Encontros, desencontros e novos encontros escrita por LoveSeries


Capítulo 50
Capítulo 50:


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura para todos!!! Espero que gostem...



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Ben e Anita estavam totalmente envolvidos em um beijo com vontade, como se nada pudesse para-los, os dois se separaram já ofegantes e lançaram um olhar confuso um ao outro, apenas o silêncio permaneceu no ambiente, como se ele fosse mais barulhento, até mais que eles mesmos, que apenas escutavam a voz de seus inconscientes que tentavam decifrar o que aquilo significava e quais seriam as consequências para ambos. Ben encarou a garota com uma sensação de que o tempo tinha dado a maior regredida que eles pudessem imaginar, como se aquele fosse mais um momento de puro amor do passado entre os dois, ele parecia estar vendo em Anita, a mesma garota que ele tanto amava no passado, o mesmo olhar que ele viu nos olhos dela desde o primeiro instante que seus caminhos haviam se cruzados. Anita parecia estar vendo o seu amor do passado pelo garoto, ali, ali estampado nos olhos dele, que a olhava com um fio de esperança escondido por trás de toda euforia, os dois se encararam por mais alguns instantes, até que Ben quebrou a falta de reações dos dois, após ambos estamparem um sorriso em seus rostos, os sorrisos dos dois, foi como uma válvula de escape para a coragem se misturar também, aos sentimentos confusos que habitavam o coração e a cabeça de ambos.

– Ben é, é, eu preciso. – Anita balbuciou ao vê-lo apoiar a mão dele em seu rosto, o garoto apenas ficou sem responder nada. – Você disse que não iria fazer coisas desconexas, lembra. – Disse ela percebendo a proximidade dos dois e sentindo a respiração de Ben, e os rostos dos dois tão colados.

– Não. – Proferiu ele, gesticulando negativamente com a cabeça. – Não foi isso que eu disse, eu disse que não iria falar coisas desconexas. – Ben afirmou, com Anita assentindo que sim, ao encarar os olhos dele por um momento. – Agora quanto a fazer, eu não posso prometer algo que eu não vou cumprir. – Falou ele, e os dois se envolveram em um beijo.

– Para Ben. – Ela ordenou o empurrando, Ben encarou a garota, com um olhar afoito. - Uns beijos não vão mudar a nossa vida. – Anita disse se virando de costas para ele.

– Pode até ser mais, mais. – Falou ele procurando as palavras, em meio ao misto de coisas que passavam em sua mente naquele momento, caminhando até Anita e tocando seu ombro. – Mais quando eu estou com você, eu sinto, como se, eu pudesse mudar o mundo, e ser aquele cara que eu sempre fui, com você do meu lado, eu me vejo do teu lado como antes. – Afirmou Ben, sem rodeios.

– Como? – Perguntou ela se virando para encará-lo, ficando incrédula, ao tentar achar certezas nas afirmações dele. – O tempo não muda, não apaga, isso não existe. – Anita contrapôs sincera, em total racionalidade, ela não tinha o dom em achar que podia agora, acreditar em algo que já havia dado errado tantas vezes.

– Mais a gente pode escrever o nosso futuro. – Disse Ben, levando sua mão ao rosto dela, descendo por alguns fios de cabelo, parando em seu queixo. – A gente pode começar daqui. – Garantiu ele, tocando de leve o queixo dela com as pontas dos dedos.

– Impossível, a gente é muito diferente. – Falou Anita abaixando seu rosto, Anita não acreditava em um futuro ao lado do garoto, não da forma que era a vida dos dois hoje.

– Não, você é que tá se apegando nisso Anita. – Respondeu o garoto, erguendo o rosto da garota. – Eu não acredito nisso. – Afirmou Ben, querendo ver nas caricias trocadas pelos dois um pouco de otimismo e verdade.

– Ben, quantas vezes a gente já tentou, me diz, me diz mesmo, isso se você conseguir lembrar, de todas as nossas idas e vindas. – Anita disparou cruzando os braços. – E olha pra gente hoje, hoje nós temos uma outra vida, cabeças diferentes, problemas diferentes. – Argumentou ela, para a decepção dele. - Um mundo do qual você não faz parte, assim como eu não faço parte do teu. – Anita pronunciou com certo aperto no peito, ela jamais achou que fosse tão duro admitir que o garoto não fazia parte de sua vida, como um dia ela sonhou.

– Eu sei. – Confessou ele, mesmo entristecido. – Mais Anita, quem sabe, isso não seja uma chance que a vida esta nos dando, pra tentar consertar tudo que deu errado lá atrás. – Ben supôs, suplicando para si mesmo que ela concordasse.

– Chance? – Repetiu Anita. - Eu ia adorar, poder voltar a acreditar nisso sem medo. – Anita confidenciou, observando os olhares fixos de Ben para ela. – Mais. – Disse ela sem coragem.

– Mais. – Questionou ele receoso.

– Mais Ben, a vida, não é um parque de diversões que gira e continua no mesmo lugar, o tempo não volta, não se dissolve as escolhas que nós fizemos, por mais que elas talvez, não tenham sido as mais sonhadas por nós. – Afirmou ela, sem acreditar, Ben apenas soltou um suspiro contrariado.

– Então só me responde uma coisa. – Pediu ele. – O que você sente por mim, hoje. – Ben indagou, querendo compreender o que os unia.

– Sinceramente, eu não sei, eu não vou negar que você mexe comigo. – Anita admitiu. – Mais eu não sei porque, você sabe que, você é sonho de parceiro, namorado, marido de qualquer garota, não é muito difícil alguém cair de amores por você, e com certeza isso não é somente eu que acho, você sabe cativar alguém, e sendo apaixonada com certeza esse sentimento cresce ainda mais, a medida em que você está do lado. – Confessou ela se afastando um pouco levando as duas mãos ao rosto, pensando consigo mesma, qual era o motivo da confissão estúpida, que ela haverá acabado de fazer. –E eu já fui muito apaixonada por você, só que hoje eu tenho os meus pés muito bem fincados ao chão. – Anita ponderou.

– Mesmo, que você se arrependesse, que isso custasse a tua felicidade. – Rebateu ele. – Seria cômico se não fosse trágico. – Proferiu Ben deixando escapar um sorriso irônico.

– A minha felicidade me importa, e muito, a mim mesma, não aos outros, mais cinco segundos de felicidade não valem cinco minutos de lágrimas. – Afirmou Anita séria.

– Nem se forem os segundos mais felizes da nossa vida. – Contrariou Ben se aproximando dela com um sorriso.

– Bom esse tipo de lembrança, serve e bastante sim. – Falou a garota não fugindo dos olhares que Ben a lançava. – Pra uma noite fria, e bem pior do que o que vem depois dos cinco segundos, quando a barra pesa, o sonho vira pesadelo, como houve lá atrás com a gente. – Anita retrucou chegando mais perto.

– Pois você quer saber de uma coisa, eu trocaria tudo hoje, só pra poder reviver algum dos nossos muitos momentos que ficaram lá trás. – Ben disse, envolvendo uma mão na cintura de Anita e a puxando para um beijo, beijo que ela nem se quer pensou em relutar, ela apenas envolveu seus braços envolta do pescoço de Ben, enquanto os dois continuavam com o beijo, ali em meio a sala do casarão, ao menos se quer dando-se por conta de que não estavam sozinhos no local e que algum dos irmãos poderia chegar da rua, com exceção de Pedro que dormia em seu quarto, eles continuaram com o beijo empolgado e foram caminhando quase que sem rumo até o sofá, onde se jogaram abraçados, e trocaram mais alguns beijos empolgados, vendo que as emoções de ambos e a vontade de estarem perto falava mais alto do qualquer opinião racional que os dois tinham sobre se renderem ao fio frágil e inconclusivo que os uniam.

– Chega para, a gente tem que parar com isso. – Alegou Anita empurrando o rosto de Ben.

– Só que a gente não quer Anita. – Afirmou ele, sem se importar com nada, como se a única coisa que existisse naquele momento fosse os dois e voltando a beijar a garota, beijo que durou alguns segundos.

– Se tá louco, você sempre foi louco. – Anita soltou querendo recobrar seus sentidos. – Para, chega acabou a palhaçada, sai de cima de mim. – Ordenou Anita o empurrando, para que ela pudesse se levantar.

– Tá mais me promete uma coisa, seu sair, amanhã a gente vai conversar, e de preferência longe daqui. – Pediu Ben. – Promete. – Ele disse a olhando suplicante.

– Tá, tá bom, se tem razão, eu também acho que a gente precisa entender algumas coisas, mais eu não to fazendo isso por você, mas sim por mim. – Anita concordou, no fundo ela sabia que fingir que não sentia algo por Ben não resolveria nada, mesmo que ela nem soubesse o que sentia direito.

– Tá faz pelo o que você quiser, eu sei que eu não tenho direito de exigir nada e as coisas mudaram, e muito. – Confessou ele. – E eu tenho receio do que isso significa, mas nisso você tá certa. – Disse ele.

– Ah ainda bem que você admitiu isso. – Resmungou Anita, encarando ele, séria, ao apoiar suas mãos no ombro dele. - Tá bom, agora cai fora, meu deus do céu, se o Ronaldo, alguém pega a gente aqui, aí vai ser o fim de algo que nem começou. – Anita disse com preocupação em os dois tomarem um flagrante, e Ben apenas os uniu em um beijo sem responder nada e levantando em seguida.

– Se não pensa não, né. – Falou ela se erguendo.

– E você não tem mais dezoito anos, pra ter tanto de ser pega com o namorado na sala de casa. – Ben afirmou cruzando os braços para ela, que permaneceu sentada ao sofá.

– E você não é meu namorado. – Anita exclamou desamarrotando a blusa, que estava desalinhada.

– Mais já fui, o que dá no mesmo. – Ele respondeu com um sorriso debochado.

– É, e eu tenho um péssimo habito pra reincidentes, e você poder ter entrado pro primeiro da lista. – Anita retrucou meio irônica levantando. – Habito estúpido! - Que eu já deveria de ter perdido. – Disse ela, enquanto remexia nos cabelos para ajeitá-los, pois estavam um pouco desgrenhados.

– Isso quer dizer que você pode pensar em dar uma chance pra gente. – Questionou Ben com certa esperança.

– Isso quer dizer que eu tenho que tomar um ar Ben, e eu não sei. – Respondeu ela apenas.

– Anita olha só eu. – Ben falou se aproximando dela.

– Você o que. – Perguntou ela ao ver seu celular tocar.

– Eu queria que você soubesse que mesmo. – Disse Ben enquanto via-a caminhar até a mesa para atender a chamada. – Se não vai atender. – Ele indagou, enquanto Anita segurava o celular na mão apenas.

– É não, depois eu retorno. – Ela respondeu com certa preocupação na voz ao ver o nome de Gustavo na tela do celular. – Melhor. – Garantiu Anita, com certo peso na consciência por suas próprias palavras, e se perguntando o que ela estava fazendo de sua vida. – Eu vou dar uma saída. – Anita comunicou desligando o telefone e o colocando no bolso da calça. – A Giovana e o Vitor ainda não chegaram, fica atento, e qualquer coisa liga pra eles, o Ronaldo pediu pra não deixar que eles ficassem até tarde na rua. – Afirmou a garota, se dirigindo à porta.

– Tá bom. – Ben respondeu sentando ao sofá, vendo Anita sair e fechar a porta.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo, comentem por favor!!



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