Apenas uma garota estranha escrita por Amanda Lemes


Capítulo 7
Irmãos


Notas iniciais do capítulo

Oiii^^
Mais um capítulo, espero que gostem e perdoe os erros.



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Ponto de vista Ciel

Não quero perder Sophie para esse mauricinho, vou arrumar um jeito de afastá-los, mas não estou com cabeça para isso agora, ligaram do hospital a minha mãe piorou fui correndo para lá, ela estava tão fraca me sentei ao seu lado e peguei sua mão ela sorrio amarelo.

–Mãe você não pode me deixar sozinho. –Eu nem percebi que já chorava igual a uma mulherzinha.

–Eu nunca vou te deixar sozinho, vou te olhar de um lugar melhor e você vai ficar com o seu pai.

–Não é a mesma coisa mãe, tudo que eu tenho é você.

–Não chore assim Ciel, você sempre vai ser amado não importa onde eu esteja.

–Por favor, mãe não me deixe.

–Eu não vou te deixar, estou cansada e você deve estar também, vá para casa e durma um pouco.

–Tudo bem mãe, amanhã eu venho te ver. –Ela já dormia, dei um beijo em sua testa. –Eu te amo.

Sai daquele hospital, não sabia o que fazer ou para onde ir o meu mundo estava caindo, pedaço por pedaço não sei mais quanto tempo eu vou conseguir suportar isso, fui para um bar e comprei algumas cervejas depois fui para casa, procurei algo para comer mas não encontrei me deitei no sofá e tomei alguns goles, depois de uma hora o meu telefone toca.

–Alo com quem eu falo?

–Ciel Martins quem é?

–Aqui é do hospital do câncer, nós sentimos muito em te informar mais a Raquel Martins não resistiu, e um senhor que veio aqui mais cedo me pediu para te informar que um carro vai te buscar as 23:00 e quanto ao velório ele já arrumou tudo.

–Obrigado.

Uma dor invadiu o meu peito, minha mãe se foi, me deixou sozinho tudo que eu queria era chorar mas não tinha lagrimas, arrumei uma mochila e esperei esse carro chegar, depois de alguns minutos o carro chegou um senhor parecia ter uns 50 anos.

–Sou o advogado do senhor Otávio, vim te buscar para ir a sua casa.

Fomos o caminho todo em silencio, depois de um tempo chegamos, a casa era grande e luxuosa, assim que entramos vi um homem sentado no sofá.

–Ciel certo, olha você vai viver aqui, mas não quero você perto do meu filho tudo bem. –Ele saiu e uma senhora me levou até um quarto, tudo que eu queria era sair correndo, sair como um louco sem rumo e me perder nesse mundo, não consegui dormir tudo em que eu pensava era a minha mãe, e de como a minha vida seria sem ela.

Não dormi quase nada, tomei um banho e coloquei uma roupa para ir ao velório, prestei muita atenção no caminho para conseguir voltar, ainda não sei quem é o meu suposto irmão que tenho que ficar longe, só estava eu e uma amiga da minha mãe no velório, ver aquele caixão estava me enlouquecendo, o padre chegou e me perguntou se podia começar o enterro e eu permiti, estávamos andando em direção a sua cova quando Sophie apareceu.

–Eu sinto muito Ciel. –Ela estava pálida, tinha algo errado.

–Tudo bem So.

–Sei que é difícil e sei que você é forte, você vai conseguir.

–Obrigado.

Ponto de vista Pedro:

Meu pai me proibiu de descer para o andar de baixo, disse que eram negócios, mas eu sei que é sobre o meu irmão, quero descobrir quem ele é.Fiquei no meu quarto tentando ouvir alguma coisa, pela manhã eu vi que um dos quartos de hospedes estava com malas, ele já esta aqui.

Fui para o colégio e assisti as aulas, vi Sophie, mas não vi o Ciel, talvez tenha desistido de estudar, aquele delinquente não quero ele perto de Sophie, assim que o sinal tocou para o almoço vi Sophie sair correndo do colégio, fui atrás dela, ela andava muito rápido e entrou em um cemitério depois de alguns quarteirões e se aproxima de um enterro que está acontecendo, não consigo identificar quem era o rapaz com quem ela falava, ele era alto, loiro e usava um terno, Sophie ficou alguns minutos falando com ele e depois foi embora, fui para minha casa.

Eu estava sentado no sofá assistindo televisão, quando Ciel entra tropeçando ele estava com um terno todo bagunçado e cheirava a bebida.

–O que você esta fazendo aqui Ciel? –Me levantei e fui em sua direção.

–Droga!! Que inferno mauricinho cala a boca eu moro aqui agora o que você esta fazendo aqui.

–Da onde você tirou essa idéia? Eu moro aqui, eu e o meu pai. –Agora que caiu a ficha eu e Ciel somos irmãos.

–Mais que droga, com tanta gente no mundo eu tenho ser irmão logo desse mauricinho.

–Eu tenho nome e é Pedro seu marginal.

–Olha eu não estou com cabeça para você, tudo que eu quero agora é dormir o resto da minha vida. –Ele sobe as escadas.

E a vida conseguiu de novo, eu não sei como ela pode ser tão complicada, será que é difícil eu ser feliz pelo menos uma vez, eu não estou pedindo muito.Mas talvez ele merece uma chance, perder mãe não é nada fácil, eu sei como ele se sente é a pior dor do mundo, eu não queria viver, mas a gente supera ou pelo menos finge que superou.

Ponto de vista Sophie

Eu não escolhi ser assim, eu apenas nasci, meu pai diz que tenho que aceitar pois a nossa família nasceu para o poder, mas o que eu não entendo é que o meu irmão deveria ser assim e não eu, ele era o único filho homem do meu pai, essa responsabilidade tinha que ser dele, ele era mais forte que eu.Por que eu posso fazer isso?

E o Pedro me acharia uma aberração um monstro, eu não quero ser assim, tudo o que eu quero é ser normal, ter uma vida normal tudo que me resta é aceitar, mas não sei nem o por que disso vir a minha cabeça agora, Ciel parecia estar tão mal no velório queria poder fazer alguma coisa.

Ficar dentro dessa casa esta me enlouquecendo preciso sair um pouco, peguei o meu moletom e sai acho que ninguém percebeu, coloquei o capuz do moletom e caminhei pelas calçadas sem rumo, queria achar um motivo do por que eu ser diferente, mas que droga eu vou para o inferno.

–Sophie?! O que você esta fazendo aqui? –Levantei a cabeça era Key, ele estava diferente sem os óculos, suas roupas eram mais modernas, estava bonito e não parecia nada com o nerd que chegou esses dias.

–Eu só estou dando uma volta e você? Esta diferente. –Ele ri.

–Eu participo de algumas competições de dança e aqui é um lugar muito bom para isso.

–Você dança!?

–Sim. –Ele bagunça os cabelos e sorri envergonhado.–Danço sim, é mais ou menos um pop coreano não tem muito aqui.

–Nossa que legal, me ensina?

–O que!? –Ele se assustou.

–Bom, minha mãe diz que eu preciso fazer alguma coisa alem de ler e se você puder é claro...

–Claro, se você quiser aprender eu te ensino. –Ele esta vermelho.

–Ok, nós marcamos um dia.

–Sophie não acha que esta um pouco tarde? É perigoso ficar andando por ai a essa hora.

–Não sou tão indefesa quanto pareço ser. –Ele ri.

–Tenho certeza que não, mas acho melhor que não arrisque.

–Tudo bem só vou comprar um refrigerante e vou embora. –Eu já estava indo em direção ao bar.

–Espera eu vou com você, pode ser perigoso eu me preocupo com isso e se acontecer algo.

–Eu vou ficar bem.

– Deixe-me ir vai fazer com que eu me sinta melhor.

–Tudo bem.

–Então vamos, vou comprar o seu refrigerante.

Nós fomos comprar o refrigerante e depois ele insistiu para me levar até em casa, fomos conversando o caminho todo, já era bem tarde da noite assim que cheguei em casa o meu pai veio correndo em minha direção.

–Sophie! Por Deus aonde você estava? Quer matar eu e sua mãe do coração?

–Eu só fui dar uma volta pai, não fui muito longe.

–Custava avisar? E quem é esse rapaz? –Ele olha para Key que estava ao meu lado.

–Boa noite senhor, sou Key amigo de escola da Sophie. –Ele estava vermelho.

–A onde estava com minha filha?

–Eu o encontrei por acaso pai, só estava dando uma volta precisava respirar um pouco, encontrei com o Key e ele achou que seria perigoso eu vir sozinha. –Ele respira fundo.

–Bom se for assim, obrigado rapaz.

–Não foi nada senhor, só estava preocupado com Sophie, bom acho melhor eu ir embora, boa noite Sophie e boa noite senhor. –Ele se curva.

–Espera rapaz o meu motorista te leva, está tarde e pode ser perigoso.

–obrigado senhor mas não é preciso não moro muito longe daqui posso ir sozinho.

–João, por favor leve o rapas até a casa dele.

–Sim, senhor,

–Obrigado, boa noite senhor.- Key se curva de novo e sai com o motorista,meu pai me olha.

–Nunca mais faça isso.

–Tudo bem pai eu só queria pensar um pouco.

–Esta tudo bem, agora vai dormir que já esta tarde.

–Boa noite. –Dei um beijo em sua bochecha.

–Boa noite.

Troquei de roupas e fui dormir um pouco, não consegui pegar no sono rápido fiquei rolando de um lado para o outro da cama, algo estava me incomodando.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado e deixe a sua opinião sobre a história.



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