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Capítulo 99
Capítulo 99:


Notas iniciais do capítulo

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— Hum Ben para, eu tenho que ir embora, você  tem… - A gente, meu deus para. – Anita pediu em tom de riso que ele parasse com os beijos ininterruptos.

— Me dá um motivo melhor pra isso. – Ben afirmou entre um sorriso de negação.

— Não, você quer outro arruma tá. – Anita quis ficar séria, mas não conseguiu.

— Eu amo você, você sabe que tudo que eu disse ontem foi sério não é. – o rapaz indagou a olhando fixamente.

— Deixa eu ir embora. – Anita implorou entre um suspiro contrariado pela atitude dele em dobrá-la.

— Não, eu não posso. – Ben reclamou em tom de negação enlaçando uma mão nos cabelos dela e voltando ao beijo.

— Ai cristo onde que se encontra a sanidade quando se percebe que você não tem hein. – Anita riu  alegre do fato, percebendo ele a empurrando no sofá novamente.

— Você não encontra simples. – ele debochou do questionamento da amada.

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— Ai que silêncio. - Anita estranha à falta de movimentação quando sorrateiramente abriu a porta. - Anita, Anita e agora hein, eu não acreditando que você se apaixonou, ou se reapaixonou. - a garota acabava perdida a pensar alto sobre  sua vida e toda sua situação com Ben.  - Você tá doida, ou sempre foi. - cogitou ela dispersa.

— Ih a Meg. - ela sorriu voltando a realidade quando viu o celular em sua mão tocar.

— Oii, tá onde hein. - ela perguntou alegremente para a loira. - Que, Meg não to ouvindo... - Anita tentou argumentar com a amiga. - Minha mãe o que, Meg... - Caiu, ai que ressaca. - ela desisti do telefonema quando nota a chamada cair.

— Anita. – Vera se põe a chamar pela filha com um olhar severo.

— Ai mãe. – Anita vira-se para a mulher em pleno susto quando foi pega de surpresa.

— Onde você estava hein que só chega a está hora. – Vera pergunta sem rodeios.

— Eu, eu,  ué... – Anita encara a mãe sem saber o que dizer apenas se vendo com a voz engasgada.

— Vou perguntar novamente Anita, você o que minha filha... – Vera agiu nervosamente. - Onde você estava posso saber, que nem noticias me deu. – Vera passou a questionar não muito amigável.

— Eu estava, estava... – Anita começou a falar, enquanto suspirava calmamente olhando pela sala ainda tentando achar um lugar para acomodar a bolsa. – Mãe eu, já sou bem grandinha você não acha. – ela não quis explicar e talvez nem tivesse como mesmo.

— Poxa Anita, te pedi tanto pra passar um tempo com tua família, mas você pelo jeito. – disse a mulher com a olhar de decepção.

— Eu estou aqui, não estou. – Anita respondeu parecendo não muito impactada, ainda segurando os sapatos.

— Esta, será que esta mesmo, ou simplesmente se prende a uma má vontade. – Vera afirmou taxativa.

— Má vontade. – Anita repetiu maneando a cabeça negativamente não contendo a expressão irônica que foi se formando em seu rosto. – Não costumo guiar as minhas atitudes baseada nisso, ou talvez como você insinuou, sou independente demais pra isso. – ela não conseguiu crer na alegação da mãe e respondeu de maneira atravessada.

— O que houve ontem, que compromisso tão urgente era este de ontem, teu namorado estava por aqui foi isso, e se foi qual o problema de nós conhecermos o rapaz. – Vera quis entender não conseguindo deixar o assunto passar em branco.

— Não, não tem absolutamente nada a ver isso tá bom, eu fui dar uma volta, respirar, sei lá, qual o problema, se é explicação que você quer, olha me desculpa, não é argumento pra ofender ninguém, ainda mais você...  – ela justificou em tom de protesto, mas quis agir com calma. – Mais eu não quero, e eu não vou ficar dando explicação, desculpa tá mais eu não acho que tenha necessidade. – Anita disse gesticulando afoita.

— Claro, e tudo isso porque tua família simplesmente não pode fazer parte da tua vida, das tuas escolhas, às vezes eu não te reconheço Anita, você parece em determinadas circunstâncias que nunca foi minha filha, aquele Anita que... – Vera já tentava sem sucesso entender a  Anita que pouco convivia consigo nos últimos anos.  – Você parece ter se esquecido de quem é minha filha, das pessoas que deixou aqui, eu te vejo agindo muitas vezes com uma indiferença, egoísmo, que eu desconheço...

— Qual, a ingênua otária, que mudava os planos dela pelos outros, a que vivia em função da felicidade alheia, mesmo que os outros em questão. – Anita manifestou em tom de ironia, brincando sorridente em fazer aspas com as pontas dos dedos enquanto falava. – Não ligassem pra ela,  não tivessem o mínimo  receio de pisar em cima dela, se isso realmente significasse outros objetos pra si conquistados. – a garota acabou continuando ansiosa, mal notando com que tom dirigia- se a mãe.  – Realmente estou bem longe de ser aquela garotinha boba, mãe eu, eu cresci, e eu nem estou falando de tamanho, to falando de coisas, de circunstâncias que não se apagam porque você quer, eu não posso renegar minha história, o que você quer  é uma marionete, alguém que desconheça a verdadeira realidade das coisas, realidade essa que você quer sempre tapear dona Vera, pra mim não dá, não dá... – Anita caminhou pela sala atordoada, enquanto procurava uma forma de não falar algo que chateasse a mãe profundamente, por mais que não conseguisse se conter muito.

— Pois pra mim isso não justifica, você parece se defender da tua própria família Anita, como se nós fossemos os teus inimigos, você se nega a estar com nós, a depender de nós. – Vera ruborizou não muito convencida.

— Tá bom mãe o que você espera que eu diga, que trabalhar, me sustentar, não te pedir  dinheiro, morar longe, estudar num lugar que você não sonhou pra mim, não vir aqui chorando por abrigo, quando necessariamente eu preciso, fazer uma tatuagem, ser livre pra correr atrás dos meus sonhos, meus objetivos, e não abrir mão deles talvez por vocês como você espera pra poder estar aqui disponível como você quer, se isso faz de mim uma pessoa egoísta, por não abrir mão da minhas escolhas, da minha liberdade talvez eu seja, e você tá certa eu me rebelei, e não foi agora não, e se você não percebeu isso antes, foi porque você não quis mãe, ou não pode porque tava preocupada demais com a tua vida, então sei lá pinta a casa de rosa choque, porque abrir da minha liberdade, eu não vou fazer, não vou viver em função de aparecias como você acabou de insinuar insinua. – Anita despejou sobre Vera o que via a mãe se perguntando em parte sem perceber sua atitude.

— Essa é a família que você esquece Anita, toda vez que eu percebo o quanto em muitos momentos eu te desconheço. – Vera ficou a vislumbrar a primogênita com olhar de decepção lhe entregando um porta retrato que estava sob a mesa de centro na sala nas mãos de Anita.

— Ok mãe, eu não esperava ouvir outra coisa, talvez por isso as minha atitudes soem pra você como  de alguém indiferente, eu não crio ilusões, ao contrário eu estou com meus pés bem fincados ao chão.  – mesmo fazendo força para evitar Anita acabou guiada por emoção ao encarar o retrato de toda família reunida na foto, incluindo Fulano, talvez ela jamais confessasse, mas também sentia muita falta de todos, mais até do que ela deveria, sentia falta da esperança, da alegria, em que sentia por ser sempre a que  procurava unir todos ao redor de Vera e Ronaldo, sentia falta daquele amor em família, de ser lembrada por eles, de não ser esquecida em muitos momentos, Vera não cogitava mas eles também não fizeram questão de a ter por perto, de a entender, de perguntar se havia tristeza na sua decisão de ir embora, se ela estava bem, ou mesmo se um pedido de desculpas, ou sinto muito a faria melhor, e a escolha por ser forte e inabalável   feita por Anita também não havia ajudado sua família a perceber, que ninguém mais do que ela sentia muito por tudo. A mente da garota parecia percorrer um passado não muito distante. 

 – Mais eu te amo, nada pra mim além da tua felicidade me importa,  eu não te desejo insucessos pra mim vir aqui dizer o quanto você estava errada, nunca. – Anita garantiu em tom engasgado deixando de encarar o objeto em sua mão. -   Então por mim, não se preocupa tanto, não precisa, eu sei me cuidar, e como qualquer ser humano eu sofro e sinto, acho que as vezes nada tem solução, eu choro sem motivo, ou as vezes  com motivos coerentes pra isso, mais eu sou plenamente feliz, quanto a isso você pode ficar tranquila porque nem só de rancor e recalque eu sou feita, eu não tenho porque me sentir tão arrependida de tudo que eu fiz até aqui, então me escuta para de se remoer, por mim, por isso não vale a pena, porque eu vou continuar sendo a mesma Anita, é só você parar de achar que em algum momento da minha vida eu deixei de ser o que eu sou. – Anita suplicou que a mãe abrandasse seu coração. – Eu  só passei a lutar por mim, a querer realizar minha escolhas com toda vontade desse mundo... – Então para com isso, eu não quero brigar com ninguém, mais agir com cinismo eu não vou, e eu vou passar a tarde com vocês tá, vou só subir pra me trocar. – ela argumentou diante da mulher em silêncio, pegando sua bolsa e mal entendendo porque levando o porta retrato consigo.

— Anita. – Meg ergue o rosto tensa quando vê alguém escancarar a porta do quarto.

— Já sei o que você ia me dizer, minha mãe tá com a macaca. – Anita disse não escondendo seu jeito estressado, soltando suas coisas sob a cama que ocupava.

— Também né, você demorou. – Meg tenta alegou, percebendo que Anita não estava disposta a aceitar justificativas.

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— Então é isso, ela continua interessada nele, e você aí bancando a blasé. – Meg parecia indignada com toda calma de Anita em lhe contar o ocorrido.

— Meg, não sei. – Anita o olhar do espelho para respondê-la até nem sabendo mesmo o que pensar.

— Como Anita. – Meg sentou se ajeitando na cama totalmente nervosa.

— Meg no caso, a intrometida não sou eu. – ela cogita. – Ela gosta dele Meg, o fato da garota ter posto um ponto na relação deles, não quer dizer nada, talvez ela pensou que assim ele iria sentir falta, e ia mudar de comportamento, sei lá também... -  Anita percebeu que não haverá como ela fazer precisões maiores. – Só que eu não sei por que, mais só pelo tom de voz dessa garota, eu não fui com a cara dela... – Anita confessou meio abalada, por o que sentiu com a ligação da outra garota.

— Claro né Anita, que pessoa no mundo teria outra reação. – a loira a entende perfeitamente. – Também foi um pouco de ciúmes né, Anita a garota tá querendo o Ben, e você pode negar mais gosta muito dele. – afirma Meg, fazendo Anita lhe olhar meio reprovativa.

— Não Meg, tá ok... – Anita não soube muito como explicar a sensação que teve com a atitude da garota. – E se alguma coisa me avisasse que eu estava um pouco a perigo, deu receio né Meg, a verdade é que eu não faço mesmo parte da vida do Ben, do convívio dele, a gente passou muito tempo longe um do outro. – admitiu ela receosa.

— Já a Alice. – Meg completou. – Eu conheci ela, e vou te falar  ela é perfeitamente o que você está desconfiando. – a loira soltou apreensiva.

— Claro que não né, ela não ia amar a ex- namorada do namorado dela. – Anita acabou foi achando graça.

— Afff Anita. – Meg agiu contrariada jogando a almofada contra Anita que não se abalou. – Mesmo com isso tudo você sabe que a gente sempre foi muito amigo, eu gosto muito do Ben sim tá, e nunca escondei isso de ninguém, nem de você. – a estrangeira justificou.

— Sabe que... – Anita levantou ligeiramente indo até o guarda roupas. – Eu sempre achei que vocês ainda voltariam a namorar. – ela confidencia, remexendo dentro do armário a procurar um casaco para vestir.  – Ainda mais depois da noite de recordação, lá em Miami naquele aniversario de um amigo de escola de vocês.  – Anita dava risada do fato, escolhendo dentre seus casacos uma jaquetinha jeans para vestir. – O gato comeu tua língua foi é... – Anita riu maliciosa quando virou para a americana e notou sua cara perplexa a encarando.

 - Anita foi só uns beijos tá,  e no instante seguinte eu saquei na hora que hora roubada, que não tinha nada a ver, ou melhor nós dois. – a loira falou sisuda. - Porque eu te contei isso mesmo hein, aff que droga Anita.  – a loirinha chateou-se enrolando os cabelos.

— Porque que você ficou culpadinha na época. – Anita correu até a  cama sentando perto da garota.

— É fiquei um pouco, sabe por que, porque no fundo, mais fundinho, eu sempre soube que você ainda era afim dele. – a loira respondeu também provocando com um semblante de drama.

— Só você sabia, nem eu sabia,  e sabe que eu não menti nem um pouco, na época eu não fiquei chateada com você, acho que...  – Porque eu tinha certeza mesmo que eu e o Ben era inviável, já hoje estou aqui. – Anita com um sorriso.

— Ahan. – Meg rolou o olhar descrente.

— Mais sabe, o bom é que a gente teve certeza né, que apesar de tudo, a gente era amiga de verdade, eu gosto de você, você virou a irmã da minha idade que eu nunca tive, a cumplice, a confidente, não é segredo pra você que eu nunca me dei muito com a Sofia, a gente nunca se entendeu...  Eu lamento lógico, mais é isso. – Anita  disse procurando conter o tom de melancolia.

— Bom e eu também nunca tive uma irmã, tem meu irmão né, mais eu nunca tive uma irmã. – a loira acabou emotiva.

— E quer saber, hoje talvez eu... – Anita hesitou em o que estava prestes a confessar. – Eu iria ficar feliz pelos dois, claro que ia ser meio incomodo pra mim, e você já desconfia porque, como você mesma disse, eu gosto, eu gosto do Ben, mais eu não ia te odiar por isso não. – afirma ela em um tom sincero.

— Ai Anita, sua chata, que eu não sei viver sem. – Meg sorriu animada a abraçando contente.

****************

— Gente ninguém vai por o café não. - Giovana disse calando por segundos o burburinho da família toda junta.

— Pois começa ajudando super estrela. - Vitor fez piada com as alegações da ruivinha.

— Aii chatos. - Gio reclamou indo apoiar- se em Ben.

— Acho melhor você começar a se virar então baixinha. - Ben fez graça com a irmã.

— Gente e a Anita, cadê essa menina. - Vera indagou receosa.

— Tá se arrumando Verinha, quando eu saí do quarto ela garantiu que já vinha, só  iria terminar de secar o cabelo. - Meg quis defender a amiga.

— Assim espero. - Vera respondeu ainda arisca com as atitudes da filha.

— É pela cara da Vera, a Anita amanheceu tomando bronca, e pra variar essa bagunça toda na vida dela, tem você no meio, tá talvez... - Vocês estão até acostumados. - a americana se aproximou do rapaz falando brincalhona.

— Tá e eu deveria dizer o que, em minha defesa. - disse Ben sorridente olhando em volta a movimentação da família.

— Você não sei. - Meg riu travessamente. - Mais eu realmente espero que dessa vez, o senhor não dê mais nenhum motivo pra Anita pular fora desse namoro. - a loira disse sorrindo. - E aliás,  se você magoar ela, não falo mais com você, ouviu. - ameaçou ela entre uma leve risada.

— Depois disso, o que eu digo, sim eu entendi. - ele ri da quase bronca.

— Eu torço de verdade pra vocês serem felizes viu. - Meg desejou juntamente com um abraço no ex- namorado.

— Eu vou começar a por a mesa. – Vera sugeriu empolgada.

Minutos depois...

— Ali a sumida. - Giovana interrompeu Vera que pedia explicações impaciente.

— Eu posso saber por que eu estou sumida. - Anita respondeu já no pé da escada com bom humor. - Bom dia... – Anita desejou junto a um sorriso discreto quando chegou na sala vendo alguns da família presentes.

— Vera né, você conhece melhor do que ninguém. - Giovana deixou claro que não tinha muito a ver com o fato.

— Oh se conheço. - ela respondeu rindo.

— Aí Silvia! – Apareceu a margarida.  – Vera foi meio irônica com a demora de Anita.

 - Mãe, não né, eu só troquei de roupa, e conversei um pouco com a Meg. – Anita preferiu rir do jeito da mulher do que a levar a sério.

— Claro não é Anita, dormir não amanhecer, você entende. – Vera a fitou severa ,por seu jeito despreocupado.

— Bom nesse caso, eu saí antes do dormir mesmo. – ela acabou respondendo com ironia.

— Anita. – a outra mulher acabou vindo lhe dar abraço.

— Silvia tudo bem, como vai. – Anita tentou esquecer do resto a respondendo sorridente. - E acabou que eu saí ontem e nós nem nos falamos. - Anita quis ser simpática, até mesmo para que Vera arrumasse mais um outro motivo para uma briga.

— Tudo sim Anita. - a mulher lhe abordou sorridente. - Vejo que você não mudou nada, tá magrinha só. - ela disse alegremente lhe cumprimentando. - Você tá linda, aliás continua linda. – a mulher respondeu com a mesma simpatia com que foi abordada.

— Mais magra, toda vez que eu vejo ela sempre tenho a sensação de que está com alguns quilos a menos. - Vera aproveita para reclamar com Anita. - Justificável não é Silvia, essa aí pelo que eu estou vendo se esquece que tem que comer , que se alimentar quase sempre é fundamental. – Vera repreende mais um dos desvios que via a filha cometendo com frequência.

— Você também está linda como sempre. - Anita elogiou a mulher. - Mais quanto ao resto, mãe se isso aí fosse verdade, eu já teria sumido, então para dona Vera. - Anita acabou rindo da mãe.  - Mãe, menos né. – Anita acabou rindo.  – Eu nunca fui à filha magra, você está me confundindo com tua caçula. – ela argumentou com um discreto olhar a Sofia. – E depois vamos combinar que você deve estar me confundindo com Vitor, Giovana, Pedro, esses sim que você vive pegando no pé, mimando muito como você sempre adora fazer com todo mundo...  – enumerou Anita  sorrindo. – Eu já estou bem grandinha pra cuidar da minha alimentação sozinha, ok, já passeio dos dezoito há um bom tempo se a senhora não se lembra. – justificou ela.

— Pode até ser minha filha, mais aquele ditado é real, filho criado, trabalho dobrado. -  a mulher afirmou rindo.

— E aí prima. - uma moça não muito alta, veio cumprimenta-la.

— Larisse, como você tá, e o Mauricio. - Anita perguntou feliz por reencontrar a garota.

— Ah me largo aqui agora a pouco e encontrou o Martin aí na frente, enfim deve ter feito caminho do restaurante a essa altura. - ela respondeu as risadas.

— Praticamente perdeu o marido. - brinca Anita.

— Oh mãe. – Sofia se aproximou cutucando Vera.

— Oi Sofia, tudo bem. - Anita parou para falar com a irmã, não deixando despercebido o desconforto entre ela e a mais nova.

— Oi, tudo sim. - Sofia respondeu em tom ameno puxando a atenção da mãe para si.

— Bom vocês me dão licença um segundo. – Anita pediu, e apenas entendeu a irmã lhe evitando.

— Tem põe, suco, tudo aqui Anita... – Vera insistiu que ela se sentasse a mesa com Pedro e Ronaldo, ao pensar que fosse só mais uma fuga da primogênita.

— Eu sei, mais eu só quero um café mesmo, obrigada por mais essa preocupação. – respondeu Anita de volta. – Bom dia. – ela afirmou com um largo sorriso a Ben que observava a movimentação na sala escorado a pia.

— Bom dia,  de novo... – o rapaz murmurou discreto em meio a um sorriso brincalhão.

— Bom pelo visto tua bronca foi mais suave do que a minha. – Anita provocou de costas para a pia apanhando uma xicara, em meio aos outros objetos agrupados no secador de louças da mãe.

— Não tinha ninguém aqui em baixo quando eu entrei. – Ben explicou  não podendo deixar de achar engraçado a feição desapontada com que ela lhe olhou de volta.

— Já eu, tinha me esquecido como dar qualquer explicação pra minha mãe é árduo, e complexo. – Anita cochichou de volta.

— Não vou conseguir te desmentir.  – Ben respondeu de volta, Anita ficou calada em uma expressão amena,  deixando o local com a xicara de café em mãos em seguida.

— Bom dia  novamente e oficialmente para os sumidos. – Giovana chegou sorrindo eufórica e ocupando o lugar ao lado de Anita na mesa do café.

— Sumidos, essa é boa, que isso hein. – Anita cutucou Giovana ao sei lado com ar de riso.

— Ué, só repeti o que eu ouvi da minha amada madrasta Anita, ela disse que você tinha sumido. – Gio implicou bem humorada.

— Ah sim, obrigada por se preocupar. – Anita rebate, olhando para a mãe que fazia companhia no sofá a Silvia e Sofia.

— Ahan sei Anita.   – a ruivinha caçou da irmã postiça.

— Oi gente. – Ben sentou na cadeira ao lado do irmão caçula, fitando Giovana a sua frente.

— Alias outro que some aí. – a garota disparou.

— Eu Gio, apenas impressão tua. – Ben sorriu a respondendo sereno.

— Ah e dizer onde estava pode. – Giovana confrontou o encarando curiosa.

— Depende, você não acha que eu estou velho demais pra ter que te dar satisfações. – Ben alegou pacientemente.

— Não, minha curiosidade ainda é a mesma. – Giovana respondeu prontamente.

— Café. – Anita quis conte-la risonha.

 – Mas pelo jeito  perguntar pra você Anita também é em vão. – Giovana a olhou séria.

— Hum, e porque mesmo eu preciso informar qualquer coisa que seja a vocês. – Anita riu debochada.

— Porque você é a irmã mais centrada de nós todos. – Giovana  zoou a fitando ao seu lado.

— Pode até ser, por mais que a duvide disso, mais você também esqueceu que eu sou aquela que também detesta falar o que eu não quero, ainda mais sobre minha vida, minha e não de vocês, amores. – Anita disse  fitando de leve Vitor que parecia desgostar.

— Meu pai e a Vera que se virem com essa, só quero ver. – Giovana afirmou, olhando para o pai ainda em seu lugar parecendo não querer tomar partido algum no que os filhos falavam.

— Vai ver nada Gio, até porque faz muito tempo que eu pago minhas contas, portanto... – Anita agiu insistentemente sem ligar para retaliações.

— Filhos moderninhos ,é com eles por acaso. – Giovana meio que debochou da certeza de Anita.

— Olha Gio, eu duvidaria dessa tua teoria, até porque Vitor e Clara aqui em casa,  dorme juntos, acordam juntos, eles não reclamam, muito ao contrário, mudança radical, porque que eu me lembre no meu tempo, não podia nem encostar, conversar sozinhos no quarto já era motivo de sermão então, os tempos mudam não é.  – Anita não segurou as próprias palavras e foi dizendo irônica enquanto segurava sua xicara com um pouco de café em mãos.

— Anita que conversa  filha. – Vera ouviu em parte de onde estava e pareceu incomodada.

— Nenhuma mãe, não é sermão não, é realidade. – Anita preferiu contornar um pouco e acabou rindo, do próprio veneno que havia semeado mesmo agindo despretensiosa. – Só estou tentando explicar pra Giovana que não tem porque, eu responder qualquer interrogatório de vocês. – afirmou tranquilamente ela.

— Ah então agora é Anita a mentirosa. – Giovana  ficou a rir.

— Não, até porque você me criticar seria péssimo, vai confessa quantas mentiras você contou pra eles pra poder namorar em paz, eu diria que umas cinco no mínimo.  – Anita implicou com a ruivinha.

— Ah Anita por favor. – Vitor se manifestou parecendo cortar a irmã com certo incomodo.

 - Por favor, o que Vitor, a irmã caçula cresceu, se ela ainda não mentiu pra poder ficar a sós com o Júnior  ainda, uma hora isso vai acontecer, ciúme não vai resolver o problema de ninguém. – Anita não se rendeu ao garoto.  – Mais o que eu acho tremendamente detestável, não é a atitude da Gio não, mas sim a tua de achar que pode falar alguma coisa, quem tem telhado de vidro não atira pedra no alheio não. – avisou ela com total intenção de provoca-lo pela conversa passada que ambos tiveram.

 - Você gosta de alfinetar Anita, impressionante. – Vitor disse preferindo voltar a tomar seu café a ignorando, já sua cara insatisfeita dizia tudo.

— Não, vocês e que preferem uma mentira bem contada só isso.  – a menina garantiu cheia da situação. – Bom eu volto pro almoço mãe, como eu prometi, vou dar uma volta, passar no caixa eletrônico também pra pegar um dinheiro porque eu estou a nenhum, beijos a todos. – Anita preferiu sair da mesa antes de dizer algo ao irmão que realmente saísse de se controle, e apenas subiu as escadas apressadamente na intenção de apanhar sua bolsa no quarto.

continua...


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Notas finais do capítulo

Personagens adicionais:

Silvia irmã de Ronaldo representada por (Christiane Torloni)
Larisse sua filha representada por (Bruna Marquezine)
Mauricio marido de Larisse representado por ( Maurício Destri)

Muito obrigada a todos por acompanharem!!!!!!!!!



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