Encontros, desencontros e novos encontros escrita por LoveSeries
Voltando ao passado... Três anos antes...
– Se não acha que a gente tá querendo de mais não, ficar junto e ainda querer que eles aceitem. – Anita dizia a Ben, enquanto os dois conversavam sentados a cama.
– Anita a gente não pode passar o resto da vida pensando no que poderia ter sido, e mais com medo do que eles vão pensar, chega disso vai, a gente já sofreu demais e foi de tanto pensra neles que talvez nós chegamos até aqui, eles vão ter que entender. – Afirmou ele, lhe dando um sorriso como se quisesse tranquiliza-la.
– Ai tá bom, vamos contar tudo de uma vez, melhor a gente aproveitar que tá todo mundo tomando café não é. – Disse Anita esboçando um sorriso.
– E mesmo que a gente não conte, ah essa hora, alguém deve ter visto que você não dormiu em casa. – Ele falou, apaixonado.
– É se tem razão. – E os dois trocaram um beijo. – Mais tem a Sofia, e apesar de tudo ela é minha irmã, não é melhor você conversar com ela antes, afinal vocês ainda estão namorando. – Argumentou Anita receosa.
– Eu já tentei, e depois minha relação com a Sofia já esta abalada há muito tempo, acho que nunca existiu de verdade, a gente conta e depois eu converso com ela, se ela e nem ninguém entender, que se dane também, mais eu não vou abrir mão de você. – Afirmou ele.
– Eu já sofri demais também, chega de tanto problemas, chegou a hora da gente simplificar as coisas. – Anita respondeu contente.
– Eu tenho você de novo, que se dane o resto. – Falou Ben com brilho nos olhos.
– Apesar de tudo que já aconteceu, e que foi tão ruim, eu to muito feliz também. – Anita também confessou, e os dois trocaram um beijo apaixonado, jogando-se na cama novamente.
Chegando ao casarão, os dois adentraram, e estranharam a movimentação, mais em se tratando de todos ali, e da confusão que sempre rolava, ambos não esquentaram a cabeça.
– Oi gente bom dia, que bom que tá tudo mundo aqui. – Disse Ben meio tenso, mas decidido assumir sua volta com Anita, ele ficou até mais aliviado que Cícera também estava ali para ouvir tudo de uma vez.
– Aí chegou. – Falou Cícera apontando para ele.
– Ai Ben, a gente tava mesmo te esperando, Sofia pulou no pescoço do garoto tão rápido, que ele nem teve tempo de desviar, Anita que fechava a porta ficou um pouco incomodada com a situação, mas preferiu manter a calma.
– A gente estava mesmo te esperando. – Ronaldo afirmou com um semblante sério.
– Como assim, gente eu posso explicar, olha só eu. – Ben achou que eles já podiam saber dele e de Anita.
– Eu acho bom mesmo, porque o que a Sofia contou aqui, foi muito sério. – Ronaldo disse arbitrário.
– A Sofia, como assim. – Ben ficou confuso, encarando Anita de relance, que entendia menos ainda.
– Ah amor, eu sei que, vai ser uma novidade, muito maluca, mais eu estou muito feliz. – Afirmou a loira, parando do lado dele.
– E o Benjamim, vai assumir todas as consequências. – Disse Cícera taxativa.
– Assumir, o que, que consequência. – Ben viu algo ruim se manifestar, mas suplicou para si mesmo que ele estivesse errado.
– Eu to grávida, eu to esperando um filho teu Ben. – Soltou a loira, Anita viu o chão abrir em seus pés, e Ben mal soube o que falar.
– Grávida, como assim Sofia. – Perguntou Anita novamente, querendo muito ter ouvido errado.
– Ué grávida, do jeito normal, ou você acha que cegonhas existem. – Disse a loira, ignorando Anita no instante seguinte.
– Se tem certeza disso Sofia. – Ben questionou em êxtase, de tão grande que era sua perturbação.
– Claro amor, eu fiz um exame de sangue, e já fui no médico, tua mãe foi comigo. – Sofia afirmou sorridente.
– Ótimo, então já que foi soltado uma bomba, eu pretendo soltar outra. – Apesar de susto Anita, não queria desistir.
– É, talvez não seja a hora Anita. – Disse Ben, o que fez Anita ser invadida por um sentimento de decepção.
– Ai gente, um filho de vocês, vai ser a coisinha mais linda do mundo. – Cícera estava extremamente animada com a noticia, Ben não conseguiu encarar mais os olhos de Anita a partir daquele instante, ele sentiu-se desapontado consigo mesmo, pelo o que estava acontecendo.
– Bom acredito que vocês tenham muito o que falar, sobre o bebê, eu vou me retirar. – Falou Anita, com ironia, saindo pela porta o mais rápido que ela conseguiu, para evitar que Ben a impedisse.
Algum tempo depois.
– Anita, Anita, Anita, por favor, eu preciso falar com você. – A garota corria pelos corredores do colégio, depois de ver Sofia e Ben em um clima que ela julgou suspeito, e Ben tentava alcança-la.
– Sai daqui, some, me deixa, me solta. – Anita quase gritou para ele, quando ele a segurou pelo braço.
– Anita, o que você viu não foi. – Ele tentou explicar-se, mas foi interrompido por ela.
– Você consolando, dando força, pra futura mãe do teu filho, eu não tenho nada a ver com isso mais mesmo. – Disse Anita.
– Anita não faz isso, ninguém mais do que eu senti muito por isso, o que você tá querendo dizer com isso. – Ele suplicou, mal pela tristeza que via nos olhos da garota. - A Julia deixou escapar que, que você tá pensando. – Ben ficou até com medo de completar a frase.
– É isso que ela te disse, eu me escrevi pra uma vaga naquelas bolsas de estudo que o colégio tava ajeitando, e se deus ainda tiver alguma piedade de mim, ele vai me ajudar a passar. – Confirmou a garota, com os olhos se enchendo de água, até transbordarem e as lágrimas caírem.
– Não, não, você não pode fazer isso, Anita, eu te pedi um tempo, pra gente esperar um pouco, porque meu pai e a Vera, a minha mãe, caíram matando em cima de mim, eu, eu não sabia como eu iria contar que a Sofia tava grávida, mais que eu tava namorando você de novo, eu só preciso que a poeira baixe um pouco, me da mais uns dias, e aí. – Ben praticamente implorou para ela.
– E aí, o que, acabou, não tem tempo, não tem mais nada, Benjamim faz o que você quiser, você teu filho, tua noiva, como a tua mãe tá espalhando por aí, chega, eu não aguento mais, eu to acabando tudo, e pra sempre, agora é pra sempre. – Anita afirmou aos prantos.
– Se tá terminando tudo é isso, você não pode fazer isso comigo, você não pode fazer isso com a gente, com o nosso amor, eu te amo, eu te amo, não faz isso, por favor, eu te imploro. – Pediu ele, levando a mão ao rosto dela, completamente apavorado.
– Chega, eu não aguento mais, todo mundo é contra a gente, antes era a tua quase paixão pela Sofia, depois a nossa família, um doido que quase me destruiu, e agora isso, eu não tenho mais forças. – Anita disse, afastando as mãos dele do rosto dela. – Tchau, eu realmente te desejo que você seja feliz, você e essa criança, afinal ela é meu sobrinho, e que ela te de muita felicidade. – Proferiu ela, enxugando um pouco das lágrimas e saindo, Ben não soube o que falar, ele sentia como se a voz dele tivesse sumido, tamanho era sua angustia, pelas palavras da garota.
– E foi isso, foi à última vez que a gente conversou decentemente. – Disse Anita voltando seus pensamentos, para o presente, e a sala da casa de Julia, totalmente emocionada.
– Ai Anita, eu não sei nem o que te dizer. – Meg falou pasma.
– Amiga, eu acho que, ai deixa pra lá. – Julia achou melhor calar-se.
– Bom, é, acho que eu nem preciso dizer pra vocês que, isso fica aqui, a mamãe e o Ronaldo não sabem disso, ninguém sabe disso. – Disse Anita, as amigas.
– Nem precisa pedir. – Meg falou, enxugando uma lágrima que caiu.
– Claro. – Respondeu Julia, sorrindo como forma de conforta-la.
– Bom agora eu vou indo, porque eu tenho umas coisas pra resolver. – Afirmou Anita, com animação.
– Vai aonde, comprar roupa de grife. – Meg quis descontrair o ambiente.
– Hahaha, não, apesar de ser bom comprar de vez em quando, mais eu tenho um compromisso de trabalho, meu chefe lá de Londres me mandou um e-mail, e eu vou visitar na filial daqui, porque ele mostrou meus trabalhos pra ele, e o diretor daqui, quer conversar comigo, acho que vou descolar uns trabalhos, e uma grana porque eu to só gastando, né gente. – Afirmou ele pegando a bolsa. – E é bom que eu ocupo minha cabeça, um pouco. – Disse ela.
– Isso vai lá, o dama implacável, porque é assim que os outros funcionários chamam ela. – Meg riu.
– É, palhaçada, eu não tenho culpa se eles são um bando de incompetentes, cara oportunidade é que nem bonde, e eu costumo pegar todas, mesmo que tenha umas ruas esburacadas, sacolejastes pela frente. – Anita proferiu rindo. – E bom, Ju, minha linda, eu venho de novo e dessa vez não pra falar de coisa ruim, e vai me ver também, porque eu ando tão carente gente. – Anita fez uma cara triste.
– Acho que eu sei o que ela tá precisando. – Meg disse. – Um braço de três, Julia. – E as duas a abraçaram.
– Ai meu deus, vão me esganar. – Anita brincou, dando risada.
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