Minu tentava ver-lhe o rosto e ao conseguir viu que era nada mais, nada menos que IKKI.

_Ikki! –Acordou ela gritando o nome dele.

_Minu, o que foi? –Perguntou Ikki abrindo a porta ao ouvi-la gritar o seu nome.

Minu estava na cama sentada, chorando e ao vê-lo na porta do quarto, sem camisa, com uma calça de moletom bem baixa, tão sexy, fazendo menção de entrar, simplesmente ela pegou outro objeto no criado mudo e jogou na cabeça dele. Ikki abaixou-se depressa, mas ao levantar bateu com a cabeça no extintor e caiu. Um estrondo de trovão se ouviu e começava a chover.

_Oh, meu Deus! O que foi que eu fiz?

Minu correu até ele abaixou-se e pegou sua cabeça com ambas as mãos.

_Ele está morto e a culpa é minha! – Disse ela chorando

_Me perdoe Ikki, eu não tive a intenção.

Minu chorava ainda mais, debruçada sobre o corpo de Ikki, ela sentiu o abdome dele se contrair, e no claro de um relâmpago ela pode ver que ele estava prendendo uma gargalhada.

_Seu imbecil, seu idiota! Eu aqui aflita e você brincando comigo. – Disse Minu dando socos no tórax de Ikki.

Ikki ainda deitado no chão pegou as mãos dela fazendo-a deitar-se sobre ele.

_Me desculpe, Minu. Eu não resisti! Mas também você gritou o meu nome e quando eu vim ver o que era, sou atacado por um objeto voador. Afinal o que foi que aconteceu?

_Acho que eu devo desculpas também. Eu tive um pesadelo... – Minu se deu conta que tinha sonhado _ Deixa pra lá!

Ikki soltou os braços da garota para segurar os seus cabelos. Foi aproximando delicadamente o rosto dela do seu, até os lábios se encontrarem. O beijo foi ficando cada vez mais profundo, os dois estavam se entregando a uma paixão desenfreada. Em meio a beijos e carícias os dois rolavam pelo carpete do quarto. Minu não raciocinava o que estava para acontecer, era como se estivesse hipnotizada pela paixão, ela apenas se concentrava no corpo, nas mãos e nos beijos de Ikki. Uma das escotilhas estava aberta, a chuva começava a ficar mias forte, pingos de chuva molharam o corpo de Minu, fazendo-a voltar à realidade. Ela lembrou-se do sonho, não podia deixar-se envolver assim. Rapidamente desvencilhou-se dos braços dele e levantou-se cambaleante.

_Eu sinto muito, Ikki. Isso não deveria ter acontecido, se você estiver bem, então boa noite.

_ Tudo bem. Boa noite! -Respondeu Ikki compreendendo a situação. Uma vez que, nem ele mesmo se entregou tão rápido a uma garota, mas a Minu, mexeu com ele desde o primeiro dia em que a viu dormindo naquele mesmo quarto. Ambos demoraram a dormir pensando no que tinha acontecido.

No dia seguinte, Minu abriu lentamente a porta e constatou que Ikki não estava. Ela a fechou a portado quarto e encostou-se nela, ao fazer isso sentiu que algo grudou na sua roupa. Minu teve que tirar a blusa para poder ver o que estava grudado nela.

_Arghhh! Que nojo... Que nojo... Que nojo!

Ikki havia deixado um bilhete para ela e o havia grudado na porta com chiclete mascado.

_Esse Ikki é tão... Tão... Nem sei o que dizer! Vamos ver o que está escrito. –Disse Minu consigo.

“Minha querida companheira de quarto, ontem eu soube que hoje atracaríamos em uma belíssima ilha. Gostaria que você me acompanhasse para um belo e simples passeio amigo. Não aceito não como resposta, pois eu já até loquei o carro. Digo que já loquei porque acordei cedo para isso!

Não vá esquecer o biquíni!”

Ikki

_Mas olha só, que cara mais pretensioso! Bom, acho que vai ser legal, pelo menos ele é um pretensioso bonito, é o filho do chefe e eu o agredi duas vezes fisicamente, mas também ele mereceu.

Minu arrumou-se para um passeio na praia, estava com um biquíni verde-água e por cima uma saída de banho branca. Foi tomar café à beira da piscina do navio onde encontrou Eire.

_Bom dia, Minu!

_Bom dia, Eire.

_Minu, eu gostaria de saber... Se você... O Hyoga...

_Eire, eu vi vocês dois ontem se beijando! –Disse Minu se divertindo com a cara de culpada da amiga.

_Minu... Desculpa... Aconteceu que a gente bebeu...

_Não precisa pedir desculpas, Eire. Tá tudo bem, o Hyoga e eu somos apenas amigos. –Disse Minu rindo.

_Ai, que alívio!

_Por que alívio?

_Porque passamos a noite juntos!

As duas caíram na gargalhada. Minu se despediu de Eire e estava descendo do navio quando encostado em um conversível vermelho, estava Ikki.

_Pensei que não viesse. –Disse Ikki

_Você tinha que deixar um bilhete grudado num chiclete?

_Ué, idéia original, não acha? Eu pensei em colocar debaixo da porta, mas você é tão nariz empinado que não o veria, então pensei em deixá-lo na mesa, mas você sempre toma café no saguão e nem olha para aquela mesa. Só me restou o chiclete!

_Eu não tenho nariz empinado, não!

Os dois riram e seguiram o passeio.