Como amigos normais, estavam todos numa rodinha, conversando... Era uma tarde ensolarada na porta da escola... Como sempre. Aquela barraquinha de doces logo a frente.
Luísa – Ai, to com fome...
Cebola – Po, tem pizza lá em casa. Vamos?
Luísa – Quero não obrigada!
DC – Ela não quer não. Ela tá bem assim.
Qual é o problema dele comigo? Fala sério!
Luca – Nossa, calma DC!
DC – Calma nada, se fosse a Mônica você teria feito a mesma coisa...
Mônica – Bom, eu sei me defender sozinha.
Luísa – Eu também sei, e falei o que achei que deveria, mas o DC é meu namorado e falou o que ele achou que devesse também.
Caramba que raiva!
Cebola – Po, eu falei brincando!
DC – Foi de meu pai e minha mãe brincarem tanto que eu nasci! Fala sério, isso é falta de respeito com a namorada dos outros, e com a sua namorada também!
Magali – DC, ele falou brincando, não precisa levar tão a sério!
DC – Não Magali, eu levo a sério quando eu quiser!
Luca – Mas a Lu já tinha respondido ele.
DC – Foda-se, ela é minha namorada e eu vou responder por ela quando eu bem entender.
Luca – Isso é machismo!
Machismo nada, ele faria a mesma coisa pela Mônica mas fica aí pagando de moralista enquanto nada é com ele.
DC – Machismo é meu ovo esquerdo, ele é ridículo e ponto.
Cebola – Luísa, você se sentiu ofendida com a brincadeira?
Luísa – Bom, não gostei muito não...
Cebola – Então pronto. DC, vai tomar no cu!
Luísa – Olha o respeito com o meu namorado!
Cebola – Respeito? Quem é ele pra falar de respeito?
DC – Quem é você pra falar de respeito né, Cebola? Você fica ai fazendo brincadeiras ridículas com a namorada dos outros, e isso ainda faz você desrespeitar a Irene que é sua namorada!
Sinceramente, ele e todo mundo ali estava me tirando do sério...
Maria Mello – Gente, não precisa esse racaclá todo não.
DC – Não precisa? NÃO PRECISA? Fala sério!
Irene – Gente, o que aconteceu?
DC – Seu namoradinho faltando com respeito a minha namorada e a você também... Chamando ela pra comer pizza na casa dele.
Irene – Nossa...
DC – Nossa o quê?
Cebola – Eu falei brincando, mas o moleque ai não entendeu!
Luísa – NÃO CHAMA ELE DE MOLEQUE!
DC – Moleque é você com suas atitudes ridículas!
Irene – Mas eu também entendi como uma brincadeira DC!
DC – Aaaaahhh claro porque você vai defender ele até a morte, nem que ele passe um pau gozado na sua cara você vai achar ruim.
E não deixa de ser verdade. A Irene defendia ele em tudo.
Cebola – Olha, eu vou indo pra não bater em alguém!
DC – Ui, nossa...
Luca – DC, DC... Não se garante naquilo que não pode...
Mônica – Ah gente, eu achei isso completamente ridículo! O Cebola acha que é machão fazendo esse tipo de brincadeira! Completamente ignorável!
Luca – Concordo!
Novidade... Antes tava achando machismo da minha parte, e agora defende ela.
DC – Pois é, mas era machismo meu defender ela...
Luca – Era, desde o momento em que ela poderia e tinha se defendido sozinha.
DC – MAS EU DEFENDI PORQUE QUIS! QUE SACO!
Magali – Eu vou antes que sobre alguma coisa pra mim nessa história...
DC – Eu vou nessa também!
Já era tarde da noite, e eu lá, indo pra casa. Pensando na merda que o Cebola tinha feito. Que garoto ridículo! A Irene merece muito mais!
Irene – Ei!
DC – Quê!
Eu estava quase entrando em casa, mas parei e fiquei ali na calçada, pra esperar o que ela iria falar...
Irene – Me desculpa? Pelo Cebola... Ele fez besteira sim, mas é o jeito dele. Eu reconheço que você e a Lu não entenderam como bobeira, e não foi machismo da sua parte, porque se fosse eu no lugar dela, eu exigiria que meu namorado fizesse a mesma coisa...
DC – Ainda bem que pelo menos você tem a mente sã e entendeu que eu estava certo.
Irene – Ele só faz merda mesmo!
DC – Nota-se... Olha, agora eu vou embora. Preciso deitar e descansar... Se não se importa, eu preciso ir. Beijo!
Irene – Ok, eu também vou indo. Só vim falar isso mesmo! Tchau...
A Irene é muito ingênua. Ela realmente acredita num lado bom do Cebola... E não adianta falar nada.
– (Irene) Genteee
– (Maria Mello) Fala criatura
– (DC) Que foi?
– (Irene) Meu aniversário tá chegando! Quero fazer festa neon lights, todo mundo vai?
– (Maria Mello) Pretendo ir...
– (Magali) Não vou poder ir...
– (Irene) O que houve Magá?
– (Magali) Estou internada desde ontem. Passei mal de madrugada... Vomitando e com febre.
– (Irene) Vish...
– (Mônica) Eu vou!
– (Luca) Eu também!
– (DC) Cebola vai?
– (Irene) Não ele vai viajar
– (DC) Deus existe.
– (Irene) Para de falar assim, ele é meu namorado.
Parei... Não queria que piorasse pro meu lado. Mas eu estava realmente feliz de saber que ele não iria nessa festa. E que quem ia eram meus amigos, menos a Magá que estava infelizmente internada.
– (Mila) Eu também vou poder ir!
– (Irene) Ok
– (Jeremias) Eu também!
– (Irene) Que bom então que todos vão, gente! Usem roupa branca pra poder refletir na luz negra tá gente?
– (DC) Beleza
Eu ainda pensava no quanto ele tinha sido ridículo, mas realmente depois desse dia eu jamais iria querer contato com ele. Poderia piorar a situação toda. Então, era menos um. Me manterei afastado dele durante um bom tempo e se caso ele vier falar comigo de novo, ótimo. Se não, melhor ainda...