segurava meu braço enquanto eu olhava serio para Souji, encarei ambos e perguntei-lhes o que fariam agora? Chizuru começou a tremer e a chorar eu me apiedei da situação deles e tentei ajudá-los a convencer seus pais.

Cheguei á sala de vistas com uma bandeja com copos de suco e alguns dos biscoitos que trouxe para o café, deixei-a na mesa de centro e olhei para os pais de Chizu e de Souji. Por fim tentei quebrar o silêncio.

(Kaname) – Eu estou a para da situação de vocês e peço que me ouçam por favor, entendo que não queiram se envolver depois do que lhes aconteceu no passado, mas isso não dá o direito de vocês decidirem por quem os seus filhos devem se apaixonar.

(Beatriz) – E você é muito sábio para falar de coisas assim não é? Faça-me o favor …

(Hikkaru)– Pensando bem querida o que ele diz tem uma parcela de verdade. Nós tememos que nossos filhos se envolvam pelo erro que cometemos antes...

(Yumi) eu só quero que isso se resolva logo, meu filho não é nem um marginal, ao contrário ele é corajoso a ponto de lutar pelo que quer.

(Beatriz) – E quem é você para falar de coragem? Uma mulher sem escrúpulos que se entregava para qualquer homem que a chamava de gostosa, não quero que minha filha vá pelo mesmo caminho se tornando uma vadia como você.

Ao dizer isso a Outra morena (yumi) esbofeteou a mãe de Chizuru, Beatriz partiu para cima dela e ambas começaram a se unhar e seus respectivos maridos tentavam separá-las, por fim eu peguei uma colher e a bandeja que trouxe e bati fazendo um barulho alto para chamar a atenção.

(Kaname )– chamei-os aqui para terem uma conversa civilizada e não para destroçarem a minha sala de estar. Se querem lutar saiam para fora.

A srª Yumi soltou a srª Beatriz e ambas tentaram ajeitar suas vestes e cabelos. Quando se acalmaram pedi para que Souji e Chizuru viessem até a sala para que entrassem (tentassem entrar ) em um acordo. Eles se sentaram e começaram a discutir por fim o Pai de Souji sugeriu que Souji e Chizuru tentassem viver sem o auxílio financeiro dos pais por um mês e se conseguissem todos poderiam conversar novamente e tentarem entrar num possível acordo. Aparentemente todos haviam concordado até que Souji perguntou.

(Souji ) mas onde vamos viver enquanto isso?

(Beatriz) vocês vão ter que se virar sozinhos.... (ela olhava maliciosa, acho que se dependesse dela este seria o mês infernal na vida desses dois)

(Kaname) – Vocês podem ficar aqui durante esse tempo, mas terão que procurar um trabalho para cobrir suas despesas (meu Deus onde estou com a cabeça?).

(Souji) – então está decidido, temos um mês para provar a vocÊs que não dependemos do seu dinheiro para sustentar nosso amor certo?

(Beatriz)– Isso mesmo, começando agora, vocês terão até o próximo dia 05 para provar isso.

(Yumi) Ok então, desejo boa sorte a vocês, e filho Use preservativo. Gravidez não será motivo para concessões.

E eles partiram Deixando os dois aqui em casa (sob minha responsabilidade). Devo estar maluco.

Depois disso me sentei no sofá pensando no porque eu tinha me intrometido nos problemas deles e Chizuru veio ao meu encontro me abraçando forte

(Chizuru)– Kaname... Obrigada por nos ajudar serei grata eternamente a você. e com isso ela beijou meu rosto e se afastou me deixando com cara de bobo.