Memórias de um Aprendiz escrita por Dija Darkdija


Capítulo 27
Parte 2, Capítulos 3 e 4


Notas iniciais do capítulo

Oi gentes, mais dois capítulos pra vocês da luta do Raitun (e os outros) contra os dragões. E cada vez fica pior, claro. Boa leitura!



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Capítulo 3 – Duplas problemáticas

– Sir Raitun! Lady Hana! – Mais problemas: Pyth voltou. Dessa vez junto de seu pai, e estão rumando para Midgard. A nossa mestra está segurando os dois com uma barreira e sendo auxiliada pela sacerdotisa Mary Anne. Elas não irão suportar por muito tempo.

– Precisamos ajudar. Algo mais a relatar?

– No momento não, Sir Raitun.

– Por que Yumi não entra em combate? E o que diabos Sigfried faz por perto sem ajudá-la? Indaga o aprendiz após sentir as auras do lugar.

– Querem nos ajudar a ganhar a aposta. Vamos nos apressar, aprendiz estúpido. –Responde Kitsu.

– Ainda não. Indo com corpo e alma avariados não vão poder fazer muita coisa.

– Alexis, a mestra em artes de cura. Sendo você quem diz, devemos realmente esperar. Diz a raposa, enquanto a recém aparecida Alexis começa seu trabalho. Envolvendo os alvos em escudos de mana e luz ela começa a recuperar não apenas as feridas físicas, como as espirituais, além de recuperar o mana dos guerreiros. Isso leva algum tempo, considerando a quantidade de alvos da magia e a quantidade de mana perdida. Após severos minutos gastos com a sessão de cura, o time de quatro pessoas (ou três pessoas e uma raposa, como preferir) se dirige ao campo de batalha. A elfa sacerdotisa retorna para seu templo, e reza por uma vitória sem maiores danos ao reino e seus habitantes. No caminho a raposa volta a se fundir com o aprendiz, e o time agora composto por uma raposa montada por duas mulheres estonteantes se põe novamente a caminho, planejando destruir os ameaçadores dragões.

– É, até que é confortável montar no aprendiz, não acha?

– Dessa vez eu concordo, tem algo de bom nele.

– Será que é confortável montar na forma original dele? – Pergunta Lilith com uma ligeira malícia em seu sorriso

– Não sei... Mas dá vontade de testar.

– Sei como é isso, também tenho.

– Parem de falar essas coisas pervertidas como se estivessem sozinhas! Diz o aprendiz interrompendo as duas.

– Mas estamos sozinhas, e montadas em uma raposa gigante.

– Dessa vez não temos culpa. Você quem foi ver o lado pervertido da situação, seu pervertido.

– Calem-se. – A raposa abaixa as orelhas e ganha velocidade rapidamente, Com o impulso Lilith Se desequilibra e abraça Hana para não cair.

– O que houve? Indaga Hana

– É que eu tive que me segurar para não cair.

– E foi segurar exatamente meus seios?

– Ah, foram as primeiras coisas que encontrei. Perdão.

– Você ainda está apalpando-os.

– São bem volumosos, assim como o aprendiz constatou. E macios. Bem macios.

– Pare com isso! Assim você vai acabar me deixando com vontade de... Pegar nos seus!

– Você quer coisa fofa?

– Posso mesmo? Diz Hana com os olhos cintilando

– Não, não pode! Grita o aprendiz interrompendo as duas – Parem com isso!

– Ora... Ataque de ciúmes. E olhe que nem começamos nada. – diz Lilith, na mais pura intenção de provocar o aprendiz. A raposa dessa vez foi mais esperta, e o foi suficiente para fugir da armadilha.

– Vulpes agilita! – Dizendo as palavras certas, a raposa se move para o destino como um raio de luz.

– “Parabéns... aprendeu a minha técnica. Aliás, fez algo mais: aprendeu o nome da técnica. Saiba que existe um abismo de diferença em saber ou não saber o nome.”

– “Deu para perceber pelas espadas. Elas eram apenas espadas até eu conseguir ouvir seus nomes.”

– Finalmente chegou, diz a voz de Lilith.

– Raposas são tão desligadas a ponto de chegarem atrasadas nas suas missões? –Indaga Hana

– “Não, já os aprendizes pervertidos cujo mestre raposa não tem controle da velocidade...”

– “Dane-se, raposa estúpida.”

– “Olhe para frente e responda, aprendiz idiota.”

– “Perdão pelo atraso”, responde o aprendiz. Só após isso nota que apesar do peso de suas costas se manterem igual, as duas mesmas mulheres sorriam à sua frente.

– Estranho... Algum tipo de ilusão?

– Não, tente novamente. – respondem as quatro juntas.

– Ahn... Aqui a matéria pode ocupar dois lugares simultaneamente?

– Não, aqui nós podemos fazer clones. – Dizem as originais, enquanto os clones se desfazem em fumaça.

– Explique-se.

– Treinamento. Você deveria estar atento, perceber que eram clones e se apressado. Fique sempre alerta Raitun, pessoas podem se transformar em algum aliado seu, mas se você estiver alerta pode detectar que é um impostor. – Explica Hana

– Há quanto tempo... Quem é você mesmo? – diz Lilith

– Esqueceu meu nome agora?

– Mentira! Era brincadeira, coisa fofa. Após uma pausa, ela continua: estive te esperando.

– Como assim?

– Há muito tempo... Estive te esperando.

– Do que você está falando?

– Te esperei muito... Muito, muito... Por muito tempo. – Lilith abraça o aprendiz, o mais forte que pode, mesmo que ele não esteja em forma humanóide. O aprendiz em sua forma de raposa, sendo esquentado pelo calor do corpo da sacerdotisa responde

– Não entendo... Mas sinto que são palavras tristes... Muito... Muito tristes. Farei o que puder para entender... Portanto, tente me ajudar com isso.

– Ajudarei no que for necessário, coisa fofa.

– O casal pode parar com o namoro e se concentrar?

– Não somos namorados! Dizem os dois ao mesmo tempo, em sincronia perfeita

– Ainda não... – Comenta Yumi.

– Abra a barreira, fala a raposa, e a Arquiduquesa atende prontamente o pedido. Assim recomeça o embate das bestas. Pyth contra a raposa, Hanna e Lilith contra Loth. Sem paciência, e talvez para contrariar a última batalha, o primeiro dragão é fácil e rapidamente vencido com uma mordida no pescoço. O grande problema agora era Loth. O pai do dragão morto, que além de poderoso era arrogante, estava “apenas esmagando insetos”.

– As suas flechas são a única das nossas habilidades que causa algum dano nele.

– Mas não são poderosas o suficiente.

– E se elas fossem poderosas o suficiente?

– Como você pretende causar um dano tão maciço e derrubar um dragão com uma flecha?

– Usando meu mana além do seu, diz o garoto voltando à forma original. Vamos unir nossos poderes assim como fiz com a raposa.

– Não nos resta nada a não ser tentar. Kitsu, Hanna, criem uma abertura. Yumi, Mary, fiquem na cobertura, assim não se esforçarão tanto.

– Graciosa até nas mínimas ordens, comenta Raitun.

– Galante como sempre. – Responde a sacerdotisa, e após a situação acena para o aprendiz, este põe sua mão sobre o ombro dela e transfere um pouco do seu poder para ela, que lança os dois poderes no coração do dragão.

– Vocês (se referindo também a Kitsu que havia ajudado no último golpe) não precisavam ter dado tanto poder para minha flecha, o de um só é suficiente. Acho.

– O que importa é que ganhemos nossa aposta, ou talvez um pouco mais.

Capítulo 4 – Algo bom e Nada bom

– Nada bom. Algo mais poderoso está vindo, comenta Yumi com uma expressão preocupada.

– Mais poderoso quanto?

– Mais do que os outros dois juntos. Não entendo, a existência dele havia sido apagada há tanto tempo, não acredito que seja realmente ele.

– Quem é esse “ele”? Pergunta o garoto.

– Ayenth.

– Ayenth?! Indaga um coro incrédulo.

– Quem diabos é Ayenth?

– Temos tempo para isso? Pergunta a grande raposa. Após receber uma resposta positiva retoma as palavras. Preste atenção garoto, pois tenho uma história antiga e dominada por magias para lhe contar. Embebida em coisas épicas, excentricidades e valores. Um breve silêncio tomou conta do local naquele momento.

– Por que a hesitação Kitsu? Pergunta Raitun, afinal em vez de história escutou silêncio após aquelas palavras.

– Tempus levitatus... É o que ela responde.

– O tempo voa, em uma língua morta do seu mundo. Para os personagens de uma história tudo parece ter acontecido ontem, ou estar acontecendo, diz Lilith.

– Voltando os ponteiros, você vai descobrir muitas coisas ocultas. – Talvez a raposa tenha dito isso como forma de traduzir algo que Lilith resmungou de forma não compreensível. A sacerdotisa continua.

– Deixe isso comigo. Não é o momento certo de se ficar contando histórias épicas. Quando for faço bom uso do recurso.

– Concordo. E antes de tudo, é uma sugestão da grande Lilith, comenta Yumi. Hanna acena positivamente, mostrando concordar também.

– Já que todas as meninas concordaram, o seu desejo mútuo será uma ordem. Lembre-se de todos os detalhes se possível.

– Um detalhe muito importante é o local do seu túmulo: aqui.

– E você é...?! Pergunta Lilith, fitando o encapuzado que acabar de proferir a frase e aparecer em meio a eles. Em vez de responder verbalmente, este se transforma em um dragão. Um enorme dragão. Negro, maior que os outros dois e com uma aura terrível, realmente densa e assustadora para o aprendiz.

– Holy Arrow! São as primeiras palavras da batalha proferidas por Lilith, invocando uma flecha de luz sagrada. A flecha causa um dano considerável na asa do dragão, infelizmente ele também tem uma regeneração estupidamente rápida. O aprendiz puxa suas katanas e começa a tentar atacar o dragão. Apesar do empenho e da quantidade de golpes, os ataques físicos do aprendiz são inúteis em relação a regeneração quase instantânea. Os ataques com a música vindos da guitarra de Hanna também não surtem efeito. Canções de ninar não fazem demônios terem pesadelos, a melodia dos trovões não traz nenhum medo aos orgulhosos serem acostumados a rotineiramente aniquilar cavaleiros: Uma flecha sagrada abre mais um furo em sua asa, e é o que o grupo precisava para matar a charada do ponto fraco do inimigo.

– Use novamente seu poder! Grita Raitun. E dessa vez, mantenha o foco no coração!

– A marca inscrita nesse coração orgulhoso é muito grande para este simples inseto que vocês chamam de sacerdotisa arranhá-lo. Nossa escuridão é mais densa que a sua luz, e por isso este lugar seu túmulo.

– Como diria a Louise... No reino de Montris o inseto esmaga VOCÊ! Gritou o aprendiz e continuou a mensagem diretamente dirigida para a mente da sacerdotisa.

– “Por que ainda não atirou?”

– “Por que meu poder não é suficiente. Você viu que não é, que a regeneração dele é muito alta. Se eu quisesse atirar duas flechas no meio tempo ele teria se regenerado.”

– “Eu já sei, e já disse para você usar o meu poder junto do seu se preciso. Confie em mim”

– Vamos?

– Vamos.


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Notas finais do capítulo

E então, gente, o que vocês tão achando desse flerte todo no meio de uma batalha contra um dragão? Eles deviam brincar menos e bater mais? Eles deviam assumirem de uma vez? O que será que vai acontecer? Vocês vão ler em breve. Agradeço por terem lido até aqui, e aguardem os próximos capítulos!



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