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Capítulo 95
Capítulo 95




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– Parabéns minha linda arrasou. - Meg felicitou a amiga.

– Obrigada, mais eu sei que sou sucesso. - Giovana brincou feliz.

– Tá super diva. - a loira riu.

– E aí, tudo bem. - Julia chegou com Frédéric até o balcão.

– Oi gente sentem. - Meg os convidou.

– Bom vocês me dão licença, mais é que o show não pode parar. - Giovana respondeu entre sorrisos simpáticos se despedindo.

– Vai por mim garota nenhuma consegue ficar imune a um buquê de flores. - Martin conversava com Marcelo em uma mesa ao lado de fora do restaurante.

– É mais sei lá a Meg não é muito aquela garota que soa no óbvio, e se ao contrário. - rebatia Marcelo bastante ansioso.

– Cara você só vai saber se arriscar. - Martin achou graça do rapaz.

– Ah obrigado, agora estou tranquilo, com certeza. - Marcelo suspirou sem saber como agiria.

– Você só vai saber se tentar afinal. - aconselhou ele.

– É pois é. - Marcelo se vê concordando. - E o Ben nem pra atender esse celular. - Marcelo continuava a ligar para o amigo. - Vive praticamente grudado naquele celular mais quando a gente precisa...

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– Sofia na praça. - Sidney se surpreendeu ao encontrar a loira sentada em um banco.

– Pelo visto nós só nos encontramos assim agora. - a loira sorri de leve ainda um pouco distraída.

– É, mas eu prefiro achar que é destino mesmo. - o rapaz afirma sentando ao lado dela, com um enorme sorriso no rosto.

– E eu nunca acreditei nisso, até porque o que não falta no meu currículo são rasteiras, provocadas por esse tal destino. - diz ela com descrença do fato.

– Você tá legal. - Sidney logo questionou tocando de leve a mão dela, que o olhou impactada.

– To sim, só um pouco preocupada com umas provas amanhã. - ela conta, dando um sorriso, e contendo a alegria por vê-lo se preocupar com ela.

– Noite está linda, saudades das noites de festa no Grajaú. - ele comenta sentindo falta daquele clima de descontração e farra com os amigos, como era nos tempos de colégio antes de irem cada um para um lugar.

– É você era sempre o mentor das confusões, ou você acha que eu não lembro. - a garota implica ao recordar algum episódio.

– É. - ele ri a dando razão. - E você quase sempre era o meu maior alvo de implicância e também de onde mais vinham as retaliações. - afirma Sidney as gargalhadas.

– Hum talvez. - a loira mexe os ombros indiferente mais não o desmenti.

– Eu lembro de muitas coisas daquela época Sofia, e você está quase sempre nas minhas lembranças. - o rapaz confessa a deixando sem reação. - E eu sei também que uma coisa ainda vive, não é passado apenas, eu ainda te amo... - admitiu ele, fazendo Sofia apenas calar-se.

– Sidney eu... - Sofia murmurou quase sem fala ainda procurando as palavras, mais foi impedida por ele que a encarava fixamente, observando- a minunciosamente.

– Te amo Sofia... - o rapaz repetiu sem pensar no resto, apenas conduzindo seu rosto até o dela ainda paralisado e a beijando com ternura.

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– Hum a gente deveria ter ido pro show com eles. – balbuciou Anita suspirando impaciente, com sua cabeça lhe avisando que não foi uma ideia muito acertada ter ficado em casa sozinha, ou pra ser mais exata sozinha e acompanhada de Ben. O silêncio do casarão parecia ser um convite tão perigoso quanto à proximidade excessiva dos dois, jogados ao sofá da sala da casa dos pais. Algo que não era facilmente controlando, avisava a mente da jovem arquiteta, que perder o controle da situação por completo seria apenas uma questão de tempo, principalmente se continuasse se deixando envolver pelos beijos carinhosos e na mesma medida empolgados que recebia de Ben, que parecia mais atraído aos dois do que a qualquer tipo de racionalidade.

– É talvez. – Ben afastou o rosto do dela sem esconder o sorriso que estava por traz da intenção de provocá-la. – Mais eu não posso negar que estar aqui com você não é nenhum sacrifício. – ele ri, enlaçando uma mão no cabelo dela e a envolvendo em um beijo, sem cogitar em mais nada, Ben desejava mesmo que o mundo parasse, que pudesse ter a vida toda Anita ali, a centímetros de seu corpo, que nunca mais sentisse a dor de uma saudade da garota, que em muitos momentos a atormentou durante diversos momentos.

– Sacrifício, o dia que eu precisar do sacrifício de alguém, principalmente de você, prefiro morrer tá bom. – ela recua não gostando da colocação torta dele, tirando a mão de seu ombro o fitando ofegante. Com olhar e sorriso de deboche Ben a ignora, voltando a unir sua boca a dela.

– Giovana insistiu tanto com você não... – argumenta Anita se afastando por um segundo com a respiração curta, por um segundo evitou olhar para ele só pra não perder o controle por completo.

– Outro dia eu canto com ela, talvez também nem falta oportunidade. – o rapaz rebate não muito preocupado em não ter atendido o pedido da irmã. Ou talvez nem conseguisse já que seus sentidos e atenções só tinham um nome naquele momento, Anita... Nem poderia pensar em mais nada, estava ali, a centímetros de distância de alguém que nunca mais achou que teria um dia em sua vida, tudo era incerto, desde que se viu parado naquele bairro, onde tantas emoções foram vividas em um passado que não era tão distante assim, ainda estava ali intacto em suas lembranças, e talvez nem como no passado, mas como nunca, Ben sabia que queria Anita em sua vida, e o preço que isso poderia lhe custar jamais importava.

– Só que você conhece a Giovana né. – Anita teima, segurando o rosto dele por um momento. Era mais que difícil, era impossível conseguir acatar a ordem de se afastar que sua cabeça lhe dava a cada segundo, a cada beijo, a cada instante que passava e o envolvimento dos se intensificava, assim como a distância de seus corpos que diminuía.

– Aham. – ele responde sincero se ajeitando no sofá. – E to começando a conhecer você. – alfineta Ben, percebendo a indireta, e as desculpas de fuga que ela dava a cada frase proferida.

– Como? - ela perguntou com a voz engasgada, mas se arrependeu devido ao sorriso travesso que viu na face dele. - Não brinca Ben. – Anita se irritou olhando para o lado e juntando a almofada do chão, com o propósito de não encara-lo. Porque ele sempre tinha que fazer piada nas horas mais impróprias, voltou a fita-lo séria, sorrindo Ben ficou sem responder.

– Tá bom, então eu não disse nada. – ele não insisti em se explicar, mas não podia negar que o sorriso sem graça que se formou nos lábios de Anita nos segundos que se passaram era encantador.

– Claro que não. – concorda Anita, vindo para perto dele novamente. – Até porque se você me conhecesse não estaria aqui, a família vai te odiar Benjamim. – Anita estava debochando, a julgar pelo tom que falou tal fato, mas sabia, no fundo tinha certeza que era real, seria mais fácil pra todos ficarem com raiva, de Ben e até dela, mas talvez com Ben fosse pior, ele não era a irresponsável que um dia ficou noiva de um maluco que quase a matou depois, ela estava ali olhando para o garoto, se perdendo nos sentimentos que ele lhe trazia, porque estava sendo mais uma vez leviana e inconsequente, como um dia foi, a menina certinha que nunca curtiu a vida e que resolveu pirar de uma vez só, era só isso que ela era. Era melhor pensar o pior, se preparar psicologicamente pra o lado ruim e amargo daquilo tudo, do que ficar esperando uma frase do tipo “seja feliz”, Anita tinha certeza de que não ouviria isso de ninguém da família. Já Ben não, ele poderia estar errando só porque havia se iludido novamente com o sonho da namorada perfeita, que ela nem era mais.

– Olha destrambelhada você sempre foi, pra falar a verdade não dá mesmo pra pensar outra coisa, de alguém que quebra alguma coisa em uma loja em outro país, e depois foge com alguém que nem o nome sabia. – Ben desconversando riu debochando da forma como os dois se conheceram.

– Ah claro você o salvador da pátria e depois muda de ideia, e eu que tenho culpa. – Anita acha graça, não era de hoje mesmo que o destino brincava com os dois.

– Você ainda não entendeu que eu não devo satisfações da minha vida pra ninguém. – sorri ele, segurando a mão dela sob a sua. – Quando eu cheguei aqui, talvez fosse uma tentativa de perseguir um objetivo, um sonho, muita coisa de errado não dá pra negar, seria estúpido negar... pronunciou-se ele, e por um momento ela esqueceu do resto, perdeu a pose na mesma intensidade que se perdeu em encará-lo o ouvindo atentamente. – Mais eu não voltei pros Estados Unidos com a minha mãe porque me acovardei, e revolvi novamente me enfiar debaixo das saias da dona Cícera, mas sim porque aqui não ia dar pra ficar, ia ter sempre alguém lembrando do que aconteceu, e pior que isso era as lembranças que tavam na minha cabeça. – ele disse, ajeitando uma mecha bagunçada do cabelo dela. Não entendia jamais porque ainda estava tão ligado a ela, ou porque queria a proteger de tudo, apenas sentia... E poderia passar horas só se perdendo em mergulhar naqueles olhos, naquele sorriso leve e iluminado, que sempre via com Anita.

– Eu não falei nada em relação a isso ok. – Anita fala sincera, e se desarmando por um momento. – To meio confusa, com tudo a minha volta, ai sei lá. – ela suspira um tanto medrosa, talvez temesse o que suas ações ali lhe levaria, como ela olharia para aquilo tudo daqui algum tempo, a muito tempo a garota perdeu a capacidade de não se planejar, talvez saber com exatidão onde estava indo e pisando era uma forma estranha de evitar mais um sofrimento que doeria e até poderia ser irreversível.

– Então esquece, esquece, para de achar que as pessoas não te merecem, que você não merece. – ele argumenta recebendo apenas um sorriso como resposta. – Hein por favor. – Ben pediu junto a um beijo carinhoso.

Porque não ficar ali, porque não viver aquelas sensações até o fim, como uma tempestade que depois de formada ao céu, precisar se esgotar para cessar, porque não admitir que não queria fugir... Talvez ainda houvesse medo, medo de dar errado, de ser a pior loucura que estava cometendo depois de muito tempo, de perdê-lo novamente, ou simplesmente deixar Ben sair de sua vida sem uma explicação que fosse forte e convincente o suficiente para sua mente e coração. Anita até podia não ter respostas para todos os questionamentos que rondavam seus pensamentos, misturados com a falta de forças, forças que fossem suficientes o bastante para se afastar, a proximidade e os beijos carinhosos e ao mesmo tempo furtivos dos dois, não a ajudavam querer recuar, assim como a razão de Ben estava a quilômetros dali, sendo plenamente esquecida por completo, e sendo inebriada pelo perfume suave e ao mesmo tempo intenso que podia ser facilmente sentido e que emanava através da pele da garota, fazendo com que Ben esquecesse do resto, enquanto beijava o pescoço dela, ele já não conseguia focar em mais nada.

– Ben é sério sabia, a gente ainda está no casarão, esqueceu. – Anita exclamou diante da negligencia dele em soltá-la. – Porque acho que nem dá, não é, já pensou se... – ela tentou especular, mas não foi o suficiente para não embarcar em um novo beijo.

– Quem disse que eu consigo pensar em qualquer coisa com você assim do meu lado. – afirmou Ben interrompendo o beijo por um instante e a olhando com um sorriso leve.

– Você não tá me ajudando assim sabia, me oferecendo tua boca desse jeito. – ela sussurrou quase sem voz, Ben se negou a responder, apenas dando uma risada abafada devidos ao beijo que deixava no ombro dela. Anita riu da situação se jogando para trás no sofá, e trazendo Ben consigo.

– Eu já disse que você me deixa louco. - ele proferiu completamente envolvido pelo que os dois viviam ali. - Do teu lado, eu não sei o que é razão... - ele admitiu que perto dela tudo mudava, só importaria a felicidade que sentia.

– Você sempre foi meio louco. – Anita deu um sorriso travesso devido à declaração dele, rendendo-se ao beijo intenso que recebia, como se nada mais existisse no mundo, só os dois e o forte sentimento que os unia. – Ben é sério, melhor a gente parar com isso enquanto ainda dá. – entendeu Anita, já totalmente fora de seus limites, afastando Ben rapidamente e saindo do sofá nervosa, quando o sentiu abaixando devagar de seu ombro a alça da regata azul que ela estava. . – E depois pode chegar alguém... - ela argumentava respirando impactada, e realmente prevendo que aquilo era um grande risco.

– Ok, desculpa foi mal, talvez tenha você razão. - Ben se acomoda no sofá suspirando devagar, como se quisesse encontrar uma forma de conter parte da frustração, na verdade talvez ele estivesse disposto a correr o risco do flagra. - Olha, eu só não queria que você pensasse que... - ele alegou se erguendo e indo até Anita que permanecia calada.

– Ué gente vocês ainda estão aí. –Vitor disse entrando em casa acompanhado da namorada, quebrando o silêncio e atenção dos dois ao assunto.

– Eu já estava indo dormir por que. - impaciente com o que estava acontecendo, a última coisa que Anita faria agora era se explicar para o garoto.

– Por nada Anita. - Vitor respondeu cordial.

– E vocês o show acabou voltaram pra cá porque. - Ben tenta quebrar a tensão e disfarçar qualquer desconfiança do irmão.

– Por nada, é só que, amanhã eu tenho aula cedo então, a gente resolveu vir dormir. - Vitor afirma segurando a mão da namorada.

– Ah gente. - Anita procurou esconder o sorriso boquiaberto, e o fato de estar sendo otária ao cortar as investidas de Ben, por não querer fazer algo que soasse como desrespeito a casa dos pais.

– Ahan a Clara e eu, bom boa noite então. - Vitor confirmou na maior naturalidade.

– Boa noite gente. - Clara também deseja.

– Boa noite. - Ben encara Anita como se estivesse prestes a rir, mais sem algum motivo convincente.

– Boa noite... – Anita maneia a cabeça vendo o irmão e a garota subindo a escada, os olhando de maneira incrédula como se nem conseguisse acreditar.

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– Não, não é possível, eu acabei de morrer agora não. - Anita se dirigiu ao quarto ainda reclamando do episódio vivido na sala. – Quer dizer que é assim, antes quando era com a gente não podia nem encostar, agora com eles pode tudo, minha mãe e o Ronaldo viu vou te contar, são decepcionantes, queria eu ser mimada assim. - ela cruza os braços fitando Ben que fechou a porta mudo.

– É que você é careta né, aí dá nisso. - Ben dá risada fazendo brincadeira com a situação, mesmo que também estivesse indignado.

– Vai te catar tá legal. - ela ruboriza, sem cabeça pras gracinhas dele. - Pois é melhor realmente ser careta, muito obrigada por lembrar, porque com certeza é muito melhor do que ser alguém que o que se fala não se escreve, porque é isso que nossos pais são, dois tratantes, que pra cada filho dão um tratamento. - Anita discursa aos gestos impacientes, chegando próximo a ele.

– É e nessa caso nós ficamos com a pior parte, dura realidade. - Ben procurou mesmo não levar a sério, talvez para não ficar irado como ela.

– Não brinca porque, eu to bolada de verdade, é muita injustiça pra um ser humano só. - Anita jogou o corpo sentando em sua cama. – Se bem que é ótimo pra mim aprender. - ela cogita, com a voz carregada de ironia.

– Ainda bem que nessa vida tudo passa não é, até tua cara amarrada. - o rapaz opina sentando ao lado dela, que dessa vez esboçou um sorriso.

– Sem graça poxa. - diz a garota e os dois ficam em silêncio por um tempo.

– Marcelo você está à meia hora me enrolando e ainda não me disse o quer, então anda logo que eu estou perdendo a paciência e o show todo. - Meg alegou já nervosa com o rapaz do lado de fora do ambiente.

– Tá é lá vai então... - o rapaz tenta tomar fôlego mais uma vez. - Mais olha é você pode dizer não, não estou te pressionando ok, fala o que você quiser por favor, tudo bem que eu posso mesmo não curtir a resposta, mas enfim... - ele se perdeu mais uma vez.

– Marcelo, to ficando nervosa já. - a americana estava em estado de nervos. O fitando pondo as duas mãos a cintura.

– Você, isso porque você não viu eu... - ele disse falastrão. - Ok, já vai. - o rapaz a ouviu bufar enraivada. - Quer namorar comigo? - ele pergunta deixando a loira surpresa e sem reagir.

Continua....


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